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Uma comitiva da Confederação Nacional da Indústria está em Washington (EUA) buscando renegociar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. A correspondente Louise Maiana acompanhou o encontro com líderes americanos e o consultor Roberto Azevêdo, destacando esforços para abrir canais comerciais e fortalecer parcerias estratégicas.

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Transcrição
00:00Uma comitiva de empresários e líderes da CNI, a Confederação Nacional da Indústria,
00:04está em Washington para mais uma tentativa de diálogo com o governo americano
00:08após o tarifácio de 50% imposto sobre diversos produtos exportados pelo Brasil.
00:15Direto da capital americana, a correspondente Luiz Maiana é quem tem mais detalhes para a gente.
00:20Boa noite, Luiz, e seja bem-vinda.
00:23Boa noite, Marcelo, boa noite a todos que nos acompanham.
00:27É mais uma semana de muita expectativa, tem essa comitiva da Confederação Nacional da Indústria,
00:33uma comitiva de líderes brasileiros e também da própria instituição,
00:37e mais uma tentativa de desbloquear qualquer tipo de obstáculo que tenha impedido diálogos,
00:45possibilidades de negociação e acordo.
00:47A tentativa é justamente desbloquear, destravar esse canal de diálogo.
00:53E eu estou aqui ao lado do Roberto Azevedo, ele que é embaixador e também consultor da CNI,
01:00está aqui acompanhando essa comitiva.
01:02Inclusive, ele é uma das pessoas que vai falar, vai ter um período, um momento de fala
01:07na audiência que vai acontecer no escritório de representantes de comércio aqui dos Estados Unidos.
01:13E a gente vai trocar uma ideia com ele agora a respeito dessa expectativa.
01:17Doutor, existe uma expectativa muito grande para essa missão.
01:19A gente acompanhou de perto a missão dos senadores brasileiros aqui, é a vez da CNI.
01:24Quais as expectativas, então?
01:26Acho que são duas frentes que a missão está desempenhando.
01:32A primeira, como você mesmo levantou, é amanhã, com apresentação oral,
01:37no procedimento de investigação da 301.
01:40Nós vamos estar no primeiro painel com outros depoentes e a ideia é exatamente de mostrar
01:48que a investigação não deveria chegar à conclusão de que há algum tipo de impacto negativo
01:54contra as empresas americanas, porque as práticas brasileiras não são discriminatórias,
01:59são razoáveis, não tem arbitrariedade nenhuma e o impacto é muito baixo.
02:06Se houver algum impacto, é um impacto muito baixo.
02:08Então, tem esse lado, né, da 301, da investigação que nós vamos fazer,
02:13mas também tem a segunda frente, que é a de abrir canais, encontrar com autoridades americanas
02:20que estão diretamente ligadas às decisões norte-americanas sobre que tipo de tarifas
02:31vão ser aplicadas contra o Brasil, se isso vai evoluir, não vai.
02:34Enfim, conversar com as autoridades americanas e também com o setor privado americano,
02:39que é uma parte do nosso objetivo é estabelecer parcerias, estabelecer até alianças, né,
02:47com aqueles empresários norte-americanos que não estão se beneficiando com tudo isso
02:54que está acontecendo, que estão sendo prejudicados, né, embora as tarifas se apliquem
02:58aos produtos brasileiros, também afetam a cadeia de produção norte-americano,
03:03os preços dentro do mercado norte-americano e os consumidores americanos de alguma forma.
03:07Mas, doutor, existe aí algum sinal verde para uma possível reunião,
03:11o encontro com o Raul Adlutnik, a gente sabe que uma reunião foi cancelada, inclusive,
03:16existe esse sinal aí de esperança num diálogo, numa conversa, uma possível reunião?
03:22Nós estamos tentando com os principais órgãos, né, os que estão mais envolvidos com as definições comerciais.
03:33Isso muda muito de dia a dia, de hora a hora, mas nós vamos com uma expectativa boa de ter bons contatos,
03:42falar com pessoas que estão efetivamente no processo decisório.
03:46É difícil antecipar exatamente com quem a gente vai falar, qual vai ser o teor da conversa,
03:52mas estamos animados com a perspectiva de fazer bons contatos que possam dar frutos
03:58e levar a um processo que destrave, vamos dizer assim, as conversações na área econômica e comercial.
04:07Quando os senadores brasileiros estiveram aqui nos Estados Unidos,
04:11eles falaram que iam levar para o Brasil uma demanda,
04:16que era a preocupação a respeito das tarifas adicionais por conta da relação comercial que existe com a Rússia.
04:22Foi uma fala dos próprios senadores que os senadores americanos iam investir, de fato,
04:28numa lei no Congresso para esse tipo de sanção.
04:30Vocês estão mirando o objetivo de tentar reverter esse quadro também,
04:34ou existe uma possibilidade de mais tarifas?
04:36Nós não estamos com uma agenda fechada.
04:39Eu acho que chegar para os nossos interlocutores americanos,
04:44dizendo que estamos dispostos a falar sobre isso,
04:47mas não queremos ouvir aquilo, reclamações ou queixas.
04:50Acho que claramente haverá queixas, claramente haverá reclamações,
04:53haverá pedidos, demandas da parte norte-americana.
04:56Não, vamos ouvir.
04:57Vamos ouvir e o diálogo é exatamente estar aberto e disposto a encontrar soluções
05:04para as preocupações dos dois lados, de maneira que a solução final seja,
05:09como a gente diz, mutuamente satisfatória, seja uma coisa...
05:13O mais importante nesse momento é ter o diálogo,
05:16um diálogo que não está acontecendo e que nós precisamos desenvolver.
05:21Eu acho que uma conversa entre os setores privados é uma conversa mais franca,
05:28mais desimpedida, mais aberta.
05:30Eles falam o que pensam, né?
05:31E isso é saudável no momento que a gente está vivendo.
05:36E a gente também tem acompanhado aí hoje o início do julgamento do ex-presidente brasileiro,
05:42Jair Bolsonaro.
05:42A gente sabe que isso também tem influenciado na aplicação das tarifas.
05:46Como que vocês vão dialogar a respeito desse assunto especificamente?
05:49É, o mais importante é ter presente que a dimensão política não compete a CNI,
05:56não compete ao setor privado, nem de um lado nem do outro.
05:59Nós não temos uma solução para as divergências políticas que existem entre os dois governos.
06:05Então, o que nós vamos tentar fazer é encontrar uma plataforma de diálogo
06:10para tudo que tem a ver com a área comercial, com a área econômica,
06:15na expectativa de que a gente possa desenvolver, vamos dizer assim, pacotes ou potenciais acordos,
06:23áreas de parceria que possam atrair a atenção dos tomadores de decisão,
06:30de maneira que eles possam pensar em alguma coisa além da questão política,
06:35pensar também em outros resultados que são bons para os dois países.
06:41Eu vou passar a palavra agora para o apresentador, para o Marcelo,
06:45que eu sei que ele tem uma pergunta aí para também fazer aqui para o doutor Roberto Azevedo.
06:49Por favor, Marcelo.
06:50Bom, boa noite, Roberto. Seja bem-vindo.
06:53A gente viu agora há pouco a diretora-geral da OMC, a Ingozi Reala,
06:58falando sobre como decaiu o padrão do comércio internacional nos últimos anos,
07:03falando também sobre os riscos para que a gente continue a ter aí um comércio internacional
07:08mais justo e mais civilizado. Você que também foi diretor-geral da OMC,
07:12como é que você está vendo essa, digamos assim, degringolada das regras internacionais de comércio?
07:20Acho, Marcelo, que faz parte do contexto global.
07:24Todas as instituições multilaterais estão enfraquecidas nesse momento,
07:29estão enfraquecidas por questões muito óbvias.
07:32Nós temos um questionamento do funcionamento dessas entidades,
07:36desses mecanismos, desses foros.
07:39Os americanos, em particular, acham que as instituições multilaterais
07:43não estão mais cumprindo os seus propósitos originais.
07:47E a OMC não foge a isso, faz parte desse contexto.
07:51O que é importante é que haja uma consciência da parte das autoridades americanas,
07:58é que deveria vir também da economia real, da opinião pública,
08:05de que é verdade que os foros multilaterais não estavam desempenhando a contento,
08:11mas o mundo estará muito pior sem eles do que com eles.
08:15Então, o que a gente precisa é reinventar esses foros,
08:19é abrir a cabeça para falar fora da caixinha
08:21e encontrar soluções que tragam nova relevância, nova operacionalidade para esses foros,
08:30de uma maneira que seguramente vai ser diferente do que a gente tinha antes.
08:33Não vamos pensar que vamos voltar ao status quo anterior, não vai acontecer,
08:39mas nós podemos adaptar, reinventar o sistema multilateral de alguma forma
08:43e para isso precisa muita conversa, muito diálogo.
08:46Ao longo desses dias, são mais de 130 envolvidos aqui nessa comitiva,
08:53como o doutor Bem sinalizou na tentativa de destravar esses canais de diálogo.
08:58E a gente, claro, segue acompanhando todos os detalhes.
09:00Marcelo, volto com você.
09:01Muito obrigado a você, Luiz, e também ao Roberto Azevedo pela entrevista.
09:04Muito obrigado a você, Luiz, e também ao Roberto Azevedo pela entrevista.
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