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Com exportações em risco, setores de carne, café, manga e suco de laranja cobraram ação do governo contra a tarifa de 50% imposta pelos EUA. Vice-presidente Geraldo Alckmin lidera negociações em Brasília para evitar prejuízos bilionários ao agro brasileiro.

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Transcrição
00:00Agora a gente volta aqui a falar do outro assunto sendo discutido hoje em Brasília,
00:05que é exatamente o tarifaço, pois agora há pouco o governo brasileiro,
00:10pelo Ministério das Relações Exteriores, emitiu essa nota aqui, olha só,
00:14publicada às 4h13, portanto, agora mesmo, faz sete minutos que saiu essa nota aqui.
00:19Vamos apresentar aqui para vocês, o título da nota é
00:22Manifestações Indevidas do Governo Norte-Americano.
00:26A nota diz, o governo brasileiro deplora e rechaça mais uma vez manifestações do
00:32Departamento de Estado Norte-Americano e da Embaixada daquele país em Brasília,
00:37que caracterizam nova intromissão indevida e inaceitável em assuntos de responsabilidade
00:42do Poder Judiciário Brasileiro.
00:45Tais manifestações não condizem com os 200 anos da relação de respeito e amizade
00:49entre os dois países.
00:51No que se refere ao comércio, o Brasil vem negociando com autoridades norte-americanas
00:56desde março questões relativas a tarifas de interesse mútuo e está disposto a dar
01:01sequência a esse diálogo em benefício das economias, dos setores produtivos e das
01:06populações de ambos os países.
01:09A equivocada politização do assunto não é de responsabilidade do Brasil, país democrático
01:14cuja soberania não está e nem estará jamais na mesa de qualquer negociação.
01:20Está aqui uma nota dura emitida agora há pouco pelo Ministério de Relações Exteriores,
01:24mais uma vez criticando a politização do assunto, no que diz respeito aqui ao tarifaço,
01:31trazendo para esse âmbito do tarifaço a discussão sobre o processo envolvendo uma
01:37tentativa de golpe de Estado no Brasil, que está em fase final no Supremo Tribunal Federal.
01:43Nesse momento, o vice-presidente Geraldo Alckmin está falando em Brasília.
01:46Vamos acompanhar, então, ao vivo a entrevista dele.
01:48E pedindo um prazo maior, mas a ideia do governo não é pedir que o prazo seja estendido,
01:57mas é procurar resolver até o dia 31.
02:01Então, o governo vai trabalhar para tentar resolver e avançar nesse trabalho nos próximos
02:09dias.
02:10E todos eles se comprometeram a participar e trabalhar com seus congêneres.
02:17Exportam para os Estados Unidos, tem importadores lá, ou vice-versa, importam dos Estados Unidos.
02:24Cadeia integrada, às vezes você tem cadeias integradas.
02:29Então, trabalharmos também os empresários americanos, mostrando que isso tem um prejuízo
02:35não só para o Brasil, mas também um prejuízo para a população americana, porque há uma
02:42complementariedade econômica.
02:45Aliás, um fato importante, de janeiro a junho, cresceram 4,3% as nossas vendas para os Estados
02:56Unidos, mas as vendas dos Estados Unidos para o Brasil cresceram mais de 11%.
03:02Quer dizer, aumentou até o superávit deles em relação à balança comercial de bens e
03:10de serviços é ainda maior.
03:12Ministro, como é que faz, qual é a recomendação do governo para esses setores que trabalham
03:18com perecíveis, cujo prazo traz muito prejuízo a cada dia?
03:24Então, a questão, ela é importante e é urgente, que nós temos dois fatores, um perecíveis,
03:32o outro que está embarcado.
03:34São duas questões que exigem aí a questão de prazo e, por isso, o empenho de todos nós
03:40em trabalhar.
03:41Amanhã nós vamos reunir com a ANCHAN, vamos reunir com a ANCHAN, a Câmara de Comércio
03:48Brasil, Estados Unidos e vamos ouvir ainda outros setores que pediram para participar,
03:55a indústria química, a Organização Brasileira das Cooperativas, as outras confederações
04:04nacionais, vamos convidar a CNA, CNC também, Confederação Nacional da Agricultura e do Comércio,
04:12empresas de software, empresas de origem americana, John Deere, Sindasucar e as centrais sindicais,
04:24Força Sindical, CUT, UGT, enfim, continuam essas conversas.
04:31Mas estão aqui vários setores aqui do setor da indústria do agro, do agro, da agropecuária,
04:40que também era interessante vocês ouvirem.
