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Raul Jungmann, diretor-presidente do Ibram, alerta que as novas tarifas dos EUA podem comprometer US$ 68 bilhões em investimentos até 2029. O setor responde por quase metade do superávit comercial do Brasil e teme perdas com ouro, nióbio e caulim. Entenda os riscos e o impacto nas exportações.

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Transcrição
00:00O setor de mineração brasileiro acompanha com apreensão a possibilidade de novas tarifas impostas pelos Estados Unidos.
00:08O mercado americano compra 4% dos minérios exportados pelo Brasil e é o 12º maior destino em toneladas.
00:16A nova tarifa afetaria produtos estratégicos como ouro, nióbio, caulim e pedras ornamentais que nós vendemos para eles.
00:23O Instituto Brasileiro de Mineração, o IBRAM, alerta que essa medida pode afetar investimentos previstos em mais de US$ 68 bilhões até 2029
00:34e pressionar a balança comercial brasileira, já que a mineração representa quase metade do superávit do país.
00:42Para entender os impactos e possíveis desdobramentos, nós vamos conversar agora com o Raul Jungmann, diretor-presidente do IBRAM.
00:49Nosso repórter Eduardo Gair também participa dessa entrevista.
00:54Raul, boa tarde para você, muito obrigado pela sua participação ao vivo aqui com a gente.
00:59Qual seria o impacto imediato para o setor de mineração e para a balança comercial brasileira também,
01:05se essa tarifa realmente entrar em vigor no dia 1º de agosto?
01:11Olha, Fábio, a nossa grande preocupação, ela evidentemente incide sobre a exportação.
01:18Como você disse, 4% é um valor muito considerável.
01:23Mas a preocupação maior, ela está do lado da importação.
01:27Porque se a exportação, ela nos atinge em 4% daquilo que a gente exporta,
01:32a importação chega praticamente a 20% para o cluster.
01:37Ou seja, não estamos falando só de minérios.
01:39Nós estamos falando de bens, de equipamentos, de serviços que nós importamos dos Estados Unidos.
01:45Aí a preocupação é bem maior.
01:47Por isso também, nós temos uma preocupação, assim, eu diria, em destaque,
01:53com a questão de uma possível reciprocidade, o que para nós seria muito prejudicial.
01:59Nosso repórter Eduardo Gair está participando dessa entrevista também ao vivo de Brasília.
02:03E tem uma pergunta para o senhor Gair, por favor.
02:05Oi, ministro. Boa tarde. Prazer em falar com o senhor.
02:10Ministro, eu queria entender um pouco como é que foram as recentes conversas do setor de mineração
02:15com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin,
02:18ele que lidera essas conversas junto aos Estados Unidos e também com o empresariado.
02:24O vice-presidente chegou a falar na possibilidade mais concreta do adiamento,
02:29pelo menos de pedir aos Estados Unidos um adiamento dessas tarifas?
02:32Ele não chegou a dizer isso, Eduardo, mas ele chegou a dizer que isso com clareza,
02:38de que ter apenas oito, nove, dez dias para poder fechar esse acordo é um tempo muito curto
02:44e você há de concordar comigo.
02:46Ele nos falou que o ideal seria que tivéssemos 60, 90 dias para poder fazer uma negociação bem feita.
02:54A segunda das coisas que chamou a atenção é que quando nós indagamos a ele
02:59sobre a oportunidade de irmos em uma delegação até os Estados Unidos
03:03para negociar com contrapartes privados, mas também com o Congresso e com o próprio governo,
03:10ele achou que era algo que deveria acontecer e isso seria importante para o setor.
03:15E em terceiro e último, quando nós indagamos sobre a possibilidade de nós negociarmos,
03:22digamos assim, cotas, ele acha que também é uma possibilidade.
03:26Ou seja, até o limite da cota você ficaria em uma alíquota menor,
03:31que a alíquota seria essa, não dá para antecipar.
