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O presidente do Federal Reserve, Jeremy Powell, anunciou corte de 0,25 p.p. na taxa básica de juros, explicando que a inflação permanece elevada e o mercado de trabalho apresenta sinais de desaceleração. A decisão busca equilibrar pleno emprego e preços estáveis, segundo Powell.

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Transcrição
00:00Olá, Eric, boa tarde para você e a todos que nos acompanham.
00:03Uma grande expectativa, não só hoje, né?
00:06Já faz tempo que existe essa expectativa a respeito do corte da taxa básica de juros aqui nos Estados Unidos.
00:12A gente acompanhou de perto, era a pressão da Casa Branca,
00:16era a visita ao próprio prédio do Fed aqui na capital Washington.
00:20A gente viu aí muitas postagens do próprio presidente Donald Trump exigindo esse corte,
00:26e corte robusto também.
00:28A gente viu o dilema, sai Lisa Cook, volta Lisa Cook,
00:32tem a nomeação desse indicado de Donald Trump,
00:35que a gente estava ouvindo a repercussão agora há pouco através do nosso convidado.
00:40Então, de fato, foi um corte muito emblemático e que sim gerou essa grande expectativa.
00:46Já havia quase garantia de que esse corte seria no nível aí de 25 pontos base,
00:52o mercado financeiro já estava quase que certo e confiante desse corte,
00:56e foi finalmente esse o resultado.
00:59A gente teve apenas um voto contrário, que foi justamente de Stephen Myron,
01:03o indicado de Donald Trump, que entrou para essa reunião de última hora,
01:09quase no segundo tempo, nos acréscimos do segundo tempo.
01:13Na terça-feira a gente teve então essa confirmação, perdão, na segunda-feira a gente teve aí essa confirmação à noite da nomeação dele.
01:21Primeiro ele foi aprovado pelo comitê bancário do Senado, depois essa aprovação, essa indicação, na verdade,
01:27foi votada no plenário da casa e, portanto, ele participou e teve aí esse único voto pedindo cortes de 50 pontos.
01:37Mas a maioria decidiu por esses 25 pontos.
01:40O relatório do Fed é um relatório robusto, tem aí cerca de 17 páginas.
01:45Eu queria até destacar aqui um trecho.
01:47Luiz, a gente vai te interromper rapidinho, porque Jeremy Powell vai começar a falar.
01:50Já já eu volto com você direto de Washington, tá bom?
01:52Obrigado. Vamos ouvir então o presidente do Federal Reserve, Jeremy Powell.
02:01A taxa de desemprego continua baixa, mas ela subiu, há uma redução no emprego e temos riscos maiores.
02:10Ao mesmo tempo, a inflação aumentou recentemente e continua relativamente elevada.
02:15Para apoiar os nossos objetivos e a luz da mudança no equilíbrio de riscos, hoje o Comitê de Mercado Aberto decidiu reduzir a taxa de juros em 0,25%.
02:27Vamos continuar reduzindo também os títulos.
02:31Eu vou falar mais sobre política monetária depois de falar dos desenvolvimentos econômicos.
02:37Indicadores recentes sugerem que o crescimento da atividade econômica está moderado.
02:41O crescimento do PIB aumentou a 1,5% na primeira metade do ano.
02:48É uma queda de 2,5% em relação ao 2,5% do período anterior.
02:53Isso reflete uma redução nos gastos do consumidor.
02:58Os investimentos aumentaram em relação ao ritmo do ano passado.
03:03A atividade no setor imobiliário continua fraca.
03:06No nosso resumo de projeções, há uma projeção de aumento de 1,6% do PIB este ano e 1,8% no ano que vem.
03:17Um pouquinho mais forte do que o projetado em junho.
03:19No mercado de trabalho, a taxa de desemprego chegou a 4,3% e não houve muitas mudanças nos últimos meses.
03:28É um nível relativamente baixo.
03:30Empregos formais estão num ritmo de R$ 29 mil por mês nos últimos três meses.
