O chanceler Mauro Vieira se encontrou com Marco Rubio em Washington (EUA) para discutir tarifas e comércio bilateral. Pedro Costa Júnior, analista de relações internacionais, explicou o impacto no setor produtivo brasileiro e a importância das reservas de terras raras para a estratégia geoeconômica.
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00:00Nós vamos direto ao Washington com a nossa repórter Luiz Maiana, que está em frente à Embaixada Brasileira na capital norte-americana.
00:15Luiz, novidades por aí? O chanceler Mauro Vieira já chegou da reunião com o Marco Rubio?
00:24Exatamente, Eric. Boa tarde mais uma vez a você e a todos que estão aqui ligadinhos com a gente.
00:29O chanceler já chegou aqui na residência da Embaixada Brasileira, a gente está aqui na expectativa de um pronunciamento.
00:38Por enquanto, não temos ainda nenhuma confirmação dos assuntos que foram debatidos nesse encontro,
00:44nem se temos alguma resposta positiva, algum sinal de que essas tarifas já estão encaminhadas para uma negociação favorável para os dois lados,
00:54tanto para a economia americana quanto para a economia brasileira, mas estamos aqui na expectativa.
00:59A qualquer momento, o chanceler pode falar.
01:02Não é ainda uma garantia de que ele vai fazer esse pronunciamento, mas estamos em contato direto com a assessoria de imprensa da Embaixada
01:10e a informação que temos é de que a expectativa é de que haja esse pronunciamento ainda sem confirmação
01:17e assim teremos mais informações sobre como foi esse encontro hoje entre o chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado Marco Rubio.
01:26A gente segue na expectativa para saber se essa conversa conseguiu abrir portas e pavimentar um caminho
01:32para um encontro presencial entre o presidente Lula e o presidente Donald Trump.
01:37A gente tem aí também uma lista gigantesca de assuntos que podem ter entrado em discussão ou não.
01:43Eu estava escutando, inclusive, a análise de vocês agora há pouco sobre a questão do uso dos minerais raros.
01:48Essa é uma questão muito importante que deve ter sido debatida.
01:52A gente vai ter essa confirmação logo mais.
01:55Estamos na expectativa, Eric.
01:57E assim que eu tiver mais informações, eu entro em contato com vocês e volto com todas as atualizações.
02:02Combinado, Luiz. Obrigado por enquanto.
02:05Vinícius Torres Freire.
02:07Bom, a reunião estava prevista para começar às 3 da tarde.
02:11Agora são 3 da tarde, horário Brasil.
02:13Agora são 4h37.
02:15Se começou no horário, mais ou menos 1h30.
02:19Então, a gente tem esse intervalo de 1h30 entre reunião, a saída também de Mauro Vieira da Casa Branca
02:26até chegar na Embaixada Brasileira.
02:29O papo deve ter sido bom, muitas coisas para se conversar.
02:32O Itamaraty disse que vai se pronunciar de forma de nota por Brasília.
02:38E agora fica essa expectativa do Mauro Vieira.
02:41De qualquer forma, já é um start, um primeiro passo para tentar começar a desconstruir essas barreiras tarifárias impostas por Donald Trump.
02:48Sim, é o que a gente dizia, até lá o dia 2 de outubro, a gente não tinha, até o final de setembro a gente não tinha perspectiva.
02:58Depois começou a ter perspectiva de reunião e agora teve a reunião.
03:02Agora, a gente está muito curioso mesmo, porque o governo está fechado e a gente não tem ideia do que o governo americano quer com isso.
03:10Se eles querem só dizer, é isso mesmo, cedam tudo.
03:13Ou se eles estão dispostos a negociar.
03:15Eu acho, aparentemente, há pistas de que eles querem negociar, até porque é para evitar um aumento de certos preços lá nos Estados Unidos.
03:22O que eles vão querer em troca, não se sabe.