03:34Mas acima da cota, se ultrapassasse a cota, aí sim incidiria uma alíquota maior.
03:41Isso foi parte da nossa conversa hoje de tarde com o vice-presidente Geraldo Alves.
03:46Agora, ministro, a mera expectativa de que essa tarifa venha a partir de 1º de agosto,
03:52de alguma forma já está impactando os negócios na mineração brasileira?
03:57Sim, a menor sombra de dúvida.
03:59Tanto negócios que estavam já em curso, como negócios a serem fechados,
04:03fica muito evidente que isso tem um impacto.
04:05Agora, Eduardo, vou lhe falar de uma coisa que realmente é uma preocupação,
04:10que não está, digamos assim, escrita,
04:13mas que foi oralmente colocada pelo presidente Trump.
04:17E o que seria isso?
04:19Seria basicamente a possibilidade de que você tivesse,
04:23eu vou chamar de alíquotas cruzadas,
04:26que seria a possibilidade de que quem negocia com a Rússia,
04:29quem negocia, por exemplo, com a China ou com os BRICS,
04:32sofrer taxação de 50% até 100%.
04:35No caso, nos preocupa muito, porque 80% das nossas exportações,
04:40elas vão para a Ásia e 70% delas vão para a China.
04:45Então, em termos minerários, efetivamente, se isso vier a acontecer,
04:50e nós não sabemos, porque é tudo muito imprevisível
04:52o que se define da parte dos Estados Unidos via presidente Trump,
04:58mas essa seria uma preocupação e um impacto realmente extraordinário,
05:01que nós viríamos a ter, e espero que isso não aconteça,
05:04não venha a acontecer, para a mineração brasileira.
05:08Gair.
05:09Ministro, quando se fala em negociações entre o Brasil e os Estados Unidos,
05:13muito se coloca que o setor de mineração poderia entrar
05:16com uma contrapartida do Brasil aos americanos,
05:20até para eles cederem nessa tarifa de 50%.
05:23Se fala, por exemplo, sobre um acordo nas terras raras,
05:26que são esses minerais que o Brasil figura na segunda colocação
05:30de maiores detentores, só atrás da China,
05:33queria ver como é que o senhor entende essa possibilidade
05:36de colocar as terras raras em uma possível negociação
05:39com os Estados Unidos, para tentar evitar esse tarifato de 50%
05:43a partir de agosto?
05:45Eduardo, duas coisas.
05:47Em primeiro lugar, eu acho que negociações mesmo,
05:52mas isso é uma impressão minha,
05:54nós só vamos ter efetivamente governo a governo
05:57depois do dia primeiro.
06:00Embora que o vice-presidente tenha dito que hoje ele conversou,
06:03e foi uma conversa muito positiva e muito boa,
06:05com as PIGTEX, ele não avançou a partir daí,
06:08mas fez essa colocação.
06:10Agora, quando a gente olha a questão das terras raras,
06:13o Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras do mundo,
06:16mas a nossa produção é muito pequena.
06:19Ou seja, nós temos um enorme manancial,
06:23possibilidades em termos disso.
06:25Agora, um projeto industrial, falando francamente para você,
06:30Eduardo, ele leva oito a dez anos a se consolidar.
06:33Isso não quer dizer que isso não possa servir,
06:37se o governo assim entender, como uma possibilidade negocial.
06:41Mas, até agora, de concreto, absolutamente nada.
06:45Ministro, o senhor mencionou há pouco a importância
06:49do mercado asiático para a mineração brasileira.
06:52Existe já um movimento de busca de novos mercados
06:56para tentar reduzir a dependência desses clientes asiáticos,
07:01que, como o senhor mesmo explicou aí,
07:04guardam uma relação complicada com os Estados Unidos,
07:07e aí a gente fica ali entre a cruz e a espada,
07:09tratando dos dois lados?
07:11Fábio, nessa escala não existe nada,
07:14absolutamente, que você possa fazer.
