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Alston Goolsbee, presidente do Fed de Chicago, analisou dados de vendas no varejo e preços de importados que chegam conflitantes. Apesar do PPI acima do esperado, o mercado ainda projeta corte de juros de 0,25% em setembro.

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Transcrição
00:00O Rodrigo, quem está falando nesse momento aí é o Austin Goldsby, que é o presidente do Fed de Chicago, o braço do Fed de Chicago.
00:13Tem dois dados importantes aí que estão sendo lançados na tela.
00:17Um deles é vendas do varejo.
00:19A expectativa do mercado é que em julho elas tivessem um avanço de 0,6% e na verdade elas tiveram um avanço de 0,5%.
00:26Ou seja, as vendas em julho no varejo americano vieram um pouco abaixo do que o mercado esperava.
00:33Tem um leve sinal de desaquecimento aí.
00:36Em compensação, os preços de produtos importados, a expectativa do mercado é que em julho eles não tivessem variação nenhuma.
00:44Só que eles tiveram uma variação de 0,4%.
00:47Isso significa talvez que o tarifácio está provocando aumento de preços, pelo menos dos bens que são importados, né Rodrigo?
00:55Exatamente, Marcelo.
00:57São dados que jogam um contra o outro, né?
00:59Porque você tem uma queda ali nas vendas do varejo e aí isso daria um argumento para que a Casa Branca pressionasse novamente o Banco Central dos Estados Unidos com o argumento de que, olha só, as vendas estão caindo, precisa baixar os juros, precisa facilitar a compra.
01:17Só que, ao mesmo tempo, você vê agora o preço de produtos importados aumentando nos Estados Unidos.
01:24E aí, tudo por conta do tarifácio.
01:26Ou seja, um dado joga contra o outro.
01:28Não há um direcionamento específico do que deve acontecer.
01:33O Fed, na reunião de setembro, tem uma grande previsão de que ele vai abaixar a taxa de juros.
01:39Mas ainda num patamar ali bem aquém do que o presidente Donald Trump gostaria.
01:45Essa queda deve ser de 25 pontos base, ou seja, 0,25%.
01:50Trump gostaria de ver pelo menos 50 pontos base.
01:55É muito difícil que isso aconteça em setembro.
01:58Uma segunda queda na taxa de juros deve ocorrer até o final do ano.
02:02Esses dados do varejo, eles dão ali algumas pistas do que pode acontecer, mas nem tanto assim, porque são dados conflitantes, Marcelo.
02:12É, uma coisa interessante agora é que o Goldsby, que está falando aí, ele disse que os dados de inflação que chegaram um pouco acima do esperado,
02:20eles deixam, assim, uma situação um pouco desconfortável para o Fed.
02:24A expectativa do mercado como um todo é que tenha, de fato, uma queda de 0,25 agora na reunião do Fed em setembro.
02:30Mas ele disse que a situação fica mais desconfortável.
02:34E nesse exato momento, ele está dizendo o seguinte, que no começo do ano ele previu, lá no dia 2 de abril, aliás, né,
02:42quando surgiram as tarifas do Trump, ele previu que ao longo de 2025 haveria cortes substantivos à taxa de juros.
02:51Porque ele foi perguntado agora para saber quando vão ser esses cortes, né, e ele não está querendo dar uma data específica aí.
02:59Rodrigo, a grande expectativa do mercado é ainda de corte em setembro, mas os últimos dados estão deixando essa decisão, digamos assim,
03:10nas palavras do próprio Goldsby, né, um pouco mais desconfortável nessa decisão.
03:14Sim, Marcelo, esses dados de setembro, esses dados que devem guiar a decisão de setembro, eles são dados que atrapalham um pouco os tomadores de decisão.
03:26Porque havia uma expectativa muito grande para essa primeira queda de juros em muito tempo nos Estados Unidos.
03:33Há meses que a Casa Branca vem pressionando o Jerome Powell, principalmente na figura do presidente dos Estados Unidos,
03:39na figura de Donald Trump, pressionando fortemente o Jerome Powell para uma queda de juros.
