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O economista Lucas Ferraz, coordenador do Centro de Negócios Globais da FGV, analisou o impacto das tarifas americanas que elevaram a barreira média para as exportações brasileiras a 33%. Ele destacou as medidas emergenciais do governo para apoiar pequenas e médias empresas e alertou sobre os riscos de prolongamento das políticas. Com poucos canais diplomáticos abertos, o Brasil enfrenta desafios para negociar e buscar novos mercados.

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Transcrição
00:00E a gente volta a falar sobre a reação do governo brasileiro às tarifas dos Estados Unidos.
00:05Conversamos agora com Lucas Ferraz, ele é coordenador do Centro de Negócios Globais da FGV, a Fundação Getúlio Vargas.
00:13Lucas, boa noite, obrigada por ter aceitado o nosso convite.
00:16Quero começar entendendo qual é a sua, qual é a sua avaliação sobre essas medidas que ainda estão em estudo,
00:24que o governo está conversando para ajudar os exportadores, que medidas deveriam de fato sair dessa reunião?
00:32Olha, bom, boa noite, Cristiane, sempre um prazer estar aqui com vocês.
00:38De fato, nós estamos numa situação bastante complicada.
00:43Vale ressaltar que embora tenhamos o anúncio de uma série de produtos que foram excepcionados da tarifa de 50%,
00:54nós aqui do Centro de Estudos de Negócios Globais da FGV estimamos que a tarifa média ponderada do Brasil,
01:01neste momento, para suas exportações aos Estados Unidos, está da ordem de 33%.
01:07Ela sai de 2,2%, vai para 33%.
01:10Se a gente tira a média simples, que ela é livre, digamos, dos fluxos de comércio,
01:16ela não tem esses pesos que são variáveis, evidentemente, em função das tarifas,
01:20ela sai de uma média de 3,9% para 49%.
01:25Ou seja, essa é a barreira tarifária que o Brasil passa agora a ter que enfrentar
01:31para exportar para aquele que é o seu segundo maior parceiro comercial.
01:35Então, de fato, é uma medida muito ruim, sob o ponto de vista, sobretudo, da indústria brasileira,
01:42e que o governo vem tentando, de alguma forma, criar um plano de contingência,
01:47num momento em que você não consegue abrir canais diplomáticos de diálogo com a economia americana.
01:54Então, o governo vem falando sobre crédito subsidiado,
01:59para, evidentemente, abastecer o capital de giro das empresas,
02:03se fala muito também de remodelação dos ACC, que são os contratos de câmbio,
02:10de adiantamento de câmbio, se fala muito também da questão das compras públicas,
02:14ou seja, você comprar produtos que são perecíveis,
02:18e que, nesse momento, de fato, são os produtos mais críticos,
02:20porque você não tem para onde exportar,
02:22e também medidas que foram também ali implementadas na época da Covid,
02:27relativas à manutenção do emprego das empresas.
02:30Ou seja, na verdade, uma tentativa de você manter o tecido produtivo
02:35das empresas que são muito dependentes de exportações para os Estados Unidos funcionando.
02:40Eu diria que essas medidas vão na direção correta,
02:43mas, às vezes, aqui no Brasil, Cristiane, a gente tem que dizer o óbvio,
02:47e qual é o óbvio dessa história?
02:49Ok, as medidas parecem caminhar na direção correta,
02:52mas nós precisamos ter a certeza de que essas medidas serão desativadas no momento correto,
02:58no momento em que essas empresas não estejam mais precisando, digamos, desse socorro emergencial.
03:06Então, aí, a gente ainda fica com essa dúvida,
03:09mas eu diria que, de forma geral, as medidas caminham na direção correta.
03:13Tem ali alguma outra coisa que a gente pode questionar.
03:16A gente sabe que, muitas vezes, nesse momento de pressão que está sofrendo o setor privado,
03:22alguns lobbies, alguns grupos de interesses, eles tentam emplacar políticas,
03:27que, na verdade, são políticas demandadas há muito tempo,
03:30e que o momento, muitas vezes, parece propício, mas ele pode gerar ainda mais confusão.
03:35Aqui eu me refiro, por exemplo, ao item específico do reintegra,
03:39que é a questão da devolução dos créditos tributários para os exportadores brasileiros,
03:43que é uma questão legítima, mas que há uma dificuldade enorme de se calcular,
03:47essa devolução de créditos federais.
03:51E aí se fala, não reintegra de 3%, o que é bastante, ele está em 0,1% hoje,
03:57e isso poderia, inclusive, gerar atritos ainda maiores com a economia americana,
04:01porque isso pode ser entendido como subsídio à exportação brasileira.