07:16Nessa escala, de 80% para a Ásia, 70% para a China.
07:20Não tem como.
07:22Não existe um substituto para isso.
07:24Agora, efetivamente, se isso vier a acontecer,
07:27aí vamos ver o que é possível fazer,
07:30aonde é possível, por exemplo, na Índia,
07:32em outros mercados, vir a ser absorvido.
07:36Mas, até agora, não...
07:39Veja bem, aquilo que eu fiz, uma diferenciação.
07:41Uma coisa é o que está escrito.
07:43Por exemplo, a sessão 301 da OSTR, por exemplo,
07:47e as questões dos 50%,
07:49através da carta que o presidente Trump nos enviou,
07:53isso é o que está escrito.
07:55O que ele falou, por enquanto, é apenas ter falado.
07:58Eu aqui coloquei a nossa preocupação,
08:00porque se no caso do mercado dos Estados Unidos
08:03nós estamos falando de 4% para as nossas exportações,
08:06no caso da Ásia é 80%,
08:08no caso da China é 70%.
08:10Mas isso não está escrito.
08:11Isso foi apenas até o presente momento falado.
08:14Mas preocupa, Fábio,
08:15não tenho a menor sombra de dúvida.
08:17Gaia.
08:19Ministro, o senhor tem uma experiência também
08:22muito grande na política.
08:23Foi ministro da Defesa,
08:24ministro da Segurança Pública.
08:26Considerando isso,
08:27como é que o senhor avalia a condução dessa crise
08:30por parte do governo federal?
08:32O presidente Lula, o vice-presidente Alckmin,
08:34tem agido na direção correta?
08:36Queria uma análise do senhor sobre isso.
08:39Olha, eu acho que foi feito uma escolha muito boa
08:41na pessoa do vice-presidente Alckmin.
08:44acho que ele tem um bom trânsito,
08:46acho que ele tem uma moderação,
08:48acho que ele tem uma competência que ajuda
08:50nesse processo todo,
08:52como aliás vem demonstrando nas suas relações
08:54com o setor privado.
08:56Agora, o que eu gostaria de ver
08:59era a disposição de que,
09:03alto escalão do governo,
09:04a nível ministerial, por exemplo,
09:07eles tivessem ido,
09:09ou fossem assim que possível,
09:10até os Estados Unidos.
09:14Gostaria também de que nós tivéssemos,
09:16desde cedo e sabendo que alguma coisa iria acontecer,
09:19porque afinal acontece com o mundo todo,
09:21que nós tivéssemos, digamos assim,
09:23tomado a iniciativa.
09:24É verdade que uma carta foi enviada
09:26no dia 16 de maio,
09:28e ao que se sabe não teve resposta.
09:30Mas eu, mesmo assim, acredito
09:32que seria muito importante,
09:34inclusive agora,
09:35que uma missão de altíssimo nível
09:36fosse até os Estados Unidos
09:38negociar, conversar diplomaticamente
09:42com os americanos.
09:43Não tem por que esperar,
09:45na medida em que estão em jogo
09:47empregos e impostos,
09:49que são muito importantes para o Brasil.
09:52Ministro, e dentro desse processo
09:54de discussão interna
09:57aqui do governo brasileiro,
09:58para buscar uma resposta
09:59junto ao setor produtivo,
10:02ao tarifácio,
10:02os diferentes setores afetados,
10:06eles estão também em contato
10:07com as suas contrapartes americanas,
10:09porque evidentemente
10:10quem compra o produto brasileiro
10:12também é afetado por esse tarifácio
10:14e também não tem interesse
10:16em que ele continue dessa forma.
10:18O setor de mineração
10:18também está fazendo isso?
10:20Está em contato com os compradores
10:21dos minérios brasileiros
10:23lá nos Estados Unidos?
