Pular para o playerIr para o conteúdo principal
Com a Selic mantida em 15% ao ano, o setor da construção civil já revisa o crescimento previsto para 2025: de 2,3% para 1,3%. Segundo Renato Correia, presidente da CBIC, os juros altos reduzem o crédito e encarecem investimentos em infraestrutura e habitação. A expectativa é de melhora apenas com a queda gradual da taxa em 2026.

🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC nas redes sociais: @otimesbrasil

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

#CNBCNoBrasil
#JornalismoDeNegócios
#TimesBrasilCNBC

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00A gente vai falar novamente sobre a decisão do Comitê de Política Monetária
00:04de manter a taxa básica de juros em 15% ao ano
00:07sobre os efeitos da manutenção da Selic e sobre o setor de construção.
00:13Eu vou conversar agora com o Renato Correia, ele é presidente da SEBIC,
00:17que é a Câmara Brasileira da Indústria da Construção.
00:20Renato, boa noite, obrigada por ter aceitado o nosso convite.
00:24Renato, como é que a manutenção da Selic em 15%
00:27reflete sobre o setor de construção?
00:30Quais são os principais impactos?
00:33Muito boa noite, Cristiane.
00:35Prazer estar aqui com você, com a sua audiência aqui na CNBC.
00:40Nós já estimamos uma queda para este ano, no início do ano,
00:44o nosso crescimento do setor todo, que seria setor imobiliário,
00:48setor de infraestrutura, somados 2,3% em relação ao ano passado.
00:53Já estamos fazendo uma nova estimativa para 1,3%.
00:57Então, há uma queda significativa em que pese o setor estar com uma boa atividade,
01:05com 3 milhões de empregos com carteira assinada e com FGTS, com orçamento robusto,
01:12a poupança ainda com orçamento significativo, além do mercado de capitais.
01:18Então, a atividade continua, porém, muito aquém do que o Brasil precisa,
01:23porque quando o mercado não cresce, é menos habitação, é menos infraestrutura para o país.
01:30Como é que esse nível de juros acaba afetando o financiamento de imóveis
01:34e os projetos de construção?
01:36Bom, e eu queria fazer mais uma pergunta junto com essa.
01:41Qual desses dois setores, eu sei que todos fazem parte da SEBIC,
01:45acaba sendo mais afetado?
01:47Imobiliário ou a construção civil?
01:49Ainda tem um setor que contempla índices de crescimento,
01:54que é o varejo da construção, a construção informal,
01:58aquela construção de pequenas reformas.
02:01Esse é o primeiro impactado, porque a renda das pessoas e o crédito lá na ponta,
02:07na loja de material de construção, desculpe, ele é impactado.
02:11Então, o que cai em primeiro lugar é esta construção varejista.
02:18Em segundo lugar, a captação de poupança diminui,
02:23porque outras modalidades de investimento estimulam esse depósito em caderneta de poupança
02:29migrar para outros investimentos ou até para pagar dívidas o depositante não deposita.
02:36Então, ele afeta diretamente a quantidade de crédito para a classe média na caderneta de poupança.
02:43Eu acho que esses são os dois pontos do mercado imobiliário e do varejo.
02:47E no caso da infraestrutura, é a conta da viabilidade financeira.
02:52Mais dinheiro, que custa muito mais caro por mais tempo,
02:57em algum momento pode não ser atrativo o investimento em determinado ponto da infraestrutura do país.
03:04Resumidamente, Cristiane, eu acho que eu poderia colocar assim.
03:08Você trabalha com a expectativa de que vai haver já queda nos juros
03:13na primeira reunião do Copom no ano que vem, que é no final de janeiro,
03:18ou vocês imaginam que seja só no meio de março?
03:23Olha, nós temos o desejo que caia o quanto antes.
03:27Uma taxa de quase 10% de juros real é muito pesado para este setor,
03:33em que pese, eu já coloquei, as atividades ainda estão robustas.
03:36Mas pelo diálogo que a gente teve ao longo do ano,
03:41existe um foco grande do Banco Central trazer para o centro da meta.
03:45Então, a nossa expectativa, infelizmente, ela é pessimista
03:49de que o juro não caia ainda no primeiro mês do ano.
