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Os dados do payroll vieram melhores em novembro, mas a leitura anual indica perda de qualidade no emprego nos EUA. Em entrevista à CNBC, Tatiana Pinheiro, economista-chefe da Galapagos Capital, analisou os impactos sobre juros, inflação, decisões do Fed e reflexos no Brasil.

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Transcrição
00:00Seis horas, vinte e dois minutos, hoje é dia de radar do mercado, vamos saber mais
00:11sobre a leitura da Galápagos Capital, sobre o que está mexendo com os mercados hoje, falando
00:18com o nosso repórter Pablo Waller, que está lá na sede da Galápagos e vai trazer para
00:23a gente agora uma entrevista com a Tatiane Pinheiro, que é economista-chefe.
00:27Fala, Pablo, mais uma vez, mais uma vez não, já te dei boa tarde, agora te dou boa noite.
00:35Oi, Turci, boa noite a todos.
00:37Pois é, estou aqui com a Tatiana Pinheiro, economista-chefe da Galápagos Capital, e dessa
00:41vez, então, vamos focar na questão do payroll, os empregos nos Estados Unidos.
00:47Boa noite, Tati.
00:48Boa noite.
00:49Vamos conversar, então, primeiro sobre essa fase de final de ano.
00:53A gente teve um shutdown, muitos empregos em baixa por conta disso, principalmente os
00:59empregos públicos, e já em novembro vimos uma certa recuperação, certo?
01:03Sim.
01:04Os dados de novembro foram positivos, foram melhor do que esperado e puxados pelo setor privado.
01:10Então, criou-se 64 mil vagas totais do setor privado, foram 69 mil vagas de criação de
01:19vaga líquida, setores de construção civil, educação, serviços, sendo os destaques dessa
01:27criação líquida de vagas.
01:30E o dado de novembro, que foi demissão líquida de vagas, foi puxado pelo shutdown.
01:35Então, foram 105 mil vagas finalizadas ali em outubro, sendo que o setor público teve
01:45uma demissão líquida de mais de 150 mil vagas.
01:50Então, foi só o setor público, foi só a shutdown.
01:53E que a gente acredita que volta em dezembro.
01:57Já deu uma melhorada em novembro, mas o grosso dessa volta, do efeito da volta, do fim
02:02do shutdown e a volta do emprego do setor público, fica para dezembro.
02:07Então, o resultado foi bastante positivo, porque mostrou novembro positivo, mostrou uma
02:12taxa de desemprego mais alta do que esperado, mas que todo mundo, por conta de saber que
02:17tem o efeito do final do shutdown, todo mundo já espera a taxa de desemprego de dezembro.
02:23E os dados de salário com crescimento positivo em 3,5% na variação anual, participação
02:42da força de trabalho também subindo.
02:44Então, foram dados positivos do mercado de trabalho na margem.
02:48O problema é no ano.
02:49Pois é, porque isso tudo acaba pressionando essa fase final do ano, pressionando para que
02:54cortes de juros, no caso, então, não aconteçam, porque a inflação acaba sendo pressionada
03:01com isso.
03:01Só que aí, como você ia dizendo, então, quando a gente analisa o ano inteiro, aí a história
03:06já não é bem essa.
03:07É.
03:07Quando você olha o ano inteiro, você vê de janeiro a novembro, o mercado de trabalho
03:12teve criação líquida de vagas, mas foi por subemprego, que eles chamam de part-time.
03:18Então, o part-time criou um milhão de empregos.
03:22O full-time, que é o emprego de boa qualidade, ele teve demissão líquida de 500 mil vagas.
03:29Então, no total, o emprego criou 500 mil vagas, mas foi por subemprego, que é uma fotografia
03:37clássica de um mercado de trabalho enfraquecido.
03:40Ele não cria mais vagas full-time e ele cria um emprego de menor qualidade, que são vagas
03:47part-time.
