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A bolsa brasileira registrou máximas históricas nesta semana, impulsionada por entrada de capital estrangeiro e queda do dólar. Artur Horta, sócio da The Link Investimentos, explicou como cortes de juros nos EUA, sinalizações políticas entre Trump e Xi Jinping e decisões do Copom impactaram o mercado e fortaleceram o Real.

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Transcrição
00:00Vamos então destrinchar esses números, entender o que é que motivou esses resultados,
00:06falando agora com o Arthur Horta, sócio da Delink Investimentos,
00:11que analisa para a gente aqui ao vivo os resultados da sexta-feira.
00:15Horta, boa tarde para você, já fazia um tempo que a gente não se falava aqui,
00:18então seja sempre bem-vindo de volta.
00:21Horta, encerramos uma semana bem positiva para a Bolsa Brasileira,
00:26recorde atrás de recorde essa semana.
00:27Boa tarde, Tursi, boa tarde para todo mundo que está nos acompanhando.
00:32Pois é, uma semana positiva, tomara que a gente tenha mais semanas assim
00:35para o mercado financeiro, para o ambiente de negócios, isso é muito bom.
00:40E essa máxima histórica da Bolsa, associada também a uma queda do dólar ao longo da semana,
00:46ou pelo menos nas últimas semanas, está relacionada com o fluxo que tem vindo
00:51de investimentos estrangeiros para os nossos ativos financeiros aqui no Brasil.
00:56Durante muito tempo a gente viu o fluxo oposto,
01:00o dinheiro saindo do Brasil em direção ao exterior,
01:04mas desde o começo do ano, principalmente desde que o Trump assumiu a presidência,
01:09essa dinâmica tem se invertido, tanto por conta do mandato do próprio Donald Trump,
01:13como também pela dinâmica da economia dos Estados Unidos.
01:17E recentemente a gente viu dados econômicos de lá mostrarem que a economia lá está relativamente fraca,
01:25dando base para um corte da taxa de juros.
01:29Quando a gente tem esse cenário de economia mais fraca e os juros caindo nos Estados Unidos,
01:34a gente tem um fluxo que entra em mercados emergentes.
01:37Então o Brasil é um grande beneficiário desse fluxo,
01:40mas junto com o Brasil a gente tem a China e diversos outros países emergentes
01:44que também estão recebendo esse fluxo, fazendo com que as bolsas desses países
01:48renovem recordes e a moeda também performe bem.
01:52Horta, quer dizer, esse movimento de vinda de mais recursos estrangeiros para o Brasil,
01:57ele está diretamente relacionado à redução dos juros nos Estados Unidos?
02:02Exatamente. A gente tem uma série de dados econômicos que corroboram com a redução de juros lá nos Estados Unidos
02:10que a gente teve essa semana.
02:12O primeiro corte eventual, possível, na verdade, e provável ciclo de baixa agora das taxas de juros lá nos Estados Unidos.
02:21Então a gente teve o primeiro corte e quando a taxa de juros sai e o dólar começa a ficar menos atraente,
02:27esse capital vai ser dispersado para outros ativos ao redor do mundo,
02:31entre eles os ativos aqui no Brasil, a bolsa e também o real,
02:36que é a moeda a gente olha o par, o real contra o dólar.
02:39Então o Brasil está se aproveitando disso.
02:41E aqui a gente tem também a questão da nossa taxa de juros.
02:45A gente teve o Copom essa semana e o Copom foi muito enfático com reforçar uma taxa de juros
02:51em um patamar muito elevado e esse reforço também ajuda a nossa moeda.
02:56Então também é muito importante para o desempenho do real nessas últimas semanas.
03:00Horta, na curva do Ibovesto a B3 hoje, a gente acompanhou que logo após a abertura do mercado à vista,
03:08pouco depois das 10 horas da manhã, o índice deu um pico.
03:11Inclusive foi nesse pico que ele renovou a máxima histórica intraday, acima dos 146 mil pontos.
03:19Depois ele caiu, cedeu, aí a tarde voltou a subir um pouquinho e cedeu de novo.
03:22Mas aquele pico isolado de manhã se deveu a quê, Horta?
03:26Olha, a gente viu, na verdade, bem durante a manhã, bem cedinho, antes dos mercados abrirem,
03:34os ativos ao redor do mundo estavam mostrando certo estresse.
