Lula e Geraldo Alckmin anunciaram o plano Brasil Soberano para proteger exportadores das tarifas de Trump. A medida, com R$ 30 bilhões em crédito e seguro, visa a neutralizar os impactos no comércio. Assista na íntegra.
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00:00Vamos agora com imagens ao vivo da cerimônia de assinatura da medida provisória Brasil Soberano, em Brasília.
00:07O presidente Lula vai assinar esse MP com um plano de contingência de suporte aos exportadores.
00:12Quem fala neste momento é o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Comércio, Indústria e Desenvolvimento.
00:19Vamos ouvir.
00:19Mercosul, Singapura.
00:22Mercosul, EFTA.
00:24E Mercosul, União Europeia, que vai ser o maior acordo do mundo.
00:30Mercosul, União Europeia.
00:3222 trilhões de dólares de PIB abrindo aí o comércio, fortalecendo o multilateralismo e fortalecendo o livre comércio.
00:43Mas eu quero, ao encerrar, presidente, lembrar aqui o apóstolo Paulo, na epístola aos romanos.
00:53Não trabalha pela paz, senão quem luta contra a injustiça.
00:58Não se deixe vencer pelo mal, mas vença o mal fazendo o bem.
01:06Tenha certeza, presidente, o senhor está fazendo o bem.
01:09Bom trabalho.
01:10Tem a palavra o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Ricardo Albão.
01:31Obrigado.
01:32Obrigado.
01:33Obrigado.
01:34Obrigado.
01:36Obrigado.
01:37Obrigado.
01:38Bom dia, bom dia.
02:07Amigas e amigos, obrigado pela oportunidade, presidente, está podendo falar, trocar aqui
02:12algumas ideias.
02:14Queria comentar o nosso presidente Lula.
02:17Está também o nosso querido Sancho Pança aqui, ou Don Quixote, como queiram chamar.
02:22O nosso querido Alckmin, o vice-presidente, ministro.
02:25Cumprimentar nossos presidentes das casas, ao Columbre e também o nosso querido amigo, desculpa.
02:36Cumprimentar o ministro Haddad, cumprimentar o ministro Maura e a nossa ministra, e esse nome
02:42dela, cumprimentar todas as mulheres presentes, todos os ministros presentes.
02:45E, apenas para não ser repetitivo, dizer que o que nós mais queremos e que tem sido feito
02:53é equilíbrio e bom senso.
02:57É o que nós mais queremos nessa disputa.
03:00Porque toda crise gera desafios e todo desafio gera oportunidades.
03:09E a gente tem que olhar esse desafio, essa oportunidade, sob o prisma do copo meio cheio.
03:17Esse é o nosso objetivo.
03:18Para isso, a nossa CNI, o setor produtivo, as instituições do setor produtivo, das indústrias,
03:24nós estamos aderindo a esse processo de defesa dos interesses da indústria, do comércio
03:31e da economia brasileira.
03:33Estamos inserindo já, contratamos escritórios de advocacia para fazer também nossas contribuições
03:39na investigação da Sessão 301.
03:42Já estamos contratados.
03:44E devemos estar também fazendo a defesa de interesses através da instituição totalmente
03:50oficial nos Estados Unidos, que é através do LOPE, para trabalharmos com relação às
03:55tarifas dos 50%, que, como bem disse o nosso ministro Alco, nada, nada justifica sairmos de
04:03um piso para um teto.
04:04E essa é a questão que nós queremos estar como norte na contribuição do setor produtivo
04:09sem aspectos políticos e entendendo as nuances geopolíticas de toda a situação.
04:17E essa é a questão que nós queremos contribuir.
04:18Estamos trabalhando muito próximo, discutindo muito próximo com o nosso ministro Alco.
04:23Aplauso às medidas que são paliativas.
04:25E vamos trabalhar muito duro para que essas medidas possam ser superadas o mais breve possível.
