Pular para o playerIr para o conteúdo principal
Leonardo Trevisan, economista e professor de Relações Internacionais da ESPM, analisa como o Brasil pode se beneficiar da nova escalada da guerra comercial entre EUA e China, usando suas reservas de terras raras como trunfo nas negociações. Ele também comenta o impacto político do Nobel da Paz concedido à venezuelana María Corina Machado.

Acompanhe a cobertura em tempo real da guerra tarifária, com exclusividade CNBC: https://timesbrasil.com.br/guerra-comercial/

🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC nas redes sociais: @otimesbrasil

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

#CNBCNoBrasil
#JornalismoDeNegócios
#TimesBrasilCNBC

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Bom, e para entender o que está em jogo neste novo capítulo da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo,
00:06eu convido o Leonardo Trevisan, economista e professor de Relações Internacionais da ESPM,
00:12para participar aqui conosco do Radar.
00:14Oi, professor Trevisan, muito boa noite para o senhor, tudo bem contigo?
00:18Muito bom, Eric, tudo bem, como está você? Obrigado pelo convite, boa noite a todos.
00:24Nós que agradecemos, muito bom, uma honra tê-lo aqui.
00:26Eu vou chamar também o nosso analista, o Eduardo Gair, lá em Brasília, para participar deste nosso bate-papo.
00:32Tá bom, professor Trevisan? Oi, Gair, muito boa noite para você.
00:36Gair já está aqui conosco também? Já já ele entra para participar.
00:39E aí, legal, boa noite, Gair, tudo bem contigo? Seja bem-vindo, tá?
00:43Eu vou começar com o senhor, professor Trevisan.
00:47Já assim, num viés mais otimista, professor Trevisan, o Brasil, que tem a segunda maior reserva de terras raras do mundo,
00:54poderia se beneficiar desta escalada tarifária ou dessa guerra comercial entre Estados Unidos e China,
01:03já que nós temos um ponto sensível que é justamente, segundo o Trump, essa restrição de Pequim aos minerais críticos.
01:10O Brasil tem aqui uma boa reserva, segunda maior do mundo, precisando aí de investimento para exploração.
01:18Poderia ser a hora aí de negociar forte com os Estados Unidos, até com moeda de troca para o tarifácio de Trump aos produtos brasileiros?
01:26Isso. Isso é bastante provável que aconteça, né?
01:31O problema está em nós sabermos exatamente os limites desse processo.
01:38Sabe, Eric, quando a gente fala de terras raras, são 17 produtos, 12 deles os principais, né?
01:46De alta sofisticação tecnológica, né?
01:49Um ponto central dessa sofisticação não é apenas a extração, é o processamento.
01:58Aí é que está o problema.
02:00A China, por exemplo, domina 60% da extração.
02:05Eles são os donos da maior reserva.
02:08Porém, o maior obstáculo aí, o maior problema está no processo de uso desses metais extraídos.
02:20O processamento é muito complexo.
02:23O que você separa do urânio é um processo bem difícil e que os chineses, de certa forma,
02:30acumularam muito conhecimento e muita escala nesse processo.
02:35Para você ter uma ideia do que nós estamos falando, eles são 60% da extração, mas são 90% do processamento.
02:43Ou seja, você extrai terras raras, metais, chamados de terras raras, de vários lugares do mundo.
02:50O Aberdejão faz, o Cazaquistão faz, até mesmo certos países asiáticos conseguem,
02:58mas é tudo mandado para processamento na China.
03:01Então, nós teremos que ter cuidado, porque, na verdade, nós temos que nos informar bem do que se trata.
03:08A extração é um processo.
03:11A industrialização disso, o processamento, é outro processo.
03:16Os Estados Unidos não dominam toda a tecnologia.
03:20Eu vou repetir isso, porque isso é ponto importante.
03:22Os Estados Unidos não dominam toda a estrutura de processamento.
03:27Tanto que compram dos chineses exatamente por isso.
03:29O pulo do gato, no caso chinês, não é só a terra rara, é o domínio desse processamento.
03:37Isso é que torna mais difícil.
03:39A nossa negociação vai acabar envolvendo China, porque nós extraímos aqui,
03:44mandamos para a China processar para devolver para os Estados Unidos.
