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Com inflação ainda pressionada, mercado de trabalho em desaceleração e bolsas em alta, cresce a dúvida sobre a próxima decisão do Federal Reserve. O estrategista-chefe da Avenue, Will Castro Alves, explica o que pode pesar mais: preços de serviços, moradia ou alimentos.

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Transcrição
00:00Ainda falando sobre a economia americana, o dia de hoje teve índices da Bolsa de Valores de Nova York
00:06batendo recorde. Por outro lado, a inflação ao consumidor subindo e ainda nesta semana dados
00:14oficiais mostraram que os custos para os produtores caíram. Nesta lista aqui, que já estou no quarto
00:21item, também podemos citar um mercado de trabalho desacelerado. Diante destas variáveis tão diferentes,
00:28pontos positivos, pontos negativos, qual deve ser a decisão do Federal Reserve quanto à política de juros?
00:37Pergunta para Will Castro Alves, que é o estrategista-chefe da Avenue e nosso notável, a quem eu agradeço
00:46semanalmente a gentileza de estar aqui conosco. Will, eu já joguei a batata quente, agora você descasca.
00:53Se a gente olhar, essa balança está desequilibrada, tem dados positivos para um lado, dados negativos para outro.
01:01Nos nove fora, nesse equilíbrio, o que o Fed deve fazer? Vai baixar juros ou estes novos dados deixam o Banco Central
01:10americano ainda sem uma decisão mais precisa? Que é a grande pergunta agora desse trimestre, vai ter mesmo
01:17corte na taxa de juros dos Estados Unidos? Obrigado, Will, por estar aqui presente, nesse momento tão
01:23importante e tão complicado para nós, leigos, entendermos.
01:28Boa noite, Favali. Vocês já resumiram muito bem na reportagem essa questão dos índices de preços aqui nos Estados Unidos.
01:36De fato, a gente tem visto uma mudança até de tendência que a gente via até recentemente.
01:44que mudança é essa? Vamos quebrar o índice de inflação em alguns sub-itens, né?
01:49Primeiro, essa parte mais de bens, que pega alimentos, pega a lâmpada que está aqui atrás, o computador, o mouse, o carro e por aí vai.
01:58Até então, a gente tinha uma inflação benigna e já de uns meses para cá, não é só tarifa, tá?
02:03Até porque hoje eu fui abrir o dado de inflação e você vê lá, carros novos, teve inflação, você pode culpar as tarifas.
02:10carros usados, não deveria ser a culpa da tarifa, né?
02:13De contas, o carro já estava aqui, mas também aumentou e aumentou até mais do que o carro novo, né?
02:19Então, assim, esses produtos, bens, vem aumentando, saindo de uma dinâmica que vinha muito favorável ao longo de 2024,
02:27cedendo, pós-pandemia, né?
02:29A gente teve aquele problema ali em 2021, inflação muito alta, mas depois que os países reabrem, especialmente o Sudeste Asiático,
02:36volta a produzir muito, sobram esses produtos e os preços caem.
02:39Agora não, agora voltou a ter um aumento de preços desses produtos.
02:45Alguns colocam a culpa nas tarifas, outros dizem que não é bem isso, é a queda nas cadeias de suprimento,
02:52interrompimentos, o near-short, enfim.
02:55O fato é que em bens a gente tem visto um aumento.
02:58E a gente via vendo uma desaceleração em preços de serviços, e é isso que preocupa mais, essa aqui é a verdade.
03:07Vocês comentaram ali do preço do café, é algo importante, é algo que se olha, mas para o FED, o mais importante,
03:13e que acaba pesando até mais no índice de inflação, e até porque ele não consegue controlar o preço do café,
03:20o preço da gasolina, agora em serviços é extremamente importante,
03:24e em serviços é que talvez resida ali o problema, você está vendo a volta de uma resiliência na inflação
03:32no segmento específico de serviços.
03:35Outro fator que também não tem ajudado muito é a moradia, tá?
03:38Preços de moradia continuam subindo, ainda que bem mais lentamente,
03:42mas ainda assim mostrando aquela inflação resiliente mais para 3% do que para 2%.
03:47Bom, temos um cenário de inflação que ainda apresenta desafios, por outro lado, o mercado de trabalho,
03:54e hoje esse indicador acabou roubando a cena, pedido de seguro-desemprego, bem acima do esperado.
04:01Mais um dado que mostra uma fraqueza do mercado de trabalho e reforça a ideia de cortes de juros.
04:08Então a gente chega muito próximo da próxima semana, que é onde a gente vai ter a decisão de juros pelo FONC,
04:16é na quarta-feira, e se precisar estaremos aqui para falar contigo sobre isso.
04:23A gente chega já com a expectativa de que não vai ter corte de juros,
04:26e agora a grande discussão é, bom, mas vai cortar até quando?
04:30Vai cortar 3 vezes esse ano?
04:32É o que o mercado vem precificando.
04:34Eu tenho minhas dúvidas, acho que o FED vai manter uma postura um pouco mais aguerrida,
04:40no sentido de, olha, ok, há um espaço para um ajuste na política monetária,
04:44mas não quer dizer que eu vá sair cortando juros à reveria,
04:47porque tem uma inflação que ainda representa riscos.
04:50Agora, pode anotar na sua agenda sim, põe ali, né, save the date,
04:55você vai estar aqui conversando com a gente ao vivo,
04:58depois da decisão do FONC, que é o Comitê de Política Monetária do Federal Reserve.
