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O Boletim Focus do Banco Central manteve a projeção de inflação em 4,85%, acima do teto da meta, e revisou o PIB para 2,16%. A economista Carla Beni, professora da FGV e conselheira do Corecon-SP, analisou os impactos na economia e a expectativa para os juros.

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Transcrição
00:00Agora a 1h26min, o Banco Central divulgou mais cedo o boletim Focus que traz as projeções para diferentes índices do mercado.
00:09A expectativa dos analistas de bancos e do mercado para a inflação este ano se manteve estável em 4,85%, ainda acima do teto da meta que é de 4,5%.
00:21Já a previsão para o PIB apresentou uma ligeira queda de 2,19% para 2,16%.
00:29E nós vamos saber mais sobre o que essas projeções dizem com a economista e professora da FGV e conselheira do Corecom São Paulo, a Carla Bene.
00:39Oi Carla, muito boa tarde para você, seja bem-vinda aqui ao Fast Money, tudo bem?
00:44Boa tarde, Eric, é um prazer estar aqui com vocês.
00:47O prazer é todo nosso, estarei também com o Felipe Machado, nosso analista Felipe Machado.
00:51Boa tarde, tudo bem contigo, amigo?
00:52Boa tarde, Eric, tudo bem? Boa tarde, boa tarde, Carla.
00:55Professora Carla...
00:56Boa tarde, Felipe.
00:56Professora Carla, quero começar com a senhora perguntando o seguinte, o mercado manteve a projeção da inflação para 4,85%, mesmo com uma taxa Selic já a 15%.
01:10O remédio amargo já vem aí com sete altas seguidas, se manteve em 15%.
01:16Ainda não está dando para falar em redução de inflação este ano ainda?
01:21Olha, esse remédio está matando o doente, porque inadimplência nossa e o lado real da economia, que é o produtor de bens e serviços, quando as empresas precisam de capital, o custo está muito elevado.
01:37Se a gente pegar a lista de crédito, quanto que se cobra de crédito, inclusive até para pessoa física, é algo assim inacreditável.
01:46E essa questão da inflação, a gente pode até esperar um pouco de melhora, quando a gente tirar um pouco essa bandeira vermelha da questão da conta de luz.
01:57Está todo mundo sentindo, a conta de luz deu uma puxada forte, mas a gente tem algumas melhoras em relação a uma grande parte de alimentos.
02:07Vamos ver como é que o câmbio se comporta e quanto menor for essa cotação do dólar, melhor vai ser para a gente na parte de inflação de custos.
02:18O dólar ainda com bastante volatilidade, professor, e quando o dólar sobe muito, aí acaba também tendo problema no varejo, alguns alimentos sobem, porque a gente importa bastante também insumos, né, Felipe Machado?
02:31Com certeza. Carla, boa tarde mais uma vez.
02:34Carla, de acordo com o Boletim Focus, a gente vê que para o ano que vem tem uma redução ainda do PIB, quer dizer, já mostra uma desaceleração da economia ao longo de 26,
02:44e para 27 é um PIB 1,88, acho que é uma coisa por aí.
02:49Não é um PIB muito pequeno para o Brasil?
02:53Eu acho, Felipe, eu acho que é um PIB pequeno, principalmente ano eleitoral, que a gente sabe que alguns estímulos sempre acabam acontecendo, né?
03:01Então, um PIB abaixo de 2 de crescimento, eu acho, só que também por um outro lado, lá vamos nós, né?
03:07Tem todo um efeito colateral dessa política monetária contracionista, que ela já vem caminhando há muito tempo.
03:16Então, a gente sempre acaba pensando na taxa real de juros, que vai ser a Selic menos o IPCA,
03:23e esse daqui que vai ser, digamos assim, o rumo do crescimento do país.
03:28Mas eu concordo com você, eu acho baixa essa projeção para 2026.
03:32A senhora Carla, a gente teve aí na semana passada uma divulgação do payroll, né?
03:38Mostrando um desaquecimento no mercado de trabalho, um desaquecimento forte, né?
03:42Uma criação de vagas de 22 mil vagas, a expectativa era de 75 mil.
03:47Isso mostra aí um cenário avançado para um corte até mais agressivo do Federal Reserve dos juros por lá.
03:55Isso também pode ter algum efeito na economia brasileira, se, caso aconteça, na reunião de 16, 17, agora de setembro?
04:01Sim, eu acho que essa reunião agora de setembro talvez mostre aí uma queda de 0,25 ponto percentual aí,
04:09porque você está começando seriamente a ver uma redução da atividade econômica.
04:16Para quem estiver nos assistindo aqui, o dado muito importante, esse payroll, ele vai mostrar a atividade, né?
04:24Ou seja, o desemprego urbano nos Estados Unidos.
04:27Por que ele é tão importante?
04:29Porque o cidadão americano médio, ele é muito endividado, né?
04:33Ele tem o financiamento da casa, ele tem o financiamento da educação dos filhos,
04:38ele faz leasing para tudo.
04:40Então, este endividado, digamos assim, esse cidadão endividado, ele não pode perder o emprego.
04:46Então, essa questão, ela é muito importante.
04:48E veio bem abaixo, como você falou, né?
04:51Quer dizer, de 76 mil, digamos, para 22, 23 mil, quer dizer, é uma diferença muito grande.
04:57Se o FED começar a fazer uma redução de taxa de juros, isso pode facilitar a gente.
05:05Eu sei que o Focus coloca a previsão da Selic a 15 até o final do ano e tem se mantido isso em grande medida.
05:13Mas, quem sabe, né?
05:14A gente não torce aí por 14,75 para dezembro.
05:19Aqui na última reunião, né, professor e Felipe, ali em dezembro, antes do apagar das luzes de 2025.
05:25Presente de Natal.
05:26Presente de Natal, é isso.
05:27Gabriel Galípolo, faça com que os juros caiam, né?
05:31Exatamente.
05:32Carla, então, bom, essa previsão do Focus, né?
05:35De 4,85 de inflação, você acha que a partir dela já dá para baixar juros?
05:41Quer dizer, ou quando você acha que é o número, a partir de 4,5 ou 4?
05:45Qual que é o número mágico para a gente começar a baixar os juros, o número mágico da inflação?
05:50Bom, como a gente olha, né, 18 meses para frente, o Banco Central, na verdade, ele não está olhando agora o fechamento do ano.
05:58Ele está olhando para o ano que vem.
06:00E como a meta é 3 e há uma crítica muito profunda a essa questão, né?
06:06A gente já tem aí vasto material publicado, cartas enviadas ao Conselho Monetário Nacional por parte de vários economistas,
06:14que o problema está no 3, porque a gente discute 4,5, mas é o limite superior, né?
06:21Então, a questão estaria no 3.
06:22Então, uma flexibilidade em cima desse 3 seria algo importante.
06:26Então, caminhando dessa forma, a gente pode imaginar que para a métrica interna do Banco Central,
06:33qualquer coisa que passe dos 4,5, você vai forçar a manutenção dessa taxa de juros ainda.
06:40Então, assim, para a minha ótica, eu acho que ela já está muito elevada.
06:45Ela poderia ser reduzida, mesmo com essa sinalização aqui para o final do ano,
06:49mas essa é uma decisão do Banco Central mesmo.
06:54Obrigado, viu, professora Calabene, mais uma vez pela participação aqui no Fast Money.
06:58Sempre bom conversar com a senhora e ter aí o seu olhar sobre a economia,
07:03os índices econômicos aqui do nosso país.
07:06Uma ótima tarde e uma boa semana.
07:09Obrigada, Eric e Felipe.
07:10Ótima tarde a todos e torcendo para o 1475 em dezembro, hein?
07:15Vamos lá, todos na torcida.
07:17Obrigado.
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