04:33Quer seja, por novos direcionamentos, setores que têm uma maior facilidade ou menor trânsito
04:41de poderem encontrar novos mercados, quer seja para aqueles setores que mais nos preocupam,
04:46não só os pequenos, mas setores que a transversalidade de seus produtos é muito limitada, quer seja
04:54pelo nosso custo Brasil, quer seja pela característica de termos na relação bilateral Brasil-Estados
04:59Estados Unidos, a relação muito contributiva com relação aos produtos de manufaturados
05:05que têm um maior valor agregado, que têm uma maior tecnologia embarcada, como são de máquinas e equipamentos.
05:11Esses setores certamente vão precisar de muito mais carinho, muito mais atenção e muito mais esforço,
05:16principalmente porque o mercado não está aí disponível para nós, como estaria talvez para as commodities.
05:21E nesse aspecto, eu acho duas coisas são muito importantes, presidentes e ministros.
05:25que a gente possa ter um olho muito aguçado na defesa comercial, ela vai se tornar cada vez
05:32mais importante, não por um protecionismo e não por cometer os mesmos erros que talvez
05:37estejamos vendo no mercado internacional, mas preservarmos a nossa capacidade de resiliência
05:42e de reação da indústria nacional.
05:45Então, a defesa comercial é um ponto muito delicado a ser observado.
05:49E outro, como já está sendo feito, dá muito mais ênfase aos acordos bilaterais.
05:55Nós temos que ser um verdadeiro, uma verdadeira cruzada nos acordos bilaterais.
06:01Se for com o Mercosul, ótimo.
06:02Se não for com o Mercosul, vamos fazer acordos bilaterais, porque é aí que nós vamos abrir
06:06oportunidades e mercados para que a gente possa trabalhar.
06:09E, mais uma vez, juntos, convergentes, sem nenhum problema de termo, cada um o seu pensamento,
06:16cada um a sua ideologia, cada um a sua racionalidade.
06:19Mas, se nós colocarmos o Brasil como nação em primeiro lugar, temos certeza que podemos
06:25chegar a mais.
06:26Muito obrigado, amigos, e contem sempre com a indústria brasileira.
06:28Obrigado.
06:29Tem a palavra o presidente da Força Sindical Nacional, Miguel Torres.
06:54Vocês estão vendo, então, aí a cerimônia em que o presidente Lula vai anunciar daqui
06:58a pouquinho esse pacote chamado Brasil Soberano, para ajudar as empresas que estão tendo dificuldade
07:03em exportar para os Estados Unidos.
07:06Depois desse tarifácio aí, aplicado pelo presidente Donald Trump ao Brasil, tarifas
07:11de 50% em boa parte dos produtos que a gente exporta.
07:14Então, vai haver esse anúncio.
07:16Você está vendo aí o ministro Haddad, está vendo o presidente da Câmara, Hugo Mota,
07:20presidente Lula, vice-presidente Alckmin, presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e agora
07:26é um líder sindical quem está falando.
07:29Ministro Haddad, nosso presidente da Câmara Federal, Hugo Mota, presidente do Senado, Davi
07:36Alcolumbre, ministro Mauro Vieira, nossa ministra, Greise Hoffman, a todos e todas.
07:43Eu represento aqui o Fórum das Centrais Sindicais nesse ato muito importante.
07:49Esse passo que o senhor Zadano, o presidente Lula, junto com essa equipe, demonstra a seriedade
07:55que o governo tem no trato das suas coisas, no trato da soberania nacional.
08:02O senhor e a sua equipe têm feito um levantamento, um estudo, junto com a sociedade, como enfrentar
08:10o que veio acontecendo com esse tarifácio.
08:14Totalmente sem lógica, totalmente sem razão, e o senhor tem enfrentado isso com muita tranquilidade.
08:24E essa tranquilidade incomoda muita gente.
08:27E incomodando, nós sabemos que o senhor está no caminho certo.
08:30Então, esse pacote, que hoje chamamos de pacote, vai trazer uma tranquilidade, tanto
08:38para o setor produtivo, quanto para os trabalhadores.
08:40Também temos que garantir o emprego, a mão de obra também ativa nesse país.
08:48Não podemos esquecer disso.
08:49E está, pelo que eu vejo, está contemplado nesse pacote.
08:53Isso é muito importante para que nós possamos avançar.