03:38Boa parte dessa queda reflete um declínio no crescimento da força de trabalho,
03:43devido à baixa imigração e menor participação no mercado de trabalho.
03:48A demanda por trabalho está mais fraca e o ritmo de criação de empregos parece estar abaixo da taxa necessária
03:55para manter a taxa de desemprego constante.
03:57O crescimento de salários continua moderado, ainda está acima da inflação.
04:05O mercado está mais lento do lado da oferta e da demanda por trabalhadores.
04:11Nesse cenário menos dinâmico do mercado de trabalho, os riscos para o emprego parecem ter aumentado.
04:19No nosso SEP, a projeção para a taxa de desemprego é de 4,5% ao final deste ano e depois deve baixar.
04:27A inflação flexibilizou consideravelmente a taxa de 2022, mas continua elevada em relação à meta de 2%.
04:37As estimativas baseadas no índice de preços de consumo mostram que os preços aumentaram 2,7% nos últimos 12 meses.
04:49E isso exclui as categorias voláteis de alimentos e moradia.
04:54Isso é mais alto do que no início do ano porque a inflação para bens aumentou.
05:01A desinflação parece continuar para serviços.
05:07As medidas da inflação e as expectativas aumentaram ao longo deste ano.
05:12Temos essas notícias das tarifas e há um reflexo nas medidas do mercado e das pesquisas.
05:19Nos próximos anos, a maior parte das medidas de expectativas de longo prazo estão de acordo com a meta de 2% de inflação.
05:26A projeção média do SEP para a inflação é de 3,0% para este ano e cai para 2,6% em 2026 e 2,1% em 2027.
05:40A política monetária é orientada pela nossa responsabilidade dupla de promover pleno emprego e preços estáveis para o povo americano.
05:49Na reunião de hoje, o comitê decidiu reduzir a meta da taxa de juros em 0,25% para 4,25%.
06:02Mudanças nas políticas do governo continuam evoluindo e seus impactos sobre a economia são incertos.
06:10Tarifas elevadas estão empurrando os preços em algumas categorias de produtos,
06:15mas o efeito geral na atividade econômica e na inflação ainda está por ser visto.
06:21Um caso base é que os efeitos sobre a inflação serão curtos, uma mudança única nos níveis de preço.
06:28Porém, é possível também que os efeitos inflacionários possam ser mais persistentes,
06:34e esse é um risco que deve ser avaliado e administrado.
06:37A nossa obrigação é garantir que esse aumento único nos preços não se torne um problema inflacionário constante.
06:44No curto prazo, os riscos de inflação estão em alta e os riscos para o emprego estão inclinados para baixo,
06:51o que nos dá uma situação desafiadora.
06:54A nossa estrutura pede que equilibremos os dois lados da nossa responsabilidade.
07:00com o emprego com mais risco, e aí a balança muda.
07:06Nós avaliamos que é adequado tomar uma medida rumo a uma política mais neutra.
07:11Com a decisão de hoje, estamos bem posicionados para responder a desenvolvimentos econômicos.
07:18continuaremos determinando a posição adequada da política monetária com base nos dados,
07:24na perspectiva e no equilíbrio de riscos.
07:28No SEP, temos avaliações individuais do caminho para o FED,
07:36com base no que cada participante avalia ser o cenário mais provável para a economia.
07:40A projeção média é que o nível adequado dos fundos será 3,6% no final deste ano,
07:473,4% no final de 2026 e 3,1% ao final de 2027.
07:53Esse caminho é 1,25% mais baixo do que o projetado em junho.
08:00Como sempre ocorre, essas previsões individuais são sujeitas à incerteza
08:05e não são o plano ou a decisão do comitê.
08:08A política não está num rumo pré-estabelecido.
08:11O FED tem dois objetivos de política monetária, pleno emprego e preços estáveis.
08:18Continuamos comprometidos com pleno emprego, inflação sustentada em 2%
08:23e a manter a expectativa de inflação de longo prazo bem estável.