03:55E qualquer queda, mesmo uma queda de 0,25, já faria diferença para o setor?
04:02É fácil, porque é a tendência.
04:04Nós também demoramos muito a desenvolver os projetos
04:08em função das aprovações que são ainda muito burocráticas no Brasil
04:12para definir o produto, aprovar, lançar, construir, vai muito tempo.
04:18Então, a tendência é mais importante do que o número.
04:21O Brasil não tem um mercado pior,
04:25nesse caso da construção civil, em especial do mercado imobiliário,
04:29porque a taxa de juros do FGTS é controlada,
04:33ela é administrada e fixa pelo Conselho Curador,
04:35fixa dentro de faixas bem aquém da Selic,
04:40então estimulam a produção de imóveis.
04:42E a própria caderneta de poupança, que pese ter menos recursos,
04:45também tem taxas inferiores à Selic.
04:49Então, o mercado de imóveis acaba ficando limitado
04:53à quantidade de crepe e à capacidade de pagamento do comprador.
04:56Eu vou passar para as perguntas do Vinícius Torres Freire.
05:00Vinícius, fica à vontade.
05:01Você disse que vocês revisaram o ritmo de crescimento do setor,
05:07de dois e alguma coisa, para agora um e alguma coisa.
05:10Em 2026 fica como?
05:11Você está pensando em 2025, não é?
05:15Em 2026, nós não temos ainda uma projeção,
05:19mas eu posso te dar uma tendência, vamos falar assim.
05:23Porque nós devemos ter, com a alteração do sistema
05:28de financiamento imobiliário, com a liberação de parte do compulsório,
05:33vai aumentar em torno de 37 a 40 bi,
05:37já para o ano que vem, a disponibilidade de recursos
05:39da caderneta de poupança, que devem encerrar esse ano
05:42com 150 bi.
05:44O ano passado foi 168, se eu não me engano,
05:49algo entrou de 170 bi, 170, 180.
05:52Então, diminuiu a disponibilidade de recursos para esse ano
05:55e deve recompor para o ano que vem.
05:57Então, vamos imaginar que a classe média está reabastecida,
06:00você tem um FGTS que deve ser maior do que o ano passado
06:03por faixa 4, por causa do faixa 4,
06:07que é aquele dinheiro do pré-sal, do fundo social do pré-sal.
06:11Então, a gente vê o mercado imobiliário no mínimo igual
06:14ou um pouco maior em função de tudo isso.
06:17Ainda tem as obras do Minha Casa Minha Vida,
06:20faixa 1, que são recursos da União em produção.
06:23Então, a questão de imóveis, nós estamos estimando aí igual ou maior.
06:28Na infraestrutura, sinalizando quedas de juros para o ano que vem,
06:34mesmo com a taxa de juros alta esse ano,
06:36tivemos muitas concessões.
06:37Então, devemos ter mais concessões no ano que vem.
06:40E essas que foram concedidas esse ano vão acrescer.
06:43Então, a nossa expectativa é, mesmo que o juro não caia tanto,
06:47nós vamos ter mais atividade econômica na concessão civil no ano que vem
06:51e para fechar o pacote das reformas que o governo está disponibilizando
06:5740 bilhões para ele.
06:59Então, eu acredito muito que o mercado de concessão vai continuar bastante ativo no ano que vem.
07:03Renato, quando você olha especificamente para Minha Casa Minha Vida,
07:07qual das faixas é mais afetada por esses juros?
07:13Sempre a faixa de menor renda, ela acaba impactando mais.
07:18Aquele indivíduo que compra o imóvel, ele precisa demonstrar capacidade de pagamento
07:23para obter o financiamento.
07:25Se ele tem outros créditos que ele tome, empréstimos que consomem a renda,
07:32ele vai ter mais dificuldade de colocar o imóvel para dentro do orçamento dele.
07:40Combatendo a isso, tem muitos estados, alguns pelo menos, fazendo subsídios complementares,
07:46como a cidade de São Paulo, a cidade de São Paulo, Paraná,
07:51que o governo entra com um subsídio complementar para ajudar a pagar essa poupança.
07:57Então, esses mecanismos ajudam a manter o mercado no nível que está.
08:02Renato, muito obrigada. Te agradeço a participação aqui no nosso jornal.
08:07Boa noite para você e até a próxima.
08:10Eu que agradeço mais uma vez o convite e a SEBIC está sempre à disposição.
08:13Obrigada.
08:14Um abraço a todos e boa noite.
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado