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Carlos Gutierrez, ex-secretário de Comércio dos EUA, elogiou a estratégia de Trump com tarifas e explicou por que Brasil segue fora da lista de países com alívio. Trump agora tenta evitar uma guerra comercial com a União Europeia.

Acompanhe a cobertura em tempo real da guerra tarifária, com exclusividade CNBC: https://timesbrasil.com.br/guerra-comercial/

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Transcrição
00:00A CNBC americana entrevistou Carlos Gutierrez, ex-secretário de Comércio dos Estados Unidos, na gestão George W. Bush.
00:09Sobre o tarifácio, ele destacou os pontos positivos e negativos das negociações com parceiros comerciais. Vamos ver.
00:18Vamos começar com os comentários do presidente Donald Trump.
00:22Ele disse que o corte será de 15% a 50% para países e blocos de nações que não estejam cooperando.
00:28Faltando uma semana para o prazo final de 1º de agosto, isso sinaliza algum desenvolvimento no que diz respeito aos acordos tarifários?
00:36Veja bem, acho que o governo fez um trabalho muito bom nesses últimos quatro acordos.
00:41Há três aspectos nisso. O primeiro, queremos exportações livres de tarifas para esses países e conseguimos isso.
00:48Em seguida, a tarifa que incide sobre as exportações desses países para os Estados Unidos.
00:54E é aí que entra o valor de 15% a 50%. Ela passou de cerca de 50% para 20%.
01:01Portanto, muito menos do que as tarifas recíprocas que foram inicialmente estabelecidas.
01:07Há um terceiro grupo, que é o de algumas transações.
01:10Por exemplo, o investimento de 500 bilhões de dólares do Japão nos Estados Unidos.
01:15O financiamento do investimento no Vietnã e outros serão a compra de aeronaves.
01:21Acho que é nesse terceiro grupo que esses acordos estão ficando presos.
01:26E a posição do governo é, se não conseguirmos chegar a um acordo sobre isso, voltaremos com uma tarifa mais alta.
01:33Mas eu diria que é isso.
01:34Eles fizeram um bom trabalho.
01:36Você sabe, crédito onde o crédito é devido.
01:39Ao usar ameaças para aumentar o poder de negociação, isso tem funcionado muito bem.
01:44E nem sempre funciona, especialmente para países como o Japão, que sabem negociar.
01:50Agora mesmo, a União Europeia e a China estão tendo sua própria reunião de cúpula.
01:54Estávamos falando sobre algumas das manchetes que saíram de lá.
01:57E parece que os europeus estão um pouco tensos, tentando reequilibrar a situação comercial.
02:01O fato de estarem um pouco tensos é bom para as negociações entre os Estados Unidos e a China?
02:05Porque claramente a China está tentando ir ao Sudeste Asiático e a outras partes do mundo
02:09e fazer acordos para mitigar o impacto das tarifas americanas.
02:13Eu não apostaria em um grande avanço.
02:15As preocupações da União Europeia com o comércio com a China são tão fortes quanto as nossas.
02:22Portanto, eles têm muitas questões para colocar na mesa de negociação.
02:26Essa é uma relação muito tensa.
02:28Não é fácil chegar a um acordo com a União Europeia porque é preciso concordar com muitos países que formam o bloco,
02:37especialmente em algo como a China.
02:39Portanto, é bom que a intenção seja óbvia.
02:42Eles querem se aproximar em um momento em que há tensões com os Estados Unidos em ambos os lados.
02:47Isso é bom para o acordo comercial entre Estados Unidos e a China?
02:50Isso é bom para o acordo com a União Europeia?
02:52É uma leitura das negociações?
02:54Não acho que isso mude o jogo ou que será algo positivo.
02:57Não acho que eles vão conseguir avançar.
03:00E não acho que será terrivelmente negativo.
03:02Simplesmente não acredito que seja um grande problema.
03:04Não penso que muita coisa será divulgada.
03:06Acho que muitas das ações estão sendo executadas.
03:09Como alguém que já foi secretário de comércio gostaria de lhe perguntar.
03:13Algumas dessas tarifas, as tarifas específicas de cada país, estão sendo discutidas nos tribunais neste momento.
03:19E há uma chance de que os tribunais as derrubem.
03:22O que isso significa para a política comercial do presidente Trump?
03:24Como isso afetaria essa política comercial em relação a algumas coisas que você acabou de falar?
03:30Há muitos países que podem dizer, deixe-me tentar esperar e ver como os tribunais decidirão sobre tudo isso.
03:36Bem, acho que os países em geral estão se comportando como se os Estados Unidos fossem seguir em frente
03:41e que os Estados Unidos terão margem de manobra.
