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O sócio da casa de análise Top Gain, Leonardo Santana, analisou o Boletim Focus e falou sobre a queda de 13 semanas seguidas na inflação, o efeito no PIB e a expectativa de cortes de juros nos EUA e Brasil. 

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Transcrição
00:00E agora nós vamos conversar sobre o Boletim Focus, divulgado nesta manhã pelo Banco Central,
00:05com o Leonardo Santana, que é o sócio da Casa de Análise Top Gun.
00:09Oi, Leonardo, muito bom dia para você, tudo bem, meu amigo?
00:12Olá, Eric, bom dia, tudo certo?
00:14Então tá bom, seja bem-vindo aqui ao Real Time.
00:16Leonardo, estava conversando um pouquinho mais cedo, a gente mostrava o Boletim Focus,
00:20junto com o Rodrigo Loureiro, e já são 13 semanas seguidas de queda,
00:25na estimativa de inflação para este ano.
00:27Só que você trazer a inflação para baixo, como a gente mostrava,
00:31nós temos uma perda aí, talvez, do PIB.
00:34Como é que dá para equilibrar isso? Como é que o mercado trabalha com isso?
00:38Você reduz a inflação, mas também você perde de outro lado na economia, Leonardo.
00:42Exato, mas isso já é algo esperado pelo mercado, tá?
00:46Eric, a queda do PIB é o famoso sabor amargo do remédio.
00:51Porque qual que é a ideia? Se eu preciso aumentar, se a inflação cresce,
00:54eu preciso aumentar juros para controlar a inflação.
00:56E quando os juros aumentam, eu seguro a economia.
01:01E um dos grandes reflexos de uma economia apertada é a queda do PIB.
01:06Então isso, hoje, é visto por uma ótica boa.
01:09E é muito engraçado falar, ué, queda no PIB, mas o PIB é crescimento,
01:12o brasileiro, o governo, todo mundo depende do crescimento.
01:16É, mas primeiro eu controlo a inflação, Eric, e depois eu penso em crescimento.
01:20Então ter essa economia apertada, ter essa projeção de PIB em queda ali no nosso boleto em foco,
01:26mostra que realmente o trabalho do Banco Central foi efetivo em manter a sua taxa de juros alta por mais tempo.
01:33Hoje estamos em 15%.
01:34E aí nós temos uma projeção agora, você estava comentando anteriormente sobre a projeção de queda
01:39em relação à inflação, à taxa de juros norte-americana.
01:42Então nós também temos uma projeção de queda antecipada.
01:45Nós temos uma projeção de queda para o primeiro corte, para as voltas do corte de juros aqui no Brasil,
01:50para janeiro de 2026.
01:52O mercado já antecipa isso possivelmente até dezembro.
01:55Ô, Leonardo, a gente viu que o Jeremy Powell, ele deu uma sinalização de que pode reduzir uma taxa de juros.
02:07Bom, o mercado entendeu uma parte, entendeu que pode reduzir em 0,25% já em setembro.
02:13Isso poderia respingar no Brasil também, já cortar os juros?
02:17E aí você acredita, por exemplo, que a meta da inflação ou a inflação pode chegar pelo menos para o teto da meta em 4,5%?
02:26Ou você acha cedo para a gente falar isso?
02:28Vamos lá, em relação a respingar, sim.
02:30Na verdade, não é de hoje que isso respinga, tá?
02:35Hoje a gente tem uma confirmação pelo John Park, os empregos foram afetados pelos juros altos e ele precisa fazer alguma coisa.
02:43E isso se reflete em maior probabilidade no corte de juros dia 17 de setembro.
02:46Só que essa probabilidade já havia sido antecipada por indicadores de inflação, de PIB, de emprego nos Estados Unidos, que já vieram baixos.
02:54Então, nós já estávamos tendo, Eric, uma migração em massa de capital para os emergentes.
02:59E para a gente, aqui no Brasil, estava entrando nesse dinheiro.
03:02Então, por isso que a gente viu, por diversas vezes, o nosso dólar renovando o mínimo do ano, a nossa bolsa batendo o máximo histórica, justamente por conta disso.
03:10Tanto aproveitando a nossa renda variável que estava descontada, quanto aproveitando a nossa taxa de juros mesmo aqui no Brasil,
03:15que é uma das mais altas do mundo, em 15%.
