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O Radar do Mercado estreia em parceria com a Galápagos Capital analisando o novo recorde histórico do Ibovespa B3 acima dos 150 mil pontos. A economista-chefe Tatiana Pinheiro comenta o otimismo dos investidores, o cenário externo com o julgamento das tarifas de Trump e as expectativas para a próxima decisão do Copom.

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00:00Seis horas, dez minutos. Hoje estaremos um novo quadro aqui no Radar. É o Radar do Mercado,
00:12diretamente da Galápagos Capital. Todas as terças e quintas-feiras vamos entrar ao vivo
00:17com nossos repórteres e analistas de lá, sempre com entrevistas sobre o andamento do
00:23mercado e depois o fechamento, além de análises de tendências macroeconômicas e de setores
00:28estratégicos. Agora, ao vivo da Galápagos Capital, estão o nosso analista Felipe Machado
00:34e a economista-chefe Tatiana Pinheiro. Felipe, boa tarde. Bom, acabamos de ter aí o fechamento
00:40do mercado nesse novo horário, seis horas da tarde, alinhado ao novo fuso horário com os
00:46Estados Unidos, que deixaram de ter agora o horário de verão. Quais são os destaques
00:50aí? A Bolsa Brasileira mostrando fôlego ainda, Felipe.
00:53Exatamente, Turci. Boa tarde, boa tarde para você. Eu estou aqui, como você disse,
00:59com a Tatiana Pinheiro. Super legal essa nossa nova parceria, Times Brasil, licenciada exclusiva
01:04do CNBC, com a Galápagos Capital. E eu estou aqui com a Tatiana, economista-chefe. Tatiana,
01:09vamos começar assim, para a gente dar um panorama do mercado. O que são os seus destaques
01:13da Bolsa de hoje? Olha, a primeira coisa é o resultado segue em resultado recorde histórico,
01:19acima, um pouco, ligeiramente acima dos 150 mil pontos. Isso é bastante significativo.
01:27Se a gente pensar, o mesmo período do ano passado, onde estávamos e onde chegamos aqui,
01:32agora, esse otimismo com o resultado da atividade econômica, mesmo num ciclo de aperto de taxa
01:40de juros. Outro destaque bastante importante é o Itaú passando em termos de valor de empresa
01:48a Petrobras. Então, isso bastante significativo. O movimento do dia foi marcado aí pela parte
01:56de telecomunicações, do setor de comunicações, TIM, tendo um bom resultado de balanço de terceiro
02:05trimestre e aí puxando, vivo também com uma boa performance de preço. E aí, o principal
02:12é, voltando aí para o nosso recorde histórico de acima de 150 mil pontos, chegou a bater na
02:19metade do dia 151 mil pontos, é que a gente teve todo esse desempenho e a gente segurou
02:25esse recorde histórico a despeito da versão a risco internacional de um mercado contraindo
02:32internacionalmente. Então, isso chama atenção, porque até agora o Ibovespa estava performando
02:39bem, mas ele estava muito alinhado com a performance do S&P. E hoje, abriu. O Ibovespa continuou
02:48bem, se segurou e o S&P caiu.
02:52É, normalmente a gente tem essa influência externa com muita força. Você falou bem do S&P 500,
02:57onde ele caiu. A Nasdaq, a Bolsa que tem reunido todas as empresas de tecnologia, as
03:02Big Techs, que hoje praticamente mandam na Bolsa nos Estados Unidos. A economia americana
03:06basicamente vive da inteligência artificial, dessa perspectiva de inteligência artificial
03:11e a gente conseguiu se descolar. Mas ao longo dos últimos dias, a Bovespa tem tido um resultado
03:17positivo, ultrapassando esse número simbólico dos 150 mil. O que está por trás disso? A
03:25Bolsa está barata no Brasil, está uma perspectiva mais otimista da economia, a questão fiscal
03:30não incomoda mais tanto. Na sua opinião, por que a gente está conseguindo se descolar
03:33desse cenário externo de uma maneira tão forte nesses últimos dias?
