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O Ibovespa B3 atingiu 161 mil pontos pela primeira vez, impulsionado pela expectativa de queda de juros nos EUA e no Brasil. Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, explicou como o cenário global e fiscal influencia o câmbio, o apetite por risco e o otimismo do investidor.

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Transcrição
00:00A gente vai voltar a falar, a gente vai falar mais uma vez desse novo recorde do Ibuvespa B3
00:05que fechou em 161 mil pontos pela primeira vez na história.
00:11Eu converso agora com o Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating.
00:15Alex, boa noite, sempre bom ter você aqui com a gente.
00:18Bom, quero começar te ouvindo exatamente sobre isso.
00:20O que significa para o mercado esse patamar acima de 160 mil, 161 mil inclusive?
00:30Boa noite, Cris.
00:31Bom, sem dúvida alguma o mercado financeiro vem numa trajetória otimista bastante forte,
00:37com recordes sendo superados de pontos na Bolsa de Valores de São Paulo.
00:42Primeiro que isso é uma sinalização clara de que há uma confiança dos investidores
00:48em relação a essa mudança de relações de taxa de juros no mundo, com destaque aos Estados Unidos.
00:55E hoje o dia foi pautado por isso.
00:58Há indicações de que na próxima semana, no dia 10, haverá redução da taxa de juros nos Estados Unidos.
01:06Donald Trump já deu a entender que vai indicar o seu conselheiro ali de assuntos econômicos
01:13para a presidência do Banco Central norte-americano.
01:16Ainda que o atual presidente, Jeremy Powell, fique no cargo até maio do ano que vem,
01:22isso é uma sinalização clara de que o perfil do próximo presidente será mais dovish na linguagem financeira.
01:30O que significa?
01:32Olha, ele será mais brando com relação aos juros.
01:35Portanto, há uma expectativa de continuidade de queda de juros nos Estados Unidos ao longo de 2026.
01:42Isso traz para o mercado financeiro global um certo otimismo.
01:46E não poderia ser diferente aqui no Brasil, porque também, Cris, nós estamos discutindo
01:51a possibilidade do início de queda da taxa de juros também no Brasil.
01:56Pode ser ali em janeiro, com um corte menor de 0,25 pontos, ou um corte maior em março.
02:01De qualquer forma, o início de queda de juros no Brasil também anima os investidores.
02:05Primeiro, porque teremos um custo financeiro de financiamento de produção, de crédito menor.
02:12E isso deixa, sem dúvida alguma, os investidores animados,
02:16porque tem uma expectativa de retorno no investimento no ano que vem, um pouco melhor do que nesse ano.
02:21Por isso, ações têm sido aí um grande foco, além de fatores setoriales.
02:27Alex, como é que essa alta pode ser lida pela sociedade?
02:32Eu estou falando da população em geral.
02:35Olha, primeiro, quando há essa confiança dos investidores e analistas de mercado de que a Bolsa está subindo,
02:42é porque alguns fatores de macroeconomia, ou seja, inflação, juros, câmbio,
02:46aquilo que é muito sensível ao cidadão comum, está indo para um caminho muito positivo.
02:53Ou seja, olha, tem uma perspectiva de um juros menor aí na frente.
02:57Não existe, por exemplo, o risco de uma desorganização da moeda,
03:00que poderia encarecer, por exemplo, combustíveis.
03:04Não existe um risco de a gente ter uma mudança de condições políticas mais bruscas internamente.
03:12Ou seja, se confirma, por enquanto, um cenário mais otimista.
03:17E isso tem um reflexo todo sobre a sociedade.
03:20Ainda que a gente esteja falando apenas de investimento no mercado financeiro, não é, Cris?
03:25A gente sabe que essas expectativas dos investidores com valorização das ações
03:30têm um impacto positivo na vida das pessoas,
03:33que é o sentimento de mais segurança,
03:37portanto, o risco de perda de emprego vai sendo menor.
03:40É, olhando agora para o câmbio, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo,
03:46disse que está contente com o câmbio flutuante,
03:48ressaltou que o BC só intervém em casos de desfuncionalidade.
03:53Qual é a sua perspectiva, Alex, para o dólar nessa reta final do ano?
03:57Há algum risco que leve a essa desfuncionalidade?
04:02Olha, Cris, primeiro, o câmbio é flutuante no Brasil desde 13 de janeiro de 1999, né?
04:07Então, temos que ficar se insatisfeitos. Por quê?
04:09Porque nós temos uma contrapartida importante.
04:11As nossas reservas internacionais e moedas estrangeiras,
04:14elas estão bastante volumosas, ou seja, 360 bilhões.
04:19Isso dá segurança no Banco Central.
