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O Copom manteve a taxa Selic em 15% e reforçou o discurso de cautela, destacando inflação ainda desancorada e riscos externos elevados. A projeção para 2027 caiu para 3,3%, mas o Banco Central afirma que a política monetária seguirá em patamar contracionista por período prolongado.

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Transcrição
00:00O Copom manteve a taxa Selic em 15% em decisão que acaba de sair.
00:06A gente vai trazer aqui agora no telão o comunicado.
00:09Vamos ver aqui então as palavras usadas e daqui a pouco as projeções também que o Copom traz.
00:13O ambiente externo ainda se mantém incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos,
00:20com reflexo nas condições financeiras globais.
00:23Tal cenário exige particular cautela por parte de países emergentes em ambiente marcado por tensão geopolítica.
00:29Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores segue apresentando, conforme esperado,
00:35trajetória de moderação no crescimento da atividade econômica.
00:40Mas o mercado de trabalho ainda mostra dinamismo.
00:43Nas divulgações mais recentes, a inflação cheia e as medidas subjacentes apresentaram algum arrefecimento,
00:50mas mantiveram-se acima da meta para a inflação.
00:52As expectativas de inflação para 2025 e 2026, apuradas pela pesquisa Focus,
00:58permanecem valores acima da meta, situando-se em 4,5% e 4,2% respectivamente.
01:04A projeção de inflação do Copom para o segundo trimestre de 2027,
01:08atual horizonte relevante de política monetária,
01:11situa-se em 3,3% no cenário de referência.
01:15Aqui, portanto, o Copom baixou um pouquinho a projeção dele.
01:18Na última reunião de setembro, o Copom estava prevendo para 2027 uma inflação de 3,4%,
01:26mas era para o primeiro trimestre.
01:28Agora, para o segundo trimestre, ele prevê 3,3%.
01:32Seguindo aqui, os riscos para a inflação, tanto de alta quanto de baixa,
01:37seguem mais elevados do que o usual.
01:40Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação,
01:44destacam-se, um, uma desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado,
01:50dois, uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada,
01:54em função de um hiato do produto mais positivo,
01:57e três, uma conjunção de políticas econômicas externa e interna
02:01que tenham um impacto inflacionário maior do que o esperado,
02:03por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada.
02:08Entre os riscos de baixa, ressaltam-se, um,
02:11uma eventual desaceleração da atividade econômica doméstica mais acentuada do que a projetada,
02:17tendo impacto sobre o cenário de inflação.
02:19Dois, uma desaceleração global mais pronunciada,
02:23decorrente do choque de comércio e de um cenário de maior incerteza.
02:27E três, uma redução nos preços das commodities com efeitos desinflacionados.
02:32O comitê segue acompanhando os anúncios referentes à imposição de tarifas comerciais
02:36pelos Estados Unidos ao Brasil e como os desenvolvimentos da política fiscal doméstica
02:42impactam a política monetária e os ativos financeiros,
02:45reforçando a postura de cautela em cenário de maior incerteza.
02:49O cenário segue sendo marcado por expectativas desancoradas,
02:53projeções de inflação elevadas,
02:55resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho.
02:59Para assegurar a convergência da inflação à meta em ambiente de expectativas desancoradas,
03:04exige-se uma política monetária em patamar significativamente contracionista
03:09por período bastante prolongado.
03:11O Copom mantém essa frase.
03:14Juros altos em patamar contracionista por período bastante prolongado.
03:19O Copom decidiu manter a taxa básica em 15% ao ano
03:21e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação
03:26para o redor da meta ao longo do horizonte relevante.
03:29Sem prejuízo de ser o objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços,
03:34essa decisão também implica suavização das flutuações
03:38do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego.
03:41O cenário atual, marcado por elevada incerteza,
03:44exige cautela na condução da política monetária.
03:46O Comitê avalia que a estratégia de manutenção do nível corrente
03:50da taxa de juros por período bastante prolongado
03:53é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta.
03:56O Comitê enfatiza que seguirá vigilante que os passos futuros da política monetária
04:02poderão ser ajustados e que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste
04:06caso julgue apropriado.
04:08O Comitê volta a falar que não descarta subir de novo os juros,
04:12se assim entender necessário.
04:14Aí votaram por essa decisão, está aqui todos os nomes do COPOM,
04:18decisão unânime, vamos ver aqui agora as projeções.
04:21IPCA 2025, 4,6.
04:24Em setembro, estava em 4,8.
04:26O Comitê diminuiu a projeção da inflação para esse ano.
04:29O teto da meta é 4,5.
04:30Estamos ali encostando no teto.
04:332026, 3,6.
04:35Manteve, era exatamente esse patamar que estava no comunicado de setembro.
04:40E para 2027, reduziu de 3,4 para 3,3.
04:44Mas 3,4 se referia ao primeiro trimestre de 2027.
04:493,3 se refere ao segundo trimestre de 2027,
04:53que passa a ser, então, um horizonte relevante do COPOM.
04:57Vamos voltar aqui a falar com o Roberto Troster,
04:59economista e partner da Troster e associados,
05:03com a ajuda, com a participação aqui,
05:05do nosso analista Vinícius Torres Freire também.
