Pular para o playerIr para o conteúdo principal
O professor Feliciano Guimarães, do Instituto de Relações Internacionais da USP, avaliou que o diálogo entre Brasil e Estados Unidos marca o início de um novo ciclo diplomático. Ele analisou tarifas, sanções e o impacto político das futuras negociações bilaterais. No Plantão Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC deste sábado (18), confira também notícias sobre a produção de trigo no Brasil, além de uma análise do FMI sobre o embate comercial entre EUA e China.

Acompanhe a cobertura em tempo real da guerra tarifária, com exclusividade CNBC: https://timesbrasil.com.br/guerra-comercial/

🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC nas redes sociais: @otimesbrasil

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

#CNBCNoBrasil
#JornalismoDeNegócios
#TimesBrasilCNBC

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Olá, boa tarde, seja muito bem-vindo, bem-vinda.
00:09Hoje é sábado, dia 18 de outubro, e está no ar mais uma edição do Plantão Times
00:14Brasil, licenciado exclusivo CNBC, com as principais notícias deste fim de semana.
00:21Expectativa para os próximos passos das negociações entre Estados Unidos e Brasil.
00:26A tensão comercial deu lugar ao início do processo de entendimento, depois do encontro
00:32entre o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, e o secretário de Estado americano, Marco
00:37Rubio, em Washington.
00:39Numa entrevista ao Times Brasil, licenciado exclusivo CNBC, Feliciano Guimarães, que é
00:45professor do Instituto de Relações Internacionais da USP, explicou o que pode acontecer a partir
00:51de agora.
00:52Vamos conferir.
00:53O senhor acredita que, nessa negociação, vai haver acordos mais setorizados?
01:01A negociação não será uma negociação apenas sobre tarifas.
01:05É importante que se diga isso.
01:06As tarifas vão estar dentro de uma negociação de vários temas, que vão passar desde os temas
01:11mais políticos, que é a questão dessa ameaça aos americanos à Suprema Corte brasileira,
01:16até outros temas da relação bilateral, como a relação do Brasil com a Venezuela, a
01:22questão das terras raras, que é um interesse muito dos materiais estratégicos que o Brasil
01:28tem, que é de interesse muito grande dos Estados Unidos, o interesse das big techs no Brasil
01:32e a importância que elas dão, algumas regulamentações que são negociadas no Congresso brasileiro,
01:38e outras posições do Brasil em outros temas internacionais.
01:41Então, as tarifas vão estar dentro desse contexto mais amplo.
01:45Então, é importante que os setores econômicos, eles devem ter consciência disso, de que
01:49algumas barganhas serão feitas entre temas políticos versus temas tarifários, e que,
01:54portanto, é difícil prever que tipo de solução será dada a um setor ou outro.
02:00O que eu sempre digo é o seguinte, se o governo brasileiro, nesse processo agora, que
02:04iniciou nessas últimas semanas com os americanos, conseguir evitar com que até as eleições
02:09de 2026 o governo americano aplique mais sanções a autoridades brasileiras ou ao Brasil, já
02:17será uma vitória.
02:18Se o Brasil conseguir, nesse processo, diminuir as tarifas de alguns setores, será uma super
02:23vitória.
02:24Mas nós não podemos achar que essas tarifas de alguns setores, mesmo as de 50% ou 40%
02:29irão baixar nessa negociação.
02:31Existem também as táticas de negociação, que é o governo americano comprar tempo na
02:36negociação com o Brasil.
02:36A gente não pode subestimar o interesse americano de simplesmente levar com a barriga, de levar
02:43o Brasil nos próximos meses com uma negociação diplomática mais branda, mais calma, mais
02:48normal, para, na virada do ano, em 2026, quando começarem os debates eleitorais, os americanos
02:53aumentam a pressão e adicionam vários tipos de sanções seguidamente.
02:57Por isso que é importante também não ceder e não negociar imediatamente, porque se
03:03você cede e negocia imediatamente, certo, setor A versus setor B com temas X e Y, nada
03:09impede que os americanos daqui a quatro meses dobrem a aposta.
03:13O chanceler Mauro Vieira confirmou que o encontro entre Lula e Trump está confirmado, não tem
03:19uma data marcada, mas que em breve deve acontecer.
03:21Um encontro pessoal entre os dois, isso também pode ajudar bastante o Brasil?
03:26Pode sim, eu acho que os dois presidentes, eles podem impedir qualquer, principalmente
03:31o presidente Trump, grupos mais radicais dentro do governo americano contra o Brasil tomem
03:36conta da negociação.
03:38São dois negociadores ultra experientes, que é o presidente Lula de um lado, o Trump
03:42do outro, o ministro Mauro Vieira, o Marco Rubio, o Celso Morim e assim vai.
03:47Então, assim, ninguém vai enganar ninguém, então eles vão saber ler os momentos aqui
03:52da negociação, mas é importante que se diga que esse apoio irrestrito do governo americano