10:25Nós estamos em contato,
10:28mas também estamos decidindo
10:30o envio de uma missão
10:32aos Estados Unidos
10:33para manter um diálogo tripartite,
10:35tanto com o governo,
10:37evidentemente com o setor privado
10:38e o próprio Congresso.
10:40E eu acho que isso deve acontecer
10:42ou isoladamente do próprio setor
10:45ou então de forma conjugada,
10:47por assim dizer,
10:48conjunta com outros setores.
10:50É algo que ainda está
10:51em processo de decisão.
10:53Mas o que eu acho importantíssimo
10:55que venha a acontecer,
10:56porque nada substitui,
10:57não é carta lá, carta cá,
10:59não é isso que vai, de fato,
11:01digamos assim,
11:02modificar, se é possível
11:03modificar opiniões.
11:05É presença, é discussão,
11:07é debate, informações precisas
11:09e, obviamente, cartas na mesa
11:12para se poder negociar
11:13o melhor acordo possível
11:14para o nosso país.
11:16Gair.
11:19Uma outra pergunta, ministro,
11:21é que essa possibilidade
11:22de adiar as tarifas
11:24também pode ampliar
11:26o período da incerteza,
11:27ou seja, ninguém vai saber
11:29nos próximos, talvez,
11:3060 dias, se de fato
11:31esse período for prolongado,
11:33como será a tarifação
11:34nos Estados Unidos ao Brasil.
11:36Nesse sentido,
11:37esticar o tempo de negociação
11:39não vai representar
11:40um tempo maior de incerteza
11:42e, na prática,
11:43inviabilizar o fechamento
11:44de contratos,
11:44porque quem que vai fechar
11:45o contrato se não sabe
11:47qual vai ser a tarifa
11:48dali a tantos dias.
11:49Não é melhor
11:49se não conseguir resolver tudo
11:52até o dia 1º de agosto,
11:54encarar a tarifa de 50%
11:56e negociar com a tarifa em vigor?
11:58Como é que o senhor
11:58enxerga essas duas possibilidades
12:01que, de fato,
12:01as duas são muito desafiadoras?
12:04Você vai depender muito
12:05da outra parte.
12:05Uma negociação não se faz
12:07com um lado só,
12:09se faz com os dois lados.
12:11Agora, eu, como negociador,
12:13eu preciso,
12:14eu prefiro mais tempo
12:15para poder negociar.
12:16Evidentemente que você vai ter
12:17uma possibilidade de incerteza,
12:20mas talvez uma regra
12:21é que, no período negocial,
12:24os 50%, por exemplo,
12:25não fossem aplicados.
12:26Mas isso, mais uma vez,
12:28vai depender do outro lado,
12:29que é exatamente os Estados Unidos.
12:31E de onde a principal,
12:33digamos assim,
12:33queixa que a gente tem
12:34é a imprevisibilidade.
12:35Nós já vimos o presidente Trump
12:37decidir uma série de tarifas
12:39anteriormente,
12:40voltar atrás,
12:41voltar às tarifas,
12:42agora é como se fosse um pêndulo.
12:44Ora ele vai para lá,
12:45ora ele vai para cá,
12:46e nesse preciso momento
12:47ele está investindo,
12:48de novo, como a gente viu,
12:49inclusive no caso da União Europeia
12:50e de outros países,
12:51ele está investindo bastante
12:53nas tarifas.
12:54Pode significar também
12:55uma mudança.
12:56Mas, em síntese para você,
12:58é que eu diria o seguinte,
12:59todo negociador,
13:00ele prefere ter mais tempo
13:02para poder negociar,
13:03mesmo que você tenha
13:05alguns colaterais
13:06que sejam difíceis.
13:07Mais tempo é preciso
13:09negociar também.
13:11Ministro,
13:12o governo americano,
13:13além dessa tarifa
13:14de 50% sobre produtos brasileiros,
13:17anunciou dias atrás
13:18uma investigação
13:19contra o que seriam
13:20práticas comerciais
13:21desse leais do Brasil.
