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Com o risco de tarifas de 50% impostas pelos EUA, o Brasil pode perder até R$ 19 bilhões em exportações, segundo a CNI. O setor cafeeiro tenta evitar o impacto, que pode atingir duramente estados como Ceará, SP e RS. Celírio Inácio, diretor da Abic, avalia os efeitos no comércio.

Acompanhe a cobertura em tempo real da guerra tarifária, com exclusividade CNBC: https://timesbrasil.com.br/guerra-comercial/

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Transcrição
00:00O aumento das tarifas de importação pelos Estados Unidos deve provocar um impacto bilionário nas exportações brasileiras.
00:08Segundo a Confederação Nacional da Indústria, os prejuízos podem ultrapassar R$ 19 bilhões,
00:14com efeitos mais severos para estados que dependem fortemente do mercado americano.
00:20É o caso do Ceará, onde quase metade das exportações vai para os Estados Unidos,
00:25mais precisamente, 44,9%. Só nesse estado, as perdas podem chegar a R$ 109 milhões.
00:35Na sequência dos que mais dependem do mercado americano, aparecem o Espírito Santo, com mais de 28%, como a gente vê aqui,
00:43e a Paraíba, com 21,6%.
00:47Em termos de impacto financeiro, os estados do Sudeste e do Sul serão os mais prejudicados.
00:53São Paulo, que também lidera em volume, deve ter uma perda de aproximadamente R$ 4 bilhões e R$ 400 milhões,
01:02seguido pelo Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais.
01:08A maior parte dos produtos afetados são da indústria de transformação,
01:13especialmente setores como metalurgia, alimentos, madeira, papel e automóveis.
01:18Eu vou conversar agora com o Celírio Inácio, diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café.
01:25Celírio, boa noite para você. Obrigada por ter aceitado o nosso convite.
01:28Bom, a gente exibiu agora há pouco, aqui no jornal, a declaração do secretário do Comércio americano,
01:34Howard Ludnick, que ele deu, declaração essa que ele deu à CNBC americana,
01:39falando na possibilidade de tarifa zero para produtos importados pelos Estados Unidos,
01:44que não sejam produzidos no país, entre eles o café.
01:48Ou seja, há esperança para o setor?
01:53Boa noite, Cristiane. Boa noite a todos.
01:56E foi apurado que, para cada um dólar, que é importância que o café tem para com a economia dos Estados Unidos.
02:22E foi apurado que, para cada um dólar que é importado do Brasil para os Estados Unidos,
02:28gera para a economia dos Estados Unidos 43 dólares.
02:34E isso mostra a grandeza que tem o café para a economia dos Estados Unidos.
02:39Significa 1,2% do PIB americano.
02:43Ele emprega mais de 2,2 milhões de pessoas, como toda a cadeia.
02:47E esse estudo vem mostrar justamente que a perda não se daria só exclusivamente para o Brasil,
02:55porque os Estados Unidos é o principal importador do Brasil,
03:00mas isso faz com que tanto os Estados Unidos quanto o Brasil,
03:05que essa relação de mais de 200 anos de comércio poderia fazer também com que os Estados Unidos viesse a perder.
03:12E vocês estão participando de alguma forma das tentativas de negociação com o governo dos Estados Unidos?
03:19Por exemplo, mantendo contato com o empresariado norte-americano?
03:23Isso. O que existe é justamente esse diálogo entre o exportador e o importador
03:30para com esse estudo mostrando que, de fato, existe uma boa vontade das duas partes
03:39em fazer com que nenhuma dessas possam vir a perder.
03:44De fato, existe esse diálogo do empresariado norte-americano para com o hosto,
03:51mas os empresários daqui internamente têm falado diretamente com os empresários dos Estados Unidos.
03:57E como é que estão, nesse momento, as negociações para as exportações brasileiras?
04:02Novos contratos estão sendo firmados?
04:06Não existem novos contratos. Os contratos dão continuidade.
