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S&P 500 e Nasdaq fecharam em máximas históricas após dados de inflação reforçarem as apostas de corte de juros pelo Fed já em setembro. Will Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue, avaliou o cenário nos EUA, o impacto das declarações de Trump, a inflação no Brasil, a política monetária e o plano de contingência do governo para o tarifaço.

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Transcrição
00:00E o resultado do CPI repercutiu em Wall Street.
00:04S&P 500 e Nasdaq registraram um fechamento recorde com relatório de inflação dando sinal verde ao Fed para cortar as taxas.
00:13O Dow Jones subiu 1,10% e o S&P 500 encerrou o dia com alta de 1,13%.
00:20E o Nasdaq, com forte presença de empresas de tecnologia, avançou 1,39%.
00:27No pregão de hoje, o S&P 500 e Nasdaq atingiram novas máximas históricas depois da divulgação dos novos dados de inflação,
00:37o que tranquilizou os investidores que temiam que o tarifácio de Donald Trump pudesse aumentar os preços na economia dos Estados Unidos.
00:47E eu converso agora com o Will Castro Alves, que é estrategista-chefe da Avenue e ele fala diretamente dos Estados Unidos.
00:54Oi, Will, boa noite para você, seja bem-vindo ao Conexão.
00:59Boa noite, Paula, prazer falar contigo.
01:01Prazer o meu, muito obrigada por aceitar nosso convite de nos conceder essa entrevista ao vivo.
01:06Bom, Will, depois da divulgação dos dados de inflação dos Estados Unidos, as bolsas americanas dispararam
01:12e os investidores, claro, aumentaram as apostas de que o Fed pode começar a cortar as taxas de juros já em setembro.
01:20É uma possibilidade realista ou mais otimista na sua leitura, hein?
01:24Não, é uma probabilidade, sim, realista, mas que carrega um pouco de otimismo, tá?
01:31Tentando responder aqui, usando um pouco dos dois pontos que você trouxe.
01:36De fato, o Banco Central americano já veio dando indicações de que a inflação, ela parece bem encaminhada,
01:44ela parece numa trajetória benigna que permite ao Fed, em eventual momento,
01:50o caso, como foi sempre a palavra do Jeremy Powell, presidente do Fed, né?
01:55Se os dados corroborarem a isso, vira cortar juros.
01:58O principal vetor para corte de juros que o Banco Central vinha apontando não era tanto a inflação,
02:03e sim o mercado de trabalho.
02:05E duas semanas atrás, numa sexta-feira, o payroll mostrou números fracos da criação de postos de trabalho
02:10e isso acendeu, ou reacendeu, ou reafirmou as expectativas do mercado em corte de juros na reunião em setembro.
02:18O dado de hoje, eu acho que ele ajuda a traçar esse cenário, essa big picture de que, olha,
02:27você tem uma inflação que ela não está na meta do Fed, é verdade, mas ela tem demonstrado uma trajetória benigna.
02:36Sinceramente, também penso que o mercado focou naquilo que quer olhar,
02:40ou quer essa aposta de corte de juros, porque a gente viu um núcleo da inflação,
02:45que quando você exclui alimentos e energia, e o preço da gasolina, ele puxou a inflação para baixo,
02:50então quando você tira esse preço da gasolina, o núcleo da inflação veio acima do esperado,
02:55e na casa dos 3%, está bem longe ainda da meta.
02:59Agora, os juros aqui nos Estados Unidos estão em 4,25, 4,50,
03:03então tem espaço para algum corte, mesmo com uma inflação,
03:06mesmo com um núcleo que ainda está um pouco acima da meta.
03:09É, Will, ainda também falando um pouco desse assunto de Fed,
03:14Trump fez uma postagem ordenando mais uma vez que o presidente do Fed, o Powell,
03:19cortasse os juros, e também ameaçou uma ação judicial contra uma obra bilionária
03:24que a gente viu aí na divulgação, essa obra foi divulgada aí no Banco Central americano.
03:29O quanto essa investida de Trump contra a Powell pode prejudicar a política monetária?
03:35É muito tem se falado, isso tem sido um assunto presente,
03:39mas volta e meia também o Trump volta um pouco atrás,
03:42dizer que não, não pensa em demitir o Jeremy Powell,
03:45até porque ele ano que vem já encerra o mandato dele,
03:49teve aquela visita, o Fed, onde os dois se encontraram,
03:52os dois conversaram publicamente ali nas câmeras,
03:55o Trump questionou sobre os gastos do Fed,
03:59mas o Jeremy Powell tem a sua defesa, tem os orçamentos desse gasto com esse prédio no Fed.