03:44E aí, quando você tem uma expectativa de que isso vai acontecer, que é nessa reunião de setembro,
03:50os dados anteriores a essa reunião são dados muito ruins do ponto de vista de você pensar numa queda da taxa de juros.
04:00Principalmente os dados do PPI, que é o índice de preços ao produtor dos Estados Unidos.
04:05Esse dado veio muito acima do esperado.
04:09O que isso significa?
04:11Que o produtor, ele está sentindo o preço, ele está vendo que o preço para ele, para o varejo, para o atacado, aumentou muito,
04:19só que ele não está repassando esse preço para o consumidor.
04:22E por que ele não repassa?
04:23Porque ele tem medo de perder mercado.
04:25Então, ele segura, ele absorve, ele perde margem de lucro,
04:29só que isso, no longo prazo, não dá muito certo.
04:32Precisa haver ali um escalonamento.
04:34Você precisa repassar os preços eventualmente.
04:39Agora, ele está falando uma coisa muito interessante aqui, Rodrigo,
04:42que as tarifas têm um componente de estagflação, ou seja, de aumentar a inflação ao mesmo tempo em que faz a economia desacelerar.
04:48Ele está dizendo aqui que o Fed não pode, por exemplo, produzir petróleo para regular o mercado,
04:53mas ele pode, sim, prevenir um efeito secundário das tarifas.
04:58Ou seja, esse efeito primário, que seria um aumento da inflação apenas localizado em um período específico ali,
05:04ele quer evitar que isso se espalhe, que continue pelos próximos meses, que contamine a inflação do país como um todo.
05:11Então, ele está dizendo que isso não significa que a gente tem que esperar para sempre,
05:19ou pelo tempo que leva para os prazos baixarem.
05:23Depende muito dos dados e do panorama econômico.
05:28Se a gente continuar a ter relatórios de inflação como esses que a gente teve, esses quatro que você mencionou,
05:38eu ficaria muito confortável.
05:41A gente tem uma economia forte com a inflação caindo.
05:47Nessa circunstância, eu acho que é totalmente ok.
05:52A coisa certa a fazer é baixar as taxas de juros para baixo, trazer para baixo as taxas de juros.
05:59Mas ele está dizendo que ainda estão esperando mais clareza dos números, Rodrigo.
06:03Você precisa ter clareza dos números, porque sem esses números corretos, você tendo poucas informações do que está acontecendo no mercado,
06:14fica muito difícil tomar uma decisão.
06:16Por mais que esses números sejam conflitantes, por mais que o número do PPI não agrade na perspectiva de você abaixar a taxa de juros,
06:25porque é um dado muito preocupante, esse último dado do PPI, ainda assim o mercado está bastante confiante.
06:32O FedWatch, 92% de chances de vermos uma queda de juros já no encontro de setembro.
06:40Ou seja, estava ali na casa de 85% na semana passada, agora aumentou um pouquinho.
06:44Então, mesmo com os dados do PPI, o mercado ainda está precificando que o juros americano vai ficar no patamar entre 4% e 4,25%.
06:53Agora está falando da estagnação dos salários e os americanos vão sair com renda mais baixa disso tudo.
06:59Daí o Goldsby está falando que tem dois lados para essa conversa.
07:03Ele falou o seguinte, que isso é uma bagunça, é uma bagunça de algo se movendo para o cenário de estagifação.
07:12Ele falou que isso não deveria acontecer, os salários crescerem menos que os preços.
07:16Ele falou assim que salários caindo sem ter nenhum alívio do lado da inflação, isso que a gente quer evitar.
07:26A gente tem que ver onde a gente está agora.
07:29Eu ainda acho que por baixo disso tudo, a gente está numa posição forte da economia crescendo desde abril,
07:39que tem muitas partes fortes da economia ainda.
07:45E a gente...