04:21O câmbio, variando muito, ele tem efeitos negativos ou positivos na economia.
04:25Inflação, exportação, importação.
04:27No cenário atual, nós estamos enxergando uma continuidade,
04:32ainda que moderada, de valorização do real.
04:35Simplesmente por conta dessa expectativa de queda de juros nos Estados Unidos.
04:40Ou seja, começa a ter maior atração de investidores estrangeiros no Brasil.
04:45Maior fluxo de capital estrangeiro, o real tende a se valorizar.
04:49Porém, nós temos, infelizmente, fatores domésticos
04:52que acabam limitando essa valorização do real.
04:55A gente poderia estar com uma cotação muito abaixo de R$ 5,00 por dólar.
04:59Não estamos porque nós temos um problema fiscal.
05:02As contas do governo não estão fechando como deveria.
05:06Nós vimos recentemente rombo de estatais, principalmente com o Reis,
05:09e o governo fala que não vai debatizar.
05:12Isso é ainda algum sentimento de preocupação
05:15que faz com que o real não se valorize mais que poderia,
05:19e que poderia, inclusive, contribuir para alguns fatores,
05:22como preço de carne, de combustíveis, preço de ração,
05:26entre outros fatores que poderiam ser beneficiados.
05:28Eu vou passar para a pergunta do Vinícius.
05:30Vinícius, por favor.
05:32Alex, boa noite.
05:34Até há pouco tempo estava você dizendo que o dinheiro que estava entrando na Bolsa,
05:38até há pouco tempo era pingando,
05:40era rotação, era dinheiro de fora ou dinheiro de não-residente, vamos dizer assim.
05:44Agora, investidor brasileiro, institucional aqui, micro, pequeno,
05:49está entrando, vai entrar mais?
05:51O que você acha?
05:51Eles vão dar um novo impulso se eles acreditarem mais na Bolsa
05:54e, claro, tiverem menos atrativos de deixar dinheiro em juros?
05:58Boa noite, Vinícius.
06:01Bom, pelo que nós estamos olhando no cenário,
06:03primeiro, não tem nenhum risco de mudança de cenário mais abrupto,
06:09ou seja, o que está à mesa?
06:11Uma continuidade, uma expectativa de queda de juros no ano que vem,
06:15aqui no Brasil.
06:16Nós temos um cenário, com isso, de ampliação do consumo,
06:21do crédito, ainda que de forma moderada.
06:23Nós temos o efeito da isenção do IR para quem ganha até 5 mil reais.
06:29Então, tem um cenário um pouco mais propício para que as empresas
06:33continuem dando retorno aos investidores.
06:36Então, isso vai atrair, sem dúvida alguma, um investimento estrangeiro.
06:41Nós estamos vendo o Brasil melhorando o investimento estrangeiro direto.
06:45Além disso, eu digo no setor produtivo, tá, Vinícius?
06:49Mas também na Bolsa de Valores, estamos atraindo mais investidores,
06:53justamente porque o diferencial de juros entre Estados Unidos e Brasil
06:57vai continuar bastante elevado, ainda que os juros vão cair nos Estados Unidos
07:02e ainda que os juros vão cair aqui no Brasil.
07:05E, suposto, nós estamos também tirando do cenário alguns riscos, né,
07:09que é via de conflitos geopolíticos, parece que há encaminhado alguns entendimentos
07:14de conflitos aí, Israel, Gaza, Ucrânia, Rússia.
07:20Então, tudo isso vai para um cenário um pouco mais moderado,
07:23ainda que haja riscos por conta de ano eleitoral em 2026,
07:29mas são riscos aparentemente controlados.
07:32Quais são eles?
07:33Olha, o governo vai ter que gastar um pouco mais,
07:36abrir um pouco mais o cofre para negociar com os congressistas,
07:39para ter um apoio, mas são riscos um pouco moderados.
07:43Nós não estamos falando, por exemplo, de uma crise mais aprofundada
07:46ou de desfuncionalidades da economia,
07:48aqueles que pudessem mudar, por exemplo, a trajetória da taxa de câmbio.
07:53Então, hoje, por enquanto, é um cenário até que positivo.
07:56Claro, o Brasil ainda tem muito a fazer,
08:00mas o que a gente olha é um cenário bastante otimista,
08:04com queda de inflação, queda de juros,
08:06um cenário controlado de desaceleração econômica,
08:10que tem impactado positivamente nos negócios e na vida das famílias,
08:14quando a gente olha uma taxa de desemprego em nível recorde histórico de 5.4.
08:19Alex, muito obrigada.
08:21Sempre bom ter você aqui com a gente.
08:22Boa noite e até a próxima.
08:24Boa noite. Até mais.
08:25Boa noite.
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