03:24Se o Brasil vai insistir nessa história de acabar com as sanções políticas também, contra o Alexandre de Moraes, a mulher dele, pela lei magnética,
03:32a gente não sabe que isso vai dar problema, porque tem uma grande oposição do governo americano inteiro, quase inteiro, contra isso.
03:37Eles podem até falar, olha, vamos importar café, carne, laranja, mel, etc.
03:45Mas, vamos pressionar o Brasil para isso aqui e deixa para lá.
03:50Então, a curiosidade é saber, por onde vai a negociação?
03:53Eu acho difícil hoje que o Mauro Vieira, que é por profissão discreto, vá dizer grande coisa a respeito disso.
04:00Mas daqui a pouco, mais tarde, talvez comece a vazar algo pelo Palácio do Planalto.
04:05E que pode dar alguns sinais para a gente, de como foi a conversa.
04:08A dúvida é saber o que eles querem e o que a gente pode propor.
04:12Essa é a dúvida maior, porque eles vão querer alguma coisa, é a negociação.
04:15E eles não bateram de graça.
04:17Então, eles vão querer levar algum.
04:18O que é a dúvida?
04:20Certo.
04:21Obrigado, Vinícius.
04:21Já, já a gente volta a conversar, então.
04:23Porque o encontro entre Marco Rubio e Mauro Vieira marca o início das negociações comerciais
04:28entre Brasil e Estados Unidos, depois do tarifácio de 50% imposto por Donald Trump aos produtos brasileiros.
04:34Esse encontro é aguardado pelo setor produtivo brasileiro, desde junho, quando Donald Trump
04:40colocou 40% mais de sobretaxa aos produtos aqui do Brasil.
04:46E nós vamos conversar agora com Pedro Costa Jr., analista de relações internacionais
04:51e doutor em ciência política pela USP.
04:55Pedro, muito boa tarde para você.
04:58Seja bem-vindo ao Radar.
04:59Muito bom conversar contigo.
05:00Tudo bem?
05:01Sempre uma satisfação, revilo, Eric.
05:03Muito obrigado pelo convite.
05:05A satisfação é toda minha.
05:07Pedro, a gente estava conversando agora, eu, Vinícius e também Eduardo Geyer, do quão
05:13é importante, pelo menos, essa abertura de diálogo entre os dois países.
05:18Você distensiona as relações, abre aí um canal direto para conversa e negociações.
05:24Você acha que, a partir de agora, resultados práticos podem sair que acabem beneficiando
05:29o Brasil?
05:30Claro, o Brasil vai precisar dar alguma coisa.
05:32Mas também será bastante benéfico aqui para o setor produtivo?
05:36Creio que sim.
05:38Esse é um bom ponto levantado, Eric, porque essa taxa de 50%, ela é uma taxa impraticável.
05:46Todas as taxas que são colocadas, enfim, de 50%, ou como o Trump chegou a fazer com a
05:51China, de 100%, 125%, são taxas, na verdade, que não se sustentam no tempo.
05:57Isso faz parte de uma lógica de negociação, de um mecanismo de negociação, ou como o
06:03próprio Trump chama, de uma arte de negociação.
06:07Quando nós pegamos aquele manual de negociação dele, que eu recomendo que todo mundo leia,
06:11é um livro fácil de ler, um best-seller dos anos 80, que move as lógicas de negociação
06:17do Trump, muitas vezes perguntam, não é, Eric?
06:19Há método na negociação do Trump?
06:22O Trump se organiza, de alguma maneira, nessas negociações?
06:24Parece tudo muito caótico, tudo muito desarranjado.
06:28Quando você pega A Arte da Negociação, esse livro dele, ele sempre joga taxas exorbitantes
06:35para chocar, é um método de negociação, para depois vir e poder renegociar de acordo
06:41com os interesses dos Estados Unidos, os interesses factíveis dos Estados Unidos.
