O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou nesta quinta-feira (15) que as taxas de juros de longo prazo tendem a permanecer mais elevadas, à medida que a economia passa por transformações e a política monetária segue em adaptação.
🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!
Siga o Times Brasil nas redes sociais: @otimesbrasil
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
#CNBCNoBrasil
#JornalismoDeNegócios
#TimesBrasil
🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!
Siga o Times Brasil nas redes sociais: @otimesbrasil
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
#CNBCNoBrasil
#JornalismoDeNegócios
#TimesBrasil
Categoria
🗞
NotíciasTranscrição
00:00Vamos agora a um breaking news da CNBC americana.
00:09O presidente do Federal Reserve, o Banco Central americano, Jerome Powell,
00:13discute neste momento questões-chave da política monetária e da economia americana.
00:19Ele está numa conferência em Washington.
00:21Vamos ouvir, porque esse é o momento mais aguardado do mercado para hoje.
00:25Isso pode direcionar os negócios.
00:30Se eu puder capturar essa era com uma estatística,
00:32seria que a política rate tinha ficado no lower boundo por 7 long anos
00:37seguindo a onset da crise financeira em late 2008.
00:42Depois de cair de novembro de 2015,
00:45nós conseguimos aumentar a política de política apenas apenas 3 anos
00:49para um aumento de 2.4%.
00:527 meses depois, nós começamos a reduzir a política de 1.6% em late 2019,
00:58o presidente Jerome Powell, do Fed, dizendo que o Banco Central americano
01:02está, então, comprometido em levar a taxa de inflação a 2%.
01:07A sensação naquela época é que, quando a economia passasse por uma retração,
01:21mesmo leve, nós estaríamos de volta ao limite inferior,
01:25provavelmente para um período mais prolongado.
01:28A década pós-crise financeira demonstrou o sofrimento que isso poderia trazer.
01:32A inflação provavelmente cairia em uma economia fraca,
01:35elevando as taxas de juros reais,
01:38já que as taxas luminais estão fixadas em zero.
01:42Taxas reais mais altas pesariam mais ainda sobre o crescimento do emprego
01:46e reforçariam a pressão sobre a inflação e as expectativas de inflação.
01:50Então, refletindo essas preocupações, nós temos uma política
01:56para compensar esses déficits em relação à meta de inflação,
02:01que é uma abordagem muito comum na literatura da política monetária.
02:07E, considerando os riscos negativos para a inflação
02:10e a proximidade que nós estamos da meta,
02:12temos a necessidade de ancorar as expectativas de longo prazo em 2%.
02:16É por isso que nós estemos que, depois de muito tempo de inflação abaixo de 2%,
02:21provavelmente nós teríamos uma inflação acima de 2% por algum tempo.
02:27Então, nós sempre sinalizamos que essa aparente rigidez do mercado de trabalho
02:36não seria isoladamente suficiente para desencadear uma resposta política,
02:42a menos que o FED acreditasse que isso teria uma pressão inflacionária indesejada.
02:49Então, essa mudança refletiu a nossa experiência
02:53que crescimento econômico prolongado apresenta desemprego historicamente baixo
02:59em meio a uma inflação baixa e estável,
03:01o que sugere que uma abordagem de política monetária
03:04que buscasse esse nível máximo de emprego
03:08poderia trazer benefícios em um mercado de trabalho forte
03:11sem colocar risco à estabilidade de preços.
03:22Então, o uso desses déficits,
03:24você conheceu que essa combinação de baixa inflação e baixa desemprego
03:27não necessariamente é algo ruim para a política monetária.
03:30acreditava-se muito tempo que as condições econômicas
03:34estavam nos levando ao limite inferior da meta
03:37e que impulsionava as alterações na nossa política monetária.
03:42Isso poderia muito bem ter acontecido se não tivesse a pandemia.
03:48Então, nunca houve nada de intencional ou de moderado na inflação.
03:54Eu disse isso publicamente em 2021.
04:01Então, no final de 2021, os participantes do FONC, do FED,
04:08continuaram a prever que a inflação provavelmente recuaria rapidamente em 2022,
04:13com apenas um aumento moderado na taxa básica de juros.
04:16Essa era a projeção, muito consistente, inclusive, com outros bancos centrais.
04:20Quando as evidências mostraram o contrário,
04:23nós aumentamos em 525 pontos base a taxa de juros
04:28em um período de 16 meses.
04:31E os dados mais recentes sugerem que a inflação aqui nos Estados Unidos
04:34em 12 meses foi de 2,2% em abril,
04:37muito abaixo do pico de 7,2% em 2022.
04:44Então, em um resultado muito bem-vindo,
04:45historicamente até incomum,
04:47essa desinflação ocorreu sem o aumento do desemprego.
04:50O ambiente econômico mudou significativamente desde 2020
04:55e a nossa revisão de política monetária
04:58refletirá a nossa avaliação dessas mudanças nos últimos tempos.
05:02As taxas de juros de longo prazo estão muito altas agora,
05:05impulsionadas em grande parte pelas taxas reais,
05:08porque temos uma estabilidade das expectativas de inflação de longo prazo.