03:48É um processo bastante complexo, pode acreditar.
03:51É muito interessante, então, esse detalhe que o senhor trouxe, esse recorte,
03:57de que não é só explorar, precisa também saber trabalhar, dominar essa técnica de trabalho.
04:02Lembrando que nós temos aqui um ponto mais forte de exploração,
04:06que é lá em Minas, em Goiás, que é justamente feito pela Companhia Serra Verde,
04:10que é uma companhia norte-americana.
04:12Ô, Gair, entra aqui, participe conosco dessa conversa,
04:16e fique à vontade para fazer pergunta também para o professor Trevisar.
04:19Professor, esse recrudescimento nas tensões entre os Estados Unidos e a China
04:27facilita ou dificulta a negociação entre os Estados Unidos e o Brasil,
04:32na avaliação do senhor?
04:34E já complementando, essa prova da instabilidade da política externa americana,
04:39porque a relação com a China tem sido marcada por vai e vens,
04:41é um alerta de que o Brasil, na sua avaliação,
04:45não pode ficar tão animado com essa conversa com os Estados Unidos,
04:51porque tudo pode dar para trás no final?
04:54Essa, a característica, Eduardo, a característica principal do senhor Trump
05:00é a imprevisibilidade.
05:01Nós já acompanhamos isso, né?
05:04O presidente Lula passou de um quase inimigo
05:09para um amigo de boa química, mas em segundos, né?
05:13Aliás, com um tempo marcado, 39 segundos, né?
05:17Então, de alguma forma, é imprevisível.
05:20Eu acho que você levanta um ponto essencial, Eduardo, cautela, né?
05:25Porque, de algum modo,
05:28talvez nós tenhamos que pensar em termos das moedas de troca
05:33que nos serão exigidas, né?
05:36Uma delas será as terras raras,
05:38mas é o que nós estávamos comentando antes, né?
05:42O presidente Lula já deixou bem claro
05:45que pretende não apenas ser mais um minério extraído,
05:49que nós teríamos um processo de aproveitamento,
05:53de industrialização, de valor agregado aqui no Brasil.
05:56Isso é difícil, né?
05:58O que a Serra Verde faz é extrair esse minério,
06:03essas terras raras,
06:04e também utilizar o processamento chinês,
06:08por causa de um problema de escala,
06:09porque custa muito caro.
06:11Só o processo de você separar do minério das terras raras,
06:16o potencial de urânio,
06:17é de uma sofisticação tecnológica alta,
06:20e precisa escala para fazer esse investimento.
06:23Isso não quer dizer
06:24que os Estados Unidos não tenham esse conhecimento tecnológico.
06:28O que é preciso ver,
06:30conhecimento tecnológico é uma coisa,
06:32escala industrial para que isso se transforme
06:35em algo rentável é outra.
06:38É isso que a China tem.
06:40Eu repito,
06:41ela domina 90% do processamento.
06:44Várias partes do mundo extraem terras raras,
06:47minérios das terras raras,
06:48mandam para a China processar e ela vende.
06:50É essa a realidade.
06:53Então, nós temos aí uma cautela grande.
06:56É claro que nós temos cautela em outros assuntos,
06:59nesse acordo,
07:00nesse possível acordo com os Estados Unidos,
07:03nesse processo.
07:06Como será a questão do café,
07:08como será a questão de outros pontos
07:10que seguem tarifários.
07:12Em outras palavras,
07:13nós temos 46% de isenção de tarifa,
07:17já combinado,
07:18já conseguido pela diplomacia brasileira,
07:20mais faltam os outros 35%.
07:23Professor Trevisan,
07:25em contrapartida a isso que o Gair falou,
07:28e que o senhor colocou bem,
07:30que o Brasil precisa ter cautela agora
07:32nesta negociação com os Estados Unidos,
07:34já que Donald Trump é imprevisível,
07:36é a primeira vez que eu me lembre
07:38que um presidente brasileiro é convidado
07:39para essa cúpula da ASEAN,
07:41lá no sudeste asiático,
07:43lá na Malásia,
07:44e Trump deve circular por lá também.
07:48E o presidente norte-americano,
07:50ele vai ver de perto
07:51que há uma grande aproximação,
07:53além da China com o Brasil,
07:54o Brasil com os países do sudeste asiático.