06:47Então, quando ele jogou 50% sobre o Brasil, o Brasil foi o país mais satisfado do mundo,
06:51foi o Brasil e a Índia. Primeiro a China, mas a China retribuiu, a China tem poder para
06:57retribuir, tem poder para responder à altura, é a segunda maior economia do mundo, a maior
07:02economia do mundo em termos de paridade de poder de compra.
07:05Então, a China foi e feriu os Estados Unidos, exatamente onde os Estados Unidos sentiriam
07:10uma retaliação, uma resposta, inclusive na questão das terras raras, que está nessas
07:15negociações aqui no Brasil também, nessas negociações entre Rubio e o chanceler
07:20Mauro Vieira, Marco Rubio, secretário de Estado norte-americano. Então, quando ele
07:24vem com 50% sobre o Brasil ou sobre a Índia, que são os dois países mais satisfados do
07:28mundo, ele já vem nessa estratégia de jogar lá em cima para depois renegociar de acordo
07:34com seus próprios interesses factíveis. E aí o Brasil tem algumas nuances que são
07:41muito determinantes na geopolítica e na geoeconomia do século XXI, como, por exemplo, a questão
07:46das terras raras. A maior produtora de terras raras do mundo, a maior reserva e produtora,
07:52a maior reserva de terras raras do mundo, é a grande oponente dos Estados Unidos nesse
07:56século. Quem disputa, digamos, as lideranças do século XXI com os Estados Unidos é a China.
08:01A China tem 48% das terras raras do mundo. Depois vem o Brasil. O Brasil é a segunda maior
08:06reserva de terras raras descobertas, que são 23%. Cerca de um quarto das terras raras que
08:14estão descobertas no mundo, são aqui no Brasil. Então, veja, se o seu maior competidor
08:20é o dono de quase metade das terras raras, é preciso se aproximar do Brasil, que tem ali
08:26um quarto dessas terras raras. E os Estados Unidos têm apenas 2% das terras raras disponíveis
08:33no mundo. Então, são pontos que vão contar nessa negociação, sem dúvida.
08:37E é bom lembrar, o Brasil, então, como a segunda maior reserva de terras raras, já tem uma
08:42empresa, inclusive, norte-americana, Serra Verde, explorando, atuando ali em Minas
08:46Chu, no estado de Goiás. E há aí outros terrenos a serem explorados, por exemplo,
08:52lá em Poços de Caldas. E como os Estados Unidos, com essa empresa, Serra Verde, já
08:57tem uma certa expertise na exploração aqui no Brasil, eles estão aí com um olho
09:01grande para fazer essa negociação para conseguir explorar um pouco mais de terras
09:06raras no Brasil. Mas, claro, o presidente Lula já disse que não vai ser tão fácil assim,
09:10não quer ser só exportador. Isso deve contar, deve estar ali na pauta de reivindicação
09:15do outro lado, dos Estados Unidos. Agora, Pedro, Donald Trump foi muito pressionado por
09:20empresários norte-americanos em relação, por exemplo, a alguns produtos, como o café.
09:25Donald Trump teria dito ali naquela videoconferência com o Lula que os Estados Unidos estão sentindo
09:30falta do café brasileiro. Mas aí é culpa deles mesmo, ou culpa de Washington, que colocou
09:35essa tarifa e aí fica mais caro para o importador levar o nosso café para lá.
09:40A gente viu o Johan Foods, que é uma grande importadora de suco de laranja, entrando,
09:43inclusive, com ação contra o governo norte-americano.
09:46O Brasil talvez tenha mais a ganhar neste momento do que os Estados Unidos?
09:50Porque, entre outras coisas, os Estados Unidos vai pedir apoio ao presidente Lula
09:53para continuar com o dólar na comercialização entre os BRICs, os BRICs que falavam em criar
10:00uma moeda própria. Então, neste momento, temos mais a ganhar, talvez, do que os Estados Unidos?
10:05É, aí tem uma questão. Temos mais a ganhar e tem uma questão complementar, no caso do café,
10:09especificamente, porque o Brasil é o maior produtor de café do mundo e os Estados Unidos
10:13são os maiores consumidores de café do mundo. Eles consomem mais café, inclusive, do que o Brasil.