08:27O nosso sucesso de cumprir essas metas é importante para todos os americanos.
08:32Entendemos que as nossas ações afetam comunidades, famílias e empresas em todo o país.
08:36O que fazemos é para servir a nossa missão pública e fazemos todo o possível
08:41para atingir pleno emprego e preços estáveis.
08:45Muito obrigado e agora podemos partir para a discussão.
08:48Muito obrigado.
08:53Eu sou da Associated Press.
08:55O senhor sabe que o Stephen Myer continua a manter sua posição na Casa Branca.
09:02Ele agora está no Conselho do FED.
09:04Acho que é a primeira vez que o Conselho do FED tem uma pessoa nessa posição.
09:09Isso compromete a independência do FED e como é que o senhor pode manter a percepção do público
09:17de que o FED tem uma política independente?
09:21Nós sim recebemos um novo membro hoje.
09:24Sempre recebemos membros novos e estamos cumprindo a nossa dupla responsabilidade.
09:31Temos o compromisso de manter a nossa independência.
09:36É o que eu posso dizer.
09:38O senhor e outros oficiais falaram sobre o impacto das tarifas na inflação.
09:43Talvez com muitas empresas essas tarifas possam ter um impacto no mercado de trabalho e na economia.
09:54O senhor acredita que isso é um resultado possível das tarifas?
09:57É por isso que estamos vendo uma desaceleração no mercado de trabalho e não uma inflação?
10:01É possível.
10:06Estamos começando a enxergar os preços de bens entrando em inflação mais elevada,
10:13um aumento no preço de produtos e isso responde pelo aumento na inflação ao longo deste ano.
10:20Não são efeitos muito grandes no momento.
10:24Esperamos que isso continue avançando ao longo deste ano e do ano que vem também.
10:31É possível também.
10:33Talvez haja impactos no desemprego.
10:36Se a gente olha para o emprego, acho que isso está relacionado à imigração.
10:45Há pouco crescimento no fornecimento de mão de obra e, ao mesmo tempo, a demanda por mão de obra também caiu.
10:53Há um ponto em que vemos um equilíbrio curioso.
11:00Em geral, quando a gente fala que há um equilíbrio, costuma ser bom.
11:02Mas, nesse caso, o equilíbrio é curioso porque a oferta e a demanda caíram consideravelmente.
11:07Agora, a demanda está caindo mais porque vemos a taxa de desemprego nos níveis atuais.
11:14Eu sou do Wall Street Journal.
11:20As condições econômicas e o equilíbrio de riscos não estão mais pedindo uma política monetária mais severa?
11:29Eu acho que não podemos dizer isso, não.
11:31O que podemos dizer é que, ao longo deste ano, mantivemos a nossa política a níveis mais restritos.
11:37As pessoas têm opiniões diferentes, mas eu acho que é um nível mais restrito.
11:43Fizemos isso ao longo deste ano porque o mercado de trabalho estava em condições sólidas com criação de emprego.
11:49Se voltarmos para abril e se virmos os números de criação de empregos até julho, agosto, não é possível mais dizer isso.
12:00Ou seja, os riscos estavam claramente voltados para a inflação e agora estão se movendo para o mercado de trabalho.
12:11Nós sabemos que houve um movimento considerável para uma igualidade maior, né?
12:17Esses riscos entre essas nossas duas metas.
12:20Ou seja, por isso que estamos nos movendo em uma direção mais neutra do que estamos fazendo hoje.
12:24Um corte superior a 0.25%.
12:30Quando isso aconteceria? Em que situação?
12:34Não houve um apoio amplo para um corte de 0.50%.
12:39Nós tivemos elevações e cortes grandes nos últimos anos
12:44e a gente tende a fazer isso em momentos em que a gente acha que a política está na situação errada
12:51e a gente precisa avançar rapidamente.
12:52Não é o que estamos vendo agora.
12:55A nossa política está correta ao longo deste ano.
12:59Estivemos certos em esperar para ver como as tarifas, a inflação e o mercado de trabalho iam evoluir.
