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O economista Roberto Troster analisou o impacto do tarifaço dos EUA sobre empresas brasileiras, destacando os setores mais afetados e as limitações fiscais do governo para socorro. Com o analista Vinicius Torres Freire, apontaram oportunidades de diversificação comercial, com foco no fortalecimento do Brics e novos mercados.

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Transcrição
00:00A gente segue analisando esse assunto, os impactos para os diversos setores da economia brasileira,
00:04agora com o Roberto Troster, economista e sócio da Troster e Associados.
00:10Troster, boa tarde para você, seja muito bem-vindo mais uma vez aqui ao Radar,
00:13obrigado pela sua disponibilidade de sempre com a gente.
00:17Ô Troster, antes de mais nada, o Vinícius estava explicando aqui que o governo está fazendo um estudo
00:21empresa por empresa, antes de finalizar esse plano de contingência que pretende apoiar os setores
00:27mais afetados pelo tarifácio.
00:29Agora, olhando o lado das empresas hoje, não seria bom já ter essas medidas apresentadas
00:35até para incorporar isso ao próprio planejamento e conseguir fazer frente a essa nova fase do tarifácio?
00:42Bom, boa tarde, obrigado pelo convite, sempre bom falar com você.
00:46Sim, mas demora, para você fazer isso, você tem que analisar todas as exportações,
00:52todos os balanços das empresas, ver quanto que efetivamente das exportações vão para os Estados Unidos,
00:59para você não dar subsídio demais para alguns e de menos para outros.
01:04Então, essa sintonia fina demora um pouco.
01:07O que o governo pode fazer?
01:09Permitir o atraso de alguns impostos, algumas taxas, um crédito subsidiado.
01:15Agora, ele tem limites, quer dizer, o limite fiscal do governo é muito pequeno,
01:24o cobertor é curto, quer dizer, o governo já está com uma dívida pública muito grande
01:30e qualquer gasto a mais pesa muito, quer dizer, vai ser mais juros,
01:35quer dizer, você pode fazer com que o remédio vire um veneno.
01:40O ideal seria, óbvio, ver as empresas.
01:42E ver que empresas que são problemas transitórios e o que são problemas permanentes.
01:49Há algumas medidas, quer dizer, a empresa, você se torna uma empresa
01:53que exporta quase a totalidade para os Estados Unidos.
01:58Se a tarifa não baixar, ou aparentemente vai demorar para baixar,
02:05essa nota, por exemplo, da embaixada americana,
02:07mostra que estão querendo brigar mais ainda.
02:10Então, eu acho que vê um pouquinho, vê saída para essas empresas
02:16ou alternativas para essas empresas.
02:19Agora, muitas vezes, nas crises, a gente tem oportunidades.
02:26É começar a repensar o comércio exterior brasileiro,
02:28começar a repensar a indústria brasileira,
02:31começar a repensar o setor de serviços.
02:35Nós temos muito potencial.
02:36Em outras, em algumas crises, a gente conseguiu superar e sair mais forte do que entrou.
02:43É questão disso, né?
02:45Vinícius?
02:46Troster, no curto prazo, que é o mais grave e pode, aliás, levar à queda de quebra
02:54de algumas pequenas e médias empresas,
02:56você acha que o problema está mais onde?
02:59Quais empresas podem, considerando agroindústria,
03:03podem arrumar mais mercado fora e quais tendem a ter mais problemas?
03:08O setor, especialmente de máquinas, o setor de calçados,
03:12está dizendo que vai ter muito problema e tem dificuldade de ter alternativa.
03:16O setor de pedras, o setor de madeiras que fazem produtos específicos dos Estados Unidos,
03:20dizem que vai ter problema.
03:21Mas, pelo que você está ouvindo, analisando,
03:24qual o setor que tem mais alternativa de procurar outro mercado
03:27e qual vai ter mais dificuldade?
03:29Ou os setores?
03:31Bom, tem alguns setores que conseguem se ajustar mais, mais rapidamente.
03:37O Coltari Fácil pegou justamente os setores
03:41em que a concorrência internacional é maior,
03:46que os Estados Unidos podem substituir rapidamente.
03:49Então, por exemplo, suco de laranja,
03:51como nós somos os maiores fornecedores de suco de laranja dos Estados Unidos,
03:54tudo bem.
03:56Agora, café.
03:56Café, como tem muitos outros substitutos,
04:00você tem café da Colômbia, do Vietnam, da Costa Rica,
04:03então, aí manteve alto.