03:59aos grupos bolsonaristas no Brasil está em dúvida.
04:02Pode ser que volte a ter esse grande apoio em 2026, pode ser que não volte, depende um
04:07pouco agora das circunstâncias.
04:10É uma nova fase, é uma outra lógica de negociação, porque nós de fato estamos no processo de negociação.
04:15Então, por isso que eu falei que vai ser um longo processo e que deve continuar durante
04:21todo o ano de 2026, até no mínimo as nossas eleições em outubro e novembro de 2026.
04:27Tensões comerciais entre Estados Unidos e China vão ter impacto significativo globalmente,
04:34foi o que afirmou numa entrevista à CNBC Internacional o diretor do Departamento da Ásia
04:40e Pacífico do FMI.
04:41Vamos acompanhar então esse conteúdo exclusivo.
04:46Se você observar a reconfiguração do comércio, isso vem ocorrendo desde 2016, 17, quando
04:51as tarifas iniciais entre os Estados Unidos e a China entraram em vigor.
04:56Desde aquela época, o que se vê é que as exportações chinesas para os Estados Unidos
04:59diminuíram, mas as exportações da China para a ASEAN, Associação de Nações do
05:04Sudeste Asiático, aumentaram e as da ASEAN para os Estados Unidos também subiram.
05:08Portanto, houve uma reconfiguração.
05:10Basicamente, são as exportações chinesas que vão para os países da ASEAN.
05:14Elas estão agregando valor lá e depois estão sendo exportadas para os Estados Unidos.
05:18Isso já vem acontecendo há algum tempo.
05:20Os produtos chineses ainda entram nos Estados Unidos?
05:22Sim.
05:22E o que vemos de diferente agora é que com os acordos comerciais que estão sendo discutidos,
05:27há muito mais heterogeneidade nas tarifas.
05:29Portanto, em termos de reconfiguração, acho que a situação atual em que nos encontramos,
05:34com diferentes taxas tarifárias nos países da ASEAN e no resto da Ásia,
05:38pode complicar a reconfiguração no futuro.
05:41Isso pode complicar a reconfiguração daqui para frente.
05:44O secretário do Tesouro dos Estados Unidos agora está alertando que a China ameaça ser
05:48vista como um parceiro não confiável ao restringir mais terras raras, dizendo que
05:52o mundo se desvinculará da China se ela continuar sendo não confiável.
05:56Alguns veem isso como uma declaração um tanto valiosa, já que são os Estados Unidos
06:01que são vistos como um parceiro não confiável este ano.
06:03Mas o que você acha da dissociação da China?
06:06Você acha que ela tem mais espaço para se desenvolver?
06:08Não quero comentar o que o secretário disse, mas o que queremos dizer é que, em geral,
06:13há esses riscos negativos para o crescimento global.
06:16Isso pode ser devido a tensões comerciais, e tensão comercial não significa necessariamente
06:20apenas tensões tarifárias.
06:22Podem ser coisas como as terras raras, o que vimos nos chips e na tecnologia.
06:27Todos esses fatores podem ter um impacto significativo na economia mundial.
06:31E, até certo ponto, se a China desacelerar, e já mostramos números no passado, se o
06:36crescimento da China desacelerar em um ponto percentual, o resto do mundo dos mercados
06:41emergentes sofre um impacto de 0,3 ponto percentual.
06:45Portanto, qualquer coisa que aconteça em termos de tensão comercial entre esses dois
06:49países tem um impacto significativo no resto do mundo, inclusive na Ásia.
06:54Inclui no outro planeta.
06:56Vamos agora com o destaque do site da CNBC Internacional.
07:01Donald Trump diz que vai pensar em proposta russa para a construção de um túnel entre
07:06Alasca e Rússia.
07:08Um enviado do Kremlin sugeriu que Elon Musk e Boring Company construam um túnel submarino
07:15ligando os Estados Unidos à Rússia pelo Estreito de Bering.
07:19Trump disse que a ideia é interessante e que ainda vai avaliar.
07:23A proposta surgiu depois de uma ligação entre Putin e Trump e prevê parceria de empresas
07:30americanas e o governo russo.
07:32Para ver mais notícias como essa, acesse www.cnbc.com.
07:39A estimativa para a produção brasileira de trigo na safra 2025-2026 foi revista para
07:53cima e agora é projetada em 7 milhões e meio de toneladas, um aumento de 2% em relação
08:00à previsão de antes.
08:02Segundo a empresa StoneX, a revisão é resultado das boas condições climáticas na região
08:09sul, que impulsionaram a produtividade, especialmente no Rio Grande do Sul, cuja produção foi ajustada
08:16para 3 milhões e 300 mil toneladas.
08:19Apesar da área plantada ser menor neste ciclo, as perspectivas gerais para a safra são positivas.
08:26No balanço de mercado, a StoneX elevou os estoques finais, mas o cenário de exportações
08:33e de importações segue atento à variação cambial do real frente ao dólar.
08:39E essa edição termina aqui, mas a gente volta daqui a pouco com mais notícias para
08:44você aqui no Times Brasil, licenciado exclusivo CNBC, a maior emissora de negócios do mundo,
08:50agora no Brasil.
08:52Até já!
08:56Transcrição e Legendas por Quintena Coelho
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado