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O IBGE divulgou que a taxa de desemprego caiu para 5,6%, menor nível da série histórica. Carla Beni, professora da FGV e conselheira do Corecon-SP, analisa os impactos no mercado, juros e inflação, e como a queda do dólar pode influenciar a economia brasileira.

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Transcrição
00:00E o IBGE divulgou mais cedo a PNAD contínua e a taxa de desemprego no Brasil recuou para 5,6% no trimestre que terminou em julho.
00:10Esse é o menor resultado da série histórica que começou em 2012.
00:15O índice foi divulgado um dia antes da decisão sobre juros aqui no Brasil.
00:20E nós vamos entender o impacto desse resultado para a economia com a professora da FGV e conselheira do Corecon São Paulo,
00:27a Carla Bene, que está aqui conosco novamente.
00:30Oi, Carla. Muito bom tê-la aqui. Boa tarde para você. Tudo bem?
00:35Boa tarde, Eric. Olha, é um prazer estar aqui com você e ainda mais com notícias boas, né?
00:41É, notícias muito boas. Estamos com o Felipe Machado também, nosso analista, que vai participar do bate-papo.
00:47Ô, Carla, a notícia é excelente, né? Cada vez mais pessoas no mercado de trabalho, o desemprego caindo.
00:53Só que a gente tem um outro lado da moeda. Isso seria bom se também a produção acompanhar, né?
00:59Se a gente tiver uma produtividade, como é que a gente equilibra o emprego crescendo e também com produtividade.
01:06Porque a CNI, inclusive, ela já fez uma revisão para baixo do PIB da indústria para 1,7%
01:12e a gente sabe, mais pessoas no mercado de trabalho, é mais demanda, mais gente querendo comprar.
01:19A renda familiar brasileira também subiu, segundo aí o IBGE.
01:23E aí a gente pode pressionar uma coisinha que anda preocupando um pouquinho, que é a inflação, não é verdade, Carla?
01:29Olha, essa combinação econômica, né? Ela é bem complexa mesmo.
01:34E é interessante porque esses dados, eles não caminham juntos de uma forma linear.
01:43Eles muitas vezes se desencontram, eles se divorciam, Eric.
01:48Então, essa é uma questão que a gente precisa pensar, digamos assim, fracionado, como você falou.
01:54Estamos com um dado extremamente importante, que é a questão da desocupação, né?
02:00Ela vem diminuindo, menor patamar, como você falou, desde 2012.
02:06Então, isso é um ganho para o país de uma forma importantíssima.
02:10A sinalização de inflação tem se reduzido, provavelmente, talvez até fique acima dos 4,5% para o final do ano.
02:17Mas ela tem se reduzido.
02:19E aí vem, do outro lado, a maior taxa de juros do mundo, freando a economia por um outro lado.
02:27Ou seja, daria para a gente pensar, será que não poderia estar melhor ainda se não tivesse essa taxa de juros?
02:34Bom, mas, Carla, é isso.
02:35Boa tarde mais uma vez para você, em primeiro lugar.
02:38Boa tarde.
02:39Mas isso que eu gostaria de te perguntar, queria que você falasse um pouquinho mais sobre isso.
02:43Você imagina que se a gente baixasse um pouquinho a taxa de juros, haveria um risco de aquecer ainda mais o mercado e gerar inflação?
02:49Ou, talvez, esse dinheiro que entraria na economia poderia estimular o consumo e, de certa forma, aquecer a economia por um lado positivo?
02:59Como é que você vê essa possível contradição entre esses dois elementos?
03:03Olha, Felipe, eu vou ficar com a segunda alternativa.
03:06Porque é o seguinte, tudo tem a ver com o tempo que você espera, digamos assim,
03:12para que a indústria cresça, para que o setor produtivo continue trabalhando e possa produzir.
03:19Porque, basicamente, a gente tem, quando pensa num processo inflacionário,
03:24a inflação é o resultado de uma metodologia estatística
03:27e ela mostra um descasamento entre um lado real e o lado monetário da economia.
03:33Então, se eu vou estimular a economia, ou seja, diminuir a taxa de juros,
03:39no nosso patamar, ele está tão elevado, Felipe, a gente é a maior taxa real de juros do mundo.
03:46A gente está com uma inadimplência gigantesca.
03:49Então, essa redução, ela viria muito mais para aliviar esse processo até,
03:56do que para dar um grande estímulo que a gente tivesse aí, digamos,
04:00uma elevação muito considerável do processo inflacionário.