03:44Na última vez em que isso foi questionado, os americanos acabaram conseguindo o que queriam
03:49ao aprovar a 20ª, 32ª Segunda Medida de Segurança Nacional.
03:54Portanto, acho que o governo encontrará uma maneira de exercer sua posição sobre as tarifas comerciais.
03:59Talvez uma tarifa específica não funcione,
04:02mas acho que eles encontrarão uma maneira de exercer pressão sobre esse país.
04:06Portanto, se eu fosse desses países, não confiaria nisso.
04:09Acho que é preciso presumir que o presidente Trump terá toda a margem de manobra legal necessária
04:14para seguir em frente.
04:15É um pouco arriscado supor que os tribunais vão se opor a ele.
04:19Então, Carlos, você se juntou a nós no início deste ano
04:21e achou que tudo isso já estaria resolvido em sua maior parte.
04:26Você acha que estamos a uma semana de resolver todas essas negociações tarifárias?
04:30O presidente está apenas colocando o prazo de 15 a 15 e nós seguimos em frente?
04:34Você vê a possibilidade de prorrogação e negociações mais ativas?
04:37Bem, está sendo resolvido.
04:39Portanto, as tarifas recíprocas não foram implementadas.
04:43Na verdade, elas foram reduzidas em cerca de 50% nessas últimas quatro estruturas que vimos.
04:49Os grandes países que temos de observar são a Coreia do Sul e a Índia.
04:53Todo o resto é importante.
04:54Mas esses são os que realmente podem impactar o déficit,
04:59impactar a economia, a economia global.
05:01E acho que eles estão caminhando para algum tipo de resolução.
05:05Pode ser que uma dessas três não seja resolvida,
05:08que a tarifa recíproca entre em vigor e que todas essas ameaças se tornem reais.
05:13Mas não acredito que elas permanecerão em vigor por muito tempo.
05:17De certa forma, isso ocorre especialmente com a União Europeia.
05:20Trata-se de uma destruição mutuamente garantida.
05:23Portanto, elas estão sendo resolvidas pouco a pouco.
05:26Os mais importantes são os dez principais.
05:29E é isso que está sendo resolvido.
05:31E se algo acontecer em 1º de agosto, não será por muito tempo.
05:36Eu converso com a nossa analista de política e economia, Mariana Almeida,
05:40que eu queria saber da Mariana a importância desse encontro amanhã,
05:46pelo menos está marcado para domingo, Mariana,
05:47entre Donald Trump e Ursula von der Leyen,
05:51que é a presidente da Comissão Europeia,
05:53a parte burocrática da União Europeia.
05:56Deixa eu estender um pouco mais o comentário,
05:58porque olhando para os Estados Unidos,
05:59Mariana, a gente já teve acordos com Camboja, Filipinas,
06:04mais recentemente com o Japão, que é um parceiro importante.
06:08Mas agora vamos ver aí um entendimento,
06:12uma tentativa de entendimento com outro tipo de parceiro comercial
06:17com relação aos Estados Unidos, que está em outro patamar.
06:20Aí eu coloco, talvez, na mesma prateleira,
06:22a União Europeia e a China, que são os maiores parceiros comerciais
06:27dos Estados Unidos.
06:29Uma coisa são os Estados Unidos, na figura do presidente Donald Trump,
06:33conseguir um acordo com as Filipinas.
06:35Outro é com a União Europeia.
06:37E aí eu volto à pergunta primária.
06:39Então, qual que é a importância dessa reunião marcada para este domingo?
06:43Bom, boa noite, Favala.
06:44E boa noite para todo mundo que nos assiste aqui no Journal Times.
06:47Bom, você já colocou aí uma parte fundamental da questão,
06:51que é o volume de comércio entre esses dois,
06:54esse bloco, a União Europeia e os Estados Unidos.
06:56Essa é a grande questão para a gente ficar de olho
06:59e que o mercado, todos os agentes financeiros e econômicos do mundo
07:02têm ficado de olho e ficaram na expectativa na última semana exatamente disso.
07:07Haverá ou não haverá um acordo?
07:09E aí, qual que é a importância em termos do volume?
07:11Por que é tão relevante o volume de comércio?
07:13Obviamente, porque pode impactar um conjunto de produtores desses dois,
07:17tanto da União Europeia quanto dos Estados Unidos,
07:19mas também porque tem um fator aí sobre a questão do tarifaço,
07:24que existe uma, embora as relações e as negociações sejam bilaterais,
07:28União Europeia e Estados Unidos,
07:29isso acaba depois funcionando como uma cascata de efeitos para o resto das economias.
07:35Isso porque cada empresa, cada setor,
07:38ao receber uma nova tarifa em relação aos Estados Unidos,
07:41mudando os seus preços relativos e as estruturas que ele tem de oportunidades e de custos,
07:46isso altera a tomada de decisão que pode afetar o mundo como um todo.