13:05Agora estamos reagindo ao nível mais baixo de criação de empregos,
13:10a essa questão do mercado de trabalho.
13:14Os riscos não estão totalmente equilibrados, mas estão se reequilibrando.
13:18E isso pediu essa mudança na política.
13:19Colby Smith, do New York Times.
13:22Eu sou do New York Times.
13:24Vamos ver o corte de hoje como o comitê tendo alguma garantia contra a possibilidade de um enfraquecimento do mercado de trabalho?
13:33Ou será que a dinâmica da desaceleração já está acontecendo?
13:37Estou tentando entender a mudança na previsão para mais cortes do que vocês tinham há três meses.
13:45E houve uma mudança na previsão de emprego.
13:49Olha, acho que é um corte para a gestão de riscos.
13:51Quando a gente vê o SEP, as projeções de crescimento para este ano aumentaram um pouquinho e a inflação e o desemprego não se movimentaram.
14:02O que está diferente agora é que vemos uma imagem diferente dos riscos no mercado de trabalho.
14:08Estávamos vendo 150 mil empregos por mês na última reunião.
14:14E agora vimos os novos números.
14:17Eu não quero enfatizar demais a criação de empregos formais, mas é uma coisa que sugere que o mercado de trabalho está em desaceleração.
14:24Isso mostra que é hora de levar isso em conta na nossa política.
14:31Olhando para o SEP novamente, a inflação está mais alta do que esperado e temos os números para o final do ano que vem.
14:40A meta de 2% só chega em 2028.
14:43Qual é o risco de pressão de preços e se isso vai levar a uma série de cortes?
14:47Veja, nós compreendemos que é necessário ter esse compromisso total para voltar aos 2% de inflação de modo sustentável.
15:01Ao mesmo tempo, precisamos pesar os riscos para esses dois objetivos que temos.
15:07Desde abril, os riscos de inflação mais alta e persistente se tornaram um pouquinho menores,
15:15em parte porque o mercado de trabalho está com essa situação, o crescimento do PIB está desacelerando.
15:21Então, eu diria que os riscos nessa área estão menores do que imaginado.
15:29Pensando no mercado de trabalho, o desemprego ainda está baixo, relativamente baixo,
15:36mas estamos vendo alguns riscos aí nessa área.
15:38Michael McKee, do Bloomberg Radio.
15:44Eu sou da Bloomberg.
15:46Eu estou confuso com a explicação do senhor sobre o corte de juros em relação ao desemprego.
15:55Boa parte do que está acontecendo no desemprego está relacionado à imigração.
15:59O corte nos juros não trataria desse problema.
16:03Como é que o senhor enxerga isso?
16:05É mais importante do que a inflação, que continua quase um ponto percentual acima da meta?
16:12Olha, o que está acontecendo no mercado de trabalho está mais relacionado à imigração do que com as tarifas.
16:18Era essa a pergunta que eu estava respondendo agora há pouco.
16:21Eu não digo que tudo no mercado de trabalho está relacionado à tarifas.
16:25A gente tem uma desaceleração relacionada à imigração e uma desaceleração da demanda também,
16:31inclusive do lado da oferta, porque a taxa de desemprego aumentou um pouquinho.
16:36Foi isso que eu quis dizer na minha resposta.
16:39Todos os anos, desde 2015, o SEP fez essa previsão para dois anos à frente,
16:47e este ano o SEP diz que vocês vão chegar à meta daqui a dois anos.
16:522% não parece estar à vista.
16:55Será que isso sugere que a meta de 2% não é realista?
17:01E será que isso traz um problema de credibilidade para os senhores ao dizer que é isso que os senhores vão fazer,
17:06mas essa meta nunca é alcançada?
17:11Eu não falei que a gente vai chegar a 2% no final de 2028.
17:15Isso é uma projeção.
17:17Você está escrevendo um caminho para criar, ao longo do SEP, dessa estrutura,
17:24essa inflação de 2% e pleno emprego.
17:28Essa é a estratégia.