03:37Eu acho que tem essa avaliação de que os ativos brasileiros, eles não estão caros. E eu
03:45acho que em grande parte foi por conta da questão do ano passado, principalmente. A gente teve
03:50um desempenho de preço de ativos muito ruim, principalmente no quarto trimestre do ano passado,
03:56e esse ano foi um ano de recuperação. Mas, dentre os ativos, se a gente for simplista e separar
04:03juros, câmbio e bolsa, bolsa é o que estava mais para trás, porque a gente viu ao longo,
04:09desde janeiro até agora, um movimento de apreciação do Real. O Real saiu lá dos 6,20 do final do ano
04:15passado e veio apreciando, veio 5,70, 5,50 e agora rodando ali entre os 5,30 e 5,40. Então, você teve
04:26esse movimento no câmbio, de melhora no câmbio. Há a parte de juros também, porque os juros no final do
04:32ano passado, chegou a bater 17, a curva inteira. E hoje a gente tem ali uma inclinação da curva,
04:38tem uma expectativa, os juros mais longos ali em 12, eu acho que tem mais para cair, mas a bolsa
04:44estava meio para trás. Então, eu acho que o que justifica isso, eu acho que é essa melhora
04:50da avaliação de fundamentos brasileiros, o CGS caindo, recuando para 130 pontos, para 140,
04:58130 pontos, e o Ibovespa era o ativo que estava ali para trás, frente a toda essa melhora na
05:06perspectiva brasileira. Então, isso agora, por isso que a gente vê agora o Ibovespa
05:10sendo destaque de melhora entre os ativos. Acho que é por aí.
05:14Não, certeza. Eu queria te ouvir sobre o Copom, mas antes quero te fazer uma pergunta sobre
05:18mais um pouco desse cenário externo, que eu acho que é uma coisa interessante. Hoje começou
05:22um julgamento que é meio histórico nos Estados Unidos, que é o julgamento das tarifas do
05:26presidente Donald Trump, na Suprema Corte americana. E a gente tem de um lado o governo
05:30americano, claro, que quer o dinheiro das tarifas, já entrou mais de 50 bilhões de
05:34dólares, e do outro lado você tem as pequenas e médias empresas que perderam muito com as
05:38tarifas, principalmente para a China, que abastecem essas empresas com produtos e com
05:43tudo mais. O que você está vendo como cenário? O que você tem de perspectiva para
05:48esse julgamento? É claro que a decisão não vai sair agora, vai demorar um pouquinho mais,
05:52mas como é que o mercado, como é que vocês na Galápagos estão vendo esse julgamento?
05:55Se for uma decisão, por exemplo, do presidente Donald Trump, qual é o cenário? Se for uma
05:58decisão contrária? Como é que vocês estão vendo isso?
06:01A gente acredita que esse julgamento vai demorar um pouco para ter uma resolução, uma
06:08palavra final. Muito provavelmente isso deve acontecer mais para o ano que vem, começo
06:13do ano que vem. É meio claro que usar o ato de emergência, que foi o que ele usou, para
06:21elevar as tarifas indiscriminadamente, ele extrapola para que o ato foi formulado dentro
06:32da Constituição americana. As pequenas cortes já sinalizaram isso. O consenso de mercado
06:38é que, muito provavelmente, a Suprema Corte deve invalidar o uso do ato de emergência
06:44para a elevação das tarifas recíprocas, mas isso não significa que as tarifas, que
06:52hoje a tarifa efetiva, ela está na casa dos 16% de acordo com a estimativa do Banco
06:58Mundial. Não significa que essa tarifa que já foi elevada e que está funcionando a 16%,
07:03ela volte para os 2, 2,5% que era a tarifa efetiva no final do ano passado. Por quê?
07:10Porque ele tem outras maneiras, o governo americano tem outras medidas pelas quais ele
07:17pode usar e adotar essa elevação das tarifas recíprocas. Então, ninguém espera que as tarifas
07:23recuem, apesar de todo mundo esperar que, muito provavelmente, a Suprema Corte decida
07:29por invalidar o uso do ato de emergência.
07:32Até porque as tarifas seriam uma prerrogativa do Congresso americano, de acordo com a Constituição.
07:36Então, ele extrapolou mesmo. Mas, mesmo assim, ele tem como manter as tarifas nesse patamar
07:44usando outros atos. Inclusive, o Congresso que ele tem maioria.
07:48É verdade. E na Suprema Corte também.
07:51Agora, Tatiana, eu queria te ouvir sobre o COPOM. O COPOM está reunido desde hoje, a decisão
07:56só amanhã. Não é novidade nenhuma que deve ser mantida a taxa em 15%. Acho que seria
08:03uma surpresa muito grande se tivesse qualquer tipo de mudança nisso. Mas, por outro lado,
08:08a gente tem os boletins FOCUS, os boletins FOCUS, já apontando para uma meta de inflação
08:14no final do ano, chegando em 4,55, 4,56, ou seja, 4,5, que é o teto da meta.