04:07Então, assim, eu acho que fica muito mais na bravata do Trump,
04:11e obviamente que isso acaba sendo notícia,
04:14mas hoje, por exemplo, não fez tanto preço esse questionamento,
04:18e eu acho que depois das declarações que ele deu de que não pensa, de fato,
04:23em demitir ou mudar a presidência do Banco Central americano,
04:26fica mais difícil apostar que isso vai acontecer.
04:28Perfeito.
04:30Agora, vamos voltar a falar de Brasil, né?
04:33A inflação recuou para 5,23% em julho na base anual,
04:37o que também animou o mercado, a gente até falou disso no início do jornal,
04:42então, o que ajudou a fechar o Ibovespa em alta e o dólar na menor cotação do ano.
04:47Na última reunião, o Copom também interrompeu a alta da taxa de juros.
04:51Você acha que esse dado de inflação já pode indicar, então,
04:55um começo, de fato, de ciclo de cortes na Selic,
04:58ou ainda é muito cedo para isso?
05:01Pois é, Paula, acho que ainda é um pouco cedo.
05:04O Galípolo até deixou escapar, né?
05:06Que o problema são alguns projetos sociais,
05:09alguns benefícios que são dados,
05:11porque, afinal de contas, é política fiscal expansionista.
05:15Aí não dá, por mais que você tenha uma política monetária
05:18que tenta contrair a demanda agregada
05:20para controlar a inflação e manter a inflação comportada,
05:23não adianta se a política fiscal é expansionista.
05:27Acaba que o efeito da política monetária é neutralizado,
05:30ele é diminuído por essa política fiscal expansionista.
05:34Se você tivesse uma congruência de ação,
05:39ou seja, os dois agindo junto,
05:41o juro poderia se encerrar,
05:44esse ciclo de alta já poderia ter sido encerrado
05:46num patamar bem mais baixo
05:48e ele poderia não ficar tão alto por um período tão longo.
05:52O problema é que você tem uma política fiscal expansionista
05:54e do lado do governo você não vê nenhuma mudança nesse sentido.
05:57Então, esse que é o problema,
05:58aí fica difícil apostar mais forte em corte de juros.
06:03Talvez fique realmente para ano que vem.
06:06O outro lado da moeda é que quando você tem um juro tão alto
06:10como você tem no Brasil,
06:12vis-à-vis aquilo que você tem aqui fora, no exterior,
06:14você cria um diferencial de juros elevado
06:16que acaba favorecendo a atração de capital para o Brasil
06:21e nesse momento, que nem você comentou mais cedo,
06:24bolsas batendo recordes, bolsas nas máximas,
06:28ou seja, a percepção e a aversão a risco do investidor global
06:32está bastante baixa e ele aceita tomar o risco
06:35de investir no Brasil, de investir na moeda brasileira
06:39e isso tem favorecido o real.
06:41Will, ainda falando de cenário doméstico,
06:44na última ato o Copom falou também em cenário incerto
06:47por conta das tarifas, né?
06:49E o governo prometeu para amanhã o chamado e tão esperado
06:53plano de contingência para socorrer os setores exportadores.
06:56Como que você avalia essa medida?
06:59Olha, aparentemente esse plano de socorro dos exportadores,
07:02o governo tem tentado garantir que não vai ter um aumento
07:06de gasto fiscal, que não vai ter um dispêndio,
07:10que vai ser muito mais pela via do crédito subsidiado.
07:14A gente sabe que o Brasil é um país fechado,
07:16isso atrasa o nosso crescimento, mas nesse caso das tarifas
07:20acabou tendo algo relativamente positivo,
07:23porque o impacto fica mais concentrado e ele é menor
07:26em termos de demanda agregada, em termos de PIB.
07:28Então esse plano de contingência, ele deve ficar mais focado
07:33em alguns setores específicos e ir muito mais pela linha
07:36do crédito subsidiado do que do gasto de fato fiscal do governo.
07:42E aí por isso, e aí obviamente a gente tem que ver
07:44o que vai vir de fato, o impacto para juros e eventualmente
07:50câmbio, ele tende a ser reduzido.
07:52Você acompanhou aí a entrevista com o Will Castro Alves,
07:55que é estrategista-chefe da Avenue.
07:58Will, muito obrigada pela sua participação,
08:00uma ótima noite para você.
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