05:12As taxas reais mais elevadas também podem refletir
05:16a possibilidade de a inflação ser mais volátil no futuro
05:20do que no período entre as crises da década de 2010.
05:25Podemos estar, então, entrando num período de choques de oferta mais frequentes
05:31e potencialmente mais persistentes.
05:33Embora a nossa taxa de juros esteja atualmente bem acima do limite inferior,
05:40nas últimas décadas nós reduzimos a taxa de juros em cerca de 500 pontos base
05:44quando a economia está em recessão.
05:46Então, embora ficar nesse limite inferior não seja mais o caso base,
05:50é prudente que a atual estrutura de política monetária
05:53continue a abordar esse risco.
05:55Então, desde a grande inflação, a economia dos Estados Unidos
06:12teve três de suas quatro maiores expansões, crescimentos registrados.
06:16E as expectativas ancoradas desempenharam sempre um papel fundamental
06:21para facilitar esse crescimento.
06:23Então, mais recentemente, não teria sido possível alcançar
06:26uma desinflação de 5 pontos percentuais sem um aumento no desemprego.
06:33Então, manter essa âncora de juros foi uma consideração importante.
06:39As expectativas ancoradas hoje são essenciais para tudo o que fazemos
06:43e continuamos totalmente comprometidos com a meta de inflação de 2% hoje.
06:50Agora, uma revisão para 2025.
06:52Na revisão atual, o FED está envolvido em discussões
06:55sobre o que aprendemos com a experiência dos últimos cinco anos.
06:59Estamos atentos às mudanças de 2020, da pandemia,
07:04porque consideramos que atualizações discretas
07:07refletem o que aprendemos sobre a economia
07:10e a maneira como essas mudanças foram interpretadas.
07:12Até agora, nós entendemos que seria apropriado reconsiderar a linguagem
07:19em torno dos déficits.
07:23E na nossa reunião de política monetária da semana passada,
07:26tivemos uma opinião semelhante sobre a inflação.
07:28Nós vamos garantir que a nossa nova declaração seja robusta
07:32a uma ampla situação de ambientes e desenvolvimentos econômicos.
07:37Então, à medida que nós revisamos a avaliação recente de política monetária,
07:49nós temos uma observação comum que é a necessidade de comunicações claras
07:52sobre os eventos que têm se desenrolado na economia.
07:56Então, sempre há espaço para melhoras nas comunicações do FONC.
08:01Então, de fato, uma questão crucial é promover uma compreensão mais ampla
08:06da incerteza que a economia em geral enfrenta.
08:10Em períodos de choques maiores, mais frequentes ou até mais disparates,
08:14uma comunicação eficaz do FED exige que transmitamos a incerteza
08:19que cerca a nossa compreensão da economia e das perspectivas.
08:23Nós vamos examinar maneiras de melhorar a nossa comunicação.
08:28Eu quero agradecer agora a presença de todos.
08:30Estávamos ansiosos pelas conversas, ansiosos pelas conversas dos próximos dias.
08:37E essas discussões vão ajudar a ampliar e aprofundar a nossa reflexão
08:41sobre essas questões que são cruciais para o sucesso
08:44das nossas revisões de política monetária.
08:45Muito obrigado.
08:49Esse foi o discurso do presidente do Banco Central, Jerome Powell,
08:52que você acompanhou ao vivo aqui no Times Brasil, licenciado exclusivo CNBC.
08:57Já quero abrir, então, para uma conversa com o Rodrigo Loureiro.
09:01Rodrigo, presidente do Banco Central americano, Jerome Powell.
09:05Então, é muito insistente de que o Banco Central precisa ter uma comunicação clara
09:10do que vai fazer aqui para frente.
09:12Exatamente.
09:12Até para evitar esse ruído com a própria Casa Branca.
09:16A gente viu isso acontecer muito nas últimas semanas.
09:19O presidente Donald Trump pressionando muito o Jerome Powell para que exista uma queda
09:24na taxa de juros e isso gere uma aceleração, na visão do Trump, da economia americana.
09:30E o Powell agora insiste em fazer uma comunicação mais clara para que o mercado,
09:35não só o mercado, mas todo o eleitorado americano,
09:38entenda também qual que é o lado do FED nessa história toda.
09:42E qual que é esse lado?
09:44Tentar trazer a inflação para 2%.
09:47Tentar fazer a inflação chegar nesse patamar de 2%.
09:50Ainda está um pouco elevada, perto desses 2%,
09:54mas a gente está vendo os últimos resultados do CPI, do PPI, que saiu hoje, inclusive,
10:00mostrarem que há uma desaceleração no aumento de preços.
10:03Isso é importante.
10:05Então, a missão do FED é tentar trazer essa inflação para 2%.
10:08Como que você faz essa inflação chegar em 2%?
10:11Segurando taxa de juros no patamar atual.
10:14Pode soar como um banho de água fria para o mercado?
10:17Pode, tanto que o pré-market americano hoje estava operando em baixa.
10:20Mas é a visão do FED sobre o que a economia americana realmente precisa nesse momento.
10:26Uma visão antagônica em relação ao que o presidente Donald Trump acredita,
10:29mas aí quem controla a taxa de juros realmente é o Jerome Powell, chairman do FED.