10:18Eles tomam aqueles cafés, aqueles copos, bem cheios e tal, aquela coisa.
10:23Então, mas mesmo nessas tarifas que já foram impostas de 50% que estão em curso,
10:31houve ali uma exceção, uma lista de 700 produtos que são sensíveis ao mercado americano,
10:37que são sensíveis à economia americana. E há outros produtos que ainda continuam sensíveis
10:42ali na mesa dos Estados Unidos. Agora, o Brasil, ele aumentou as suas exportações
10:48ou diminuiu as suas exportações, desde que as sanções entraram em voga.
10:53O Brasil aumentou as suas exportações. Quer dizer, se os Estados Unidos esperavam
10:57um choque de mercado no Brasil, isso não aconteceu, não da maneira efetiva
11:01que eles imaginavam. E pior, para onde o Brasil, pior do ponto de vista da Casa Branca,
11:06claro, da estratégia do governo Trump, para onde o Brasil aumentou mais
11:10as suas exportações? Exatamente para o grande rival geopolítico e geoeconômico
11:15dos Estados Unidos. Porque a China, claro, o Brasil aumentou também para o México,
11:20o vice-presidente Alckmin foi visitar o México, o vice-presidente Alckmin tem tido um papel
11:25importante nas relações comerciais, na abertura de novos mercados.
11:30O Brasil também aumentou as suas exportações para a Argentina, que é o nosso maior parceiro
11:34comercial regional, é o terceiro do mundo, na verdade, atrás dos Estados Unidos,
11:38atrás da China, primeiro dos Estados Unidos. A China passou dos Estados Unidos em 2008, 2009,
11:43e a Argentina ali, regionalmente, é o maior, e aumentou sobretudo para a China.
11:48Então, do ponto de vista dos Estados Unidos, dessa luta pelo poder global,
11:55desse caráter geopolítico que está por trás, dessas iniciativas do Trump,
11:59que são geoeconômicas e geopolíticas, tarifar o Brasil e tentar isolar o Brasil,
12:03primeiro, não deu certo. E segundo, ao invés de atrair o Brasil para os Estados Unidos,
12:10que é um aliado tradicional, são mais de 200 anos de relações entre Brasil e Estados Unidos,
12:15e boas relações, relações de amizade, que ficaram estremecidas, obviamente, em pontos aqui ou ali,
12:21mas são relações sólidas, relações muito bem construídas.
12:24Então, ao invés de atrair mais o Brasil para o lado dos Estados Unidos,
12:28o que os Estados Unidos acabam fazendo? Acabam jogando o Brasil no colo da China.
12:31Isso não é interessante para os Estados Unidos.
12:33Então, essa reaproximação agora, desde a Assembleia Geral das Nações Unidas,
12:38onde Trump e Lula, agora o presidente Lula também diz isso,
12:42dizem que houve uma química entre os dois,
12:45isso abre o horizonte para que essa relação seja recosturada, reconstruída,
12:52e os objetivos de país e país possam ser acertados.
12:56É, Pedro, e além da China, nós também temos aí uma aproximação,
13:02um estreitamento de laços cada vez maior com a Índia,
13:05a Índia que é um gigantesco país player,
13:09com uma população que tem um forte potencial de compras,
13:13e a gente está vendo aí, a gente viu agora há pouco,
13:15o vice-presidente Geraldo Alckmin lá na Índia fazendo acordos,
13:19costurando acordos, e o presidente Lula,
13:21que vai também para países, vai participar da ASEAN,
13:24um fórum de países do sudeste asiático,
13:27então os Estados Unidos estão vendo que estão perdendo aí espaço,
13:29e é bom retomar também rapidinho um pouco dessa relação com o Brasil.
13:34A gente está vendo mais ao vivo agora, viu, Pedro,
13:36enquanto a gente conversa de Donald Trump lá na Casa Branca,
13:40já já a gente vai ouvi-lo também.
