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O Ibovespa B3 fechou em alta de 0,36%, renovando recordes e impulsionado pelo cenário externo. O sócio da Brazil Wealth, Felipe Corleta, analisou o impacto da queda do dólar, da expectativa de cortes de juros pelo Fed e dos dados positivos da PNAD no mercado brasileiro.

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Transcrição
00:005 horas e 16 minutos, fechamento de mercado aqui no radar, mais um dia positivo na Bolsa
00:09Brasileira, renovando o recorde de pontuação, vamos ver aqui então o desempenho do Ibovespa
00:14B3, fechou com uma alta de 0,36% aos 144.061 pontos, dia de renovação de recorde intraday
00:24e também no fechamento. Nos Estados Unidos, após os últimos recordes em Wall Street,
00:33investidores hoje realizaram lucros e a Bolsa acabou caindo na véspera da decisão do Fed
00:39sobre os juros. Vamos ver aqui então como é que os principais índices encerraram o dia,
00:44Dow Jones queda de 0,27%, Nasdaq menos 0,07%, SP500 caindo 0,13%, o ouro que teve
00:54mais um dia de alta, portanto renovou o recorde aqui, subiu 0,23%. O dólar hoje caiu mais
01:03uma vez contra boa parte das divisas, caiu frente ao real também e fechou o negociado
01:09a R$ 5,29. Vamos falar com o Felipe Corleta, sócio da Brasil Wealth, para a gente entender
01:18o que mandou no mercado hoje. Corleta, boa tarde para você, Bolsa Brasileira renovando
01:24o recorde e para quem achava que o dólar ia demorar para cair abaixo dos R$ 5,30, caiu.
01:30Boa tarde, Turcio, boa tarde para todo mundo aqui ligado no Times Brasil.
01:34Realmente mais um dia positivo, não só no Brasil, como em todos os mercados emergentes,
01:39o índice de mercados emergentes subiu quase 1% na Bolsa de Nova Iorque, está nas máximas
01:44desde 2021 e aqui no Brasil não foi diferente. Novo recorde para a Bolsa, a Bolsa até deu
01:49essa empinada no final que, sinceramente, talvez tenha alguma relação com a notícia
01:55da hospitalização do Bolsonaro, mas mais um dia positivo, não só no Brasil, como
02:01em todos os mercados emergentes, na expectativa de que amanhã inicie-se um ciclo de corte
02:07na taxa de juros, que o Powell traga, o presidente do Federal Reserve, o Banco Central dos Estados
02:11Unidos, que ele traga um discurso de que a preocupação do Banco Central nesse momento
02:16está no desemprego, então, de que haverá uma continuidade desses cortes de juros.
02:21Hoje o mercado precifica entre 3 e 5 cortes sequenciais até março do ano que vem e isso
02:27reduz o custo de capital do mundo inteiro, acaba animando as Bolsas. Então, a gente está
02:31vendo um dólar mais fraco diante desse juro que cai e aqui no Brasil, junto com outros
02:36países emergentes, é um rali nas Bolsas.
02:38O Coruleta, qual seria a leitura do mercado em relação à hospitalização de Jair Bolsonaro?
02:44Olha, eu acho que no primeiro momento o mercado poderia até enxergar esse risco de o Bolsonaro
02:53manter uma candidatura, apesar de estar inelegível manter uma candidatura até o último momento
02:59como um fator de enfraquecimento da plataforma de oposição nas próximas eleições.
03:06No caso, ele tenha problemas de saúde, decida desistir, pelo menos abertamente, de uma
03:13candidatura, isso poderia fortalecer uma plataforma mais unificada da oposição.
03:18Então, imagino que essa seria a primeira interpretação do mercado com relação a essa
03:25hospitalização.
03:26no entanto, o espólio, a herança dos votos do Bolsonaro é muito incerto, que pode acontecer
03:34especialmente se agravar o quadro de saúde do ex-presidente.
03:38O que pode acontecer com esses votos todos que ele carrega, se eles vão conseguir ser
03:44direcionados para alguma outra plataforma de oposição ou não.
03:48Então, talvez o mercado esteja vendo que um problema de saúde do Bolsonaro possa acelerar
03:53a organização de uma chapa de oposição nas eleições do próximo ano.