04:10O café é um pouquinho diferente de outras culturas.
04:14Nós firmamos os contratos futuros e aqueles contratos que são embarcados já com preços determinados.
04:21É óbvio que existe toda uma tensão sobre esses cafés que vão ser embarcados depois do dia 1º.
04:30Mas apostamos que os Estados Unidos, como um país que gosta de café,
04:3677% do americano que bebe o café,
04:40que acabou sendo arrefecido um pouco o preço diante da boa safra que o Brasil e o mundo estão tendo,
04:47essa redução de preço poderia, de imediato,
04:53poderia dar uma arrefecida nos preços oferecidos para o americano como consumidor final.
05:00Mas existe toda uma tensão referente a essas negociações.
05:06E como é que está o procedimento das cargas que foram vendidas antes do anúncio desse tarifácio?
05:12Há embarques que foram adiados ou cargas paradas em containers, por exemplo?
05:17Não, pelo contrário.
05:19Foram adiantadas, aproveitando justamente esse período que não poderia estar havendo algumas inseguranças.
05:29Mas continuam sendo embarcados, mesmo porque nós estamos vindo de uma etapa,
05:36em termos de café, bastante confusa.
05:40Nós tivemos nos últimos quatro anos uma produção bastante reduzida,
05:43onde fez com que os preços se elevassem bastante,
05:47fazendo com que também os exportadores não fizessem estoques.
05:53Então, o que a gente chama de uma exportação meio que da mão para a boca.
05:58Então, esses nossos parceiros exportadores também precisam desse café.
06:04E vamos lembrar que o Brasil contribui com 30% de todo o café consumido nos Estados Unidos.
06:12Então, o blend que se faz, o café, é muito dependente do arábica,
06:19que é uma espécie do café aqui do Brasil.
06:22Então, as negociações estão andando no sentido de que não pode haver uma ruptura de imediato
06:32nessas exportações, mas o comércio continua tocando.
06:36Vou passar para a pergunta dos nossos analistas.
06:38Vamos começar pelo Vinícius Torres Freire.
06:41Pensando na perspectiva, tanto brasileira como americana, quanto a consumo e venda de café.
06:47Existe no pior cenário.
06:49Vamos supor que não exista negociação, que a tarifa de 50% se abata sobre todos os produtos brasileiros.
06:55Um cenário catástrofe.
06:56Vamos pensar.
06:57É possível ter uma triangulação?
07:00Quer dizer, os Estados Unidos comprarem café de outro mercado
07:04e o Brasil ocupar esse outro mercado, deixado para esse outro país?
07:08Como é que fica?
07:09Existe esse intercâmbio?
07:11É possível substituir o café do Brasil por um de outros países?
07:15Dá para fazer essa triangulação ou vai ter perda aí para alguém, do Brasil ou para os Estados Unidos?
07:22A gente tem... são dois princípios que a gente se baseia.
07:27Primeiro é justamente nessa necessidade do Estados Unidos para com o café brasileiro.
07:33O Brasil é o maior exportador de café, o maior produtor e ele também produz as duas espécies, principalmente o arábica.
07:40Os outros países que também fornecem café para os Estados Unidos, como a Colômbia, a Indonésia, o Vietnã,
07:50eles têm algumas espécies específicas para colocar para os Estados Unidos.
07:56Quanto à triangulação, é sempre uma dúvida, porque existe todo um problema de logística
08:04que possa estar dificultando justamente toda essa transação comercial.
08:10Mas a gente entende que pela doçura que é a espécie do arábica que traz a esse brand,
08:17pelo corpo que é necessário para que esse café seja oferecido para os Estados Unidos,
08:23nesse momento a gente entende que haveria uma negociação entre exportador e importador,
08:30mas não daria uma... deixar de ter uma sequência nessas exportações.
08:38E isso vai depender diretamente do quanto o consumidor americano vai absorver todo esse possível aumento.
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