08:57E capital, e trabalho, e governos unidos, podemos sim enfrentar essa loucura que estão
09:05querendo fazer com o Brasil, mas no mundo.
09:07Mas aqui parece que estão querendo pisar um pouquinho mais forte.
09:10Então, nós não podemos, nesse momento, se desunir.
09:16Então, estamos unidos na defesa do país, unidos pela nossa soberania, unidos pela nossa
09:23democracia, fortalecendo as nossas instituições.
09:27Porque só assim que nós vamos enfrentar isso.
09:30E tem um ditado, presidente, não sei quem escreveu, que diz que Deus está em todos os
09:37lugares e o diabo está nos detalhes.
09:40Mas vai ter detalhes assim, não é?
09:42Toda hora, uma coisinha vem sempre pegando no nosso pé, nós dando saltos de melhorias
09:52econômicas, na questão do emprego, na questão da nova indústria Brasil avançando, crescendo
09:59no PIB e daqui a pouco vem mais um ataque em cima de nós.
10:04Então, conte com os trabalhadores, conte com as centrais sindicais e para nós, trabalhadores
10:09e trabalhadoras, só a luta faz a lei.
10:11Obrigado.
10:25Neste momento, pronuncia-se o ministro de Estado da Fazenda, Fernando Haddad.
10:32Presidente Lula, vice-presidente Alckmin, ministros Mauro Vieira, Gleisi Hoffmann, presidente
10:45Alcolumbe, presidente Hugo Mota, grande satisfação vê-los aqui.
10:49Gostaria de saudar também a presença dos ministros Luiz Marinho e Simone Tebit, que ajudaram
10:56a construir a solução que está sendo apresentada hoje à sociedade, dizer que nós estamos numa
11:03situação muito inusitada, presidente, porque o Brasil é um país que está sendo sancionado
11:11por ser mais democrático do que o seu agressor.
11:16É uma situação inédita e muito incomum no mundo um país que não persegue adversários,
11:23não persegue imprensa, não persegue escritórios de advocacia, não persegue universidades,
11:30não persegue imigrantes legais ou ilegais, está sujeito a uma retaliação injustificável
11:37do ponto de vista político e econômico, como é o caso do Brasil.
11:41Vamos enfrentar, como já enfrentamos várias situações difíceis neste país e vamos superar
11:47mais essa dificuldade que é imposta de fora para dentro, mas infelizmente com o apoio
11:54de alguns setores radicalizados da sociedade brasileira.
11:58Nós passamos as últimas semanas sob o comando do vice-presidente Alckmin, conversando com
12:04setores econômicos para saber exatamente a escala do problema que nós estamos enfrentando,
12:12para que essa primeira medida, pode não ser a única, mas que essa primeira medida pudesse
12:17atender de pronto os setores mais atingidos pelo tarifácio de 50%.
12:22E nós procuramos fazer uma combinação.
12:29O senhor, presidente, protagonizou no Brasil a maior reforma tributária da nossa história.
12:36E o setor exportador é seguramente o setor mais beneficiado por essa reforma tributária.
12:46Ela entra em vigor no plano federal em 2027.
12:50Muitas das medidas que estão sendo tomadas aqui vão ter fôlego até 2027, porque a reforma
12:56tributária, ao entrar em vigor, ela já vai destravar muitas exportações que se tornam,
13:02pelo nosso sistema tributário caótico, impossíveis de serem realizadas.
13:06Então, a primeira medida estrutural já foi entregue antes de qualquer crise.
13:12Nós entregamos uma reforma tributária que favorece o investidor, favorece o exportador e favorece
13:22o trabalhador com a isenção de uma cesta básica ampliada de medicamentos, uma cesta de medicamentos
13:30ampliada e que vai ajudar muito o trabalhador brasileiro, que vai ganhar com a isenção
13:35do imposto de renda de um lado e com o barateamento de produtos essenciais de outro.
13:40Nós aproveitamos esse ensejo para fortalecer e, num certo sentido, recriar duas outras pernas
13:52de um arcabouço de fortalecimento das exportações, que está sendo anunciado hoje em caráter estrutural,
14:00não apenas conjuntural.
14:02O primeiro deles é um sistema de crédito voltado para exportação.
