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Pavel Cardoso, presidente da Abic, avaliou os impactos da tarifa de 50% anunciada por Trump. Os EUA importaram 8 milhões de sacas do Brasil em 2024, 16% das exportações nacionais. O setor teme prejuízos bilionários e cobra ação diplomática urgente.

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Transcrição
00:00A BIC, Associação Brasileira da Indústria de Café, recebeu com preocupação a decisão anunciada por Trump
00:06de taxar a importação de todos os produtos brasileiros em 50%, incluindo o café.
00:13Segundo o setor, é um grave retrocesso nas relações comerciais entre os dois países
00:17que pode gerar impactos extremamente negativos e irrelevantes para toda a cadeia produtiva.
00:24Sobre esses possíveis impactos, eu converso agora com o Pavel Cardoso, presidente da BIC.
00:31Pavel, boa noite. Muito obrigado pela sua entrevista aqui.
00:34Pavel, quanto é que os Estados Unidos representam para a indústria brasileira,
00:39para o nosso mercado de café, para as nossas vendas para fora?
00:43Olá, todos. Boa noite. Obrigado pela oportunidade de estar mais uma vez aqui com vocês.
00:48Os Estados Unidos representam 16% das exportações brasileiras.
00:52No ano passado, em 2024, o Brasil exportou 50 milhões de sacas, aproximadamente 2 bilhões de dólares,
00:59e os Estados Unidos importaram 8 milhões de sacas do Brasil,
01:02representando 16% nessa cadeia de exportações brasileiras.
01:08E a partir desse peso do mercado americano para o nosso setor do café,
01:14que impacto essa tarifa de 50% pode ter se, de fato, ela entrar em vigor a partir de 1º de agosto?
01:20Túcio, nós estamos trabalhando com a possibilidade da diplomacia brasileira associada com os entendimentos norte-americanos
01:29de mitigação ou de postergação dessa tarifa.
01:34Isso porque os danos associados à cadeia de valor que compreendem todo o ecossistema café
01:40será danoso, não apenas aqui no Brasil, para os nossos produtores e exportadores,
01:44mas também para os consumidores americanos, para as indústrias americanas.
01:48Nós podemos lembrar que a situação do café nos Estados Unidos,
01:54muito embora eles não plantem café, Túcio, nós temos uma conexão similar com os americanos,
01:59porque a principal bebida nos Estados Unidos também é o café.
02:03A coligação entre o Brasil e os Estados Unidos a partir do café,
02:09a conexão do café com os americanos, surge lá desde o Boston Tea Party, lá em 1773,
02:15quando os americanos elegeram o café como a sua principal bebida.
02:19E a partir daí, os Estados Unidos têm no café a sua bebida diária.
02:2476% dos americanos consomem café diariamente.
02:27E por não plantar café, para cada dólar importado, 43 dólares adicionais
02:35são movimentados na economia americana, reservando aí um volume total de receita
02:41da ordem de 343 bilhões de dólares, empregando 2 milhões de pessoas
02:47e recolhendo mais de 100 milhões em impostos, quase 40 milhões em impostos,
02:54de 100 milhões, 100 milhões em pagamentos de folhas de pagamento.
02:59Então, a conexão do americano vai além do dia a dia, vai além da conexão histórica,
03:06sentimental do consumo dentro e fora do lar.
03:09Nós estamos falando de uma economia robusta que representa 1,2% do PIB americano.
03:15Então, iguais condições de negociação e iguais interesses em que essa medida seja dissipada,
03:22mitigada ou até pós-tergada existem entre os dois países, notadamente no ambiente produtivo,
03:28que estão trabalhando com as suas respectivas de diplomacia,
03:32para que tenhamos um desfecho positivo para ambos os setores.
03:37E com essa tarifa eventualmente em vigor, onde é que os Estados Unidos buscariam café mais barato?
03:45Como é que estão os concorrentes do Brasil, entre aqueles que exportam café para os Estados Unidos,
03:50dentro desse cenário do tarifaço?
03:53Tosse, os Estados Unidos consumiram no ano passado 26 milhões de sacas.
03:57Isso dá um consumo per capita de quase 5 quilos por habitante ano, quase 5 quilos, 4,9 quilos por habitante ano.
04:05Nós estamos falando que o Brasil representou, no consumo total americano, quase 35%, 34% e fração.