04:42Sr. Presidente, a Embaixada dos Estados Unidos, quando é que vai ser feito um diálogo
04:46com eles?
04:46O encarregado de negócios, Gabriel Escobar, esteve hoje em São Paulo, numa reunião organizada
04:51pelo ex-presidente da Fiesp, Paulo Skaff, e segundo Skaff, ele disse que levará os pleitos
04:58apresentados na reunião em São Paulo ao governo dos Estados Unidos.
05:02Quando é que efetivamente o senhor vai se reunir?
05:04Olha, eu já o recebi, o Gabriel Escobar, que é o encarregado da Embaixada Americana,
05:12já o recebi, não agora, nesses dias, mas anteriormente.
05:16E temos mantido um contato importante com o secretário Howard Lutnik e com o embaixador
05:24Gria, que é da USTR.
05:26Mas vamos ouvir aqui o nosso setor produtivo.
05:29Bom, boa tarde a todos.
05:37Roberto Feroza, presidente da BIEC, associação responsável por 98% da exportação de carne
05:42bovina brasileira.
05:44Nossa preocupação com a medida tomada pelos Estados Unidos.
05:48Viemos trazer ao governo brasileiro a indicação de que a negociação precisa continuar.
05:54Nossos frigoríficos já estão parando de produzir carne destinada aos Estados Unidos.
05:58Haja vista a incerteza da taxação.
06:02Com essa taxação se torna inviável a exportação de carne bovina aos Estados Unidos, que é o
06:07nosso segundo maior comprador.
06:10Primeiro lugar a China, segundo os Estados Unidos.
06:13E nós temos aí cerca de 30 mil toneladas que estão produzidas, estão no porto ou nas
06:19águas já.
06:20E que é uma preocupação nossa como isso se dará ao desdobro a partir do dia primeiro.
06:26É um volume em torno de 150, 160 milhões de dólares que já estão produzidos e a caminho
06:32dos Estados Unidos.
06:33É uma preocupação adicional ao produtor que tem um impacto numa cadeia que gera 7 milhões
06:38de empregos no Brasil.
06:40E que nós viemos trazer aqui ao governo.
06:42a nossa preocupação dizer que estamos negociando com os importadores nos Estados Unidos e que
06:48estamos também apoiando as negociações do governo federal.
06:52Haja vista o trabalho de abertura de mercados que o ministro Fábio tem feito, muito êxito.
06:57Então nós estamos aqui trazendo a visão do setor produtivo, da pecuária e da indústria
07:02da carne bovina.
07:02A sugestão é de imediato, se possível, uma prorrogação do início dessa taxação.
07:12Existem contratos em andamento.
07:14Não dá tempo até o dia primeiro de desfazer esses contratos, etc.
07:19Mas que nós hoje complementamos a produção americana.
07:23O produto americano está no seu menor ciclo pecuário dos últimos 80 anos e o Brasil exporta
07:29praticamente o que é utilizado na indústria americana para fazer hambúrguer, ou seja,
07:35recortes do dianteiro do boi, carnes não tão consumidas no Brasil, mas que tem importância
07:41econômica para os Estados Unidos.
07:43Então levar essa relevância na negociação para que a gente possa ou ter a prorrogação
07:47ou o retorno.
07:49Lembrando que o setor hoje já é taxado em cerca de 36%.
07:53Então já tem uma alta taxa e esses 50 adicionais seriam praticamente inviáveis para a exportação.
07:59Então o que vai ficar mais caro?
08:01Nos Estados Unidos, com certeza.
08:05Boa tarde a todos.
08:06Márcio Ferreira, presidente do C-Café.
08:09Responde por 97% das exportações de café para todo mundo.
08:13O Brasil exportou ano passado 50,4 milhões de sacas de café, das quais 8 milhões, 8,2
08:20para os Estados Unidos.
08:22Os Estados Unidos é o maior consumidor de café e o Brasil representa 33% de todo o café
08:27consumido lá.
08:28Para cada dólar exportado pelo Brasil, gera 43 dólares na indústria americana.
08:33Os Estados Unidos emprega 2,2 milhões de pessoas no café, na indústria, e 343 bilhões
08:41de dólares são gerados pelo café lá.
08:44O café brasileiro é o café mais positivo, isso é muito importante notar, tanto arábica
08:49quanto robusta.
08:50E o café brasileiro, ele traz o corpo e a doçura que os outros cafés das outras origens
08:56não têm.
08:57Precisamente, não têm.
08:59E a nível de consumidor, o consumidor, ele está satisfeito, feliz com os cafés do Brasil.
