Thomas Law, presidente do Instituto Sociocultural Brasil-China, explica a nova ameaça de Donald Trump de tarifas de até 200% sobre produtos chineses e o fortalecimento da China em mercados globais, incluindo América Latina.
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00:00Fast Money de volta ao vivo com você e após estender a trégua tarifária com a China por mais 90 dias, agora o presidente Donald Trump voltou a ameaçar o país oriental e dessa vez sugerindo uma taxa de até 200% sobre produtos chineses, pois é, a justificativa é que Pequim precisa ampliar a exportação de ímãs de terras raras.
00:21Além do tarifácio de Trump e as mudanças nas regras do comércio internacional, fica o questionamento se a China deve ganhar força no cenário global. Para comentar sobre esse assunto, eu vou conversar agora com o presidente do Instituto Sociocultural Brasil-China, Thomas Lau, já está aqui com a gente conectado no Fast Money. Tudo bem? Boa tarde, bem-vindo mais uma vez.
00:41Boa tarde, Natália. Boa tarde, Felipe. É sempre uma alegria poder falar com você e seus telespectadores.
00:47É, Thomas, eu vou pedir para você ajudar a contextualizar, porque eu tenho certeza que muita gente que está aqui na audiência já se perdeu, né, nessa novela, tantas idas e vindas. Então, qual é o cenário atual das negociações entre China e Estados Unidos?
01:03Natália, se a gente for analisar o contexto desde o início dessa guerra tarifária, os Estados Unidos começam com 145%, né?
01:13E hoje, quando você vê essas negociações com a China, foram negociando, chegaram a 30%, né, os Estados Unidos e a China com uns 10%.
01:24Em outras palavras, eles estão dialogando bastante em relação aos temas econômicos, evidentemente, que faz parte desse trabalho tanto, o que a China tem de exportação para os Estados Unidos e os Estados Unidos compra muito da China.
01:39E é por isso que esse contexto do superávit americano, eles querem realmente ver as melhores, adotar as melhores políticas para os americanos.
01:50E esse tarifácio, evidentemente, compromete o mundo inteiro, tendo em vista que isso vai fazer com que outras cadeias produtivas também apareçam nesse cenário global.
02:01Então, isso, no meu ponto de vista, é uma grande negociação, a gente sabe que a China tem fortalecido muito também os fóruns multilaterais, a gente tem visto também uma grande presença de estudantes profissionais atuando também dentro da OMC por parte da China.
02:19Então, hoje, as universidades chinesas estão focadas também nesses meios multilaterais e organismos multilaterais para tratar de temas comerciais.
02:30Então, obviamente, que com esse tarifácio, a China também está buscando outros parceiros, outros países, outros mercados no sul da Ásia.
02:42E a gente também vê uma grande presença de empresas chinesas indo para mercados como América Latina e também não só o México, mas também o Brasil, que é um grande país da América Latina.
02:54Certo. Felipe, sua pergunta.
02:56Legal.
02:57Tomas, boa tarde para você.
02:58Tomas, quando a gente começou toda essa história dessa guerra comercial, dessa guerra tarifária, como você disse, a gente viu um encontro bastante inusitado, que você deve poder explicar para a gente melhor.
03:09A gente viu o encontro da China, Japão e Coreia do Sul, que eram países que até pouco tempo atrás você imaginaria que não teriam uma aliança tão próxima.
03:17Você acha que essa questão da guerra tarifária pode aproximar a China do Japão e da Coreia do Sul, que historicamente tem muita rivalidade, mas eles podem agora se tornar parceiros mais próximos?
03:28Eu acredito que sim, Felipe, existe realmente um diálogo muito forte institucional no campo econômico.
03:35Você tem o Eijan, por exemplo, que são os países da Ásia, do Pacífico, que estão tratando de temas de logística, inclusive.
03:45A gente sabe que tem o Porto Xangai no Peru e isso facilitaria, ajudaria muito a questão da transação de custos operacionais, melhoria de eficiência e rapidez dos produtos que sairiam da América Latina para a Ásia.
04:00Então, evidentemente que nesse contexto dos fóruns que ocorrem entre a China, a Coreia do Sul e o Japão, eles pensam muito na eficiência e no melhoramento do ambiente de negócios de forma mundial.
04:15Então, eu acho que sim.
04:20Ah, voltou. Pode continuar.
04:22Oi, Thomas.
04:26Felipe?
04:28Pode falar, agora voltou, voltou. Pode falar, por favor.
04:31Então, no meu raciocínio, eu acredito que existe sim um diálogo institucional entre os governos da Ásia, especialmente nesse contexto do tarifácio.
04:40Muitas empresas chinesas multinacionais saíram da China para outros polos.
04:46A gente tem uma presença muito grande de empresas chinesas na Malásia, Indonésia, Laos, Cambódia, exatamente para ver esses desafios que estão acontecendo em relação aos tarifácios.
04:58Então, no meu ponto de vista, tem com essa entrada de um novo porto de Xancay no Peru, evidentemente que eles querem viabilizar os produtos asiáticos e os produtos da América Latina para essa transação entre os grandes países, que é o bloco América Latina e Ásia.
05:19Thomas, eu vou pedir para você segurar um pouquinho, continua aqui com a gente, já retomaremos a entrevista, mas antes a gente vai dar um pulo na CNBC Americana.
05:28CNBC dos Estados Unidos, em Breaking News, trazendo informações, atualizações do caso de Lisa Cook e do Federal Reserve.