04:05Quer dizer, na indústria,
04:07a indústria, eu diria que o setor mais afetado.
04:10Saiu um estudo hoje no valor econômico
04:14e mostrando que o estado mais afetado é Santa Catarina,
04:18que exporta basicamente produtos manufaturados para os Estados Unidos.
04:23Então, eu diria, você mencionou,
04:26você e o Fábio mencionaram calçados,
04:30têxtil,
04:32algum tipo de indústria,
04:34de alguns componentes industriais,
04:37esses são os mais afetados.
04:38e mais afetados exatamente a proporção ao PIB
04:43os estados do sul-sudeste.
04:48É ruim, não é?
04:49Algumas empresas, infelizmente, vão quebrar.
04:52Num quadro de juros altos,
04:55a Selic está 15%.
04:57A cada mês que passa,
04:59o número de empresas negativadas aumenta,
05:01quer dizer,
05:02o fato de que nós vamos ter alguma coisa assim,
05:05é concreto.
05:06Concreto.
05:08Acho que no dia que ele deu o tarifácio,
05:10ele deu veneno para algumas empresas.
05:15É procurar facilitar a saída delas
05:17ou o redirecionamento para outros mercados,
05:20que seria o ideal.
05:21O Brasil não explora alguns mercados,
05:23como a África,
05:24explora pouco a Aliança do Pacífico.
05:27Então,
05:28é atuar rapidamente para fazer a produção.
05:32O Troster,
05:34e nesse movimento de buscar vender mais para outros países
05:38e diminuir essa dependência dos Estados Unidos,
05:40a gente já viu nos últimos dias
05:42a China fazendo um movimento de comprar mais café do Brasil,
05:45credenciando mais de 180 agentes do mercado de café
05:49para que possam vender para lá.
05:51agora a Índia fazendo o movimento de comprar mais petróleo do Brasil,
05:55exatamente porque ela teve uma sanção adicional,
05:58uma tarifação adicional dos Estados Unidos por comprar,
06:00da Rússia,
06:01está fazendo o movimento de comprar mais do Brasil.
06:04E aí,
06:04talvez não por acaso,
06:05estamos falando de dois países do BRICS,
06:08China e Índia.
06:08E o presidente Lula vem mostrando bastante essa intenção
06:13de fortalecer até politicamente as relações dentro do BRICS.
06:18Na sua leitura,
06:20esse é o caminho,
06:21mesmo assumindo o risco de despertar ainda mais a ira do presidente Trump,
06:28que não vê muito,
06:28assim com bons olhos,
06:30um fortalecimento do BRICS?
06:32Bom,
06:32a resposta é um pouquinho demorada,
06:34mas os Estados Unidos como centro político e econômico do mundo
06:40começou,
06:41se formalizou com o acordo de Bretton Woods em 44.
06:46Só que não se renovou,
06:47Nações Unidas continuam com o mesmo conceito de segurança,
06:52a governança,
06:53o Banco Mundial,
06:54FMI,
06:56continua basicamente a mesma.
06:59E aí,
06:59o que você tem?
07:01Você está começando,
07:02quer dizer,
07:02o centro econômico do mundo está se deslocando mais para a Ásia
07:06e você não está tendo movimento nessa direção.
07:10E você devia modernizar as instituições,
07:13quer dizer,
07:14não é porque o BRICS está crescendo,
07:15é porque os outros,
07:17as instituições globais não estão se adaptando.
07:20Só para dar um número,
07:22o New Development Bank,
07:24que é o banco dos BRICS,
07:25sempre é um patrimônio de 100 bilhões de dólares,
07:30enquanto que o IFC,
07:32que é o braço financeiro do Banco Mundial,
07:35que seria equivalente,
07:36só tem 39 bilhões.
07:38Então, a primeira coisa é que o mundo está se mudando nessa direção.
07:42É como brigar contra a lei da gravidade,
07:45uma coisa assim.
07:46Segundo,
07:48o que o Trump está querendo fazer,
07:51atacando o Brasil,
07:52é atacar indiretamente a China.
07:56é óbvio que ele é contra os BRICS.
08:00E o que o Brasil não pode agora,
08:02infelizmente,
08:04é se alinhar a isso.
08:05Quer dizer,
08:06o Brasil sempre foi conhecido
08:07por ter multilateralismo,
08:10ter bons relacionamentos com a China,
08:12com os Estados Unidos,
08:14com a Europa,
08:15com todo mundo.
