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A guerra tarifária entre EUA e China beneficiou o Brasil nas exportações de soja, milho, carne e frango. Welber Barral, consultor em comércio internacional, analisou o impacto, destacando oportunidades no Sudeste Asiático e os desafios logísticos brasileiros. O país aumenta sua presença como fornecedor global.

Acompanhe a cobertura em tempo real da guerra tarifária, com exclusividade CNBC: https://timesbrasil.com.br/guerra-comercial/

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Transcrição
00:002 horas e 58 minutos, estamos de volta com Fast Money.
00:05A guerra tarifária está afetando também as exportações dos Estados Unidos.
00:09O país norte-americano está deixando de faturar bilhões de dólares em vendas de soja para a China,
00:16que já garantiu 7,4 milhões de toneladas de soja, a maioria vinda de países sul-americanos.
00:23E neste ano, a China ainda não fechou nenhum carregamento da nova safra norte-americana.
00:27Então nós vamos entender um pouquinho mais sobre esses impactos
00:30e se o Brasil pode ser beneficiado com o consultor em comércio internacional, o Elber Barral.
00:37Oi, Elber, muito boa tarde para você, seja bem-vindo, tudo bem contigo?
00:42Tudo ótimo, Brasil pra vocês.
00:44Tudo jóia também, Elber. Estamos aqui com o Felipe Machado, nosso analista para participar deste bate-papo.
00:50Elber, a gente viu um movimento interessante da soja brasileira para a China desde março,
00:55meados de março, que deu um up nos pedidos, nos carregamentos da soja brasileira para a China.
01:01A China, que acabou vindo mais forte, inclusive, para a América do Sul, que além do Brasil,
01:05está comprando também da Argentina e do Uruguai em detrimento dessa soja norte-americana,
01:10que começa aí aquela intriga, aquela guerra tarifária polarizada entre Estados Unidos e China lá em meados de abril.
01:16E depois disso, os Estados Unidos perderam o mercado, inclusive os produtores de soja lá dos Estados Unidos
01:22pressionaram o Donald Trump por causa disso.
01:25Você acha que o Brasil pode se beneficiar ainda mais e se tornar realmente o primeiro vendedor, né,
01:33para a China dessa commodity?
01:36Pode, Eric.
01:37Bom, a primeira observação é que esse não é um fenômeno novo, tá?
01:41Em 2017, quando os Estados Unidos começaram a aplicar medidas de tarifárias adicionais,
01:47inicialmente contra aço e alumínio, e a China foi muito atingida,
01:51depois eles aplicaram a medida 301 contra a China,
01:54e aí houve o direcionamento de compra de produtos chineses para o Brasil.
01:59O Brasil ganhou muito espaço na soja, na carne, no milho e no frango.
02:04Houve também muita exportação de pouco, mas o pouco teve a ver também com a queda de produção chinesa
02:10por conta da febre suína que eles enfrentaram.
02:14Mas nesses outros mercados, claramente, houve um direcionamento para a compra de produtos brasileiros.
02:20O Brasil ganhou muito mais espaço no mercado chinês, em detrimento das exportações americanas.
02:26Weber, boa tarde para você.
02:27Weber, além da soja, que outros produtos brasileiros você vê potencial para substituir os Estados Unidos
02:35nessa nova negociação, nesse novo cenário com a China?
02:41Filipe, além da China, é bom lembrar que Estados Unidos e Brasil competem com vários mercados na Ásia,
02:49e alguns mercados importantes.
02:50A Indonésia é um mercado de 280 milhões de habitantes,
02:53aí tem Vietnã, Malásia, Filipinas, são todos mercados médios, não tão relevantes quanto as Chinas,
03:00mas que tem uma disputa ali entre Brasil e Estados Unidos nesses produtos que eu mencionei,
03:08principalmente alimentos.
03:09Então, o milho é muito importado até para a produção de ração, de alimentos daqueles países.
03:15Hoje mesmo, a notícia é que a China aprovou a importação de sorbo do Brasil,
03:21que é uma produção menor, mas também relevante.
03:24Você tem carne que...
03:25A China já é o maior importador da carne brasileira,
03:28e a carne brasileira é 50% das importações de carne da China.
03:33E, claro, o frango brasileiro também é muito competitivo no mundo inteiro.
03:37Todos esses produtos também competem com os produtos americanos,
03:40e se, de um lado, há uma preferência e vai haver uma preferência por compra de produtos brasileiros,
03:46por outro lado, os Estados Unidos estão tentando fechar contos com esses países.
03:50Já aconteceu com a Indonésia, não tem um acordo formal ainda,
03:53mas tem um acordo anunciado com a Indonésia e com as Filipinas, por exemplo,
03:58que poderia também desviar as exportações brasileiras desses mercados,
04:03porque a exportação brasileira continuaria a pagar tarifa.
04:06E os Estados Unidos, em teoria, entrariam com tarifa zero.
04:09O Brasil pode atravessar aí, vamos dizer, essa relação, essa negociação,
04:16porque no mês que vem o presidente Lula, inclusive, vai participar do encontro do Bloco ASEAN,
04:22que é dos países do Sudeste Asiático, como você citou, Vietnã, enfim, Malásia, Camboja,
04:27e justamente ele vai participar para tentar ampliar o mercado brasileiro nesses players,
04:34que são players interessantes, com poder aquisitivo também interessante.
04:38E a gente vê, por exemplo, que já há uma demanda também pelo milho,
04:41o Brasil que passou a ser maior exportador de milho, inclusive, em relação aos Estados Unidos.
04:46É importante realmente essa relação para abrir ainda mais o mercado do Sudeste Asiático para o Brasil
04:52e com outros produtos, como milho, por exemplo?
04:54Exato. Como você observou, esses países, todos esses países estão passando por um processo de aumento de renda.
05:03De um lado, a Ásia tem se tornado o centro dinâmico da economia mundial.
05:07Então, você começa a ter muito investimento naquela região, aumento de renda,
05:11isso provoca aumento de consumo de alimentos e, principalmente, proteínas.
05:15Então, isso abre um grande mercado nas exportações agrícolas brasileiras.
05:20De outro lado, os três grandes produtores mundiais são Brasil, Argentina e Estados Unidos,
05:26em quase todos esses produtos.
05:28Então, são esses os concorrentes pelo mercado asiático.
05:31O Brasil tem uma grande dificuldade, que é o custo logístico do Brasil.
05:37O custo logístico do Brasil acaba tirando um pouco da competitividade brasileira,
05:40que poderia ter maior entrada ainda nesses mercados.
05:44Mas, independentemente disso, o Brasil é muito competitivo
05:47e o Brasil vai conseguir, seguramente, aumentar participação
05:50desde que não haja acordo dos Estados Unidos que possam desviar exportação brasileira
05:58e, no caso da China, que é o grande mercado consumidor,
06:01continue havendo uma preferência pela aquisição de produtos brasileiros.
06:05O Elber Barral, queria muito agradecer a sua participação conosco aqui no Fast Money.
06:10É sempre um prazer conversar contigo.
06:12Uma ótima quinta-feira, um grande abraço, viu?
06:15Muito obrigado, um abraço.
06:17Obrigado.
06:18Já, já a gente conversa.
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