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Em Washington, Roberto Azevêdo, consultor da CNI e ex-diretor da OMC, defendeu a indústria brasileira em audiência do USTR. A missão empresarial busca reduzir tarifas de até 50% e ampliar cooperação com os EUA, impactando diretamente cadeias globais e a competitividade do Brasil.

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Transcrição
00:00O embaixador e consultor da Confederação Nacional da Indústria, Roberto Azevedo,
00:04fez hoje em Washington uma defesa da indústria brasileira
00:07durante audiência pública do escritório do representante comercial dos Estados Unidos.
00:12O USTR, na sigla em inglês, investiga se práticas econômicas do Brasil
00:16seriam prejudiciais a empresas americanas.
00:19A CNI lidera uma missão empresarial brasileira
00:22que busca atrair negociações para reduzir tarifas de importação
00:25sobre produtos brasileiros que chegam a 50%.
00:29Direto da capital norte-americana, a repórter Luiz Maiana tem as informações.
00:34Ao longo desta quarta-feira, uma comitiva formada por cerca de 130 líderes do setor empresarial
00:41liderada pela CNI, a Confederação Nacional de Indústria.
00:46Estavam aqui esses representantes na capital Washington, a capital dos Estados Unidos,
00:51na tentativa de desbloquear todas as barreiras que foram impostas
00:56e que estão impedindo o contato direto e o diálogo direto
00:59entre o governo americano e o governo brasileiro.
01:03Ao longo do dia, também, começaram as audiências a respeito da Sessão 301.
01:08Foi com base nessa lei comercial norte-americana
01:11que o presidente Donald Trump impôs tarifas adicionais
01:15no valor de 25%, totalizando essa alíquota de 50%.
01:20É um dos países que tem aí uma alíquota maior, Brasil e Índia, com essa alíquota de 50%.
01:27Nessa audiência, os envolvidos e representantes de diversos setores
01:32tentaram apresentar provas de que todas as acusações dessa investigação,
01:39dessa Sessão 301, são sem fundamento.
01:42E um desses representantes foi justamente o doutor Roberto Azevedo,
01:46ele que é embaixador, ele também é consultor da CNI
01:50e ex-diretor-geral da OMC, que é a Organização Mundial do Comércio.
01:55E eu gostaria de destacar aqui algumas falas do doutor Roberto Azevedo
02:01ao longo dessa audiência.
02:03Ele começou dizendo que o Brasil não prejudica a competitividade
02:07das empresas norte-americanas envolvidas no comércio digital
02:11e nos serviços de pagamento eletrônico.
02:14Ele acrescentou que as leis brasileiras buscam equilibrar a inovação tecnológica
02:18e os fluxos livres de dados.
02:21Ele também alegou que existe um sistema de pagamento rápido, econômico e seguro,
02:26que é, inclusive, semelhante ao sistema de pagamento compartilhado,
02:31não instantâneo, criado e implementado pelo Federal Reserve.
02:34Esse sistema de pagamento ampliou a inclusão financeira,
02:39reduziu a dependência do dinheiro em espécie e aumentou a eficiência no varejo
02:45e no comércio eletrônico, beneficiando amplamente as empresas norte-americanas.
02:50Então, essa foi mais uma alegação do Azevedo tentando provar para toda a bancada
02:58de que toda essa imposição tarifária é irregular.
03:03Ele complementa que o Brasil figura consistentemente entre os dez maiores serviços comerciais
03:08que os Estados Unidos desfrutam com o resto do mundo.
03:12Somos as duas maiores democracias deste hemisfério e devemos estar dialogando entre nós,
03:18não brigando entre nós.
03:19Essa audiência foi aberta ao público, mas a imprensa não podia fazer nenhum registro,
03:26a gente apenas entrou como um cidadão comum.
03:29Mas, do lado de fora, aqui na frente do edifício, onde aconteceu essa audiência,
03:34o Azevedo conversou conosco, esclarecendo mais pontos a respeito de todo o debate
03:40que tem acontecido nos variados painéis aqui nessa audiência.
03:44Vamos acompanhar o que foi que ele disse.
03:46Eu acho que, nesse momento, todas as alternativas são possíveis.
03:51Eu não sei dizer para você se vai haver apenas exceções.
03:55Nós somos hoje o país com as maiores tarifas, 50% mais alta.
04:00Eu acho que a Índia agora está com 50% também.
04:03Então, eu acho que sim, que há espaço para nós chegarmos a um entendimento
04:07que abaixa as tarifas em determinado momento.
04:09Tudo vai depender muito de como essas conversas vão evoluir,
04:13das barganhas que possam aparecer.
04:18E eu acho que tem muita coisa que pode ser colocada sobre a mesa
04:21que vai levar a uma recalibragem do que foi feito até agora.
04:31As empresas americanas, como qualquer empresa, elas são muito pragmáticas.
04:36Elas querem parcerias, elas querem alianças que abram o mercado,
04:43que facilite os negócios, que melhore as condições de negócio aqui e lá no Brasil.
04:50E você vai ter de tudo.
04:51Você vai ter empresas que preferem fechar o mercado americano
04:54e ter uma certa exclusividade do mercado americano.
04:57Outras que vão querer os insumos mais baratos, mais em conta,
05:02para manterem as suas cadeias de produção funcionando de maneira ótima.
05:09Você vai ter de todo tipo de interesse.
05:10A minha percepção é de que vai prevalecer a cooperação.
05:14Vai prevalecer não o protecionismo, não a expectativa de fechar mercados,
05:20mas de aumentar as sinergias entre os mercados.
05:22A maior parte das ações que estão tramitando nos tribunais americanos
05:27foram iniciadas por empresas americanas, não foram pelos brasileiros.
05:31São empresas que estão sendo afetadas pelas tarifas,
05:35que têm interesse em continuar a relação com o Brasil e com as empresas brasileiras,
05:41comprando produto brasileiro.
05:43E o que nós podemos estar presenciando no futuro é um questionamento da própria 301,
05:49301, um questionamento, eu não sei do que.
05:52Nos Estados Unidos existe muito a cultura do litígio.
05:55Se você não consegue as coisas de uma via, você vai para as cortes.
05:59E nós temos que estar preparados para isso.
06:02O presidente da CNI, Ricardo Albán, também falou sobre esse primeiro dia
06:06da missão empresarial brasileira em Washington.
06:09Vamos evoluir, é um processo inédito, é um processo de aprendizado.
06:13Todos nós, vocês, repórteres, estão aprendendo com essa experiência também.
06:16Nós nunca vimos isso, vimos problemas geopolíticos,
06:19e que no fundo também tem um pouco de geopolítica nisso tudo, está certo?
06:22E tem uma, todo esse processo começou por uma necessidade dos Estados Unidos
06:26de resolver seu grande déficit da balança comercial de trilhão.
06:29Se vocês olharem, todo o nosso comitivo é de 130 pessoas,
06:32não tem nenhum aspecto político ou de governo.
06:38O que nós queríamos é tentar levar essa tranquilidade do diálogo.
06:42Então, o que é que nós fizemos?
06:43Apenas contratamos o escritório Ballard para fazer toda a parte de lobby,
06:46que é legítimo, e o escritório que nós, que o nosso Roberto Azevedo,
06:50o ex-embaixador, está cuidando na defesa da investigação da Sessão 301.
06:55Então, nós preferimos não entrar nesse detalhe, nem potencializar isso.
07:00Porque o que acontece?
07:01Aquilo que diverge, aquilo que conflita, normalmente é potencializado.
07:04E nós estamos querendo fazer o contrário.
07:06Nós estamos querendo potencializar o que pode converger.
07:08Se nós começarmos a gastar energia e foco em temas que vão divergir,
07:14que vão contrário ao que a gente quer,
07:16nós estamos sendo incoerentes com nós próprios.
07:18Então, nós não nos preocupamos com isso.
07:21A preocupação número um nossa foi que não houvesse nenhuma conotação política,
07:25nem de governo, no Brasil aqui, nesse nosso desafio.
07:31Então, nós vamos lá.
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