17:30Ninguém sabe ao certo como a economia vai estar daqui a três anos,
17:34mas a natureza desse exercício é entender a política e trazer política
17:39que vai nos trazer a 2% pelo menos até o final deste exercício.
17:44Muito obrigada.
17:49Eu sou da ABC.
17:51O relatório de inflação mostra que os preços ainda estão aumentando em categorias importantes,
17:56inclusive alimentos.
17:59Se os preços aumentarem mais, qual será o efeito?
18:01Bom, a nossa expectativa,
18:03e podemos ver isso ao longo do ano,
18:07é de que a inflação vai aumentar este ano,
18:10basicamente por causa dos preços em produtos que são o efeito das tarifas.
18:18Mas acreditamos que isso vai ser um aumento único,
18:20não vai criar um processo inflacionário.
18:23Essa é a nossa previsão.
18:25Essas foram, inclusive, as previsões individuais que temos.
18:28Mas não podemos partir dessa premissa.
18:30É preciso, o nosso trabalho é garantir que isso aconteça.
18:35E vamos realizar o nosso trabalho.
18:37No momento, a situação é que vemos...
18:41Continuamos esperando um aumento na inflação,
18:44mas talvez não tão alto quanto o esperado há alguns meses.
18:47Essa aprovação ou a transição das tarifas para a inflação
18:54está um pouquinho mais lenta do que o esperado.
18:57Então, o argumento de que haverá uma inflação persistente está mais fraco.
19:02Por isso, acreditamos que é hora de reconhecer
19:05que os riscos para a nossa outra responsabilidade aumentaram
19:07e temos que nos mover na direção neutra.
19:11Vamos fazer o que for necessário,
19:13mas temos duas responsabilidades e temos que equilibrá-las.
19:17No longo prazo, a nossa estrutura diz
19:19que nós temos esses dois objetivos
19:22e essa é uma situação pouco comum.
19:24Como decidir o que fazer?
19:26A gente não consegue fazer as duas coisas ao mesmo tempo?
19:29Ou seja, a gente pensa
19:31quanto cada área está mais distante do objetivo?
19:35E nós equilibramos isso.
19:38A nossa política estava mais concentrada na inflação
19:42há algum tempo já
19:43e agora observamos esses riscos
19:46no mercado de trabalho
19:47por isso que estamos com uma política mais neutra.
19:51E essa desaceleração no mercado de empregos
19:53temos americanos que não estão conseguindo arrumar um emprego
19:56é um mercado de trabalho interessante.
20:00Acreditamos que é adequado
20:02reduzir os juros
20:03para estarem mais neutros
20:05e isso deve ser melhor
20:07para o mercado de trabalho.
20:11Pessoas que estão mais às margens,
20:13ou seja, pessoas que estão saindo da universidade,
20:15as pessoas mais jovens,
20:17minorias,
20:18estão tendo dificuldade de encontrar emprego.
20:22A taxa de encontro de emprego está muito baixa,
20:26mas a taxa de demissões também está baixa.
20:28Ou seja, você tem pouca demissão e pouca contratação.
20:32A preocupação é que se a gente começar a ver demissões,
20:35aí as pessoas demitidas,
20:36aí não vai ter mais contratação
20:38e isso pode levar a um desemprego mais alto.
20:42numa economia mais saudável,
20:46haveria empregos para essas pessoas,
20:48mas a taxa de contratação está muito baixa.
20:50Então, essa é uma preocupação nos últimos meses.
20:53E é um dos motivos
20:54porque a gente achou adequado
20:55começar a mudar o foco da nossa política
20:59e chegar nesse ponto mais equilibrado.
21:05Eu sou da CNBC.
21:07Na última reunião, o senhor usou a palavra recalibrar.
21:14O senhor não usou essa palavra desta vez aqui hoje.
21:17O senhor fala que a política
21:19não está num rumo pré-determinado.
21:22Será que é o oposto de recalibrar?
21:25A cada reunião, a cada dado,
21:27como é que é o processo dos senhores
21:29para chegar a essa política neutra?