07:57E ele escolhe pontualmente
07:59os momentos da briga.
08:00Quando ele lá atrás, em abril,
08:02começou aquela escalada tarifária com a China,
08:05ele deixou o Brasil de fora,
08:06inclusive do tarifácio.
08:07O Brasil, naquele momento,
08:08tinha 10%.
08:09Depois se arrefeceu
08:11aquela briga comercial com a China,
08:14e ele apontou, por exemplo,
08:15o foco para Canadá e México.
08:17Aí, depois que ele voltou ali
08:19as antenas ou a mira para o Brasil.
08:23Neste momento que ele volta a brigar com a China,
08:25é mais difícil agora ele querer
08:27não fazer um acordo
08:29ou voltar a brigar com o Brasil,
08:31sendo que ele poderia ficar ainda mais isolado
08:33com essa proximidade do Brasil
08:35com os países da Ásia?
08:38Essa pergunta é muito interessante,
08:40muito bem lembrada, Eric.
08:42O Brasil pode aproveitar essa mira muito diversa,
08:48essa difusão de mira que o presidente Trump costuma utilizar.
08:54Eu vou lembrar um país que vai deixar mais claro
08:58o que você explicou, o Vietnã, por exemplo.
09:00O Vietnã foi de uma tarifa de 49% no primeiro lance
09:04para 20% depois que fechou uma série de acordos,
09:08incluindo a cautelosa, difícil situação,
09:15muito delicada, de reexportação.
09:18Aquilo que era produzido na China,
09:20produzido com indústrias chinesas no Vietnã,
09:23exportado para os Estados Unidos.
09:25Então, o Vietnã aproveitou a tensão com a China
09:29para ganhar espaço.
09:30Nós podemos fazer o mesmo.
09:32Não há dúvida nenhuma.
09:34Nós podemos fazer o mesmo.
09:35Aproveitar o momento de tensão
09:36para ganhar mais espaço.
09:38Nós temos oportunidades muito grandes
09:41em relação de certas mercadorias,
09:44certas integrações de cadeia produtiva
09:46que os chineses têm com os Estados Unidos
09:49que nós poderíamos utilizar.
09:51Então, isso é um fato real.
09:53Mas o inverso é verdadeiro também.
09:57Nós temos que prestar atenção
09:59que às vezes pode ser vantagem para nós
10:01olhar para o lado chinês.
10:03Enfim, nós estamos em um momento bem definidor
10:07e um momento de bastante tensão,
10:10mas um momento de bastante interesse econômico.
10:14Crise também quer dizer oportunidade.
10:16E não é só em ideograma chinês.
10:18Então, portanto, nós podemos aproveitar
10:20essa conferência de cooperação da Asia e na Malásia
10:27para abrir negócios,
10:29porque nós temos já bastante estradas
10:32pavimentadas com vários parceiros asiáticos.
10:36Professor Trevisan, eu queria mudar um pouquinho de assunto,
10:39mas é importante ter o seu olhar também nesse assunto.
10:42Queria que o senhor ficasse mais um pouquinho com a gente,
10:44porque hoje a líder da oposição na Venezuela,
10:46Maria Corina Machado, recebeu o Nobel da Paz
10:49por sua resistência ao regime autoritário de Nicolás Maduro.
10:53O prêmio concedido nesta sexta-feira
10:55reconhece a luta pela democracia e pelos direitos civis
10:58em meio à crise política humanitária no país.
11:01E eu queria acionar o nosso analista Eduardo Gai,
11:03lá em Brasília,
11:04para saber como que a notícia foi recebida aí na capital federal,
11:07até porque Corina criticou o presidente Lula no ano passado,
11:12que também havia feito críticas a ela,
11:15que ela foi impedida de se candidatar,
11:18de concorrer à eleição presidencial em 2024,
11:21e acabou chorando,
11:22ela foi considerada inelegível pela Suprema Corte venezuelana.
11:28E aí o presidente Lula disse assim,
11:30ah, eu quando fui impedido de me eleger,
11:34eu não fiquei chorando.
11:35E como que então foi recebido esse prêmio Nobel aí
11:39no Palácio do Planalto, hein, Gai?