14:07Então, o nosso Fundo Garantidor de Exportações passa a contar agora, a partir de hoje,
14:13da edição dessa medida provisória com recursos liberados para financiar a custo baixo os setores
14:22afetados pelo tarifácio, mas não só.
14:27Nós vamos atender prioritariamente quem foi atingido, mas o Fundo Garantidor de Exportações
14:32passa a operar em todo o setor exportador do Brasil.
14:36Porque nós não podemos contar que todo mundo consiga resolver o seu problema.
14:40E nós precisamos continuar gerando divisas, continuar fortalecendo nossas contas externas,
14:46mantendo nossas reservas cambiais, que o senhor e a presidenta Dilma tiveram o bom senso
14:51de acumular ao longo de anos e que hoje fortalece a nossa economia, servindo de um colchão de proteção.
14:59O outro, a outra perna importantíssima para o setor exportador é o seguro.
15:05Sem seguro, você não consegue manter as exportações.
15:10E esse era outro setor absolutamente debilitado do nosso sistema voltado para a promoção das exportações.
15:19Então, agora nós vamos ter, além de um sistema tributário, em 2027, robusto,
15:26que favorece investimento e exportação, nós teremos um sistema de seguro e um sistema de crédito
15:32que vão, inclusive, contar com fundos garantidores para que o pequeno possa ter acesso ao crédito e ao seguro.
15:43Porque, às vezes, presidente, o senhor tem sido muito vocal nisso,
15:47você abre uma linha de crédito e, às vezes, quem toma o crédito é quem nem precisa do crédito,
15:52porque ele está barato.
15:53Ele vai lá e toma.
15:54O pequeno que não tem garantias, nem para uma coisa, nem para outra, fica excluído do sistema de crédito e do sistema de seguro.
16:03Então, além do fundo garantidor de exportação, nós estamos dando um suporte para a exportação e para o seguro,
16:10para o crédito e para o seguro, garantindo o pequeno e o médio exportadores,
16:16que hoje se sentem inibidos de exportar porque não têm a garantia de que vão receber.
16:21E, com esses mecanismos, nós vamos dar a todo o setor interessado em exportação condições de se mobilizar em busca de novos mercados.
16:31Então, nós vamos, se Deus quiser, não só continuar falando, ministro Fávoro, do agronegócio,
16:37mas nós vamos falar também com o Márcio França, com o Paulo Teixeira.
16:44O Real Time vai ficando por aqui. Eu quero agradecer muito a sua companhia nesta quarta-feira.
16:48E agora, quem está chegando é a Natália Liede, com o Money Times.
16:51E você vai continuar acompanhando a fala do ministro Fernando Haddad.
16:55Boa tarde a todos. O Money Times segue, então, com essa transmissão ao vivo.
16:59Esse mecanismo que o reintegra, que volta para a legislação, depois de um tempo hibernando,
17:06ele é muito importante nesse momento, porque você consegue devolver uma parte do tributo
17:14que a mercadoria exportada carrega consigo.
17:18Porque, como a reforma tributária ainda não está em vigor,
17:21nós temos um resíduo de impostos que são exportados.
17:24E isso encarece a mercadoria.
17:27Se o exportador tem a garantia de receber parte disso como crédito tributário,
17:32ele consegue baratear o seu produto e enfrentar uma concorrência internacional mais acirrada.
17:39Mas quero dizer que esse mecanismo tem prazo de validade.
17:43Em final de 26, ele perde o sentido,
17:46porque todos os exportadores estarão 100% isentos de qualquer tipo de imposto,
17:52porque não haverá cumulatividade.
17:54Tudo vai ser normalizado e o sistema da Receita Federal está pronto para entrar em vigor em 1º de janeiro,
18:02já do ano que vem, para um ano de testes.
18:05Além disso, as medidas que o vice-presidente já comentou,
18:10que é o drawback.
18:12Drawback, para quem não sabe,
18:15muitas vezes você exporta,
18:17mas para você exportar você tem que importar alguma coisa,
18:20porque nem todo componente é nacional.
18:22E muitas vezes você não tem o crédito da importação,
18:27do imposto sobre o que você importou,
18:29validado pelo Estado, devolvido pelo Estado.