08:16Então, acho que tem que continuar nisso.
08:18Acho que, infelizmente,
08:20é uma tentativa que o Trump está fazendo.
08:22Com a China,
08:23ele teve que voltar para trás,
08:25ele subiu as tarifas,
08:26a China subiu mais,
08:27aí ele teve que baixar as tarifas
08:29e a China baixou.
08:31O Brasil não tem essa força toda.
08:34Então, por enquanto,
08:35está chovendo,
08:37é aguentar a chuva um tempinho
08:38que isso vai passar.
08:40Mas, no dia que foi decretado,
08:43como eu falei antes,
08:44que foi decretado o tarifácio,
08:46ele decretou o fim de algumas empresas.
08:49O que a gente pode fazer
08:50é reagir muito rapidamente.
08:54A década de 30,
08:55é um exemplo,
08:56e quando o preço do café despencou,
08:59o Brasil soube reagir
09:01em poucos anos,
09:02mesmo com queda de exportações,
09:04estava crescendo mais,
09:05com uma série de políticas.
09:07Então, é o que a gente tem que fazer,
09:09crescer,
09:09começar a ser mais proativo
09:11no comércio exterior,
09:12mais proativo com a indústria,
09:14mais proativo com política industrial.
09:16É isso que a gente tem que fazer.
09:19Infelizmente,
09:20é isso que dá para fazer.
09:21Troster,
09:23essas políticas que você está recomendando
09:26e tantas outras pessoas recomendam
09:27para um lado ou para o outro,
09:28mais liberalização,
09:29mais política industrial,
09:31elas são de no mínimo médio prazo
09:32para frente.
09:34Agora, discutindo aqui a questão
09:35que vai ser grave
09:36e vai causar impacto,
09:38do curtíssimo prazo.
09:39O governo disse que tem no cardápio dele
09:41várias medidas que foram adotadas
09:43na epidemia
09:43e outras que foram adotadas,
09:45por exemplo,
09:46na crise da desgraça,
09:47da enchente do Rio Grande do Sul.
09:49Agora, esses dois problemas,
09:51embora o da epidemia fosse um pouco pior,
09:53maior,
09:53de perspectiva incerta,
09:54tinha o prazo para acabar,
09:56vamos dizer assim.
09:57Agora, a tarifa do Trump,
09:58sobre vários setores,
09:59não,
09:59elas podem até piorar.
10:01Então, assim,
10:03postergação de pagamento de imposto,
10:05crédito subsidiado,
10:07reintegra,
10:07que é uma medida de
10:08conseguir desconto de imposto,
10:11quer dizer,
10:11recuperação de imposto
10:12por produto exportado
10:13que não vai ter exportado,
10:14todas essas medidas,
10:15elas não dão sobrevida
10:17a um setor.
10:18Elas são medidas emergenciais
10:19para sustentar um setor
10:20ou uma empresa
10:21enquanto ela não acha
10:22o seu rumo de novo.
10:23Na epidemia,
10:24isso tinha perspectiva,
10:25na cheia do Rio Grande do Sul
10:26tinha perspectiva.
10:27Agora, a tarifa não tem.
10:28Como é que faz
10:28para setor que
10:30não vai ter perspectiva?
10:31Eu sei que esse mil bom,
10:32esse mil muito bem.
10:34Não tem perspectiva.
10:35Lembra que as estimativas
10:37de perda de empregos
10:39são feitas por associações
10:41e classes,
10:41então,
10:42sempre tendem a exagerar
10:43um pouco
10:44o que vai acontecer.
10:45é pegar a empresa
10:47a empresa
10:47e no curto prazo
10:49fazer isso,
10:50não tem jeito,
10:51ficou mais pobre,
10:52sabe,
10:52que nem você bateu o carro,
10:54o seguro pode pagar tudo,
10:56mas você ficou mais pobre
10:58o dia que bateu no teu carro.
11:00O seguro paga uma parte,
11:01você tem a franquia,
11:02mas tem prejuízo.
11:04O prejuízo não é tão grande assim.
11:06Uma das estimativas
11:07que eu vi
11:08é algo entre 0,1
11:10e 0,2% do PIB
11:15é o que a gente perde
11:16no primeiro momento.
11:17Se a gente começa,
11:19não tem como,
11:20perdeu,
11:21perdeu,
11:22perdeu,
11:23mas,
11:24como falaram,
11:25agora,
11:25o que a gente tem que fazer
11:26é correr atrás
11:28para no médio e longo prazo
11:30crescer mais,
11:32ser menos dependente disso.