04:05Então, feitas essas considerações, eu diria que as medidas caminham na direção correta,
04:10mas é preciso ter cautela com o prazo de vigência dessas medidas.
04:14José Julio Senna, que a gente entrevistou no começo do jornal,
04:18tem o mesmo temor que essa medida não seja temporária, que acaba ficando para sempre.
04:25Eu vou passar para as perguntas dos nossos analistas.
04:28Vinícius, vou começar por você.
04:30Lucas, voltando a essa história das medidas que vão durar.
04:34Aliás, o economista Marcos Osboa disse em uma entrevista no final de semana
04:38que ele não faria medida nenhuma, até por causa disso, para não criar esse problema.
04:42Ele faria zero. Mas vamos lá.
04:45O governo vai ter que lidar com o problema que muita empresa, especialmente industrial,
04:50especialmente média e daí para baixo,
04:53produzir especificamente nos Estados Unidos e dificilmente vai ter como inventar
04:58uma linha de produção para outro país por mês, se é que algum dia vai ter de novo.
05:03E o governo está dizendo que vai criar um sistema de acompanhamento das empresas
05:07e de proteção dessas empresas, a fim de que elas possam voltar a exportar.
05:12Vai ter, dizem, vai ter reintegra, vai ter algum empréstimo com fundo de garantia da exportação,
05:19vai ter garantia maior do fundo de garantia da exportação, mexida no ACC,
05:24e acompanhamento por meio do MINDIC, do Ministério do Desenvolvimento e Apex,
05:29para as empresas acharem novos mercados.
05:31Você acha que isso é viável?
05:33Essas empresas podem ser levadas a procurar outros mercados?
05:37Ou até quando elas podem ser acompanhadas?
05:39Quantos meses, anos, elas podem levar para achar outro caminho?
05:44Você acha que isso é viável?
05:46Pois é, Vinícius.
05:47A pergunta é muito interessante.
05:49Quer dizer, na verdade, o governo está fazendo aquilo que é possível.
05:52Na ausência de um plano melhor do que esse, esse talvez seja o plano que realmente tem alguma chance
06:01de causar algum impacto positivo.
06:04Mas, evidentemente, ele não resolve o problema.
06:06E o que acontece é o seguinte.
06:07Na verdade, o Brasil paga o preço do seu fechamento histórico ao comércio internacional,
06:14da sua baixa inserção internacional.
06:16Veja bem, o Brasil hoje, quando exporta um produto no mercado mundial,
06:21cerca de 13% apenas das exportações brasileiras
06:25tem tarifa preferencial nos seus mercados de destino,
06:29sejam tarifas mais baixas ou sejam até tarifa zero.
06:32Não é difícil a gente encontrar países que, quando exportam,
06:36encontram tarifas preferenciais no seu mercado de destino
06:39da ordem de 60% de tudo que exportam ou até mesmo 70%.
06:43Isso por quê? Porque esses países têm muitos acordos comerciais.
06:47Qual é o grande acordo comercial que o Brasil tem na esfera internacional?
06:51De 1995 para cá, desde que a OMC foi criada, Vinícius,
06:54nós tivemos cerca de 400 acordos de comércio registrados no âmbito da OMC.
07:00Nesse mesmo período, o único acordo relevante formalizado pelo Brasil até o momento
07:05é o próprio Mercosul, que foi formalizado em 1991,
07:09que representa algo como 6,5% a 7% das nossas exportações.
07:15Então, no final das contas, o Brasil, claro, ninguém esperava
07:18que nós seríamos atingidos tão duramente pelo segundo maior parceiro comercial brasileiro,
07:24mas estamos pagando o preço do nosso protecionismo histórico.
07:28E aí, o que nos resta é tentar ajudar a indústria de alguma forma,
07:34a Apex tentar ter uma ação um pouco mais efetiva,
07:36o Brasil, no final das contas, tem poucos escritórios internacionais,
07:41poucos escritórios de promoção comercial,
07:44não é fácil, não é imediato, ainda que necessário, fazer a promoção comercial.
07:49Só para que vocês tenham uma ordem de grandeza,
07:51eu sempre gosto de citar o exemplo do Chile.
07:53O Chile, que é um país com 19 milhões de habitantes,
07:55um PIB, metade do PIB do Estado de São Paulo,
07:58tem cerca de 54 escritórios internacionais
08:01de promoção, de exportação e atração de investimentos.
08:04O Brasil não chega nem a 15,
08:06tendo, sendo a décima maior economia do mundo.