05:07Troster, o que te pareceu aí o tom do comunicado, então?
05:12Bom, ele repetiu basicamente o mesmo comunicado da reunião passada, né?
05:18Não quer se comprometer com reduzir juros por enquanto.
05:23A minha projeção, o que a gente conversou um pouquinho antes de sair o COPOM,
05:27é que possivelmente ele ia ter um comunicado um pouquinho mais suave,
05:31mas repetiu.
05:32Então, acho que esse ano não vai ter mais nenhuma redução.
05:36O mercado, a média, está projetando a primeira queda em janeiro.
05:41Os números mais fracos, a terceira reunião,
05:44que os números mostram um enfraquecimento,
05:49tanto da inflação, você bem apontou,
05:52como do crescimento e como da taxa de câmbio.
05:57Então, agora, é esperar.
05:58Eu acho que condições técnicas para abatar você já tem.
06:0314, 75, 15% materialmente não é tão relevante assim.
06:09E uma sinalização pode ter impactos positivos.
06:14E o que eu disse?
06:15Você sempre tem que ponderar o custo de um ajuste mais forte
06:19com os benefícios desse ajuste mais forte,
06:22mais os custos de um ajuste mais fraco com os benefícios.
06:28Então, custo-benefício eu já teria sinalizado.
06:32Mas eu não estou lá, estou aqui.
06:34Vinícius.
06:36Trócia, você disse que já teria condições
06:38para pelo menos 14,75%,
06:41que realmente esse ponto 25% não faz materialmente
06:44diferença na atividade econômica.
06:46Agora, o BC continua enfatizando que
06:49as expectativas estão desancoradas
06:51e que o mercado de trabalho demonstra resiliência.
06:54Eles fizeram questão de dar uma enfatizada nisso.
06:57No entanto, a projeção do BC para a inflação
07:00no horizonte relevante,
07:01para quando ele acha que a inflação está fazendo,
07:04a política monetária está fazendo o seu maior efeito,
07:06caiu para 3,3% no segundo trimestre de 2027.
07:10Quer dizer, o BC, então, não está ligando muito
07:13para a sua projeção,
07:14porque 3,3% é quase na meta,
07:16e está dizendo que vai esperar as expectativas
07:19convergirem para a meta.
07:21Não precisa ser convergirem para 3,
07:23mas alguma coisa bem mais próxima de 3.
07:25É isso?
07:27É isso que eu...
07:28Bom, você não podia ter resumido melhor
07:30o que eu penso, né?
07:32Agora, eu acho que 3,3% é suficiente já.
07:38Quer dizer, vai convergir para 3,
07:40mas não precisa convergir tão rapidamente.
07:43O custo dessa convergência,
07:46em termos sociais, é grande, em termos de crédito.
07:50Ele não mencionou, mas você bateu
07:52as últimas estatísticas,
07:56você bateu recordes de inadimplentes,
07:58pessoa física,
07:59hoje você tem 78,8 milhões de cidadãos
08:03negativados no Serasa.
08:06Isso quer dizer, mais de um em cada dois eleitores,
08:10mais de um está com nome sujo.
08:14Você tem 8,0 milhões de empresas com nome sujo.
08:19Quer dizer, isso é um problema grande.
08:21E você tem defasagem.
08:22Da mesma forma que a inflação demora para cair,
08:26você ter uma retomada do crédito também vai demorar.
08:31Então, eu acho que o remédio está um pouquinho amargo demais.
08:37Mas você acha que, em termos de sinal,
08:39nesse comunicado, como você disse,
08:41está muito parecido com o anterior.
08:43Fora, talvez, uma ênfase maior em mercado de trabalho.
08:46Mas tem essa projeção nova,
08:48segundo trimestre, 3,3% de inflação
08:51no segundo trimestre de 2027.
08:54Tendo essa projeção, 3,3%,
08:57que é muito perto da meta de 3,
08:59o BC está dizendo, vou manter o arrocho
09:03por um período prolongado
09:04e significativamente em território restritivo.
09:08Então, ele está dizendo o seguinte,
09:09esqueça a minha projeção,
09:11vamos olhar para expectativas de inflação,
09:14que é essas que têm que cair.
09:15É isso que está dizendo o comunicado?
09:17É isso que ele está dizendo o comunicado.
09:20Ele pode estar ganhando algumas batalhas,
09:22mostrando, mas pode perder a guerra.
09:25Quer dizer, credibilidade não é só em baixar a inflação.
09:28Então, credibilidade em todas as outras questões
09:31que o Banco Central tem que cuidar.
09:33Entre elas, como eu acabei de mencionar, o crédito.
09:37Você tem que atividade de crédito é pró-cíclica.
09:41À medida que começa a desacelerar a economia,
09:45bancos puxam créditos, não só bancos,
09:47puxam freio de mão,
09:49puxam freio de mão,
09:50aí você tem apertos de liquidez.
09:52Algumas empresas que estão solventes,
09:56por problemas de liquidez,
09:57viram insolventes.