09:06Nós, na semana passada, realizamos em Campinas o que foi considerado o maior evento do trade
09:10mundial.
09:11Tivemos presença em 35 países e mais de mil pessoas.
09:15E ali nós já tivemos possibilidade de dialogar com a maior rede de cafeteria do mundo a respeito
09:21da tarifa, quando ainda era 10%, junto com o governo.
09:24E aí fica o nosso agradecimento ao governo por tudo que tem feito, não somente no Brasil,
09:28mas também no exterior.
09:30E o nosso papel é, como foi colocar aqui, dialogar.
09:33Também tive contato com outros importadores, os maiores americanos.
09:37E eles estão exatamente nesse sentido.
09:41É extremamente inflacionário para a população americana.
09:44Café não é produzido nos Estados Unidos, então não concorre contra o agro-americano.
09:48E nós vemos com bons olhos, principalmente, esse momento em que o governo nos chama para
09:53conversar.
09:54E não tem sido diferente, não é por causa da tarifa.
09:57Como eu falei aí, abertura de mercado, viagem para o exterior.
10:01Tive 30 dias na Ásia com o governo.
10:03Então, estou muito feliz de estar aqui e dizer para vocês, nós vamos achar uma solução
10:08e ela será benéfica para todos nós.
10:12Boa tarde a todos.
10:17Pavel Cardoso, presidente da BIC.
10:18Complementando os dados informados pelo Márcio, a BIC representa 90% de todo o consumo nacional
10:26responsável pela transformação da qualidade do café brasileiro.
10:29E complementando essa informação, o equilíbrio das duas nações no que compete ao café.
10:37O café representa 0,86%, mesmo sendo o maior produtor mundial.
10:4340% da produção mundial é o Brasil que representa.
10:46E o ecossistema café representa pouco mais de 0,85% do nosso PIB.
10:51Em comparação ao PIB americano, o café lá naquele país representa 1,2% do PIB americano.
10:5776% dos americanos consomem café.
11:01E a experiência que a indústria nacional está complementando com a indústria americana,
11:07que por lá também negocia esse equilíbrio da relação comercial Brasil-Estados Unidos,
11:14há todo um sentimento do setor de que isso seja resolvido.
11:18Nossos sonoros, pronunciados parabéns ao vice-presidente Gerardo Alckmin,
11:23ao ministro Fávaro e aos ministros que fizeram parte dessa composição,
11:28e todos os pares que aqui sonoramente deram sua voz de que o ambiente é de negociação,
11:34de urgência e de curto prazo para a solução imediata e a manutenção das boas relações comerciais
11:42que o Brasil tem com o país americano há mais de 200 anos.
11:48Boa tarde, meu nome é Ibiapaba Neto, sou presidente da Citrus BR,
11:53associação que representa os exportadores de suco de laranja.
11:56Bem, suco de laranja é um produto importante na pauta de exportação brasileira.
12:0140% das nossas exportações tem como destino o mercado americano,
12:06que no último ano foi responsável por 1,3 bilhão de dólares em receitas.
12:11Nós temos uma complementaridade muito grande com o mercado americano,
12:15que do total que eles importam, 70% é de suco brasileiro.
12:20Então, nós temos ali uma ligação muito forte, uma interdependência com as empresas americanas,
12:25que certamente estão bastante preocupadas também, cientes e atuantes nesse assunto.
12:30Extremamente importante a reunião de hoje com o governo.
12:32Agradeço ao vice-presidente Alckmin, ao ministro Fábio, que tem sido apoiadores desta linha do diálogo
12:40que precisa permanecer.
12:43Ainda tem tempo para negociação, manter o pragmatismo,
12:47e a gente tem confiança que a gente vai conseguir alcançar um bom resultado.
12:51O setor está bastante preocupado com isso, a safra está bem no começo.
12:55A safra começou praticamente no mês passado, em junho, vai até mais ou menos dezembro, janeiro.
13:01E a gente tem uma safra inteira para ser colhida, sem saber se o segundo mercado vai estar disponível ou não.
13:09Porque a tarifa de 50% associada aos 415 dólares por tonelada que o setor já paga,
13:16inclusive a mais do que seus principais concorrentes, certamente inviabiliza.
13:20Então, é isso.
13:21É diálogo, negociação e pragmatismo.
13:24Obrigado.
13:25Eu sou Guilherme Coelho, presidente da Abrafrutas,
13:31Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas.
13:35Nós temos hoje cerca de 2,5 milhões de hectares de frutas e 5 milhões de empregos.