03:47Então, o mercado de trabalho está enfraquecido, mas ele está longe de ser uma crise.
03:53E, na margem, o que a gente vê, a gente vê um mês vem negativo, outro mês vem positivo.
03:58Então, é um mercado de trabalho que está enfraquecendo, mas não a ponto de justificar
04:04a continuidade do corte de juros.
04:07Ele começou a cortar em setembro, cortou setembro, cortou novembro, agora cortou dezembro.
04:11Não dá para justificar essa continuidade no começo do ano, porque a inflação, ela
04:16continua acima da meta de 2%.
04:19E é por isso que o FONC, eu acredito que o FONC veio com a sinalização na semana passada
04:24de pausa para as próximas reuniões, por conta disso.
04:27O mercado de trabalho está enfraquecendo?
04:29Sim.
04:30Mas não é uma crise de emprego e, por outro lado, a inflação continua acima do centro
04:37da meta de 2%.
04:38Então, a leitura continua aquela mesmo, de que a gente não deve ter essa continuidade
04:42de corte de juros no começo do ano, pelo menos.
04:45Pode ter mais uma ainda no que vem, né, Tatiana?
04:48Sim.
04:48O próprio FONC, o Comitê de Política Monetária dos Estados Unidos, ele prevê um corte de
04:55juros em 2026.
04:56Um corte em 2026, um corte em 2027.
05:00Então, tem corte de juros no ano que vem.
05:02Mas, muito provavelmente, mais para o final do primeiro semestre.
05:06O mercado precifica, né?
05:07Quando você olha ali as probabilidades que o mercado de juros americano coloca para cada
05:12decisão do FONC.
05:13Então, as probabilidades para a decisão de janeiro, de março, de abril, estão ali
05:19para corte só de 30%.
05:21Então, uma probabilidade baixa.
05:22Quando chega na probabilidade para junho, essa probabilidade de corte, o mercado precifica
05:30com 55% de chance.
05:32Então, já é uma precificação de corte em junho.
05:35Então, o próprio mercado vê o corte de juros, mas vê o corte de juros mais para
05:41o final do primeiro semestre.
05:42E com isso, a gente acaba tendo aí um setor de manutenção, perdão, um fator de manutenção
05:48da Selic aqui no Brasil também, né?
05:50Mais um fator para só se manter nos 15%.
05:52Então, se fosse contrário, quem sabe seria um apoio para essa diminuição por aqui
05:57também, né, Tati?
05:58Olha, lá fora, a taxa de juros do Brasil está muito descolada dos Estados Unidos.
06:08É lógico que você ter um Banco Central americano cortando juros favorece corte de
06:14juros aqui no Brasil.
06:15Mas não é uma relação mecânica como o próprio Banco Central coloca.
06:19E a nossa taxa de juros está extremamente elevada.
06:21Então, a decisão em janeiro, em março, aqui no Brasil, vai ser muito mais guiada,
06:28acho que completamente guiada, pelos fatores domésticos.
06:32E se o FONC estiver mantendo a taxa de juros lá fora, isso não vai ser impeditivo para
06:37o Banco Central brasileiro cortar juros aqui dentro.
06:40Por quê?
06:40Porque a inflação está caindo, a atividade econômica está desacelerando, o próprio Banco
06:45Central avaliou isso.
06:47Então, e essa tendência, ela tende a continuar no começo do ano que vem.
06:52Então, faz sentido o Banco Central brasileiro começar a reduzir juros, independente da decisão
06:59de pausa do FONC lá fora.
07:01Certo.
07:01Bom que a gente trouxe um pouquinho de informação aqui para o nosso quintal, não é, Tatiana?
07:05Obrigado pelas informações e bom trabalho por aqui.
07:07Essa semana é com você, Turci.
07:09Obrigado, Pablo.
07:10Obrigado à Tatiana também pela gentileza da análise.
07:13Boa noite para vocês.
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