11:44Eric, dois pontos nessa história.
11:46Primeiro que o prêmio Nobel para Maria Corina Machado
11:49dá munição para a oposição ao presidente Lula desgastá-lo,
11:53principalmente nas redes sociais,
11:55porque ele ironizou,
11:57disse que ela não deveria ficar chorando,
11:58e agora ela recebe esse importante reconhecimento internacional.
12:03Isso já tem sido utilizado nas redes sociais.
12:06Quando o presidente Lula fez essa comparação com 2018,
12:09ele só explicou que o Brasil não era uma ditadura em 2018,
12:15enquanto a Venezuela era uma ditadura em 2024,
12:17é um regime autoritário hoje, enfim.
12:19Existe essa diferença fundamental.
12:20Mas para além da utilização política por parte da oposição,
12:26que é algo até natural no regime democrático como o brasileiro,
12:29fontes aqui do Palácio do Planalto dizem que,
12:32com o prêmio entregue a Maria Corina Machado,
12:35a questão da Venezuela ganha um novo holofote sobre ela,
12:39porque volta a ter ainda mais importância.
12:42Hoje foi assunto em todos os jornais do mundo.
12:44Então, que o tema da Venezuela agora ainda mais provavelmente
12:48deve entrar na conversa presencial,
12:51que deve acontecer no final da semana que vem,
12:53entre o secretário de Estado americano,
12:55Marco Rubio,
12:56e o chanceler brasileiro,
12:58Mauro Vieira.
12:59Os Estados Unidos já sinalizaram a disposição
13:02e a vontade até,
13:03de discutir a questão da Venezuela com o Brasil,
13:05quando naquela nota,
13:06a imprensa divulgada após o telefonema
13:09entre Marco Rubio e Mauro Vieira,
13:11dizendo que existia o interesse de discutir pautas regionais,
13:16o que o governo brasileiro entendeu como discussão sobre a Venezuela.
13:20Aqui do lado do governo brasileiro,
13:22há sim a disposição e também tudo bem pelo governo brasileiro
13:25discutir a Venezuela até para evitar uma crise humanitária.
13:29Mas o Brasil não abre mão daquele conceito
13:32de autodeterminação dos povos.
13:34Ou seja, se Donald Trump ou Marco Rubio
13:37quiserem discutir no âmbito de uma interferência,
13:40de uma intervenção no regime de Maduro,
13:43aí não, o Brasil não vai conversar nesses termos.
13:45De qualquer forma, Eric,
13:46Maria Corina ganha em um holofote internacional,
13:49esse assunto volta a ter uma importância
13:51e o presidente Lula acabou ficando exposto nessa história toda,
13:54porque uma pessoa a quem deu muitas críticas no passado
13:58acaba ganhando um prêmio internacional importante,
14:02embora a conotação tenha sido,
14:04é bem verdade, mais política
14:05do que propriamente um reconhecimento à paz.
14:08Eric.
14:08Obrigado, viu, Gair.
14:09Vamos, então, falar com o professor Leonardo Trevisan.
14:13Eu queria saber a avaliação do senhor
14:15ou o seu olhar sobre esse prêmio Nobel para a Corina Machado,
14:19até num outro viés, né?
14:21A gente vê aí que aqui no Brasil pode ter,
14:25vamos dizer assim,
14:26reflexos negativos para o presidente Lula,
14:29de forma política,
14:31e dá munição também para os Estados Unidos
14:33em relação a essa ação,
14:35ou pelo menos esse cercamento que os norte-americanos estão fazendo ali no Caribe, né,
14:41para uma possível intervenção na Venezuela, professor Trevisan.
14:46Olha, primeira situação que nós temos que levantar, né,
14:51é que esse prêmio Nobel,
14:53ele tem duas faces, né?
14:57Primeiro,
14:57é a face de respeito à democracia,
15:00isso é importante, né?
15:02Ele só não pode se transformar,
15:05exatamente porque é respeito à democracia,
15:07porque é Nobel da Paz,
15:09exatamente,
15:10em uma autorização para uma intervenção armada.
15:13Em outras palavras,
15:13você não pode usar um prêmio Nobel da Paz
15:16para fazer uma guerra.