18:32Quando tem, você tem um prazo para isso.
18:35Nós estamos estendendo esse prazo,
18:37justamente para que o exportador que importa para produzir,
18:41ele tenha um conforto e um horizonte
18:44de planejamento maior do que o que tem hoje,
18:48justamente para ele não perder o crédito tributário de uma eventual importação.
18:53Há outra questão, também já citada,
18:55as compras governamentais estão sendo flexibilizadas
18:58para que União, Estados e Municípios
19:00possam adquirir produtos que tinham outro destino
19:05para eventualmente atuar aqui nas políticas públicas
19:11que são conhecidas de todos.
19:13Então, os governadores e prefeitos que quiserem comprar
19:16produtos perecíveis para a merenda escolar,
19:19como é o caso do governador Helmano,
19:21que nos procurou com essa demanda,
19:23não só para o pescado, para a manga,
19:25mas para qualquer produto perecível que tinha o destino,
19:29sobretudo nos Estados Unidos,
19:31nós vamos conseguir adquiri-los
19:34e colocar aqui nos programas governamentais.
19:37Então, é uma leva de proposições
19:40que vão atenuar esse impacto inicial.
19:43Nós vamos ficar atentos ao monitorando
19:46as nossas exportações e o comportamento do mercado.
19:50Já quero lhe informar, presidente,
19:52que há setores que não estão no radar hoje,
19:55mas que podem vir a entrar no radar
19:57em função de uma agressividade muito grande,
20:01por exemplo, na exportação de algodão e soja
20:03por parte dos Estados Unidos,
20:05que está impondo compras de outros países
20:08aos seus produtos,
20:09isso pode acarretar problemas internos aqui no Brasil.
20:13Então, nós temos que estar muito atentos
20:14não só ao que está acontecendo no Brasil,
20:16mas ao que está acontecendo no exterior
20:18para nós conseguirmos acomodar
20:21o setor produtivo brasileiro,
20:23que vai continuar contando
20:25com o governo do presidente Lula,
20:27que é um entusiasta dos acordos multilaterais,
20:31bilaterais,
20:33que tem aberto mercados
20:34já pelo seu terceiro mandato,
20:36vai ter que continuar a fazê-lo daqui para frente,
20:39se torna ainda mais imperativa essa exigência
20:43e nós estaremos aqui para apoiá-lo.
20:45Muito obrigado.
20:45Obrigado.
21:04Neste momento,
21:05o presidente da República,
21:07Luiz Inácio Lula da Silva,
21:09assina a medida provisória Brasil Soberano.
21:12Boa tarde a todos, então seguimos ao vivo, né, acompanhando esse evento tão esperado, direto de Brasília, com detalhes, né, e todas as autoridades do país reunidas para detalhar esse plano de contingência em relação ao tarifácio.
21:27Felipe Machado já está aqui comigo, boa tarde para você, Felipe.
21:30Tudo bem, Natália, boa tarde, boa tarde a todos.
21:33Suas observações até agora, né, a gente vê ali representantes de todas as esferas, né?
21:37Exatamente, exatamente. A gente já tem, claro, as pessoas, os principais envolvidos, a gente tem o Fernando Haddad, ministro da Fazenda, temos o Carlos Favaro, ministro da Agricultura, temos o vice-presidente Geraldo Alckmin, que liderou essa negociação com os Estados Unidos, vem liderando, e claro, o presidente da República, presidente Lula.
21:54Agora, eu queria chamar atenção para duas figuras políticas da área política, não é tanto da área econômica, mas que chamaram atenção justamente o presidente da Câmara, Hugo Mota, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
22:04Eu chamo atenção para isso porque estamos num momento bastante delicado do ponto de vista institucional, né, a oposição fazendo muito barulho ali no Congresso.
22:13Então, é interessante e é positivo a gente ver os dois líderes das casas, né, dando apoio a esse plano, que é um plano tão importante para os exportadores brasileiros.
22:22Então, é um momento ali de união e uma certa pacificação que é super positiva, Nath.
22:27Vamos ouvir o presidente Lula agora.