03:37E aí coincidiu com a hora do nosso mercado abrir, que esse estresse, na verdade, que parecesse uma mudança de tendência
03:46para alguns ativos, como por exemplo o dólar global, os títulos de dívida para 10 anos nos Estados Unidos,
03:53eles arrefeceram.
03:53Então, se tinham estresse, estresse diminuiu, o que poderia ser algo que viraria uma tendência de curto prazo,
04:02se mostrou ser apenas algo pontual ali, que poderia ser como investidores realizando lucros de algumas posições e tudo mais.
04:09E aí o mercado voltou para a sua dinâmica normal.
04:12Quando ele voltou para essa dinâmica normal, que a gente está vendo já há vários dias de alta,
04:16entrou o fluxo aqui no mercado brasileiro.
04:19A gente que monitora aqui no dia a dia o fluxo, a gente viu que foi puxado até por corretoras estrangeiras, tá?
04:26Então, o mercado voltou para uma normalidade e essa normalidade trouxe fluxo aqui para os nossos ativos,
04:32fazendo com que a bolsa renovasse a máxima história.
04:35Porta mais cedo, a gente já trouxe aqui inclusive no radar, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
04:41postou uma mensagem na rede social dele, falando sobre a conversa de hoje entre ele e o presidente Ney Xi Jinping.
04:47E trazendo ali um tom otimista de que a conversa tratou de TikTok, tratou também de guerra comercial
04:54e que saiu dessa conversa um compromisso dele, Trump, de visitar a China no começo do ano que vem,
05:00um convite para Xi Jinping visitar os Estados Unidos também.
05:04Eles vão se encontrar na Coreia do Sul ainda esse ano e vão voltar a se falar por telefone
05:08para sacramentar o acordo do TikTok.
05:11Esse tom otimista de Trump, embora não tenha vindo ainda acompanhado de uma manifestação oficial do governo chinês,
05:19deu uma tranquilidade para o mercado também?
05:21Sem dúvida, né?
05:22Toda notícia positiva com relação à relação entre China e Estados Unidos ajuda o mercado, né?
05:27É um risco a menos.
05:29Agora, o que o Trump parece fazer é prorrogar essa questão da venda do TikTok.
05:33Realmente é muito complexo você virar para uma empresa que é a ByteDance, dona do TikTok,
05:39uma chinesa do tamanho da ByteDance, com a importância da ByteDance,
05:42e obrigar ela a fazer uma coisa no seu país diferente do que ela faz em todos os outros.
05:47E o Trump sabe muito bem disso porque, além dele ser presidente dos Estados Unidos,
05:50ele também é empresário, com uma empresa grande, ele entende como funcionam essas relações.
05:55Não é tão simples assim vender o TikTok.
05:57Então, quando ele conversa com o Xi Jinping sobre esse assunto que é sensível
06:02e fala que as notícias foram boas, que continua conversando,
06:06isso traz um certo alívio para o mercado.
06:08O mercado está sempre mapeando riscos e falas ajudam o mercado a colocar na conta um risco menor
06:16para um possível desentendimento entre China e Estados Unidos.
06:21Então, a gente sabe que tem as tarifas, os países não estão se batendo muito bem,
06:26mas pelo menos no curto prazo, no que envolve a negociação da venda do TikTok
06:31e as demais relações comerciais que esses países têm,
06:35são as duas maiores economias do mundo,
06:37as coisas estão mais tranquilas e isso faz com que o mercado fique mais calmo mesmo.
06:42Isso ajuda o mercado, sem dúvida.
06:45Horta, por que esse investimento estrangeiro aumentando aqui em direção ao Brasil
06:50não está levando o dólar mais para baixo?
06:52A gente está vendo a moeda americana andar de lado nesses últimos dias.
06:55O que está acontecendo exatamente e você vê espaço para ela cair abaixo dos 5,30?
07:02Olha, o mercado, a gente tem uma máxima do mercado que é o seguinte,
07:08quanto mais curto o prazo do investimento, mais aleatório é o movimento.
07:12Então, a gente olhar por janela de minutos, a gente não sabe para onde que vai,
07:18se é para cima ou para baixo.
07:19Mas quando a gente pega o dólar e está olhando a tendência,
07:22o dólar começou o ano a 6,30 com muita gente dizendo que o dólar ia para 7 e agora o dólar está a 5,30.
07:30Então, é muito difícil a gente falar sobre o movimento do câmbio.
07:35Outra coisa também, outra máxima que existe é,
07:38o dólar existe para que os meteorologistas não fiquem tão frustrados com suas previsões,
07:44porque prever o dólar é ainda mais difícil do que prever o tempo.
07:48Mas eu acredito que tem espaço, sim, justamente por conta do diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos.
07:55Para quem não sabe, o custo de você apostar contra uma moeda é a taxa de juros dela.
08:02Então, quanto maior a taxa de juros do real, no caso aqui do Brasil, que a moeda é o real,
08:07mais difícil e mais caro é você apostar contra a nossa moeda.
08:12Se lá nos Estados Unidos o juros está caindo,
08:15com um dos votantes ali para a taxa de juros dizendo que deveria até cortar mais os juros do que os outros,
08:21e no Brasil você tem uma decisão onde o Banco Central diz que não hesita nem em retomar o ciclo de alta,
08:27bom, esse diferencial de juros, essa sinalização que esses dois bancos centrais passam para o mercado
08:32é de que vai ficar ainda mais caro apostar contra o real.
08:35Então, sem dúvida, tem espaço.
08:39O que poderia ajudar ainda mais a nossa moeda seria melhorar as contas públicas, melhorar a situação fiscal.
08:46Mas isso a gente não espera.
08:47Se surgir alguma notícia nesse sentido, provavelmente o dólar vai despencar aqui.
08:54Mas enquanto não tem nada de fiscal no radar, que o nosso fiscal também já não é lá dos melhores,
09:00esse diferencial de juros vai ajudando a nossa moeda.
09:02Orta, para a gente encerrar então, daquilo que dá para prever, evidentemente,
09:08o que esperar da semana que vem? Quais seriam os destaques?
09:12Semana que vem nós temos dados de PMI, os PMI medem a temperatura econômica.
09:18Então, nós temos um PMI industrial lá nos Estados Unidos, muito importante,
09:22porque o que tem ajudado a nossa moeda e a nossa bolsa é justamente uma economia um pouco mais fraca lá nos Estados Unidos.
09:30Se a economia estiver muito forte, esse capital que a gente está vendo entrar aqui no Brasil vai voltar para lá.
09:36E aqui no Brasil a gente vai ter dado de inflação, IPCA 15 de setembro,
09:41e que seria positivo para nós também ver essa inflação caindo, porque a gente sente no bolso, né, Fábio?
09:46Então, ver a inflação caindo também é algo que pode melhorar as nossas condições aqui dentro.
09:52Uma inflação abaixo do consenso pode ajudar numa eventual redução da nossa taxa de juros no futuro.
09:59Embora a taxa de juros ajude a nossa moeda, a gente sabe que as empresas estão numa condição muito delicada
10:06por conta desses juros extremamente elevados, né?
10:08Então, seria bom a gente ver uma sinalização dessa redução da taxa de juros,
10:12principalmente depois de um copom tão duro, uma decisão tão dura do nosso Banco Central.
10:17E isso só vai acontecer se os diretores do Banco Central tiverem como projetar uma conversão dessa inflação para a meta.
10:26Então, se a gente ver um dado de inflação abaixo do consenso, em queda, né, certamente vai ser muito positivo.
10:33Acrescentando que semana que vem temos também a Assembleia Geral da ONU,
10:35com manifestação do presidente Lula, no mesmo dia em que o presidente Donald Trump vai falar.
10:40Vamos ficar de olho também nos discursos ali, na temperatura entre os dois países.
10:46Arthur Orta, sócio da Belinque.
10:49Isso certamente pode fazer preço, viu, Fábio?
10:52É, né?
10:52Nos Estados Unidos, a gente tem ali os dois agentes políticos que mais saem na televisão aqui no Brasil,
10:59em todos os lugares, né, justamente por conta desse momento político delicado que a gente está vivendo.
11:04Então, vale a pena, sim, prestar atenção no que vai acontecer nessa conferência da ONU.
11:09Boa Horta, estaremos todos de olho aqui.
11:12Arthur Orta, sócio da Delinque Investimentos.
11:14Obrigado, Horta.
11:15Bom fim de semana para você.
11:16Semana que vem tem mais.
11:18Para você também.
11:19Até a próxima.
11:20Até.
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