05:04Mas, sem a menor sombra de dúvida, Will Castro Alves,
05:08eu preparei aqui uma lista, é claro que os índices de inflação aí,
05:12eles são muito mais complexos do que estes aqui, a lista é muito mais recheada.
05:16Eu peguei alguns tópicos para, justamente, o Will nos ajudar a desmitificar,
05:22vamos tirar o mito, porque a gente olha numa primeira vista,
05:26quem não é um analista que está lá olhando a economia americana como o Will,
05:29às vezes faz um falso cognato, uma falsa interpretação.
05:32Eu queria começar aqui pelo que é mais normal, né,
05:37que é a inflação do alimento dentro de casa.
05:40Café subiu 21,7%, a carne mais de 16%, ovos, banana, laranja.
05:47Eu escolhi esses itens aqui, a lista original é muito maior,
05:51mas que são os produtos que vêm muito de fora.
05:54Frutas, café, carne, ovos, teve um crescimento.
05:57E é claro que a gente, quando olha, pensa, pô, comida todo mundo compra, né?
06:03Tem um lado positivo, a energia ficou um pouquinho mais baixa, né?
06:08Teve uma deflação da energia, comer fora de casa ficou mais caro,
06:14e tem aqui, como você falava, Will, demais itens que descontam os alimentos, né?
06:21Peças de automóveis, 15%, é um item importante?
06:25É.
06:26Mas não é todo dia que você compra uma peça de automóvel, né?
06:29Carne, ovos, frutas, é praticamente todo dia.
06:32Móveis, né, furniture, móveis e joias.
06:35A joia também é um negócio que você compra todo dia.
06:37Agora, olhando para isso, o que que mais é, vou dizer que coça a cabeça aqui do analista, Will?
06:45São os alimentos dentro de casa?
06:47São esses outros itens mais industrializados?
06:52Ou eu pulei alguma coisa aqui que era importante e não está aqui?
06:56Você deu, você chamou a nossa atenção para o setor de serviços, é claro,
07:01está um pouco aqui, né?
07:02Alimentação fora de casa, isso acaba reajustando.
07:05Mas faltou alguma coisa?
07:07E retoma a pergunta, né?
07:08É importante a gente olhar a alimentação dentro de casa, itens industrializados,
07:13falando de uma economia complexa como a dos Estados Unidos.
07:17Dá um mapa aqui da mina dessa...
07:21desse mapa que eu fiz aqui.
07:25Não, vamos lá, cara, com certeza.
07:27Primeiro assim, eu acho que para a gente que está...
07:30A gente olha esses indicadores, obviamente, uma para conhecer, entender
07:33e saber como é que funciona a economia americana, mas também para entender o impacto do mercado
07:37e precificação de ativos para se posicionar.
07:41Para o Banco Central, o que importa, na verdade, é aquela inflação que, de fato, ele consegue influenciar.
07:47Não adianta você botar os juros na lua, as pessoas vão continuar tomando café,
07:51as pessoas precisam se alimentar.
07:53Não é o juro que vai fazer essa diferença toda.
07:56Então, com isso, ele não consegue controlar.
08:00Por isso que se exclui, você olha, o core da inflação.
08:05E aí, nesse core da inflação, moradia é algo importante, o segmento de serviços é algo importante.
08:12E também os produtos de consumo discricionário, que se fala, como você citou,
08:17móveis, peças, joias, carros, computadores, tudo isso, ali você começa a ter alguma influência,
08:25porque muitas vezes você financia isso, você compra no cartão de crédito,
08:28e ali os juros, ali sim, tem alguma influência.
08:31E pensando também nas tarifas, os produtos industrializados é que tem esse risco.
08:38O Paulo até já comentou, citou o exemplo da máquina de lavar louça e a máquina de lavar roupa,
08:43que tem impactos diferentes por conta de tarifas e tudo mais.
08:47É ali que a gente vai estar olhando nos móveis, já deu para ver um certo impacto de tarifa,
08:51nas roupas já deu para ver um certo impacto de tarifa, mas ainda é marginal.
08:56E eu acho que para o mercado, o importante aqui é o seguinte,
08:59e por que a gente olha muito, falando do mercado de trabalho,
09:02porque sim, a inflação está aumentando perto da casa dos 13 e não de 2, que é a meta do FED,
09:07mas a gente tem visto os salários, eles também estão crescendo nessa magnitude.
09:11Então, isso quer dizer que, na média, obviamente, cada caso é um caso,
09:14mas, na média, o trabalhador americano está conseguindo manter o seu poder de consumo.
09:20Ora, se os salários crescem igual ou mais do que a inflação,
09:24em tese, ele tem que manter esse poder de consumo e isso é importante.
09:28Por isso que a gente fala tanto no mercado de trabalho e por isso que o FED está tanto de olho no mercado de trabalho,
09:33porque se fraquejar demais o mercado de trabalho, não vai ter aumento de salário,
09:38e aí pesa ainda mais essa inflação no bolso do consumidor.
09:43Por isso que está sendo muito relevante olhar exatamente para essa questão de mercado de trabalho.
09:49Tivemos mais uma aula aqui do professor Will Castro Alves,
09:53que já sabe que volta na semana que vem, justamente quando tivermos a notícia aí de taxas de juros,
10:01com corte, manutenção, aumento é pouco provável,
10:05mas o Will vai não só trazer essa notícia, como vai nos explicar os impactos.
10:10Will, bom restinho de semana, muito obrigado, bom descanso, até semana que vem.
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