04:11De modo que quando a gente observa todo o ecossistema café mundial,
04:17os Estados Unidos terão grandes dificuldades de suprir o fornecimento brasileiro,
04:22sabendo que os consumos e as exportações dos outros países que produzem Arábica,
04:28ou mesmo Robusto, já estão absolutamente com o destino assegurados.
04:34Não é uma cadeia que tem grandes movimentações.
04:37Nós estamos falando de um complexo que, desde a planta, demora-se um ano, dois anos,
04:43para se acomodar novas lavouras, novas explotações, novos volumes.
04:47E da mesma forma, os contratos firmados são naturalmente com um laço bem mais consistente
04:54do que movimentações bruscas possam exigir.
04:58Então, o peso brasileiro na composição total do consumo americano
05:02é, por demais, importante para que os Estados Unidos considerem nessa negociação
05:07medidas mais plausíveis que impactem menos os consumidores americanos,
05:14que são, como a gente mencionou, consumidores que têm uma conexão
05:17de mais de dois séculos com o nosso café.
05:21A gente mostrou aqui ao vivo, durante essa edição do Radar,
05:26o pronunciamento e a entrevista coletiva do vice-presidente Geraldo Alckmin,
05:29falando do início de reuniões, a partir de amanhã,
05:34entre ministros e representantes do setor produtivo, inclusive do agro.
05:39A BIC vai participar desse processo?
05:41A BIC está convidada para essa reunião amanhã?
05:45Nós temos uma agenda cheia amanhã.
05:47A gente não recebeu a confirmação formal ainda,
05:50mas a nossa assessoria de imprensa está cuidando já de nos sinalizar
05:56assim que chegar essa confirmação.
05:58Mas a nossa agenda amanhã começa cedo com reuniões de governo
06:03e outras tantas que, ao longo do dia, participaremos.
06:07E o que a BIC leva para essas reuniões?
06:10A BIC representa 90% do consumo brasileiro, Tussi.
06:13A gente tem, toda a indústria nacional representa pouco mais de 35%
06:19do que o Brasil produz como país produtor.
06:21Então, a indústria nacional tem muito a contribuir,
06:24ainda por conta das nossas exportações em forma torrada moída
06:28sejam incipientes e, eu diria, pouco relevantes.
06:31Esse é, inclusive, um papel da entidade de buscar ampliação
06:34de produtos industrializados brasileiros,
06:36no caso específico aqui o café,
06:38para fazer com que o país seja mais relevante na cadeia de valor.
06:42Mas o peso da entidade na composição do ecossistema,
06:47ele é pronunciado, seja na composição total do que consome,
06:51o Brasil é o próprio e maior cliente da nossa lavoura,
06:56seja na própria transformação na cadeia de valor
06:59que a indústria nacional tem para a nossa lavoura.
07:02Como é que vocês defendem que seja conduzido esse processo
07:05de reação ou de negociação aos Estados Unidos?
07:09O nosso entendimento, com todo o alinhamento da cadeia de valor
07:15que compreende o ecossistema café,
07:17é que as negociações sejam pautadas em respeito
07:21à longevidade da relação comercial que há entre o Brasil e os Estados Unidos.
07:25O próprio café, em mais de dois séculos,
07:27ou quase dois séculos, que faz parte dessa negociação.
07:31Os Estados Unidos é o principal cliente brasileiro,
07:34com o volume de exportações que nós mencionamos aqui,
07:36superiores a 8 bilhões de sacos no ano passado,
07:39quase 2 bilhões de dólares.
07:41Então, o entendimento de todo o ecossistema,
07:43da mesma forma nós assim estamos agindo,
07:47é da defesa racional das boas relações comerciais
07:52que existem entre os dois países,
07:54sabendo que iguais importâncias tem o setor café para o Brasil
07:59e para os Estados Unidos enquanto país consumidor,
08:02enquanto o principal país consumidor do planeta de café.
08:04Pavel Cardoso, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café,
08:10a BIC.
08:11Pavel, muito obrigado pela gentileza,
08:13a gente vai seguir acompanhando esse assunto.
08:15Muito obrigado, boa semana.
08:17Boa semana, Tússia.
08:17A gente chega à disposição aqui.
08:19Muito obrigado.
08:19Tchau.
08:20Tchau.
08:21Tchau.
08:22Tchau.
08:23Tchau.
08:25Tchau.
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