03:18Então, isso já se respingou.
03:20Essa semana, Eric, nós temos indicador de inflação vindo lá dos Estados Unidos, o famoso PCE, que é um dos indicadores preferenciais do FED, o Banco Central Norte-Americano.
03:28E vai ajudar a definir esse rumo realmente da taxa de juros.
03:32Aí entra na segunda pergunta que você fez, em relação à meta dos juros.
03:36Se realmente a gente consegue chegar na meta.
03:38Vamos esperar os indicadores para a gente ter uma clareza maior, mas isso está se aproximando sim.
03:42Ainda está um pouquinho longe dessa meta, dessa banda de oscilação, digamos assim, mas está se aproximando.
03:47Vamos ver como é que vai sair o PCE, que nós temos, tanto aqui no Brasil, nós temos indicador de inflação, o IPCA 15,
03:53quanto nos Estados Unidos, nós temos o PCE.
03:54Vamos agora esses dois indicadores que vai dar um rumo melhor ainda desse otimismo do mercado em relação a juros,
04:00possivelmente queda de juros aí logo à frente.
04:02Leonardo, a gente viu na primeira reação, logo depois da fala do Powell, uma euforia,
04:07que a gente aqui, até no Real Time, descreveu como até exagerada.
04:11A gente viu uma bolsa disparando, a Ibovespa B3 passando de 2%, o dólar derretendo.
04:17Hoje a gente já percebe que tem uma calibragem.
04:20O dólar já abriu a segunda-feira com uma ligeira alta, a gente daqui a pouco já abriu,
04:25daqui a pouco a gente vai mostrar também a bolsa aqui, o Ibovespa B3, como é que está o índice.
04:30É um movimento pontual e até te pergunto isso pelo seguinte, a gente sabe que quando há corte de taxa de juros,
04:37por exemplo, no Brasil, o investidor, ele aí deixa da renda fixa, do investimento um pouquinho mais consistente
04:45para aumentar ali o apetite por risco.
04:49Dependendo do corte de juros nos Estados Unidos e um possível corte ou manutenção aqui,
04:54pode mudar um pouquinho o movimento do mercado financeiro, eu digo em bolsa, em renda fixa ou outros investimentos?
05:01Eric, vamos só tomar muito cuidado com o time disso.
05:05O mercado, ele precifica muito antes, os investidores, eles precificam muito antes.
05:09Então, essa precificação de corte, tanto nos Estados Unidos, dia 17 de setembro,
05:14quanto no Brasil, aí se aproximando para dezembro, isso é antecipado, Eric.
05:18Então, a gente já está há muito tempo precificando isso.
05:21Então, a bolsa norte-americana já bateu vários recordes históricos, agora nesse mês de agosto, mês de julho,
05:26justamente precificando isso.
05:27E aqui no Brasil também.
05:28Então, Eric, pode ser que a gente veja um movimento contrário, eu não descarto essa possibilidade.
05:32Ué, cortou juros e as bolsas estão caindo, estão realizando exatamente.
05:37Porque o mercado, nós temos uma frase no mercado que é o seguinte, Eric,
05:39sobe no boato e cai no fato.
05:42Então, ela sobe com o possível burburinho de corte de juros.
05:45Só que quando tem um corte de juros, isso já foi 45, até mais, dias atrás,
05:49antecipado esse movimento.
05:51Os investidores já compraram.
05:52Então, no corte de juros, eles podem ter uma realização.
05:55Se isso acontecer, não estranhe, é normal.
05:58Porque o mercado já vem antecipando.
05:59Então, nós estamos com o mercado norte-americano perto das máximas históricas novamente.
06:03Aqui no Brasil também, o nosso IBOB está pertinho, pertinho.
06:05Mesmo depois de uma forte realização ali na semana passada, com as falas do ministro Alexandre Moraes,
06:12com as frases do Dino, que deu uma queda forte no nosso IBOBESPA,
06:15mesmo assim, ele já teve uma grande retomada ali na sexta-feira,
06:18depois das falas de Jeremy Powell.
06:19Então, ele está ali, partindo das máximas históricas novamente.