13:23Uma investigação muito falada,
13:25porque ela envolveria,
13:26inclusive,
13:26sistemas eletrônicos
13:27de pagamento,
13:28ou seja,
13:29o nosso PIX,
13:30além de outros pontos.
13:32O fato de essa investigação
13:34estar em começo ainda,
13:36portanto,
13:36isso vai levar um tempo
13:37para produzir algum resultado,
13:39poderia servir de argumento
13:41para o Brasil
13:41tentar colocar sobre a mesa
13:44para adiar
13:45a imposição dessa tarifa?
13:46Enfim,
13:47já que a investigação
13:48está em andamento,
13:50vai ter um resultado futuro?
13:51Faria sentido,
13:52dentro da lógica
13:53da argumentação brasileira,
13:55tentar deixar o tarifácio
13:56para após a conclusão
13:57da investigação?
13:59Essas investigações,
14:01com base
14:02na chamada
14:02Sessão 301
14:04da United States
14:05Trade Representative,
14:07ela realmente
14:07preocupa
14:08e preocupa muito.
14:09Porque,
14:10como você sabe,
14:11esse processo
14:12pode demorar
14:13as suas etapas,
14:15digamos,
14:16diversas,
14:17iniciais e diante,
14:18até um ano.
14:19Mas essas sanções,
14:20elas são bastante
14:22abrangentes,
14:23elas têm um espectro
14:24bastante grande
14:25e, no passado,
14:27não conosco,
14:27mas no passado,
14:29com outros países,
14:30elas demoraram muito
14:31a serem suspensas.
14:32Então,
14:32eu diria que esse é um foco
14:34de preocupação,
14:35Fábio,
14:35muito grande,
14:36muito grande,
14:37e que eu não tenho visto,
14:39digamos assim,
14:39diante de todo o alarde
14:40que tem envolvido
14:41esse 50%,
14:42o maior destaque
14:44ou a maior preocupação.
14:46Mas aí reside
14:47uma das principais
14:48ameaças
14:49com as quais
14:50nós temos que lidar,
14:51que é essa
14:52Sessão 301
14:53da USDA,
14:54como acabamos de falar,
14:57e que,
14:58evidentemente,
14:58nós não sabemos
14:59qual é o escopo
15:00de sanções,
15:01mas preocupa
15:02e preocupa muito.
15:03A possibilidade
15:04de negociar
15:05mais uma vez,
15:06eu sou forçado
15:07a repetir.
15:09Depende muito
15:10do que você vai ter
15:11efetivamente
15:12do outro lado.
15:13Nós ainda não temos
15:14nenhum retorno,
15:16não houve nenhuma,
15:17digamos assim,
15:18aproximação
15:19a uma coisa importante
15:20que hoje foi dita
15:21pelo vice-presidente,
15:23quer dizer,
15:23uma conversa
15:23com as Big Tech,
15:25quer dizer,
15:25com a Meta,
15:26com a Google,
15:27com a Apple,
15:28enfim,
15:30e com outros mais,
15:31Twitter,
15:33aliás,
15:33que X hoje,
15:34isso é um ótimo sinal,
15:36mas isso não representa,
15:38digamos assim,
15:38oficialmente,
15:39de governo a governo,
15:41que nenhum passo
15:41tenha sido dado.
15:43E nós precisamos ter
15:44exatamente essa contraparte,
15:46se pronunciando
15:48e interferindo
15:49e participando
15:50das negociações
15:51para que a gente possa
15:51aquilatar,
15:52de fato,
15:53onde é que nós estamos.
15:54Mas,
15:55repito,
15:56esse protocolo,
15:57melhor,
15:57essa sessão 301,
16:01ela se preocupa,
16:02preocupa sim
16:02pelo que ela traz
16:04de implícito
16:04em termos de sanções.
16:06E, aliás,
16:06que nós nunca enfrentamos.
16:08Gaira,
16:08tem mais uma pergunta?