07:50Ele está falando que nesse encontro do FED em setembro ou no próximo do outono,
07:54tem que ver se não vai ter ainda uma espiral de estuação
07:57para decidir se vai trazer as taxas para onde eles acham que deveriam estar.
08:01É o que mostra uma certa cautela do FED ainda, né, Rodrigo?
08:11E tem que ter mesmo, né?
08:12Tem que ter, né?
08:14Ele coloca ali um ponto, um pequeno ponto de interrogação em relação ao que vai ser decidido em setembro.
08:20Por mais que o mercado esteja precificando, o FED precisa manter um certo conservadorismo,
08:25precisa manter uma certa cautela.
08:27Dificilmente a gente vê um Banco Central já precificando a decisão,
08:31já informando qual vai ser a decisão muito antes dela acontecer.
08:35Ainda faltam 30 dias.
08:37Muita coisa ainda pode acontecer nesses 30 dias,
08:40principalmente se tratando do governo americano, que tem sido muito imprevisível.
08:44Bom, ele está dizendo agora sobre a próxima inflação
08:47que ele quer reunir todos os dados que ele conseguir
08:50e também quer ouvir os colegas.
08:51Ele não quer chegar na reunião com as mãos atadas,
08:54já que uma decisão tomada e imutável.
08:56Na verdade, o que acontece numa entrevista como essa
08:59é que, assim, tantos entrevistadores quanto o mercado
09:02ficam tentando encontrar algum sinal do que vai acontecer na próxima reunião.
09:08Obviamente, o Goldsby está dando uma resposta, assim, bastante cuidadosa, né?
09:14Para não antecipar alguma tendência,
09:16que depois ele próprio tenha que reverter no caso da opinião dele.
09:19Porque a decisão de Banco Central, né, Rodrigo,
09:21é algo que tem que ser percebida como técnica, né?
09:27100% técnica e não uma posição ideológica e...
09:33Vai.
09:34Uma posição imutável que você chega ali já sabendo o que vai fazer, né?
09:37Tem que parecer que foi algo discutido
09:40sem nenhum tipo de posição consolidada ali, né, com antecedência.
09:48Exatamente, Marcelo.
09:49Tem que ser uma decisão técnica, uma decisão baseada em dados,
09:54uma decisão que não pode ter direcionamento
09:56tanto do mercado privado quanto do mercado público.
09:59Por mais que Donald Trump gostaria de guiar as decisões do Fed,
10:03que ele gostaria de tomar as rédeas sobre a taxa de juros,
10:07o Federal Reserve precisa se basear em dados.
10:09Precisa entender o que está acontecendo na economia atual,
10:12quais são as principais preocupações,
10:15se é um aumento de desemprego,
10:17se você está vendo os preços subirem,
10:19e aí sim você começa a tomar as decisões em relação à taxa de juros.
10:25Se você vê que os preços estão subindo,
10:27você aumenta a inflação,
10:28se você vê que a taxa de desemprego está alta,
10:32você tenta consertar isso de alguma forma.
10:35Ele está falando que como presidente regional do Fed,
10:37ele disse que ele tenta agir como um cachorro farejador de dados,
10:41e que nessa posição ele não pode escolher os dados que ele vai farejar,
10:45tem que receber todo tipo de dado.
10:47Então ele está falando isso o seguinte,
10:49para dizer que ele olha como é que está o ritmo da economia,
10:55mas também o mercado de trabalho,
10:57tem que olhar os dados de emprego,
10:59e daí está falando de situações passadas aí sobre os dados,
11:04mas enfim, é uma posição que tem que ser bastante cautelosa
11:09de um representante do Fed para dar uma entrevista como essa.
11:13E voltamos àquele ponto inicial, né, Rodrigo?
11:15Tem que ser uma decisão técnica,
11:17e tem que ser uma decisão que convença o mercado
11:20de que foi tomada de forma técnica e não por pressões políticas.
11:24tchau.
11:24Então, eu, eu, eu, eu...
11:25Eu, eu, eu, eu...
11:25Eu, eu, eu, eu, eu adamandimentoço,
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