04:04E a gente sempre precisa lembrar que subir a Selic para conter a inflação não é linear,
04:11não acontece num prazo curto e ela não tem o mesmo efeito
04:15quando as causas da inflação são diferentes.
04:18Nós temos quatro causas de inflação.
04:21Então, subir a taxa Selic não é o mesmo remédio para todas.
04:25Então, eu apostaria nessa sua segunda possibilidade.
04:28Ô Carla, nós temos uma outra notícia boa que pode até ajudar essa questão da inflação,
04:34que é o dólar.
04:35A moeda americana está derretendo, neste momento está caindo mais de 0,40%,
04:40já passando para um patamar abaixo dos R$ 5,30, está em R$ 5,29.
04:45A gente sabe que dólar baixo pode ajudar na inflação porque a gente importa ainda muitos insumos
04:51e alguns produtos acabam ficando mais baratos.
04:56Essa distensão aí da moeda americana, até como uma previsão de que o Federal Reserve nos Estados Unidos
05:03deve cortar os juros e aí o investidor sai do mercado norte-americano e vem para mercados emergentes
05:09com juros um pouquinho mais altos porque tem um rendimento melhor
05:12e você acaba abastecendo e inundando mais de capital estrangeiro.
05:17Isso também pode ajudar a dar um fôlego na economia brasileira e tirar um pouco da tensão também da inflação?
05:24Sim, também, porque o câmbio é um componente inflacionário
05:28e ele em qual composição, em qual causa inflacionária?
05:33Na inflação de custos.
05:34E como nós estamos, tanto com a parte do câmbio mais facilitada, digamos assim,
05:41porque o real está se apreciando, porque o dólar está se depreciando.
05:47Então, isso também ajusta um pouco e ajuda, na verdade, os itens todos importados.
05:52E a gente não está com nenhuma alteração, por exemplo, nas questões de combustíveis.
05:57Então, isso também é um outro fator que ajudaria.
06:00O FED fazendo o corte de juros, que é algo já mais ou menos esperado,
06:06isso também ajudaria, digamos assim, a métrica interna do Banco Central
06:11para que a gente faça essa redução da Selic.
06:14Eu ainda sou positiva, ainda estou esperando que a gente encerre o ano aí
06:19com um pouquinho menos que 15%.
06:21Mas é porque eu estou um pouco positiva com relação a essa métrica aí do Banco Central.
06:27Só um pouquinho.
06:27Que legal, viu, Cláudia Vena?
06:29É difícil, né? A gente vê até pelas projeções do Boletim Focus,
06:32ali o mercado, os analistas tendo uma estimativa projetando aí um dólar para o...
06:38Aliás, um juro para o final do ano ainda em 15%.
06:41Gostei dessa sua análise aí, otimista, tentando talvez ali na última reunião
06:45o Banco Central podendo reduzir, né?
06:48Os juros bem interessantes, bem legal.
06:50Não, com certeza.
06:51E, Carlos, aproveito então para te perguntar, né?
06:53A gente viu no Boletim Focus, pela primeira vez,
06:55aqueles juros que estava R$12,50 para o ano que vem e tal, já baixando para R$12,38.
07:00Você acha que existe uma possibilidade da gente ainda ter uma queda de juros nesse ano?
07:06Esse daí é o meu ponto.
07:07Eu estou achando ainda 0,25 pontos percentuais.
07:11Acho que terminar o ano a 14,75 daria uma sinalização positiva para o ano que vem,
07:18ou seja, o início de trajetória de cortes de juros.
07:24E se isso começar no final do ano, eu acho que também já seria uma métrica interessante.
07:29Por quê?
07:30Porque nós estamos há várias semanas com projeções de queda no IPCA.
07:35Então, esse daí é a minha aposta.
07:39Olha, vou deixar registrado aqui e depois a gente vai conversar.
07:43Combinado, hein?
07:44Olha, se baixar os juros, a gente tem um compromisso de bater um papo no Fast Money
07:49ou no Agora em qualquer programa aqui, porque, olha, vai ser bem legal aí essa sua aposta.
07:55Professora Carla Beni, obrigado, viu, pela participação mais uma vez aqui no Fast Money.
08:00É sempre um prazer conversar contigo.
08:02Um abraço e uma ótima terça-feira para você.
08:05Obrigada, Eric e Felipe.
08:08É sempre um prazer estar aqui com vocês.
08:10Um abraço a todos e até a próxima.
08:12Até, obrigado.
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