21:31Olha, estamos numa situação
21:34que vai reunião por reunião.
21:36Nós olhamos os dados...
21:38Deixa eu falar sobre o SEP.
21:41Nós falamos muito sobre isso.
21:42O SEP é uma acumulação
21:46das projeções individuais
21:50de 19 pessoas
21:51que mostram a crença dessas pessoas
21:53num momento específico do tempo,
21:56o que é mais adequado
21:57para a política monetária e para a economia.
22:00Os senhores sabem que nós não discutimos
22:02ou concordamos,
22:03a gente simplesmente escreve.
22:05E às vezes debate isso.
22:07Ou seja, não estamos num curso pré-determinado.
22:11As decisões que fazemos
22:12são baseadas nos dados que recebemos,
22:15na evolução dos riscos,
22:17no momento em que as decisões são tomadas.
22:21Ou seja, a gente tem 10 participantes
22:24de 19
22:25que escreveram dois ou mais cortes
22:27até o fim do ano.
22:29e nove escreveram menos cortes.
22:32Teve gente que escreveu nenhum corte.
22:35Então, em vez de olhar para isso
22:37como uma certeza, incentivo sempre as pessoas
22:39a olhar para o SEP
22:41pela lente da probabilidade.
22:45Há diferentes resultados possíveis
22:47e probabilidades,
22:48em vez de dizer que essa é certa
22:51e essa não vai acontecer.
22:52Essa é a minha pergunta.
22:56A dispersão
22:57nessa perspectiva,
22:59será que é um sinal de incerteza
23:01na política
23:02nas próximas reuniões?
23:03É uma situação tão incomum
23:06de maneira geral,
23:09quando o mercado de trabalho
23:10está fraco
23:11e a inflação está baixa
23:12ou quando o mercado de trabalho
23:14está forte,
23:15a gente toma cuidado com a inflação.
23:17A gente está numa situação
23:18em que a gente tem um risco
23:19de dois gumes, digamos assim.
23:21Então, é uma situação complexa
23:25para quem trabalha
23:26com política monetária.
23:27Não surpreende
23:28que tenhamos
23:30uma ampla gama de visões.
23:32Não é tanto uma questão
23:33de ter visões diferentes
23:35sobre a economia.
23:37Em parte, é isso também.
23:37Mas, em parte,
23:39é pensar o que é certo fazer
23:40à luz da tensão
23:42entre os nossos dois objetivos.
23:44que peso dar a cada um.
23:47Ou seja, é natural.
23:49Acho que seria surpreendente
23:50se a gente não tivesse
23:52uma ampla gama de visões
23:55numa situação tão incomum.
23:57E nós temos.
23:59Mas nós sentamos, discutimos,
24:02temos debates muito interessantes,
24:04decidimos o que fazer e agimos.
24:06Mas, sim, o senhor tem razão.
24:08É uma ampla gama de visões
24:10e acho que isso é compreensível
24:12na situação atual.
24:14Eu sou do Politico.
24:20O senhor falou
24:21sobre a independência do FED,
24:23a importância dessa independência.
24:25Os mercados têm dúvidas
24:28sobre quais são as intenções
24:30do presidente Trump
24:31em relação ao FED.
24:34Quais serão as coisas,
24:35o que é preciso ficar atento
24:37para ter certeza
24:38de que o FED ainda está tomando decisões
24:40com base na perspectiva econômica
24:42em vez de considerações políticas?
24:45Olha, isso está muito enraizado
24:46na nossa cultura.
24:47É fazer o trabalho com base nos dados.
24:51Não consideramos outra coisa.
24:53É só isso que usamos no FED.
24:55Isso é muito forte para nós.
24:56falamos sobre o que estamos fazendo,
25:01temos as pessoas fazendo discursos.
25:04É isso que vamos continuar fazendo.
25:09Nós não vemos essas perguntas
25:11ou essas dúvidas
25:12em relação ao desfecho político.