08:09Então, tudo isso é muito complexo nesse momento,
08:12mas, de novo, é aquilo que o Brasil pode fazer,
08:14aquilo que o governo pode fazer,
08:16além, evidentemente, de tentar seguir abrindo canais de negociação
08:21com o governo americano,
08:23coisa que, infelizmente, até o momento, nós não tivemos sucesso.
08:26Lucas, vou passar para o Alberto Azental fazer a pergunta dele.
08:30Alberto.
08:31Lucas, boa noite.
08:32Em relação a esse pacote,
08:34eu imagino que aquelas empresas
08:36que exportam majoritariamente
08:40para os Estados Unidos,
08:42em detrimento de outros países.
08:44Eu imagino empresas menores,
08:47que não têm tanto acesso a crédito.
08:49Também imagino que empresas menores,
08:53elas têm maior dificuldade em passar
08:56ou redirecionar aquelas exportações
08:59para os Estados Unidos para outros países.
09:02Então, estou jogando aqui alguns critérios
09:06que eu imagino deveriam ser a base
09:09de um plano para essa distribuição de recursos.
09:13Você tem isso mapeado e você imagina
09:16que o governo tem alguma coisa,
09:19algum rascunho, algum mapeamento
09:21para poder começar um eventual plano?
09:25Olha, Alberto, obrigado pela sua pergunta.
09:28Boa noite.
09:29É evidente que o governo tem as informações
09:31sobre as empresas que exportam para os Estados Unidos,
09:35sobre o porte dessas empresas.
09:36E você está corretíssimo quando você afirma
09:39que o foco do governo brasileiro
09:42deveriam ser as pequenas e médias empresas,
09:45porque são essas empresas
09:47que enfrentam as maiores dificuldades para exportar.
09:50Então, as medidas que estão sendo discutidas
09:53deveriam ter esse foco.
09:54Nós esperamos que tenha.
09:56O governo tem informação
09:57para fazer um desenho de política, digamos,
10:01mais efetivo possível,
10:03mais, digamos, com alvo definido.
10:05A gente não sair, de repente, ajudando empresas
10:08que, na verdade, nem precisariam
10:11da ajuda do governo.
10:13Mas eu volto a dizer, quer dizer,
10:14há aí uma preocupação maior.
10:17O governo tem que fazer alguma coisa,
10:18isso eu não acho que ninguém discute.
10:20O foco deve ser a pequena e média empresa,
10:22mas há preocupação maior com o prazo
10:24dessas políticas.
10:27E ainda há uma preocupação
10:29relativa a essa questão do prazo.
10:31Essas medidas do presidente Trump,
10:33se nada mudar, digamos,
10:34nos próximos meses,
10:36em termos de abertura de canais diplomáticos,
10:39negociações,
10:40a gente sabe que isso está muito difícil,
10:42elas vieram para durar bastante tempo.
10:45É como diz o ditado,
10:48é muito mais fácil você aumentar a tarifa
10:50do que você reduzir.
10:51Depois que essas tarifas são aumentadas,
10:53fica bastante difícil elas serem diminuídas.
10:57E com o canal diplomático,
10:58do jeito que está nesse momento,
11:00a tendência é que isso perdure.
11:02Eu insisto na tese de que,
11:05em paralelo com essas medidas que serão anunciadas,
11:08a gente espera que sejam anunciadas,
11:10o presidente Lula ainda tente um canal de alto nível
11:14com o presidente Trump.
11:16Eu acho que essa seria, digamos,
11:18a nossa última tentativa
11:20de abrir um canal de comunicação
11:22com os Estados Unidos.
11:24Agora, há pouco, vocês mencionavam
11:25da questão da abertura do painel da OMC.
11:28O Brasil recorre à OMC
11:31não é só por uma questão simbólica,
11:34como muita gente vem dizendo.
11:35Na verdade, talvez até mais importante
11:38do que a questão simbólica
11:39de dizer que o Brasil respeita
11:41e valoriza o sistema multilateral
11:43baseado em regras,
11:44é também abrir um canal de diálogo
11:46com os diplomatas que participam
11:48dos debates da OMC,
11:50os diplomatas americanos.
11:52Então, na verdade,
11:52o Brasil está buscando indiretamente
11:55mais contato com os Estados Unidos
11:57e, por que não, também dizer
11:58o apoio de países
12:00que são membros da OMC
12:01nessa questão
12:02para aumentar, de certa forma,
12:04a pressão sobre os Estados Unidos.
12:06Mas eu creio que nessa altura do campeonato
12:08isso também será muito pouco efetivo.
12:10Valeria, sim,
12:11uma tentativa de ligação
12:13do presidente Lula
12:14cumprindo o seu dever institucional
12:16de falar com o presidente Trump
12:18e tentar separar essas duas questões
12:20que, infelizmente, foram misturadas,
12:23foram contaminadas.
