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Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, afirmou que o mercado de trabalho americano está em equilíbrio curioso e indicou possível corte de 0,25% na taxa de juros em setembro. Felipe Machado analisou os impactos de inflação, emprego e tarifas sobre a economia.

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00:00Fast Money de volta ao vivo com você para falar do presidente do Federal Reserve dos Estados Unidos, Jerome Powell, que fez mais cedo o discurso anual no simpósio anual do Banco Central em Jackson Hole, Wyoming, e afirmou que o mercado de trabalho está numa espécie curiosa de equilíbrio. Nós vamos acompanhar o conteúdo exclusivo CNBC.
00:19A taxa de desemprego, embora tenha aumentado em julho, está em um nível historicamente baixo de 4,2% e tem se mantido praticamente estável no último ano.
00:30Outros indicadores das condições do mercado de trabalho também sofreram pouca alteração, ou tiveram apenas uma ligeira suavização, incluindo demissões, a proporção de vagas em relação ao desemprego e o crescimento do salário nominal.
00:42A oferta de mão de obra diminuiu de acordo com a demanda, reduzindo drasticamente a taxa de equilíbrio da criação de empregos necessária para manter a taxa de desemprego constante.
00:51De fato, o crescimento da força de trabalho diminuiu consideravelmente este ano com a queda acentuada da imigração, e a taxa de participação na força de trabalho diminuiu nos últimos meses.
01:01De modo geral, embora o mercado de trabalho pareça estar em equilíbrio, esse é um tipo curioso de equilíbrio que resulta de uma desaceleração acentuada tanto na oferta quanto na demanda por trabalhadores.
01:12Essa situação em comum sugere que os riscos negativos para o emprego estão aumentando, e se esses riscos se materializarem, poderão fazê-lo rapidamente na forma de demissões acentuadamente maiores e aumento do desemprego.
01:25Ao mesmo tempo, o crescimento do PIB desacelerou notavelmente no primeiro semestre deste ano, para um ritmo de 1,2%, cerca de metade do ritmo de 2,5% em 2024.
01:37O declínio no crescimento refletiu, em grande parte, uma desaceleração nos gastos do consumidor.
01:42Assim como no mercado de trabalho, parte da desaceleração do PIB provavelmente reflete um crescimento mais lento da oferta ou da produção potencial.
01:50Com relação à inflação, as tarifas mais altas começaram a elevar os preços de algumas categorias de produtos.
01:56As estimativas baseadas nos últimos dados disponíveis indicam que os preços totais de PCE aumentaram 2,6% nos 12 meses encerrados em julho, excluindo as categorias voláteis de alimentos e energia.
02:07Os preços do núcleo do PCE subiram 2,9%, acima do nível de um ano atrás.
02:13Dentro do núcleo, os preços das mercadorias aumentaram 1,1% nos últimos 12 meses, uma mudança notável em relação ao modesto declínio observado ao longo de 2024.
02:24Em contrapartida, a inflação dos serviços de habitação continua em uma tendência de queda, e a inflação dos serviços não relacionados à habitação ainda está em um nível um pouco acima do que tem sido historicamente consistente com uma inflação de 2%.
02:38Os efeitos das tarifas sobre os preços ao consumidor agora são claramente visíveis.
02:47Esperamos que esses efeitos se acumulem nos próximos meses, com grande incerteza quanto ao momento e aos valores.
02:54A questão que importa para a política monetária é se esses aumentos de preços podem elevar significativamente o risco de um problema contínuo de inflação.
03:01Um cenário básico razoável é que os efeitos serão de duração relativamente curta, uma mudança única no nível de preços.
03:09Obviamente, uma única vez não significa tudo de uma vez.
03:13Levará algum tempo para que os aumentos de tarifa percorram as cadeias de suprimentos e redes de distribuição.
03:19Além disso, as taxas tarifárias continuam a evoluir, o que pode prolongar o processo de ajuste.
03:25Também é possível, no entanto, que a pressão de alta sobre os preços decorrente das tarifas possa estimular uma dinâmica de inflação mais duradoura,
03:32e esse é um risco a ser avaliado e gerenciado.
03:35Uma possibilidade é que os trabalhadores que veem sua renda real diminuir devido aos preços mais altos
03:41demandem e recebam salários mais altos dos empregadores, desencadeando uma dinâmica diversa entre salários e preços.
03:48Considerando que o mercado de trabalho não está particularmente apertado e enfrenta riscos crescentes de queda,
03:54esse resultado não parece provável.
03:57Outra possibilidade é que as expectativas de inflação possam subir, arrastando consigo a inflação real.
04:03A inflação está acima de nossa meta há mais de quatro anos e continua sendo uma preocupação importante para as famílias e empresas.
04:10No entanto, as medidas das expectativas de inflação de longo prazo, conforme refletidas nas medidas baseadas no mercado e em pesquisas,
04:18parecem permanecer bem ancoradas e consistentes com nosso objetivo de inflação de longo prazo de 2%.
04:23É claro que não podemos dar como certa a estabilidade das expectativas de inflação.
04:28Aconteça o que acontecer, não permitiremos que um aumento pontual no nível de preços se torne um problema contínuo de inflação.
04:34Oi, o Felipe está aqui para trazer alguns comentários sobre a fala do Gerardo Pau.
04:40Eu comentava com o Renan, na última participação dele, como o mundo fica atento ali a qualquer sinal, qualquer palavra,
04:45conjugação do verbo, tudo tem um significado, né, Felipe?