22:29Porque o time do governo está passando a bola para o time da Câmara e o time do Senado.
22:38A bola está com vocês.
22:43Além de parabenizar o companheiro Alckmin e o Haddad e as equipes que trabalharam, a Gleice, o Fava e outros ministros do Rui Costa,
22:51na apresentação dessa proposta, é importante a gente dizer que a gente não pode ficar apavorado e nervoso e muito excitado quando tem uma crise.
23:08A crise, ela existe para a gente criar novas coisas.
23:12A humanidade, ela criou grandes coisas que salvaram a humanidade em tempos de crise.
23:19Nesse caso, o que é desagradável é que as razões justificadas para impor sanções ao Brasil não existem.
23:31Na questão comercial, por exemplo, é inadmissível alguém dizer que tem déficit com o Brasil quando, nos últimos 15 anos,
23:40os superávit deles foram de 410 bilhões de dólares de colocar bens e serviços.
23:47Não é pouca coisa.
23:48A segunda coisa é que aqui no Brasil nós temos um poder judiciário autônomo em que está garantido na nossa Constituição de 88
23:58e que o Poder Executivo e nem o Congresso Nacional temos nenhuma incidência com relação ao julgamento que está acontecendo na Suprema Corte.
24:06E ninguém está desrespeitando regra de direitos humanos como estão tentando apresentar ao mundo.
24:15Porque os nossos amigos americanos, toda vez que eles resolvem brigar com alguém,
24:22eles tentam criar uma imagem de demônio contra as pessoas que eles querem brigar.
24:27É assim com a América Latina, é assim com o mundo árabe, é assim com os russos, é assim com o país asiático.
24:36E o Brasil não tinha, efetivamente, nenhuma razão para ser taxado.
24:41E tampouco aceitaremos qualquer pecha de que no Brasil nós não respeitamos os direitos humanos.
24:48E que o julgamento nosso...
24:51E que o julgamento está sendo feito de forma arbitrária.
24:58Na verdade, o que nós estamos fazendo é aquilo que é feito apenas em país democrático.
25:05Julgando alguém com base em provas coletadas, em testemunhos.
25:11...unhas e com total direito de presunção de inocência.
25:20Isso é democracia elevada à sua quinta potência.
25:27Coisa que eu não tive quando eu fui julgado.
25:30E eu não reclamei.
25:32E o que é mais grave é que essa mesma gente que está sendo julgada, que tentou dar um golpe em 2008,
25:43que invadiram a série da Política Federal no dia da minha posse, da minha diplomação,
25:50que colocaram o caminhão-bomba, sabe, perto do aeroporto.
25:54Essa gente que ocupou a frente dos quartéis com a benevolência de alguns, está sendo julgada, não é por denúncia de oposição.
26:05Eu não vi nenhuma denúncia sua contra qualquer pessoa columbre.
26:09Eu não veço alguma outra.
26:11Eu não vi denúncia.
26:11Ele está sendo julgado com base nas delações e no depoimento feito por pessoas que participaram da tentativa de golpe.
26:19E eu disse ao presidente Trump, se tivesse acontecido no Brasil o que aconteceu no Capitólio, ele estaria sendo julgado aqui também.
26:30Porque aqui, depois da nossa Constituição de 88, a gente pode encontrar algum defeito.
26:37Mas a verdade é que a justiça nesse país tem que ser para todos.
26:42Para brasileiros e para estrangeiros residentes no Brasil.
26:45Para empresas brasileiras, aqui e para empresas estrangeiras radicadas no Brasil.
26:51Não poderia deixar de ser diferente.
26:54Agora, o que está sendo jogado fora é uma relação de 201 anos de história.
27:01Veja que nós relevamos até o golpe de 64.
27:05Nós nem lembramos o que foi o papel da embaixada americana aqui no Brasil.
27:10Não lembramos o que foi o papel de navio de guerra dos Estados Unidos nos nossos marcos.
27:14Tudo isso a gente, sabe, não esqueceu, mas daí não coloca mais em conta.
27:18Porque nós somos da paz.
27:21Nós somos da paz.
27:22E nesse tempo de crise, meu caralban, veja uma boa notícia.