16:12Tenho sim,
16:12ministro,
16:13também circularam
16:14ao longo dos últimos dias
16:15algumas possibilidades
16:16de novas sanções
16:17dos Estados Unidos
16:18ao Brasil,
16:19principalmente ali
16:20entre figuras ligadas
16:21ao ex-presidente
16:22Jair Bolsonaro,
16:23que dizem ter ouvido
16:24de fontes
16:25da Casa Branca
16:26que essa semana
16:27seria uma semana
16:28de mais medidas
16:29contra o Brasil.
16:30O setor de mineração
16:32está prevendo
16:33alguma dessas medidas
16:33no sentido de,
16:35bom,
16:35isso aqui pode acontecer,
16:36precisamos ter um plano
16:37de contenção,
16:38fala-se, inclusive,
16:39em fechamento
16:40do espaço aéreo americano
16:41para aeronaves brasileiras.
16:43Tem algo mais palpável
16:45no radar de vocês
16:46ou está todo mundo
16:46nesse compasso de espera,
16:48de fato?
16:49Olha,
16:50coisas como
16:50o fechamento
16:51do espaço aéreo americano,
16:55suspensão do GPS,
16:57que nos retiraria,
16:58por exemplo,
16:59Uber,
16:59Waze,
17:00inclusive aviões,
17:02propriamente eles
17:03se deslocam
17:04a partir de GPS.
17:07A questão
17:07que é aventada,
17:09por exemplo,
17:09do switch,
17:10que é exatamente
17:10aquele sistema
17:12de pagamentos
17:13internacional
17:14que existe e tal,
17:15isso eu considero
17:16que isso é coisa
17:17fora do,
17:19digamos assim,
17:19fora do radar,
17:20pelo menos do nosso radar.
17:22Não há essa dimensão
17:23que aí efetivamente
17:24isso teria uma gravidade
17:25simplesmente extraordinária
17:27e aí nós teríamos
17:28que repensar tudo
17:29que foi feito até aqui.
17:31Agora,
17:31há essa expectativa,
17:33sim,
17:33mas no caso
17:34da mineração
17:35nós achamos
17:36que o que nós
17:38temos que tratar
17:39nesse momento
17:40é a partir
17:41do que é real,
17:42daquilo que foi,
17:43digamos assim,
17:44declarado,
17:45que foi afirmado.
17:46É com isso
17:46que nós estamos trabalhando.
17:48Trabalhar com mais
17:48do que isso,
17:49trabalhar no caso
17:50da mineração
17:50com alternativas políticas,
17:52nós não cuidamos disso.
17:54Quem deve cuidar
17:55disso especificamente
17:56são os negociadores
17:57e a diplomacia brasileira
17:59que nesse domingo
18:00teve uma reunião
18:00entre o chanceler,
18:02o presidente
18:03e o próprio
18:04vice-presidente da república
18:05que devem ter tratado
18:07desses assuntos
18:08mais políticos.
18:09Nós ficamos
18:09no âmbito comercial,
18:11no âmbito das trocas
18:13entre Brasil e Estados Unidos
18:14que tem 200 anos
18:16de relações,
18:17eu diria,
18:18proativas e positivas
18:19e que obviamente
18:20nenhuma das partes
18:20deve querer prejudicar
18:22ou suspender.
18:24Raul Jungmann,
18:25diretor-presidente
18:26do IBRAM,
18:27Instituto Brasileiro
18:28de Mineração,
18:29ex-ministro.
18:30Muito obrigado
18:30pela sua participação
18:32ao vivo aqui com a gente.
18:33Uma boa semana
18:33para o senhor.
18:35Eu sou que agradeço.
18:36Para vocês também.
18:37Obrigado, obrigado,
18:38Eduardo Gair também,
18:39falando ao vivo de Brasília,
18:40participando dessa entrevista.
18:41Obrigado.
18:42Obrigado.
18:43Obrigado.
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