09:59Então, você tem um problema grande no crédito,
10:02o canal é importante.
10:04Agora, uma empresa que está insolvente,
10:06às vezes não recupera.
10:08Às vezes, a insolvência vira falência.
10:12Então, uma coisa é você pisar no freio,
10:14outra coisa é você pisar muito forte
10:16e quebrar, bater sua testa no vídeo.
10:21O Troste, que tipo de efeito
10:24você acredita que esse comunicado vai ter
10:26sobre os mercados amanhã?
10:30Se era esperado,
10:31então não tem muito que...
10:34Assim, se era esperado o comunicado,
10:37talvez alguns esperavam um comunicado,
10:39eu, inclusive, um pouquinho mais otimista
10:43com a redução.
10:44Então, não é algo que vai entusiasmar os mercados,
10:49mas também não é algo que vai deprimir.
10:52Juros mais altos,
10:54quer dizer, diferenciado de juros,
10:55o exterior aumenta,
10:57são mais dólares entrando,
10:59mais dólares entrando,
11:00bolsa subindo.
11:02Então, eu acho que
11:03o Banco Central
11:06está usando o remédio certo,
11:09mas está usando o timing errado.
11:12Mas na visão da praça...
11:13E bolsa de lado, amanhã.
11:17Mas na visão da praça,
11:19você acha que esse comunicado
11:20foi tão duro quanto esperado
11:22ou um pouco mais?
11:24Você acha que na média
11:25do pessoal do mercado?
11:26A média esperava um pouquinho,
11:29uma coisa um pouquinho mais fraca
11:31e veio igual.
11:32O Vinicius
11:33se resaltou bem.
11:37Então, com um comunicado
11:38um pouquinho mais forte
11:39do que o esperado,
11:41na média,
11:43você vai ter juros mais altos
11:44por mais tempo.
11:45Essa mensagem,
11:47resumindo a mensagem,
11:48é isso.
11:48O Trostner,
11:50você viu
11:51as menções
11:52à política fiscal,
11:54ao lado fiscal,
11:55mais discretas
11:57nesse comunicado,
11:58menos evidentes
11:59do que em
11:59as anteriores?
12:01É verdade.
12:02Apesar que
12:03a visão é míope,
12:06eu vou explicar,
12:07a gente está discutindo
12:08no superávit fiscal
12:09de 0,6% do PIB.
12:12Alguma coisa,
12:13assim,
12:13números redondos,
12:1450 bi de reais
12:19de superávit primário.
12:21Agora,
12:21superávit nominal,
12:23o déficit nominal,
12:24já está em 973 bi,
12:28quer dizer,
12:2815 vezes maior.
12:30E o que faz
12:31aumentar a dívida
12:33é o déficit nominal,
12:34o déficit total,
12:35que é o primário
12:36mais juros.
12:37Estamos muito olhando
12:39jornais,
12:41manchetes,
12:41falam déficit tanto,
12:43superávit de tanto,
12:44só olham para o primário.
12:46Mas a conta de juros
12:47conta do mesmo jeito.
12:49Tanto faz
12:49se o gasto
12:50que eu ganho
12:51em comida
12:53ou em juros.
12:54O custo exato,
12:55a saída de dinheiro
12:56é exatamente
12:57o mesmo.
12:58Para as finanças
13:00do governo,
13:01para a dinâmica
13:01da dívida pública,
13:03é a mesma coisa.
13:04Então,
13:04a gente está
13:04muito focado
13:06na época
13:06de inflação alta
13:07em que o primário
13:08era o relevante
13:10e por conta
13:10da indexação
13:11a gente não conseguia
13:13controlar
13:13essa dinâmica,
13:15não acontece mais.
13:17Juros
13:17criados de 10%,
13:19só para dois,
13:20quer dizer,
13:21o país
13:22não vai crescer
13:22essa taxa,
13:24não vai crescer donos,
13:25quer dizer,
13:26você está
13:27fazendo com que
13:28a dívida
13:29cresça cada vez mais.
13:31Houve um
13:32pequeno ganho,
13:33que o volume
13:34de reservas
13:35do Banco Central
13:36diminui um pouco,
13:38isso faz com que
13:39o custo de carregar
13:41as reservas
13:42baixe um pouco,
13:43o que é positivo
13:45para a dinâmica
13:46da dívida,
13:47mas é pouco.
13:48A gente tem que olhar
13:49a métrica
13:52mais importante
13:53e a dinâmica
13:54da dívida,
13:54não é só
13:55o primário.
13:57Mas,
13:57como você bem
13:58se orientou,
13:59foi feito
14:00um destaque
14:01para as finanças
14:01públicas,
14:02mas esperaria
14:03de uma instituição
14:05financeira
14:05o leão total,
14:06não só
14:07a questão fiscal.
14:09Roberto Troster,
14:10economista,
14:11partner da Troster
14:12e Associados.
14:14Muito obrigado,
14:14Troster,
14:15por mais essa análise aqui.
14:16Boa noite para você.
14:18Boa noite,
14:19Troster,
14:20boa noite,
14:20Vinícius.
14:22Até a próxima.
14:22Até,
14:23muito obrigado.
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