11:34Mas,
11:34curto prazo,
11:35é perda,
11:36para alguns,
11:37não para todos.
11:39E é uma oportunidade,
11:41um grande incentivo
11:41para a gente aumentar
11:42esses outros laços comerciais.
11:45Você mencionou o caso
11:45do café com a China,
11:47eu acho que a Índia,
11:48a gente tem muito espaço
11:50para crescer,
11:51tanto exportar para lá
11:52como trazer coisas lá.
11:54Então,
11:54eu acho que a gente pode,
11:56se a gente reforça esses laços,
11:58pode ser que a gente
11:59até acabe ganhando,
12:00mas demora um tempo.
12:02O Troster,
12:03na sua leitura,
12:04e olhando para os setores
12:06mais atingidos,
12:08dá para o governo
12:09ter um pacote
12:10com um impacto importante
12:12de socorro
12:12sem um comprometimento fiscal
12:15igualmente importante?
12:17Não tem como.
12:18Não tem como gastar dinheiro
12:19sem gastar dinheiro.
12:21O governo não tem caixa,
12:23esse é um dos grandes problemas
12:25de estar tão endividado.
12:28Esse ano,
12:29as estimas são de que
12:31a gente paga
12:32mais de um trilhão de reais
12:34só de juros.
12:37O governo vai gastar
12:39mais do que o dobro
12:40de saúde,
12:42educação e justiça somados,
12:44mais do que o dobro disso
12:45em juros.
12:47E hoje, por exemplo,
12:48se ele gasta um real
12:49em ajudar uma empresa,
12:52no ano que vem,
12:53ele vai ter que pagar
12:54dez centavos
12:55sobre se um real a mais,
12:57se ele não abater a dívida
12:59até lá.
12:59Quer dizer,
13:00nós estamos numa
13:01dívida crescente
13:03por conta da dinâmica
13:04dos juros.
13:06Então,
13:06ele não tem muito espaço.
13:09É um pouquinho de crédito,
13:10um pouquinho de atrasar.
13:11Aqui,
13:12mas é panos quentes,
13:13não vai resolver o problema.
13:14Com certeza,
13:15não tem gasto para isso.
13:16Agora,
13:20Troster,
13:21pensando no caso do café,
13:23que é um caso grande,
13:25nos últimos 12 meses
13:26foram 2 bilhões e meio
13:28de vendas dos Estados Unidos,
13:28muito mais que no ano passado,
13:31tem uma discussão muito grande
13:33sobre o que fazer.
13:34Porque tem gente que acredita
13:36em possibilidade de triangulação.
13:38Os Estados Unidos
13:39comprariam mais do Vietnã,
13:41comprariam mais
13:41de algum país africano
13:43e mais da Colômbia
13:43e o Brasil entraria
13:45nos mercados
13:46que ficariam abertos.
13:47Mas essa triangulação
13:48é possível?
13:49Eu estou pensando nisso
13:49com muita gente
13:50e até agora
13:50tem pouca resposta.
13:52É possível achar saída
13:53para o café brasileiro
13:54e o mundo tem
13:55ofertas suficientes
13:56para substituir
13:57não só a quantidade,
13:59mas o tipo de café brasileiro?
14:00Como é que fica?
14:02Bom,
14:02no curto prazo,
14:03então para café,
14:04no curto prazo,
14:05quer dizer,
14:05o Brasil produz
14:06o café arábio
14:07para um café específico,
14:09você tem algo
14:10chamado
14:11inelasticidade da demanda.
14:14Quer dizer,
14:14alguém que está acostumado
14:15a tomar esse café
14:16é uma loja
14:17que no Starbucks
14:18oferece café do Brasil.
14:21Então,
14:21no curto prazo,
14:22eles não vão,
14:23vão continuar importando
14:25pagando a tarifa,
14:26mas conforme ficou
14:29muito mais caro,
14:30aos poucos,
14:30vão mudar o menu
14:31e vão colocar
14:33outros cafés,
14:34outros tipos de café
14:35no menu,
14:36quer dizer,
14:37no curto prazo.
14:38E parte disso,
14:39sim,
14:40você tem,
14:40por exemplo,
14:41as cápsulas,
14:42um dos grandes
14:43exportadores de café
14:44do mundo
14:45é a Alemanha,
14:46que é um país
14:47que não produz café
14:49à Alemanha,
14:50então parte
14:50do café
14:51que o Brasil
14:52exporta
14:53para a Alemanha
14:53talvez vá
14:54para os Estados Unidos,
14:55dificilmente vá
14:56com carimbo.