07:50Então, mesmo quem está na China, mesmo quem está no Japão,
07:53mesmo quem está no Brasil, vai estar de olho para entender.
07:56Será que a mudança vai ser muito grande?
07:58O comércio é muito grande que está lá.
08:00Portanto, é mais difícil e são dois pesos pesados,
08:03são grandes debates ali acontecendo.
08:05Será que vai ser muito grande?
08:06Será que vai ter uma escalada?
08:08A Europa já prometeu, já colocou diversos,
08:10ela tem uma contrapartida, digamos assim,
08:12para posicionar contrário aos Estados Unidos,
08:16caso os Estados Unidos insistam no nível da tarifação inicial.
08:19Então, se isso for muito grande, pode impactar o mercado como um todo.
08:23Se existe uma negociação e se estabelece um patamar um pouco menor,
08:27também tem impacto.
08:27A gente nunca esquece, todos os acordos parecem que ficou tudo bem,
08:30não fica tudo bem, né?
08:31Estamos numa situação muito mais tarifada do que pré 2 de abril,
08:35quando tudo começou, mas se você atingir um patamar menor,
08:39tanto menor vai ser a intervenção geral aí nos preços.
08:42Mari, você sabe que ao longo da semana,
08:45e eu que apresento conexão que termina a nossa linha de transmissão aqui dos telejornais,
08:51tem essa vantagem do fuso horário, né?
08:53Então, eu e você estamos em pontos opostos aqui da nossa programação.
08:57Você começa a programação e eu a termino.
08:59Quando o Donald Trump anuncia um acordo com o Japão,
09:03nós buscamos a resposta do governo japonês e a resposta do primeiro-ministro foi
09:08calma, nós ainda não confirmamos.
09:11Depois veio a confirmação.
09:12Por que eu estou trazendo isso aqui à tona?
09:15Porque agora me parece que o Donald Trump está jogando mais no seguro.
09:19Ele fala, existe uma chance de sucesso com os europeus, com a União Europeia, de 50%.
09:24Ele não deu o mesmo passo à frente como ele fez com os japoneses,
09:30sem esperar a contrapartida japonesa.
09:33Diante desse cenário, vamos eventualmente torcer para um acordo entre Estados Unidos e União Europeia.
09:40Isso pode ter algum impacto para o entendimento ou para um futuro,
09:45um provável, um suposto entendimento entre Estados Unidos e Brasil?
09:49Bom, esse é um pedaço diferente talvez do debate,
09:54porque o Brasil acabou que ele não está seguindo a mesma fila, digamos assim,
10:00das negociações que os demais países.
10:02Então, a gente brincou muito lá no Agora, como você disse,
10:05começando a programação aqui do Times,
10:07essa semana de que tinha uma fila de países querendo entrar e fazer o acordo,
10:12depois do Japão.
10:13Então, a União Europeia está lá, a Coreia do Sul está lá,
10:15a Índia estava também tentando finalizar.
10:17O Brasil, ele está numa fila paralela, digamos assim,
10:21porque a perspectiva para o Brasil começou muito diferente.
10:24A ação de Donald Trump a partir do início do mês de julho, de 9 de julho,
10:29foi associar a questão brasileira a um evento político aqui no Brasil.
10:33E aí, levantaram outros atores.
10:36É uma outra dinâmica da negociação.
10:38Não à toa, a gente está lá com os senadores brasileiros chegando lá nos Estados Unidos.
10:42Isso tem um empacotamento mais complexo do que esse que a gente está instruindo com a União Europeia,
10:49Japão, com os demais.
10:51Então, se a gente consegue tentar pescar uma racionalidade,
10:56uma lógica de negociação que vale do Japão para a União Europeia,
11:00como você estava ressaltando,
11:01quer dizer, olha, já que no Japão ele esperou, talvez ele espere aqui também,
11:05não dá para dizer que isso necessariamente vai se aplicar para o caso brasileiro.
11:08Porque o caso brasileiro, primeiro, o Brasil é superavitado,
11:11Estados Unidos é superavitado em relação ao Brasil,
11:15coisa que nenhum desses outros é.
11:17Segundo, a forma como ele entrou no debate já usou uma justificativa
11:21que tem a ver com o processo legal em curso no Brasil.
11:24Então, já atrapalhou a possibilidade de negociação.
11:27Então, claro, sempre afeta.
11:29O que está acontecendo nos Estados Unidos e União Europeia
11:31sempre vai afetar o clima aqui no Brasil.
11:33Mas diretamente as negociações,
11:35acho que a gente ainda vai ficar com poucas pistas,
11:37mesmo que haja para o mundo econômico amanhã, um domingo,
11:40com boas notícias.
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