Joseph Couri, presidente do Simpi, analisou os efeitos do tarifário de 50% dos EUA para produtos brasileiros. Ele detalhou impactos, medidas de apoio e o otimismo das empresas mesmo diante de desafios e negociações internacionais.
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00:00E completamos um mês da tarifa de 50% já valendo em vigor sobre produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos.
00:09Empresários de diferentes setores já sentem os impactos do tarifácio e não à toa há um grupo que a gente está acompanhando bem de perto de empresários lá no país norte-americano tentando reverter as tarifas para o Brasil.
00:21A gente vai saber agora dos impactos delas das tarifas para micro e pequenas empresas né indústrias especificamente a conversa agora ao vivo é com o Joseph Cury que é presidente do sindicato da micro e pequena indústria nacional o SINP.
00:35Bem-vindo de volta ao Fast Money prazer receber o senhor aqui.
00:38Prazer é nosso muito obrigado pelo convite.
00:41Felipe Machado boa tarde também.
00:43Tudo bem.
00:44Obrigado.
00:45Bom vamos lá vou começar com a pergunta aqui depois passo para o Felipe também questionar o senhor.
00:50é a gente então completou já um mês né passou voando da entrada em vigor dessa tarifa sobre os produtos brasileiros o que que já dá para a gente medir então em termos de impacto real com esse olhar para micro e pequenas indústrias que costumam ter uma margem de fôlego menor né.
01:07Bastante espremido.
01:09É indiscutivelmente o 65% das empresas estão fora desse tarifácio felizmente.
01:20Porque não são afetadas não são afetadas 46% tiveram isenções e 19% caíram na regra geral 35% e esse número vem diminuindo estão sim afetadas diretamente pela tarifa dos 50%.
01:39Por que que que esse número vem diminuindo por exemplo carnes é diminuiu porque outros países substituíram essas aquisições.
01:50E esse é um exemplo de que felizmente isto vem melhorando a busca do diálogo direto com os fornecedores e clientes Brasil Estados Unidos está evoluindo cada vez mais.
02:06Mas ainda existem claro toda a regulamentação que dependem dos países e essa comitiva que está nos Estados Unidos que nós desejamos muito êxito nessa negociação.
02:20Está tentando buscar novos caminhos novas aberturas mas cada vez mais fica nítido inclusive foi dito pelo representante americano que é um problema político e não um problema econômico.
02:37O que leva também a novos caminhos que nós esperamos que nós esperamos que a maturidade dos países possa ser aquilo que nós falamos há um mês atrás.
02:48Que o diálogo que a negociação prevaleça em prol de todos.
02:53Do povo americano, do povo brasileiro, do governo americano, do governo brasileiro e dos governos do mundo.
02:59Acreditamos que essa negociação vai melhorar.
03:03Não no curto prazo, não essa semana, mas é um processo que está se abrindo.
03:09Eu tenho certeza que essa comitiva brasileira voltará ao Brasil, negociará com as autoridades brasileiras buscando caminhos novos nessa grande negociação que é questão de tempo terá que dar certo.
03:23Vai dar certo, com certeza.
03:25Vamos lá, pensamento positivo.
03:26Isso aí, gostei do otimizo. Boa tarde para o senhor.
03:29O senhor falou, dividiu em alguns grupos, então quer dizer o grupo que está afetado pelas tarifas, o grupo que está conseguindo de certa forma, o grupo que foi isento das tarifas e o grupo que está recebendo as tarifas menores, as mínimas tarifas como todo mundo.
03:44Esse grupo que não está isento, que está sofrendo com as tarifas, eles estão também buscando outros mercados?
03:49Como é que eles estão, ao mesmo tempo que eles estão discutindo, tentando entrar na nova lista de isentos, vamos dizer assim, eles estão também tentando outros mercados, outros países para poder fazer as suas exportações?
04:01Eu acho que nesse meio tempo, porque você não conquista um novo mercado instantaneamente, é um processo gradual, sucessivo e lento.
04:10Mas nesse novo caminho, felizmente, elas estão conseguindo prorrogação de prazo de imposto, que todas as empresas que estão no Simples tiveram por parte do governo federal prorrogação do prazo de pagamento.
04:25Aqueles que têm algum tipo de parcelamento também conseguiram, por medidas governamentais brasileiras, a prorrogação desse pagamento.
04:34Então, isso traz um percentual de alívio para aquelas empresas que tiveram impacto superior a 5% do seu faturamento nas exportações.
04:46Em paralelo, sim, negociações estão ocorrendo, tentativas estão sendo abertas, algumas com sucesso, outras ainda sem sucesso, mas é um processo, é um aprendizado.
04:59Mas as empresas mais impactadas, ou seja, aquelas com mais do que 5% do seu faturamento, elas estão tendo, sim, apoios diretos e indiretos.
05:12Não só a nível federal, mas a nível estadual, com linhas de crédito, com prorrogação de impostos, com iniciativas de cursos para exportação, com caminhos novos que estão se abrindo cada vez mais.