12:24Ou seja, a política interna brasileira
12:26com a nossa política comercial.
12:28Dizer que o presidente Lula
12:30não vai ligar
12:30porque o presidente Lula
12:32foi humilhado
12:33ou que o Brasil foi humilhado,
12:34eu acho isso, sinceramente,
12:36uma falta de pragmatismo enorme.
12:38Vamos lembrar o que aconteceu
12:40com o primeiro-ministro do Canadá,
12:42o primeiro-ministro Trudeau,
12:44que foi chamado de governador do Canadá,
12:47que, quando o presidente Trump
12:47disse que anexaria o Canadá,
12:49seria o 51º Estado americano,
12:52quando ele mesmo também se dirigiu
12:54de uma forma muito pouco, digamos,
12:57educada
12:58ou assertiva
13:02no sentido diplomático
13:04com relação ao próprio México,
13:06da questão do fetanil.
13:07Então, a Cláudia Schembaugh
13:09também teria razões
13:10para não ter ligado,
13:12mas ambos os presidentes
13:13ligaram para o presidente Trump,
13:15tanto do Canadá quanto do México,
13:17e conseguiram, digamos,
13:19postergar as negociações
13:21e a aplicação da tarifa
13:23à época, que era de 25%.
13:24Para não mencionar,
13:25o próprio presidente da Ucrânia,
13:27o Zelensky,
13:28que também sofreu
13:29bastante, digamos,
13:31com um tratamento muito,
13:32talvez, ali, inadequado,
13:33para dizer o mínimo,
13:34no próprio Salão Oval
13:35na Casa Branca,
13:36e ainda assim,
13:37mantém contatos
13:38com o presidente Trump.
13:39Ou seja,
13:40eu acho que,
13:41nessa altura do campeonato,
13:42a gente ficar só na dependência
13:44dessas medidas,
13:46que a gente sabe
13:47que não vai resolver o problema,
13:48simplesmente vai mitigar o problema,
13:50mas não vai resolver,
13:51porque encontrar outros mercados
13:52de destino
13:53não é fácil,
13:54a gente está
13:55numa situação muito difícil.
13:57Então, assim,
13:57acho que a gente tem que tentar
13:58aquilo que é possível.
14:00E eu faço um último comentário.
14:02O Brasil ficou com tarifa
14:03de 50%,
14:04com 46% de exceções,
14:07então a média tarifária
14:08ponderada do Brasil
14:08hoje para os Estados Unidos
14:09é 33%.
14:11Isso vai causar impacto também
14:13aqui na região do Cone Sul,
14:15sobretudo no Mercosul.
14:17Lembrando que a Argentina,
14:19Paraguai e Uruguai
14:20ficaram com tarifa de 10%.
14:22Nós temos cerca de 10 mil empresas
14:24que exportam para os Estados Unidos.
14:26É muito possível
14:27que se essa situação perdure,
14:29a gente tenha, inclusive,
14:30realocação de fatores de produção,
14:33capital, trabalho e etc.,
14:35para a Argentina.
14:36As empresas fechando aqui
14:38as suas fábricas,
14:39a sua produção
14:39e se mudando para a Argentina
14:41para continuar exportando
14:42para os Estados Unidos
14:43com tarifa de 10%,
14:44muito mais baixo do que 50%,
14:46e exportando para o mercado brasileiro
14:48pagando tarifa zero
14:49porque nós temos
14:50a área de livre comércio
14:50aqui no Mercosul.
14:52Então, de fato,
14:52é uma situação muito preocupante.
14:54Lucas, muito obrigada.
14:56Prazer te receber aqui.
14:57Boa noite, boa semana para você.
14:59Obrigado, Cristiane.
15:00Sempre um prazer.
15:01Boa noite.
15:02Até a próxima.
15:02Boa noite.
15:03Boa noite.
15:04Boa noite.
15:04Boa noite.
15:04Boa noite.
15:05Boa noite.
15:05Boa noite.
15:05Boa noite.
15:05Boa noite.
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15:06Boa noite.
15:06Boa noite.
15:06Boa noite.
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15:07Boa noite.
15:07Boa noite.
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15:08Boa noite.
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15:09Boa noite.
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15:10Boa noite.
15:10Boa noite.
15:11Boa noite.
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15:12Boa noite.
15:13Boa noite.
15:14Boa noite.
15:15Boa noite.
15:16Boa noite.
15:16Boa noite.
15:17Boa noite.
15:18Boa noite.
15:19Boa noite.
15:20Boa noite.
15:21Boa noite.
15:22Boa noite.
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