04:49Exatamente, exatamente.
04:50O Gerardo Pau é uma personalidade, assim, ele tem uma personalidade muito calma, muito sensata.
04:54Serena.
04:55E a gente vê, ele é um cara muito sereno.
04:56E a gente vê, assim, ele falou, falou muito, falou muito e não deu exatamente uma direção, um guidance, claro.
05:03Mas, o que dá para a gente dizer?
05:06Ele falou que, vamos falar em relação a...
05:08Vamos lembrar que o Banco Central Americano tem um mandato duplo, ou seja, ele fica com o olho na questão da inflação e o olho no emprego.
05:16O que ele falou de inflação?
05:17Ele falou que, olha, a inflação está visível, a inflação está acima da meta.
05:21Acumulado nos últimos 12 meses nos Estados Unidos, está a inflação em 2,7%.
05:24A meta da inflação é 2%.
05:26Ele falou que isso é uma preocupação, que as tarifas estão tendo impacto nos preços.
05:31Mas ele acredita que esse impacto pode ser que aconteça de uma vez só.
05:35Então, assim, alguns setores que estão aumentando os seus preços vão aumentar e depois eles vão permanecer daquele jeito.
05:40Então, ele acredita que, embora as tarifas tenham impacto nesses valores, elas vão acontecer de uma maneira que seja de uma vez só, uma maneira mais curta.
05:49E depois, mais para frente, isso vai ser mais estável.
05:52Em relação ao emprego, ele disse que teve alguma preocupação com os índices de desemprego,
05:56porque, provavelmente, devido às deportações que o presidente Donald Trump tem feito.
06:00Então, você imagina, muitos imigrantes que trabalham em áreas como serviços, ou até na agricultura,
06:09acabaram sendo deportados e isso teve um impacto no desemprego.
06:13Quer dizer, você tem um aumento ali do desemprego, as pessoas ficam com mais receio de contratar, você tem um dado ali.
06:19Mas ele está... O que é, para dizer assim, uma coisa, uma visão mais ampla?
06:24Os mercados subiram, ou seja, por trás de todo esse quebra-cabeça que o Jerome Powell fala, dentro das palavras dele,
06:32provavelmente, no dia 17, 16 e 17 de setembro, que é a próxima reunião do Fed,
06:37o Fed vai baixar, sim, 0,25% da taxa de juros.
06:42Isso significa que vai ser uma queda contínua?
06:46Quer dizer, a cada reunião do Banco Central, do Fed, eles vão baixar 0,25%? Não.
06:50Não dá. Ele não deu nenhum guidance nesse sentido.
06:53O que ele deu é que é o seguinte, ele falou assim, olha, olhando para os números,
06:56é capaz da gente precisar ajustar as nossas estratégias.
07:01Essa foi a senha para o mercado de que ele vai concordar, finalmente, com o presidente Donald Trump
07:06e aceitar essa pressão e baixar os juros, pelo menos, em 0,25%.
07:11Mas isso não significa que, na próxima reunião, ele vai manter essa queda de 0,25% de novo.
07:15Provavelmente, ele vai reavaliar todo esse cenário e poderia ficar, enfim, manter ou não.
07:21Então, quer dizer, ele deu um guidance.
07:24O mercado acredita que ele...
07:26Eu estava acompanhando os analistas americanos e acreditam que, pelas palavras dele,
07:30o Banco Central, no dia 16 e 17 de setembro, vai baixar 0,25% na sua taxa de juros.
07:36Mas não significa que isso vai ser uma queda contínua a cada reunião.
07:41A cada reunião, eles vão avaliar de novo, principalmente em relação às tarifas, em relação à inflação,
07:46para saber se essa queda pode ser contínua ou não.
07:48Então, provavelmente, dia 16 e 17, aqui a gente vai trazer a informação de que o Banco Central vai baixar 0,25%,
07:55agradando, finalmente, ao presidente Donald Trump.
07:58Só para concluir, mesmo assim, ele continua com a pressão em cima do Fed.
08:02Uma das conselheiras, a Lisa Cook, está com uma pressão forte.
08:07Ele está querendo demitir, está pedindo a renúncia dela,
08:10porque ela estaria, segundo ele, envolvida em umas fraudes imobiliárias.
08:14Não sabemos se isso é verdade, porque o Donald Trump joga, sim, com as informações,
08:19mas, de qualquer maneira, ela era uma das defensoras da manutenção da taxa de juros.
08:24Então, o presidente Donald Trump, ao mesmo tempo que pressiona o Powell de um lado,
08:27ele pressiona os outros conselheiros, os outros integrantes, com essa ameaça, por exemplo,
08:32de uma demissão por justa causa de uma integrante do Fed.
08:37Então, pelo menos até dia 16 de setembro, a gente vai acompanhar essa novela
08:40e vamos ver se o Powell, daqui para frente, vai dar mais algum tipo de sinalização,
08:44se não, provável que seja 0,25% mesmo, Natália.
08:46É, pressão e ameaça é uma coisa que ele costuma usar bastante.
08:49É, mas o Powell tem aguentado, né?
08:52Tem aguentado, né?
08:53Ele tem a cascadura ali, um cara bem sensato, bem sereno,
08:56mas, dessa vez, pelo jeito, acho que ele vai ter que agradar o presidente Donald Trump
09:00e vai ceder pelo 0,25%, pelo menos.
09:03Veremos.
09:04Vamos aguardar.
09:05Obrigada.
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