03:58Mas, sinceramente, não vejo isso como um gatilho de alta para o mercado nesse momento.
04:04Enquanto nós falamos aqui, Corleta, estamos dividindo tela com imagens ao vivo do presidente
04:10Donald Trump desembarcando do Air Force One no Reino Unido, cumprimentando o pessoal
04:16ali presente na pista para iniciar a visita de Estado ao Reino Unido, visita essa que deve
04:22ter ali alguns negócios formalizados também.
04:25Falamos agora há pouco aqui de investimentos, por exemplo, da Alphabet e da Microsoft em inteligência
04:30artificial lá no Reino Unido.
04:32Seguindo por aqui, Corleta, tivemos hoje aqui no Brasil a divulgação da PNAD e mais
04:37uma PNAD recheada de recordes de toda a série histórica.
04:42Então, tivemos aí, por exemplo, a menor taxa de desocupação ou a menor taxa de desemprego
04:47já registrada na PNAD contínua, portanto, desde 2012.
04:52A maior massa salarial já registrada, a maior renda média já registrada.
04:56Isso, além de outros índices, maior número absoluto de brasileiros ocupados.
05:01Como é que o mercado olha para esses dados tão positivos do mercado de trabalho?
05:07Olha, o que chamou a atenção foi esses números fortes de atividade que foram divulgados
05:13hoje, com a taxa de desemprego caindo para as mínimas, inclusive abaixo do consenso dos
05:19analistas e, mesmo assim, a curva de juros fechando, quer dizer, a taxa de juros caindo,
05:24mostrando que o mercado não precifica mais inflação, apesar desse desemprego tão baixo.
05:29Então, a reação do mercado foi positiva.
05:32Como eu falei, a onda internacional é muito positiva.
05:36Eu acredito a essa alta recente do mercado muito mais ao cenário externo do que efetivamente
05:42as soluções domésticas que tenham sido encontradas para os problemas do Brasil.
05:47Porém, se o mercado precifica que a inflação é semana a semana, a gente vem comentando aqui,
05:52especialmente nas segundas-feiras, quando a gente fala do boletim Focus, que as projeções
05:56de inflação estão caindo, ao mesmo tempo que a atividade permanece resiliente, quer
06:00dizer, que o desemprego continua baixo, as projeções de PIB continuam positivas, isso
06:06é o cenário caixinhos dourados para o mercado, quer dizer, inflação baixa e crescimento
06:11resiliente é o melhor cenário para o mercado financeiro, especialmente para as ações brasileiras
06:16que estão muito ligadas ali em boa parte do índice ao consumo dentro do país.
06:21Então, é um número positivo, é um número que poderia ter disparado até uma preocupação
06:26inflacionária do mercado, mas dada essa onda otimista com mercados emergentes na véspera
06:32do corte de juros nos Estados Unidos, o mercado deu de ombros para esse risco inflacionário
06:37que possa representar um desemprego muito baixo na nossa economia e a Bolsa subiu, mandou
06:44um novo recorde histórico, os juros caíram, o dólar fechando abaixo de 5,30, realmente um
06:49dia bem positivo para os nossos mercados.
06:52E nos Estados Unidos tivemos basicamente ali um dia de realização de lucros?
06:58Realização de lucros e também números econômicos divulgados mais fortes do que o
07:02esperado lá nos Estados Unidos, então a gente teve tanto vendas no varejo como produção
07:07industrial superando a expectativa dos analistas, números divulgados hoje, acho que não coloque
07:14em cheque o corte de juros de amanhã, isso deve acontecer, mas agora o mercado está, ele
07:20para de especular quando que se inicia esse ciclo de corte de juros, já está dado que
07:26amanhã o Fed corta os juros, mas passa a olhar para a extensão desse ciclo de afrouxamento
07:32monetário que vai começar nos Estados Unidos, ou seja, de queda das taxas de juros americanas.