25:13Eu sei que em Washington
25:16tudo é fisto
25:18por lentes políticas.
25:20Você vai ajudar esse partido
25:21ou aquele político.
25:23As pessoas acham difícil acreditar
25:24que isso não é o que pensamos.
25:27Não pensamos nisso.
25:29Temos uma perspectiva de longo prazo.
25:31Queremos servir ao povo americano
25:32da melhor forma possível.
25:35Ou seja, é possível.
25:37Eu acho que a gente não vai chegar
25:39a esse ponto.
25:40estamos fazendo o nosso trabalho
25:42sempre, como sempre fizemos.
25:44E as pessoas têm alguns argumentos.
25:48Temos discussões
25:49sobre essas questões desafiadoras.
25:53Em relação a Lisa Cook,
25:55o que está no tribunal,
25:56isso está relacionado
25:57à independência do FED?
25:59Olha, eu acho que esse é um caso jurídico
26:00e não é adequado que eu comente
26:02sobre esse caso jurídico.
26:06Obrigado, Sr. Chairman.
26:07Edward Lawrence,
26:08da Fox Business.
26:09Eu sou da Fox Business.
26:10Vimos a revisão
26:12e a revisão para junho,
26:17o primeiro estava negativa.
26:19Como é que o FOD pode basear
26:23decisões importantes de juros
26:25em dados
26:27que parecem ser ruidosos?
26:30O senhor já usou essa palavra
26:30no passado.
26:32A revisão
26:34é quase exatamente
26:36o que esperávamos.
26:37Foi muito próxima
26:38da expectativa.
26:39E o motivo para isso
26:41é que,
26:43nos últimos trimestres,
26:46houve
26:46uma
26:47sobrecontagem
26:49previsível.
26:51A gente tem
26:51o Departamento de Estatísticas
26:53trabalhistas.
26:54Claro que isso está relacionado
26:57às taxas
26:58e também
27:00ao modelo
27:00que a gente chama
27:01de nascimento-morte.
27:02nós temos
27:04criação
27:05de empregos
27:06quando há
27:06novas empresas.
27:09É difícil
27:10fazer esse tipo
27:10de pesquisa.
27:11Você precisa
27:11de um modelo
27:12para fazer essas previsões.
27:13É difícil
27:13de fazer isso,
27:14sobretudo,
27:15quando a mudança
27:15está passando por grandes,
27:16a economia está passando
27:17por grandes mudanças.
27:18nós fizemos avanços.
27:20Os dados
27:21que recebemos
27:22são bons
27:23o bastante
27:24para fazermos
27:24nosso trabalho.
27:27Se nós tivermos
27:28problemas
27:28com dados,
27:30é uma taxa
27:30mais baixa
27:31de resposta.
27:33As taxas
27:34de resposta
27:35às pesquisas
27:36estão mais baixas,
27:37de maneira geral.
27:39E isso não é segredo.
27:40A gente quer taxas
27:41de resposta
27:42mais altas pesquisas
27:43para que a gente tenha
27:44dados mais confiáveis.
27:46e é preciso garantir
27:47que as agências
27:48que coletam dados
27:49tenham recursos
27:50para chegar
27:52a taxas de resposta
27:53mais altas
27:54para essa pesquisa.
27:55Não é um mistério.
27:57Só isso é necessário.
27:58Queria dizer também
27:59que no caso
28:01de criação
28:01de empregos,
28:02a taxa de resposta
28:04é baixa
28:05no primeiro mês.
28:07Quando a gente chega
28:08ao segundo ou terceiro mês,
28:09eles ainda estão
28:10coletando as respostas
28:11para aquele mês anterior,
28:13na pesquisa
28:14do mês anterior.
28:16Ou seja,
28:16no segundo ou no terceiro mês,
28:18os dados são mais confiáveis.
28:19Então, não é que a gente
28:20não tenha os dados,
28:21é que a gente recebe
28:22um pouquinho mais tarde.
28:26Mas a gente tem
28:27esses empregos
28:28que talvez não estivessem aí,
28:30o mercado está mais fraco.