13:41Mas, neste momento, o que mais nos afeta é a safra da manga para os Estados Unidos.
13:47São dois meses e meio, onde o Vale do São Francisco, que produz 90% de toda a manga do Brasil, está em pane.
13:58Por quê?
13:58Nós não sabemos o que fazer.
14:00Essa safra significa 2.500 containers de manga para os Estados Unidos.
14:07Essa safra foi planejada já há seis meses, como todo ano fazemos.
14:11Está tudo organizado em termos de embalagem.
14:14Isso engloba todos, os grandes, os pequenos, os médios produtores de manga.
14:19Nós já temos reservas nos navios.
14:22Nós temos tudo organizado.
14:23Quem vai receber?
14:24Os supermercados.
14:26Enfim, e agora nós estamos bastante inseguros.
14:29Eu quero aqui parabenizar a iniciativa rápida do vice-presidente Geraldo Alckmin,
14:34do governo brasileiro, do ministro Fávaro.
14:37Porque, infelizmente, nós, uma hora dessa, não podemos pegar essa manga e jogar na Europa.
14:42O preço vai desabar.
14:44Não tem logística para isso.
14:45Não podemos colocar essa manga no Brasil, porque vai colapsar o mercado.
14:50Então, urge uma definição.
14:53Urge o bom senso.
14:55Urge a flexibilidade.
14:57Urge um pensamento global, um pensamento geral,
15:01para que nós possamos não ter que deixar manga no pé, desemprego em massa.
15:08E, para isso, nós precisamos estar atentos e dialogando, conversando.
15:12É assim que se resolve.
15:14Isso foi colocado em verso.
15:16Primeiro a taxação, a imposição e depois a conversa.
15:19Não é assim que se faz.
15:21Geralmente, se conversa, conversa, conversa, exaure a conversa.
15:24Quando não dá mais, aí parte para outra coisa.
15:26Então, eu creio que o diálogo vai fazer com que nós voltemos.
15:31E, na minha opinião, eu fico sonhando, sonhando que essa parte de alimentação seja tirada dessas taxações.
15:40O mundo, hoje, tem insegurança alimentar.
15:44São milhares de pessoas que, hoje, tomaram café da manhã e não sabem ou não sabiam o que ia almoçar.
15:50Então, o alimento não pode entrar nessa taxação.
15:53Isso não é sério.
15:56Não é pessoas que pensam na humanidade, que é muito importante.
16:01Quanto é a taxação, hoje, no caso da manga, especificamente?
16:05No caso da manga, não existia.
16:07É 10%.
16:08E aí, parte para 50%.
16:09É inviável.
16:11É inviável mandar manga para os Estados Unidos.
16:13Não tem condição de jogar essa manga toda na Europa.
16:15Não tem condição de jogar.
16:17E a safra está aí.
16:18A safra começa no dia 1º de agosto.
16:21Vamos lá?
16:25Muito obrigado.
16:27Obrigado à presença de todos vocês.
16:28Agradecer ao nosso vice-presidente, Geraldo Alckmin, que foi designado pelo presidente Lula,
16:35para que a gente mantivesse, então, esse completo diálogo aberto,
16:40para que a gente possa sentir, na presença das entidades representativas do setor,
16:45isso vai continuar acontecendo, as angústias e os anseios.
16:48Mas é importante trazer aqui a vocês, desde o primeiro dia do governo do presidente Lula,
16:55desse terceiro mandato, uma das missões dadas ao Ministério da Agricultura,
16:59em parceria com o Ministério das Relações Exteriores, a Apex e o MEDIC,
17:04com o vice-presidente Geraldo Alckmin e a sua equipe,
17:08a ampliação dos mercados para a agropecuária brasileira.
17:11Isso foi feito de forma muito intensa, com o próprio presidente lidando a boa retomada
17:18da diplomacia brasileira, dos fóruns internacionais.
17:22O Brasil, liderando esse processo, gerou uma oportunidade de 393 novos mercados abertos
17:30para a agropecuária brasileira, além das ampliações.
17:33O que significa isso?
17:34Por exemplo, os Estados Unidos já eram um mercado aberto para a carne bovina,
17:40mas só nos últimos anos é crescente.
17:44Do ano passado para esse ano, por exemplo, a carne bovina saiu de 220 mil toneladas,
17:51nos primeiros seis meses desse ano, 190 mil toneladas.
17:55Chegaríamos a 400 mil toneladas.
17:57Para a China, foram 52 novas habilitações de plantas frigoríficas.