05:42Eles estão comentando essa polêmica que envolve a demissão de Lisa Cook, que entrou com uma ação judicial contra o presidente americano para impedir essa ação. Vamos ouvir.
05:52Bem agora que a gente já entrou com a história, eles estão mudando de assunto, né?
06:02Só para explicar, Natália, rapidinho, antes da gente voltar com o Thomas aqui, realmente, a gente estava conversando sobre a Lisa Cook, que é uma integrante ali do Banco Central americano.
06:11O presidente Donald Trump ameaçou com a demissão dela e ela agora retrucou, ela moveu uma ação contra o presidente Donald Trump para evitar essa demissão.
06:19Então, agora, o que a gente vai ver? Esse caso provavelmente vai ser levado à Suprema Corte.
06:23A Suprema Corte tem uma tendência a decidir a favor do presidente Trump, não sabemos nesse caso, porque nesse caso o Banco Central americano tem um histórico de independência,
06:33que é muito importante, inclusive, para a própria manutenção conceitual do que é o Banco Central americano, né?
06:38Ele é responsável pela política econômica, financeira ali dos Estados Unidos.
06:42Então, é muito importante que ele seja autônomo, até para preservar a sua legitimidade diante de tantos players poderosos, né?
06:50Inclusive, o governo dos Estados Unidos, que é um desses players, um desses stakeholders.
06:54Então, a Lisa Cook move uma ação agora.
06:56Então, a gente deve ver essa ação sendo levada para a Suprema Corte.
07:00E daí, depois, então, um resultado em breve disso vai determinar se o presidente Donald Trump vai ter uma interferência maior ainda no Banco Central
07:08ou se ele vai ser contido justamente pelo sistema de freios e contrapesos, né?
07:13E se ela vai poder participar, de fato, da próxima reunião do Fed, né?
07:17Inclusive isso, inclusive isso.
07:19É, está certo.
07:20E a própria, desculpa, Natália, só para completar.
07:21E também a própria questão conceitual da vaga dela, de quem que é a vaga dela.
07:26Ela poderia, se ela for afastada, ela pode indicar a sua sucessora ou, na verdade, isso caberia ao próprio presidente americano?
07:33Então, são várias questões que só a Suprema Corte americana, na hora que entrar em jogo, aí para decidir que vai poder lucidar.
07:39Tá certo. Obrigada, Felipe.
07:40E a gente retoma a conversa com o Thomas Lau.
07:42Obrigada, viu, Thomas, por aguardar aí esse momentinho para a gente trazer o Breaking News da CNBC.
07:47Eu queria saber de você, Thomas, nesse contexto, né, de novas tarifas, mais pressão dos Estados Unidos sobre a China,
07:55qual que tem sido o papel do IbraChina, né, nesse momento, em relação às empresas brasileiras e chinesas, no meio de tanta turbulência, hein?
08:07Natália, a gente tem um papel, uma missão importante dentro do nosso Instituto, que é a integração entre os países, tanto o Brasil e a China.
08:14E, para ser muito franco, ano que vem, a gente tem a celebração do Ano da Cultura entre o Brasil e a China,
08:21que é um momento superimportante, onde empresas chinesas querem participar também de eventos culturais,
08:28empresas chinesas que pensam também e praticam o ESG.
08:34Portanto, ano que vem teremos não só o Ano da Cultura Brasil-China, mas também o Ano do Turismo.
08:39Então, a China hoje abre as suas portas, as suas fronteiras para os brasileiros.
08:44Hoje não se precisa mais do visto chinês para os brasileiros.
08:49Se você quiser viajar para a China hoje, você pode, você pode ficar até 30 dias na China.
08:54E isso tem facilitado muito o diálogo institucional, mas não só institucional entre Brasil e a China,
09:00mas também de pessoas a pessoas.
09:03Então, esse ano teremos feiras internacionais super grandiosas aqui na cidade de São Paulo,
09:09de empresas chinesas, muitos importadores chineses estarão aqui em São Paulo.
09:15E também, no lado da China, a gente tem grandes eventos de feiras internacionais,
09:20também hosting, empresas brasileiras por lá também, Natália.
09:25Ah, que legal.
09:26Então, serão meses muito vibrantes e efervescentes aí pela frente, né, Tom?
09:30Com certeza, com certeza.
09:32Thomas, dentro desse contexto de aproximação dos dois países, né,
09:36a China já é a maior parceira comercial do Brasil.
09:39O Brasil, né, diante desse tarifácio também,
09:43acaba se aproximando até um pouco mais da China em alguns outros mercados.
09:46Como é que você vê a relação entre os dois países?
09:48Você acha que, ao mesmo tempo que o Brasil aumenta a sua parceria com a China,
09:52o Brasil também não pode, não tem um risco de o Brasil virar um certo refém
09:56dessa relação por a China ser um país tão dominante no mundo atual?
10:02Felipe, boa reflexão.
10:05Eu acho que a China já começa lá um trabalho institucional com o COSBAN,
10:10que é o alto nível de consertação Brasil-China, em 2004.
10:15A China já é parceiro comercial do Brasil, maior parceiro comercial...
10:19Estamos dando um tempinho para ver se volta, né,
10:28porque às vezes trava, o online é assim, né?
10:31Mas acho que não voltou ainda, não, o sinal do Thomas.
10:34Ah, uma pena.
10:35Uma pena.
10:36Se voltar a tempo da gente trazer a continuidade aqui no Fast Money,
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