07:38O mercado hoje vem entre 3 e 5 cortes na taxa de juros, podendo chegar ali ao patamar de
07:443,25, a gente tem a taxa de juros hoje americana entre 4,25 e 4,50, então seriam entre 3 e 5
07:52cortes e essa vai ser a dinâmica, nos próximos dados econômicos a gente vai estar sempre
07:56olhando, o mercado agora está precificando 3 cortes, está precificando 4, 5, quem sabe
08:00se os números econômicos vêm muito fracos, inflação abaixo, números de atividade também
08:05abaixo, o mercado pode olhar para 6 cortes, com a taxa de juros indo para 3%, alguma coisa
08:09nessa linha, então a dinâmica do debate, especialmente em torno da política monetária
08:15nos Estados Unidos, ela passa a ser até onde que vão esses cortes de juros que começam
08:20amanhã, Turci.
08:21E nesse sentido vai ser importante prestar atenção na entrevista de Jerome Powell e
08:26depois nas palavrinhas do comunicado, né?
08:30É, o comunicado sai às 3 da tarde, depois às 3 e meia temos a fala do governo,
08:35do Jerome Powell amanhã e aí depois o fechamento do mercado, a decisão do Copom, né?
08:40Então, a entrevista do Powell vai ser muito importante justamente para tentar, para o mercado
08:47tentar dosar efetivamente.
08:49Vão ser 3 cortes esse ano, ele vai adotar uma postura mais cautelosa, de repente, como
08:54ele fez no final do ciclo de alta, de cortar os juros, esperar uma reunião, cortar na outra,
09:00fazer esse passo intervalado na taxa de juros, isso seria bastante negativo para o mercado,
09:07né?
09:08O mercado que hoje significa que teremos pelo menos 3 cortes sequenciais aí na reunião
09:12de amanhã, na reunião de novembro e na reunião de dezembro deste ano.
09:17Portanto, todas as próximas reuniões aí é com cortes de juros nos Estados Unidos.
09:21Se isso se confirmar no discurso do Powell, pelo menos se essa expectativa se solidificar
09:26nessa entrevista coletiva que ele vai conceder amanhã às 15h30, o mercado tem tudo para
09:31continuar essa atuada positiva aí, tanto lá fora, quanto nos emergentes, especialmente
09:36aqui no Brasil.
09:37E para a gente fechar então, Coroleta, em relação a Brasil, em relação a Copom, já
09:42que ninguém espera qualquer mudança na Selic agora, alguma palavrinha mágica para ficar
09:48de olho no comunicado do Copom, amanhã?
09:50É, se a gente compara o comunicado da política monetária no Brasil com o dos Estados Unidos,
09:56o nosso comunicado é muito mais completo e na terça-feira que vem sai a ata da decisão
10:00que traz bem mais profundidade sobre a análise do que o que a gente tem no comunicado dos
10:06Estados Unidos.
10:07A expectativa para amanhã é majoritária, quase 100% de chance de uma manutenção da
10:13taxa de juros brasileira em 15%, mas o mercado vai estar especialmente atento a duas coisas,
10:19a projeção de inflação de 2027 no Banco Central, se ela for reduzida, como a gente
10:24tem visto o mercado reduzir as suas próprias projeções no boletim Focus, isso vai ser
10:29positivo e vai trazer um cenário de que nas próximas reuniões ele pode começar a
10:34sinalizar que sim, vai ser o momento de iniciar um ciclo de cortes na taxa de juros, a projeção
10:40do câmbio do Banco Central, dado que da última reunião para cá a gente perdeu quase
10:4520 centavos na cotação do dólar, então se o Banco Central revisar suas projeções
10:49de câmbio, isso pode também trazer um ânimo para o mercado de que a Selic caia ainda esse
10:54ano, quem sabe já em dezembro e lógico, o corpo do texto, quer dizer, se ele disser,
11:00por exemplo, no balanço de risco, que ele está vendo riscos de desinflação ou se no final
11:05do comunicado ele falar que o próximo movimento pode ser um movimento de cortes na taxa de juros,
11:10enfim, essas são pistas que o Banco Central pode dar para o mercado, que pode animar ou
11:14desanimar o investidor a partir de quinta-feira.
11:18Felipe Corleta, sócio da Brasil Wealth, amanhã a gente vai ver então o que é que vem do Copom
11:23e do Fonk, Corleta.
11:25Obrigado pela sua participação, abraço, até amanhã.
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