08:21Você acredita que a gente vai ter alguma... Temos também o ministro Haddad também já
08:24pressionando um pouco. O presidente Lula, claro que sempre pressionou, mas o ministro Haddad
08:28está pressionando de uma forma um pouco mais explícita. Você acha que a gente tem
08:32uma queda de juros ainda esse ano ou no início do ano que vem?
08:35A nossa expectativa é o início do corte agora, em dezembro, na última decisão do ano.
08:42E por razões técnicas e não por nenhum tipo de pressão fora, alheia ao Banco Central.
08:49A gente vê aí alguns fatores. A inflação corrente tem vindo menor que o esperado.
08:55Há claramente um processo de desinflação, está correndo na inflação, quando você
09:00pega a parte da inflação livres. Então, o que é o livres? A gente desconta os preços
09:05administrados, que é o preço da gasolina, preço do ônibus, e vê a parte que o mercado
09:15funciona, que é livre mercado, esses preços. A inflação de livres, ela tem rodado próxima
09:20de zero já há três meses. Então, isso significa que você não tem uma pressão
09:25inflacionária. Quando você olha os IGPs, os IGPs estão acumulando uma inflação em
09:3112 meses abaixo de 1%. O IGP-M, que fechou em outubro, o último 12 meses está em 0,97%,
09:39se não me engano. Então, é um processo de desinflação forte que aconteceu no atacado,
09:44por conta, em grande parte, por conta da apreciação do real, desse fortalecimento
09:50do real, e que está acontecendo também para o consumidor. Esse é o primeiro ponto.
09:54As expectativas têm sido revisadas para baixo. A expectativa de longo prazo para
09:582028 está em 3,50%, de acordo com o foco dessa semana, que é muito próximo do centro
10:04da meta. Então, aquela anomalia das expectativas, principalmente de longo prazo, muito fora da
10:10meta, já está bem, bastante mais corrigida. Hoje, pela manhã, a gente teve produção
10:15industrial de setembro, que veio um resultado negativo na margem. As tendências em 12 meses
10:21está tudo caindo, exceto ali a indústria extrativa. Então, a atividade econômica está
10:28desacelerando. Semana passada, a gente teve resultado de crédito, as concessões estão
10:32desacelerando, a inadimplência extremamente alta. Por tudo isso, tem um cenário aqui,
10:40desenhado, de que há espaço para você começar a calibrar o grau de aperto
10:46monetário. Porque reduzir a Selic de 15 para 14,5, como é a minha projeção, algumas
10:52pessoas de mercado também têm em dezembro, reduzir de 15 para 14,75, ainda é um grau
10:59de aperto monetário bastante alto. O que envolve isso é você fazer uma calibragem desse
11:07grau de aperto? Será que os 9% de juros real que está na economia desde janeiro,
11:13então já são 10 meses a 9% de juros real, será que precisa ser estendido por muito
11:19mais meses para que a inflação converja à meta? Ou será que você pode ter uma calibragem
11:27calibragem do grau de aperto monetário a partir de agora? Tudo isso vai ficar, acho
11:33que começa a ficar um pouco claro que como é que o Banco Central vê essa necessidade
11:38ou não de calibragem do grau de aperto monetário a partir de agora, no comunicado que sai amanhã
11:44após a decisão. A decisão é unânime, assim, a decisão, o consenso é de 15, acho que não
11:50vai vir novidade nisso, mas como o Banco Central está avaliando o cenário? Como é
11:56que estão as projeções dele de inflação? Vai ser importante ver o que ele sinaliza
12:01de projeção para o segundo trimestre de 2027 que passa a ser o horizonte relevante
12:06de política monetária. Se for uma inflação muito próxima do centro da meta, já cabe,
12:11na nossa opinião, já cabe o Banco Central começar a pensar nessa calibragem do grau de
12:17aperto monetário. Super obrigado, Tatiana Pinheiro, economista-chefe aqui da Galápagos.
12:23Capital, companhia de investimento global, super legal essa parceria, então
12:26estreamos hoje. Parabéns para a gente, obrigado. E é isso, é com você, Turcio.
12:32Gostei do parabéns e obrigado, viu, Filipe? Valeu, obrigado a você, obrigado a Tatiana
12:36também pela participação.
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