15:17É uma situação, né,
15:19bem clara,
15:20paradoxa, né?
15:21Exatamente, né?
15:23Então, uma coisa é uma coisa,
15:25outra coisa é outra coisa, né?
15:27Então, são coisas bem diferentes e até contraditórias.
15:30Então, nós temos que ter isso sempre presente,
15:32isso independente de qualquer situação, né?
15:35A pior coisa que poderia acontecer para a América Latina
15:38é nós voltarmos a viver um ciclo
15:41que está mais de século parado, né,
15:43encerrado,
15:44de intervenções militares aqui.
15:46Não é bom para ninguém isso, né?
15:48Então, de alguma forma,
15:50esse ponto tem que ser bem medido.
15:53O segundo ponto é que Maria Corina
15:55não recebeu apenas o Nobel da Paz.
15:57Nós temos que lembrar isso, né?
15:59Agora, ela recebeu, principalmente,
16:03o maior prêmio de direitos humanos
16:05da União Europeia, né?
16:06Ela recebeu outros prêmios.
16:07Então, há um reconhecimento internacional
16:10de que a ditadura venezuelana,
16:13de que a forma de governo venezuelano,
16:15está impedindo uma manifestação política.
16:18Isso é real.
16:20Isso quer dizer ausência de democracia.
16:22Vamos ser reais.
16:24Então, portanto, nós temos esse quadro,
16:26o que eu acho que é bastante significativo.
16:29Porém, um terceiro porém nessa história toda,
16:33é que nós temos que reconhecer
16:36que Maria Corina ganhou este prêmio
16:39muito mais para proteger a academia norueguesa
16:45de pressões norte-americanas.
16:48Isto é bastante notório.
16:51O que aconteceu?
16:52A academia estava frente a uma situação
16:55de forte pressão dos Estados Unidos
16:57para conceder o prêmio ao Nobel da Paz
17:03para o Donald Trump, para o presidente Trump.
17:06Porém, antes que essa situação toda se consumasse,
17:11há dois meses atrás ou mais,
17:13Marco Rubio, secretário de Estado americano,
17:16fez uma indicação formal de Maria Corina
17:19para o Nobel da Paz.
17:20Esse ponto é delicado.
17:24Maria Corina, literalmente, foi utilizada
17:28para conter a avalanche de pressão.
17:31Os Estados Unidos ficaram sem argumento.
17:34Foram vocês que pediram o prêmio para ela.
17:38Esse ponto tem que ser bem levantado também.
17:41Então, nós temos aí vários ângulos nessa história
17:44que eu acho que, de algum modo,
17:46precisam ser lembrados no contexto do prêmio da Maria Corina.
17:50Até porque o secretário de Estado norte-americano,
17:53o professor Trevisão Marco Rubio,
17:55fez campanha até para a Maria Corina.
17:59Até contraditório, porque ele estava na disputa.
18:03Ele não sabia ainda que o chefe dele queria o prêmio.
18:08E aí fez campanha para a Maria Corina,
18:09que acabou ganhando.
18:10Ficou a situação a saia justa.
18:12Não dá o prêmio para aliviar as pressões americanas.
18:15Exatamente.
18:16A vida, às vezes, é um pouco estranha
18:19e um pouco interessante.
18:21É verdade.
18:22Bem curioso isso.
18:23E aí, Maria Corina acabou, inclusive,
18:25também agradecendo a Donald Trump e Javier Millet,
18:27enfim, por esse prêmio.
18:29E foi, então, uma conjuntura interessante,
18:33esse prêmio ganho por Maria Corina Machado.
18:37Professor Leonardo Trevisão,
18:38que prazer tê-lo aqui.
18:39Um bate-papo super gostoso, agradável,
18:43que a gente aprende cada vez mais com o senhor,
18:45com o seu olhar e com a sua análise.
18:47Muito obrigado.
18:48Uma ótima noite para o senhor
18:49e um bom final de semana, viu, professor?
18:52Eu é que...
18:53Eduardo, boa noite, Eric.
18:55Boa noite a todos que nos ouviram.
18:57Muito obrigado pela conversa.
18:58Um abraço.
18:59Um grande abraço para o senhor.
19:00Um grande abraço para o senhor.
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado

0:26