18:04Isso tudo gera oportunidade de crescimento econômico, geração de emprego,
18:09e isso está reverberando na economia brasileira.
18:13A determinação do presidente Lula é que este papel agora seja intensificado,
18:18achar as alternativas para esta produção brasileira.
18:22Quando a gente lança o maior plano safra da história desse país,
18:26que vem suceder os outros dois recordes deste governo com a super safra brasileira,
18:32é para que a gente possa abastecer o mercado local, combater a inflação de alimentos
18:37e excedentes para exportar, gerando crescimento.
18:40Nós vamos, então, intensificar a busca de alternativas,
18:44mas já no reconhecimento de que não é possível, em 10 ou 15 dias,
18:48dar destino a tudo isso que se produz no Brasil e é vendido para os Estados Unidos.
18:53O diálogo está aberto da parte brasileira, mas com respeito à soberania e com muita altivez.
18:58O decreto instituiu o comitê formado pelos ministérios, da indústria, da fazenda, da casa civil,
19:28do Ministério das Relações Exteriores e regulamentou a lei da reciprocidade.
19:35Então, temos a lei, o decreto agora regulamentando a lei e, de outro lado, o comitê instalado
19:42e para ouvirmos o setor produtivo.
19:46Ouvimos a indústria, agora o agro, agora no período da tarde,
19:50de amanhã, continua com empresários americanos e brasileiros,
19:55organizações do cooperativismo, CNA, CNC, outros setores que querem ser ouvido.
20:03Então, acho que nós temos aí os próximos dias muito importantes
20:06para a gente reverter um quadro que não tem a menor lógica do ponto de vista econômico,
20:12nem comercial, é prejudicial ao Brasil e é prejudicial aos Estados Unidos.
20:17As ferramentas têm duas opções, em que opção, em que momento o governo pode falar?
20:22Obrigada.
20:23Obrigada.
20:31Bom, tivemos aí, então, a manifestação do vice-presidente Geraldo Alckmin,
20:35que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços,
20:39também do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro,
20:42e vários empresários aí de setores afetados, setores que têm nos Estados Unidos um mercado importante.
20:49Todos eles participaram há pouco de uma reunião no Palácio do Planalto
20:52exatamente para discutir o tarifácio no âmbito do agronegócio brasileiro.
20:57Representantes do agro, conversando com representantes do governo brasileiro,
21:00para decidir o que fazer daqui para frente, quais vão ser os próximos passos.
21:05Ficou muito evidente aqui pelas manifestações de todos,
21:08o caráter de urgência, já que o tarifácio, a nova tarifa de Donald Trump,
21:14essa de 50% sobre produtos brasileiros, começa a valer no dia 1º de agosto,
21:19portanto, daqui a menos de duas semanas.
21:21E vimos aí algumas manifestações muito importantes de setores extremamente preocupados,
21:27porque esses produtos já estão, muitos deles já estão embarcados,
21:31inclusive, para seguir para os Estados Unidos.
21:33A gente ouviu, por exemplo, a manifestação da ABEC,
21:37que é a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne Bovina,
21:41dizendo que os Estados Unidos são o segundo maior comprador da carne bovina do Brasil,
21:46que 50% de tarifa inviabiliza completamente esse comércio,
21:51e que 30 mil toneladas de carne bovina brasileira já estão produzidas, prontas,
21:57parte disso, inclusive, já no Porto, para embarcar com o comprador definido,
22:01evidentemente, naquele país, são 150 milhões de dólares em carne bovina,
22:06e aí como é que fica essa carne toda?
22:08Embarca, não embarca?
22:09Vai ter tarifa já sobre isso?
22:11É uma insegurança muito grande sobre esse setor.
22:15Tivemos manifestações também, por exemplo, do setor de sucos cítricos,
22:19mais especificamente tratando do suco de laranja,
22:2340% das exportações brasileiras de suco de laranja vão para os Estados Unidos,
22:28existe uma safra inteira a ser colhida,
22:31e o setor vai colher essa safra sem saber se o segundo maior mercado no mundo
22:35para o suco de laranja brasileiro vai estar acessível ou não vai estar acessível.
22:41A mesma coisa aqui com frutas, vimos aqui a questão da manga,
22:45a safra da manga começa exatamente no dia 1º de agosto,
22:47que é quando se inicia também a validade desse tarifácio de 50%.
22:54Portanto, muitas discussões aqui em Brasília,
22:58novas reuniões vão ser realizadas,
23:00esse é um pouco um resumo do que aconteceu agora há pouco
23:03nessa reunião no Palácio do Planalto.
23:04Obrigado.
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