13:41Pedro, mas para a gente finalizar aqui a nossa conversa,
13:45a gente está esperando aí algum sinal de Mauro Vieira agora,
13:48ou do Itamaraty, para ver como é que foi o clima desta reunião.
13:52Mas já é um clima um pouquinho mais positivo,
13:55o que esperar daqui para frente?
13:57A gente sabe que Donald Trump, ele não segue a cartilha risca, né?
14:03Ele poderia dizer assim, é igual ao mercado, é bastante volátil, né?
14:06Mas o que esperar daqui para frente, Pedro?
14:09Olha, me parece que o cenário, ele é mais otimista.
14:13Ainda que não se sabe se vai ter, digamos, dados práticos agora,
14:18resultados efetivos dessa primeira reunião.
14:21É uma reaproximação, com a metáfora, né?
14:25O início de um namoro, de um noivado ali.
14:28Então, estão lá conhecendo pessoalmente, vai apresentar para os pais, né?
14:33Estão lá, por enquanto, os secretários.
14:35Depois, como você bem disse, vai ter esse encontro na ASEAN,
14:39na ASEAN, na Malásia.
14:41Ali se cogita uma reunião entre Trump e Lula,
14:44o presidente Lula, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pessoalmente.
14:49E dali pode, enfim, sair resultados mais efetivos.
14:53Isso está sendo trabalhado pelo Itamaraty,
14:55para que essa reunião aconteça ali em algum momento na Malásia.
14:59É uma questão importante.
15:01E se você me permite também, essa questão da Índia que você colocou é muito importante.
15:04O Alckmin, vice-presidente, está lá.
15:07Porque tanto o Brasil como a Índia,
15:09que são os dois países mais tarifados pelos Estados Unidos nesse momento,
15:12são dois países dos BRICS,
15:14na verdade, dois países fundadores dos BRICS,
15:17do chamado BRIC ainda, antes do S, de África do Sul.
15:22Depois foi acrescentado na África do Sul e depois os BRICS mais,
15:25os BRICS expandidos, os BRICS 10, como são agora.
15:29Quando o Brasil e a Índia são escolhidos,
15:32um dos temas que nós sabemos que está nessa negociação agora,
15:35entre Mauro Vieira e Marco Rubio,
15:37é justamente a questão da desdolarização que passa pelos BRICS.
15:42Os Estados Unidos, o Washington, a Casa Branca,
15:44não vê os BRICS com bons olhos.
15:46E muito menos as questões da desdolarização,
15:50das discussões de desdolarização dentro do âmbito dos BRICS.
15:54O próprio Trump chegou a admitir que perder a liderança do dólar,
15:59a hegemonia do dólar como moeda padrão,
16:02como moeda corrente hegemônica no sistema financeiro internacional,
16:06seria o equivalente a perder uma guerra mundial.
16:08E o Trump está certo nisso.
16:09Seria mais ou menos isso, o mesmo impacto nos Estados Unidos.
16:13Então, quando vem essas discussões dentro dos BRICS,
16:16essas discussões de desdolarização,
16:18isso incomoda muito o Washington.
16:19Isso está na mesa de negociação.
16:21O presidente Lula é uma liderança do sul global,
16:24digamos, muito vocal nessa questão.
16:26E talvez isso também possa ter uma reorientação daqui para frente,
16:31não no sentido dessas discussões não continuarem avançando
16:34no âmbito dos BRICS,
16:35mas pelo menos elas vão serem vocacionadas com tanta ênfase
16:38como elas são nesse momento.
16:40Pedro Costa Júnior, que prazer conversar contigo.
16:43Obrigado, viu, por nos trazer o seu olhar
16:45sobre este novo cenário agora, né,
16:48Estados Unidos e Brasil se reaproximando.
16:50Um grande abraço para você e uma ótima quinta-feira.
16:53Prazer é todo o meu, Eric.
16:54Abraço estar contigo e com todos os amigos aqui.
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