06:22Resumo geral da ópera, em dia 17 de setembro, pode ser que a gente veja um movimento contrário,
06:27uma forte realização, não uma forte alta, como a gente esperava, Eric.
06:31Então, o mercado tem essas pegadinhas, a gente tem que ficar esperto,
06:34antecipando também as movimentações.
06:35É, porque aí se o mercado se posiciona comprado, a hora que você tem movimento,
06:39você passa para a venda e realiza lucro para colocar o dinheiro no bolso, né, Leonardo?
06:44Aí o mercado vai estar olhando mais para frente novamente.
06:46Vamos continuar tendo mais cortes, quais são as projeções para daqui a 40, 60, 90 dias.
06:51É isso.
06:52Agora, Leonardo, dependendo então dessa reunião do dia 17 de setembro,
06:57se você corta juros nos Estados Unidos, o investidor procura mercado onde tem uma taxa de juros maior,
07:03como o Brasil, por exemplo, né?
07:05O mercado emergente, você acaba trazendo investimento e, no caso, o dólar aqui.
07:09Quando você inunda um mercado com dólar, você acaba derrubando a cotação da moeda americana.
07:15Um dólar mais barato pode acelerar a queda da inflação.
07:18Então, essa expectativa também é boa?
07:20Você não só trabalhar com juros, mas com um mercado abastecido de dólar,
07:25você também traz uma inflação um pouquinho para baixo?
07:30Assim, a gente pode trazer dólar para baixo.
07:32A gente está aí hoje na dólar muito perto das mínimas do ano, Eric.
07:37E a gente estava ali a 5,70, eu falei que o dólar podia cair um pouco mais,
07:405,60, eu falei que o dólar podia cair um pouco mais.
07:42Eu fui jogando a projeção de dólar para baixo até uns 5,47, 5,45, hoje a gente está 5,40.
07:48Eric, eu vou trazer a mesma projeção que eu trouxe anterior.
07:51Eu tenho um pouco mais de movimento de queda para o dólar,
07:54eu tenho mais possibilidades de entrada de capital aqui no Brasil,
07:57tanto para aproveitar a nossa renda fixa, que ainda é uma das mais altas,
08:00mesmo com projeção de corte, e para aproveitar um funcionamento muito legal na nossa bolsa.
08:04Se a nossa bolsa, Eric, hoje a gente está mais ou menos a 140 mil no nosso BOV,
08:08com uma taxa de juros a 15%, se a gente cortar essa taxa para cerca de 10%,
08:13a gente pode ter uma alta muito ainda acentuada da nossa bolsa.
08:17Mas eu vou trazer a mesma projeção.
08:18Cuidado com o cair no boato e sobe no fato no mercado de dólar,
08:22porque a gente já inundou muito o nosso mercado aqui com o dólar,
08:25a gente já está muito perto das mínimas do ano.
08:27Lembrando que a gente iniciou o ano perto da casa dos 6, 6,20, 6,30.
08:31Então a gente já teve uma correção bem acentuada no nosso câmbio aqui no Brasil este ano.
08:35E aí minha preocupação fica, será que quando a gente realmente começar os cortes de juros nos Estados Unidos,
08:41será que não pode ter aquela realização e eu ter um movimento corretivo natural e saudável do mercado de dólar também?
08:48Então eu vejo uma projeção ali, Eric, para o nosso câmbio,
08:51assim que, mais ou menos o preço que ele está ali para uma estabilização,
08:55a 5,35, a 5,40, uma estabilização por aí.
08:58E vamos aguardar os próximos rumos da política monetária,
09:01em relação aos indicadores de inflação que vai sair essa semana.
09:03Realmente quando cortar juros, mas eu também não descarto o movimento corretivo,
09:08saudável e natural para o câmbio, uma vez que ele já teve uma queda bem acentuada,
09:12uma queda acumulada iniciando bem acentuada já para o mercado de câmbio, tá?
09:16Perfeito. Então, o investidor que está nos assistindo,
09:18fique ligado aí no Insight de Leonardo Santana.
09:22Leonardo, muito obrigado pela sua participação aqui no Real Time,
09:25sempre bom tê-lo aqui conosco.
09:28Obrigado pelo convite, Eric.
09:29Até a próxima. Tchau, tchau.
09:30Um abraço, um bom dia para você.
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