05:27E o humor do senhor é de otimismo, a gente já captou aqui, está esperançoso.
05:34Agora, esses empresários que o senhor acompanha de perto pelo CIMP, o que o senhor sente do humor deles, das expectativas?
05:43Porque a gente ouve muito sobre apreensão, sobre uma paralisação ali nos planos de investimento.
05:49Na prática, o que tem acontecido com esses 35%, eu imagino.
05:53Você divide isso em vários grupos.
05:57Você tem grupos onde o impacto foi extremamente maior, porque representa muito mais no seu faturamento, é de pânico geral, é de desespero, é de paralisação, de redução de atividade.
06:12Isso em setores específicos?
06:14Isso em atividades específicas, em empresas específicas.
06:18Porque você pode ter, numa mesma atividade, por exemplo, madeira, alguém que exporta 5% do seu faturamento ou alguém que exporta 95%.
06:30E o impacto é diferenciado.
06:32Aqui do 95% é um cenário, o do 5% é o outro.
06:37Então, você tem desde medidas de realmente desespero, de buscar caminhos e que está sendo fortemente impactado, até empresas que vão passar por isso tranquilamente.
06:51Mas, com medidas e também uma nova visão, um novo sucesso que está se abrindo nessas negociações entre os Estados Unidos e Brasil, no cenário empresário para empresário.
07:06Você tem empresários que estão pagando parte do tarifácio, isso é que podemos chamar assim, no exterior e parte local.
07:17Na negociação entre empresas, outras empresas não têm condição de dar esse repasso.
07:22Então, ele está dando um desconto momentâneo para aquele lote.
07:25Ou seja, buscando caminhos, sempre no diálogo e na negociação.
07:31E ela prevalecerá, e eu não tenho dúvida.
07:33É questão de tempo, mas vai dar certo.
07:37Vai dar certo.
07:38É, um mês, né? Passou tão rapidinho.
07:40É, certamente.
07:40Seu José, eu gostaria de saber a opinião do senhor sobre justamente o senhor falou desse plano de contingência do governo, né?
07:45Alguns planos que são também mais regionais dos Estados.
07:48Quero que o senhor avaliasse, foram medidas boas, são suficientes?
07:52Como é que o senhor avalia essa medida do governo?
07:55Se está ajudando realmente, se está compensando as perdas dos empresários?
07:59Eu acho que são medidas proativas, são medidas muito bem-vindas.
08:04Em certos casos, eu diria até que na maioria dos casos, vai resolver amenizar a situação.
08:11Não vai resolver, mas ameniza.
08:14É muito bem-vinda, tanto dos governos estaduais como do governo federal.
08:19E vários estados já estão tomando medidas nesse sentido.
08:23E elas são necessárias para a manutenção da atividade empresarial,
08:28para a manutenção da atividade econômica, a própria medida,
08:32e, consequentemente, emprego e arrecadação tributária.
08:36Em alguns casos, infelizmente, você não tem um horizonte tão produtivo.
08:43Mas, mesmo nesses casos mais radicais, medidas estão sendo buscadas para tentar aliviar isso.
08:51Como, por exemplo, essa comissão que foi aos Estados Unidos.
08:55Comissões estão indo a vários países do mundo buscando alternativas.
09:00Nós acreditamos que, no final da linha, todo esse impacto que nós estamos tendo
09:08vai repercutir, a se manter esse cenário, em 0,3% do PIB.
09:15O que significa que o Brasil crescerá, mesmo se houver a manutenção desse tarifácio.
09:22Claro que nós queremos crescer muito mais, claro que nós queremos plena atividade empresarial,
09:27mas, acima de tudo, nós queremos o diálogo e a negociação e a prosperidade
09:33para os importadores americanos e exportadores americanos
09:38e para os exportadores e importadores brasileiros.
09:41Nós queremos a prosperidade para todos.
09:45E é isso que eu acho que tem que ser a busca do diálogo e do entendimento.
09:49Só não pode piorar, não é?
09:51Não, nós esperamos que não piore.
09:53Nós esperamos que...
09:56Eu acho que, se é que eu posso dizer o meu desejo,
10:02é que toda essa sinalização das comitivas,
10:06que estão sendo atendidas pelo Estado americano e não pelo Tesouro,
10:12ou seja, negociação comercial,
10:15possa até evitar ou tentar evitar uma piora de cenário
10:19e possa trazer melhorias no cenário.
10:24Mas eu acho que aquilo que a gente não demonstra,
10:27aquilo que não se fala claramente,
10:30fica no subentendido do mau negócio.
10:34E o bom negócio é dizer a verdade de forma transparente
10:37e buscando entendimento.
10:39Diálogo sempre.
10:40Quero agradecer o senhor Joseph Kuri,
10:42presidente do SINP Nacional,
10:43participando ao vivo aqui com a gente do Fast Money.
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