14:58O Nespresso,
15:00por exemplo,
15:01é exportado
15:01pela Suíça.
15:05Então,
15:05você tem,
15:05o impacto
15:06é um pouco menor,
15:07não tem que dizer
15:07que todas as exportações
15:10do Brasil
15:11para lá
15:12vão cortar,
15:13você vai ter que pagar
15:14ou muitas exportações
15:17vão pagar
15:17os 50% de tarifa
15:19e continuar exportando
15:20em quantidades
15:21cada vez menores,
15:23mas você não consegue
15:24cancelar contratos
15:25de um dia para o outro,
15:26você não consegue mudar,
15:28então você tem
15:28uma certa inércia
15:30que dá um tempinho
15:31ou dá um fôlego
15:32para se ajustar,
15:35mas tem que correr
15:36atrás do prejuízo,
15:37tem que rapidamente
15:38procurar alternativas,
15:40mas não é assim
15:41que começou
15:42o tarifaço
15:44e as empresas
15:45têm que fechar loja,
15:46não,
15:47o que está andando
15:48dificilmente
15:49pare assim rapidamente.
15:53Trostra,
15:54quando é que
15:55essa fase mais aguda
15:57do tarifaço,
15:58agora com taxas
15:59mais altas,
16:00vai provocar
16:01um impacto
16:02inflacionário
16:03relevante
16:04nos Estados Unidos?
16:05Porque até agora
16:06estamos em agosto,
16:07a primeira onda
16:09do tarifaço
16:10foi anunciada
16:10no começo de abril,
16:12aí o Trump
16:13abriu aquela trégua,
16:14mas que ficou com 10%
16:15para o mundo inteiro,
16:15que já não é pouca coisa,
16:18e até agora,
16:19no entanto,
16:20apesar de alguns
16:21impactos pontuais,
16:23não há um descontrole
16:23inflacionário
16:24nos Estados Unidos
16:25ou nenhuma porrada
16:26muito grande
16:26nos índices de inflação.
16:28Dá para esperar
16:29isso em algum momento
16:30nos próximos meses
16:31e quando mais ou menos
16:32isso poderia bater
16:33de forma mais pesada
16:35no bolso
16:36do consumidor americano?
16:38Dá para esperar
16:39isso normalmente,
16:41quer dizer,
16:41até acabarem os estoques,
16:43tudo,
16:43então acho que
16:43no segundo semestre
16:44se começa a notar.
16:46Posso contar uma piada?
16:48Claro.
16:49Então,
16:50é uma piada,
16:51por favor,
16:52não é uma coisa,
16:53eu até fiz o Savarro.
16:54eu tarifaria
16:55a exportação
16:56de suco de laranja,
16:58como o suco de laranja
16:59é muito importante
17:00no cardápio americano,
17:01se a gente põe
17:02uma tarifa
17:03de exportação
17:04do suco de laranja,
17:06isso vai ir na veia
17:07da inflação lá
17:08e só que é,
17:11como eu disse,
17:12uma piada
17:13para aumentar a inflação lá
17:14para eles começarem
17:16a pensar.
17:17Mas nós somos
17:18o pequenininho
17:19brigando com o rato,
17:21brigando com o leão,
17:22então não tem chance.
17:23mas não,
17:26você vai ter
17:26aumento de custos,
17:28mas demora um pouco,
17:29porque eles selecionaram
17:30bem o que pode
17:31e o que não pode,
17:33mas você deve ter sim,
17:34em segundo semestre,
17:35você tem esse problema
17:37da inércia,
17:37quer dizer,
17:38os estoques ainda
17:39estão com preço velho,
17:40então dificilmente
17:41um fornecedor
17:43vai aumentar o preço
17:44por conta que o preço
17:45de reposição
17:46aumentou rapidamente.
17:49Roberto Troster,
17:50economista,
17:51sócio da Troster
17:52e associados,
17:53Troster,
17:54obrigado mais uma vez
17:55pela gentileza
17:56da sua participação
17:56aqui com a gente,
17:57bom fim de semana
17:58para você.
17:59Obrigado pelo convite,
18:01bom fim de semana
18:01para você
18:02e para todos
18:03que estão nos assistindo.
18:04Obrigado,
18:04um abraço,
18:05obrigado Vinícius
18:05também pela participação.
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