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O notável Carlo Pereira analisou no quadro Capital Sustentável os impactos da nova tarifa de 50% anunciada por Trump e a investigação dos EUA sobre o Brasil. O cenário envolve tensões comerciais, meio ambiente e geopolítica, com destaque para riscos na diplomacia e na competitividade internacional.

Acompanhe a cobertura em tempo real da guerra tarifária, com exclusividade CNBC: https://timesbrasil.com.br/guerra-comercial/

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Transcrição
00:00Quarta-feira dia de capital sustentável com o nosso notável especialista em sustentabilidade
00:12Carlo Pereira e o nosso assunto de hoje não poderia ser outro, a nova onda de tensão
00:17comercial entre Brasil e Estados Unidos com essa tarifa de 50% anunciada por Trump para
00:23entrar em vigor em 1º de agosto e ainda tem a investigação aberta pelo governo americano
00:29sobre práticas do Brasil em setores como tecnologia digital, agricultura e meio ambiente.
00:35Carlo, boa noite, sempre muito bom conversar com você às quartas-feiras.
00:40Vamos lá, o que está por trás dessa nova ofensiva comercial dos Estados Unidos contra o Brasil?
00:45É uma questão pontual ou parte de algo maior na geopolítica global?
00:51Boa noite, Cris.
00:53Olha, a gente pode olhar de várias maneiras, né?
00:56Podemos, por exemplo, falar com relação aos BRICS, com relação à proposta de desdolarização,
01:02né?
01:03Que a gente sabe que tem ali nos BRICS e me parece que aos poucos vai avançando, né?
01:09Agora, no entanto, Cris, eu conversando com um parceiro que é uma empresa de lobby nos Estados
01:16Unidos, lobby nos Estados Unidos é legalizado, né?
01:19E a gente tem que avançar nisso no Brasil também.
01:22E ele coloca uma coisa que eu achei bastante interessante, tá?
01:26Que ele coloca, olha, primeiro, ele faz uns alertas ali que a gente já sabe, mas sempre
01:32surpreende, sempre assusta, né?
01:34Hoje, o Brasil não tem pessoas fazendo lobby para o país nos Estados Unidos, né?
01:42Ele ainda comentou, ele falou, olha, eu conheço uma única empresa brasileira que tem um escritório
01:48de lobby nos Estados Unidos.
01:50Isso não é normal, né?
01:52Ainda mais para um país do tamanho do Brasil, né?
01:55E do tamanho dos Estados Unidos.
01:57Então, deveríamos ter uma presença.
01:59Mas, além disso, ele está falando em Washington, certo?
02:03Ele está falando, na verdade, que a diplomacia do Trump é uma diplomacia não em Washington,
02:08mas é uma diplomacia em Mar-a-Lago, né?
02:10No seu famoso exote ali, tá?
02:13Então, onde eu quero chegar com isso, Cris?
02:15Quero chegar e fazer coro a analistas estrangeiros e a próprio Paul Krugman, por exemplo, né?
02:23O laureado de economia, que fala muito com relação ao quê?
02:27Que, na verdade, a questão comercial, sem dúvida, é importante, mas também tem um movimento,
02:33sim, com relação ao presidente Bolsonaro, né?
02:37Então, por isso que ele reforça que a gente deveria fazer, sem dúvida nenhuma, um esforço maior.
02:45Vamos lembrar, a gente não tem embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Cris, né?
02:51Então, assim, é uma decisão do país norte-americano, é uma decisão dos Estados Unidos.
02:56No entanto, tem que ter um esforço do nosso lado nesse sentido também.
03:01Então, por isso que eu queria reforçar esse ponto.
03:03Claro que, entendo eu, que a gente tem que separar o que tem na carta e também o que tem na sessão 301, né?
03:12A carta, ela fala em questões políticas e fala em questões comerciais.
03:16Penúltimo parágrafo da carta, se a gente se atentar, ele fala, então, numa questão de se a gente resolver as questões comerciais, a gente fica tudo bem, né?
03:24Com relação à sessão 301, falar muito rapidamente nela, bem comentou você, né, Cris, falando aqui do PIX, que tem ali um foco.
03:34A gente fala também de tarifas presenciais, então, alguns preferenciais, alguns produtos específicos.
03:40Eu acho que é justo os Estados Unidos questionar, né?
03:43Se a gente concorda ou não, eu acho que o questionamento é válido, né?
03:47Numa relação qualquer.
03:49Agora, o que me chama atenção, sobretudo, é com relação a desmatamento, né?
03:55Que a gente sabe que questões ambientais não é ali uma grande preferência, uma grande prioridade do governo Trump.
04:04E o outro ponto é com relação à corrupção.
04:06Eu não escutei ainda nenhum analista falando sobre isso, mas muito brevemente,
04:11o Trump, ele, há pouco tempo, ele suspendeu o FCPA.
04:16FCPA, Cris, é a lei anticorrupção dos Estados Unidos com relação à corrupção de empresas americanas e agentes públicos fora dos Estados Unidos
04:26e também de empresas que tenham, que são listadas ou tenham qualquer relação com os Estados Unidos, né?
04:33Então, uma vez que ele suspendeu, ele falar na questão de corrupção,
04:39lembrando que a FCPA, que é de 77, foi quem, então, baseou convenção de OCDE e convenção da ONU anticorrupção, né?
04:48Então, por isso que eu vejo isso de maneira bastante curiosa, para dizer o mínimo, sem dúvida nenhuma.
04:58Como é que o Brasil, Carlo, pode reagir de forma estratégica, sem entrar em confronto direto,
05:03mas também sem abrir mão da nossa autonomia?
05:06Claro. O Cris, o Kissinger, o diplomata americano, pai da diplomacia contemporânea,
05:15bastante controverso também, ele tem uma frase que eu gosto muito, que é o seguinte,
05:18ele fala, ó, ser inimigo dos Estados Unidos pode ser perigoso, né?
05:24Aí ele vem e diz, mas ser amigo pode ser fatal, né?
05:27O que ele quer dizer com isso, e essa frase, ela é sempre trazida à baila, em momentos como esse,
05:34que é o seguinte, a gente tem sim que, claro, como eu comentei, ter uma relação saudável com os Estados Unidos,
05:40dada a importância do país, para a gente, comercialmente e financeiramente como um todo, né?
05:47É sempre bom a gente separar da parte só comercial com a parte financeira no todo, né?
05:52Como o amigo Danchan nos colocou aqui, uma coisa é questão comercial, né?
05:58Outra coisa é questão financeira como um todo, todo investimento direto que tem nos Estados Unidos no Brasil, por exemplo, né?
06:05Então, um país que, e a gente viu também há pouco, falando de mais de 3 milhões de empregos,
06:10das 10 mil empresas que importam para os Estados Unidos.
06:13No entanto, é óbvio, e a gente já viu isso ao longo da história, a gente não pode também ter ali um alinhamento direto, né?
06:22E incondicional, como é o termo diplomático, com os Estados Unidos, né?
06:27A gente tem que pensar na nossa soberania, na nossa autonomia, e o Brasil sempre fez muito bem esse papel
06:33de dialogar com diversos lados ali e conseguir extrair o que tem de melhor nos dois lados, né?
06:41Carlo, muito obrigada. Como eu disse, é sempre um prazer ter você aqui às quartas-feiras, então, até semana que vem.
06:48Até, obrigado.
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