28:33Se os senhores
28:34tivessem essa informação,
28:35teria mudado
28:36a opinião de vocês
28:37em relação
28:38às taxas de juros?
28:39O corte teria vindo antes?
28:41Olha,
28:41a gente tem que olhar
28:43pelo vídeo
28:44da frente do carro
28:45e não pelo espelho retrovisor.
28:47A gente vê onde está
28:48agora
28:48e nós agimos
28:49de forma adequada
28:50com a situação.
28:54Eu sou da Reuters.
28:57O senhor falou
29:00que o mercado de trabalho
29:01sugere
29:02essa mudança.
29:05A gente tem
29:06uma taxa
29:06de 7%,
29:08dificuldade
29:09entre recém-formados
29:11de achar
29:11trabalho,
29:12mais jovens
29:13desempregados.
29:14Por que
29:15que ponto 25%
29:16agora
29:17vai fazer
29:18com que esse movimento
29:18pare?
29:19eu não disse
29:22que ponto 25%
29:23vai fazer
29:23uma grande
29:24diferença
29:24para a economia.
29:25É preciso olhar
29:25como um todo.
29:27Os mercados
29:28já estão
29:29com essa expectativa
29:31e o mercado
29:32trabalha com expectativas,
29:34ou seja,
29:34o caminho da política
29:35tem importância
29:37e é importante
29:38usar as ferramentas
29:39para apoiar
29:39o mercado de trabalho.
29:40Quando a gente vê
29:41esse tipo de sinal,
29:43é preciso agir.
29:43o desemprego
29:45de minorias
29:46está aumentando,
29:47o desemprego
29:47entre jovens
29:48está aumentando,
29:49pessoas mais
29:50vulneráveis
29:51também.
29:52E esse é um motivo
29:53pelo qual
29:55há uma criação
29:57menor de empregos
29:58formais.
29:58Isso mostra
29:59que o mercado
30:00de trabalho
30:00está mais fraco.
30:02Eu também queria
30:02falar da participação
30:03no mercado de trabalho.
30:05Parte da queda
30:06na participação
30:07no último ano
30:08foi cíclica,
30:11provavelmente,
30:11não um processo
30:12de envelhecimento.
30:13Então, a gente junta
30:14tudo e percebe
30:16que o mercado
30:16de trabalho
30:18está desacelerando,
30:19a gente não quer
30:20que isso aconteça
30:20e usamos
30:21as nossas ferramentas.
30:23Começa com
30:24esse corte
30:25de 0,25%,
30:26mas o mercado
30:27também está
30:29precificando isso.
30:30Eu não estou
30:31dando a benção
30:31ao que o mercado
30:32está fazendo,
30:32estou dizendo
30:33que não basta
30:33uma única ação.
30:36O crescimento
30:39agora parece
30:40concentrado
30:40em investimentos
30:41e no lado
30:44de gastos
30:44do consumidor
30:45para a população
30:47de alta renda.
30:49Será que essa é
30:49uma mistura
30:49sustentável
30:50para a economia?
30:51eu não diria isso.
30:54O senhor tem razão.
30:57A gente está
30:58com atividade
31:00econômica
31:01no investimento
31:03corporativo
31:04e nas classes
31:05A e B.
31:05Eu não sei
31:07durante quanto tempo
31:08isso vai durar,
31:08ninguém sabe.
31:09Em relação
31:10a gastos,
31:11os gastos
31:12do consumidor
31:13estão acima
31:14do esperado
31:15e isso pode
31:16ter essa tendência
31:18mais voltada
31:19para o consumidor.
31:19O Fast Money
31:20vai terminando por aqui.
31:21Obrigado pela sua
31:22companhia e sua audiência
31:23e vocês continuam
31:24acompanhando a entrevista
31:26do presidente do Fed
31:27Jeremy Powell
31:27no Radar
31:28que está começando
31:29agora
31:30com a apresentação
31:31do Fábio Turci.
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