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Frederico Lamego, superintendente de Relações Internacionais da CNI, comentou no Real Time sobre o otimismo com as negociações Brasil-EUA. Ele destacou a importância de investimentos brasileiros nos EUA e como a suspensão temporária de tarifas pode beneficiar milhares de empresas, especialmente PMEs.

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Transcrição
00:00A Confederação Nacional da Indústria considera que o início das negociações entre os governos sobre o tarifácio
00:06é um passo decisivo para devolver competitividade às exportações brasileiras.
00:11A gente vai falar sobre isso com o Frederico Lamego, que é superintendente de Relações Internacionais da CNI.
00:17Bom dia para você, Frederico. Seja muito bem-vindo ao Real Time.
00:20Bom dia, Marcel. Prazer estar falando com você e com os ouvintes.
00:24Bom, pela nota que a CNI soltou ontem, parece que é um otimismo por parte da instituição
00:30com quem sabe o fim do tarifácio aí já no horizonte aparecendo ali, né, Frederico?
00:35Com certeza. Se a gente compara o atual cenário com o cenário que estávamos vivendo no começo de agosto
00:47e sobretudo em setembro, quando a CNI organizou uma missão grande para os Estados Unidos
00:53mudou muito a questão das relações Brasil-Estados Unidos e agora a gente espera
01:00que isso leve a uma negociação ampla entre os lados o quanto antes.
01:06E quando a gente considera também algumas palavras que foram mencionadas
01:11nas entrevistas dos dois lados, de se criar grupos de trabalho imediatamente, por exemplo,
01:17dão indicativo que as negociações caminham para um bom rumo.
01:23Toda vez que a gente ouve falar criar um grupo de trabalho, especialmente na política,
01:27parece que é assim, deixa para depois o assunto, né?
01:29Parece que esse grupo vai ficar discutindo para sempre.
01:32Nesse caso, a gente espera que não aconteça isso, né?
01:34O presidente Lula falou, entre aspas, aqui, logo, logo a situação vai se resolver.
01:39O que significa logo, logo nesses termos diplomáticos aí?
01:42É daqui a três dias? É daqui a três meses?
01:44Olha, isso tudo vai depender, no nosso entendimento, do que vai ser a oferta brasileira
01:50e quão atraente essa oferta vai ser para o lado americano.
01:55Além da questão tarifária, é importante a gente colocar que em todos os acordos firmados
02:01pelos Estados Unidos com outros países no mundo,
02:05houve também anúncios de investimentos desses países nos Estados Unidos.
02:12Nós temos já investimentos de empresas brasileiras sendo planejados
02:17e que isso tem que colocar com números até para se criar uma narrativa positiva
02:22de que se existe uma aliança estratégica em processo de formação entre os dois lados.
02:29Há um outro tema também que deve aparecer, que diz respeito às compras governamentais
02:34de produtos americanos.
02:36Isso, novamente, estamos falando aqui do tema, sobretudo, na agenda de defesa,
02:40que precisa também entrar na discussão.
02:43Então, no nosso entendimento, desenrolar dessas agendas deve se dar ao longo desse mês,
02:51de outubro e, sobretudo, novembro.
02:54A gente espera que seja concluído ainda no mês de novembro e, com sorte, até o final do ano.
03:01A grande questão é que, se essa oferta brasileira for atrativa,
03:08nós acreditamos ser mais fácil convencer o lado americano a, por exemplo,
03:14conceder uma suspensão temporária das tarifas de 50% aos produtos brasileiros que lá entram.
03:22Como você citou aí, Frederico, tem muito investimento brasileiro
03:25que já estava meio que direcionado para os Estados Unidos,
03:28antes disso tudo começar.
03:30E é uma questão também de somar tudo isso e fazer um pacote ali
03:35para que o Trump possa dizer como ele fez com o Japão,
03:37como ele fez com a Coreia do Sul,
03:39dizendo que vão investir 200 bilhões de dólares aqui nos Estados Unidos.
03:42A gente sabe que a Embraer sozinha já vai investir 40 em peças lá.
03:45Carne também, enfim, tem uma série de setores aí.
03:48Nesse aspecto, o Brasil está bem na fita, digamos assim, bem na fotografia?
03:54A gente já pode fazer essa soma aí mostrando um número vultuoso para o Trump anunciar?
04:01Olha, nós estamos mapeando esses dados aí,
04:03porque também tem todas as regras de compliance
04:05que as empresas precisam seguir para divulgar esses números.
04:09Isso são aprovados, por exemplo, em conselhos das empresas,
04:12mas nós já estamos compilando isso com a nossa base.
04:16São números representativos condizentes com o tamanho da economia brasileira.
04:22É claro que quando a gente se compara, por exemplo, com o Japão, com a União Europeia,
04:28no caso do Japão, eles têm um estoque de investimento nos Estados Unidos
04:32de mais de 600 bilhões de dólares,
04:34fruto de anos e anos de investimentos
04:38e de uma agenda de cooperação muito extensa.
04:42Então, obviamente que esses números vão ser distoantes
04:45quando a gente compara com o Brasil,
04:47mas mesmo assim serão números expressivos.
04:51Porque a gente acredita que esses números têm que estar sendo colocados e organizados,
04:58até para você facilitar um processo de negociação amplo.
05:03Entruso.
05:33Isso que está, entre aspas, um pouco mais aí desesperado,
05:53esperando uma mudança urgente aí nessas regras de comércio com os Estados Unidos.
05:58Olha, os setores que ainda estão muito sensíveis e estão sendo prejudicados
06:05são diversos, sobretudo quando a gente analisa que a gente está falando aqui
06:09de mais de 10 mil empresas que atuavam e tinham relações com os Estados Unidos.
06:15E é o que eu vou me concentrar muito nas pequenas e médias empresas
06:20que foram os setores mais prejudicados.
06:23Então, aqui eu estou falando, por exemplo, dos produtores de cera de carnaúba no Ceará,
06:30assim como os produtores de castanha de caju.
06:33Na região sul, ainda persiste um problema grave na questão de exportação de produtos
06:41no segmento de imóveis.
06:44Obviamente que teve uma investigação 232 que nivelou, nesse caso,
06:49as tarifas para todos os países, mas o problema persiste.
06:54E há outros segmentos, até no Rio Grande do Sul, setor de couros e calçados,
07:00que está sendo muito prejudicado.
07:02E estamos falando aí de diversos pequenos empreendimentos.
07:07Nós acreditamos aí que o governo agiu na medida certa
07:10com a publicação do Plano Brasil Soberano,
07:14que até contou com muita ajuda da CNI.
07:17E agora, nosso objetivo é tentar buscar que esse impasse tributário e tarifário
07:26seja resolvido o quanto antes.
07:29Frederico Lamego, superintendente de Relações Internacionais da CNI,
07:34muito obrigado pela sua participação hoje aqui no Real Time e bom dia.
07:38Bom dia, prazer falar com todos.
07:40E aí
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