27:26Eu acabo de ser informado pelo Fávaro,
27:29que nesse momento em que eu estou chegando à tribuna,
27:32nós estamos fazendo 400 acordos nossos em dois anos e meio,
27:38vendendo carne de boi e miúdos de boi para as Filipinas.
27:47E será assim.
27:49A gente vai continuar,
27:53através do Alckmin, através do Haddad,
27:55através do Moura, através do Fávaro,
27:57através de todos os ministros que têm setores que têm relação com os Estados Unidos,
28:02a gente vai continuar teimando em negociação.
28:06Porque nós gostamos de negociar.
28:09E nós não queremos conflito.
28:12Eu não quero conflito nem com o Uruguai, nem com a Venezuela,
28:15quanto mais com os Estados Unidos.
28:17Agora, a única coisa que nós precisamos exigir
28:19é que a soberania nossa é intocável.
28:23Ninguém depalpite nas coisas que nós temos que fazer.
28:28Falar de direitos humanos no Brasil
28:30já foi importante em outras épocas.
28:34Mas agora, antes de falar em direitos humanos no Brasil,
28:37tem que olhar o que acontece no país que está acusando o Brasil.
28:40E, com muita tranquilidade,
28:45a gente vai continuar fazendo,
28:47eu quero dizer, para os empresários, para os trabalhadores,
28:51a gente vai tentar fazer o que tiver no nosso alcance
28:55para minimizar o problema que foi causado conosco.
29:00Nós vamos fazer o que tiver no nosso alcance.
29:02Agora, a verdade é que não é possível imaginar
29:05que o governo vai substituir, sabe,
29:08os nossos parceiros comerciais.
29:11E nós vamos ter que procurar outros parceiros.
29:14Da minha parte, eu sou vendedor de qualquer coisa.
29:17Eu liguei para o Sigipim que essa semana
29:18e uma das coisas que eu falei foi dos pés de galinha.
29:22Eu não cheguei a falar de pés de galinha
29:24porque eu falei carne de frango.
29:25Mas eu sei que é pés de galinha.
29:28Está aqui a PEC, está aqui o Sebrae.
29:30Nós vamos continuar vendendo as coisas que o Brasil,
29:33se os Estados Unidos não quer comprar,
29:35nós vamos procurar outro país.
29:36Pode se preparar o banco.
29:39Eu vou para a ASEAN, sabe, em outubro,
29:42para vender coisas do Brasil lá.
29:44Pode se preparar que em janeiro já marquei com a Índia.
29:47Vamos fazer um grande evento em que eu quero levar
29:49pelo menos uns 500 empresários brasileiros para a Índia,
29:52porque é um país muito grande, muito importante,
29:57e muitas coisas para a indústria brasileira,
29:59sobretudo na questão de fármaco,
30:02a questão de inteligência artificial e a questão espacial.
30:06E a questão de defesa.
30:07Nós temos muito o que aprender com a Índia.
30:10Então, ao invés de ficar chorando aquilo que nós perdemos,
30:13vamos ficar procurando ganhar em outro lugar.
30:16O mundo é grande, o mundo está ávido
30:19para fazer negociação com o Brasil.
30:22Todo mundo sabe que nós vamos do bem.
30:25Todo mundo sabe.
30:27Que a gente não quer brigar com ninguém,
30:28que a gente faz concessões.
30:30Mas a gente não merecia isso.
30:33E o que é grave, o que é grave é que não foi só conosco,
30:36foi com muito.
30:37Muita gente dizia, mas a Índia é muito pró-americano.
30:41Eles taxaram a Índia em 50%.
30:44Ora, o que leva a isso?
30:46Posso dizer para vocês que não é comercial.
30:50Posso dizer para vocês que não tem um fundo comercial nisso.
30:52Eu acho que existe, por isso, uma necessidade muito grande
30:57de destruir uma coisa chamada multilateralismo,
31:02que é o que permitiu que o mundo tivesse um comércio mais equilibrado,
31:08uma coisa mais harmônica, feita através do OMC,
31:11que ela começou a perder valor quando os Estados Unidos
31:15saíram da negociação em 2008 por causa das eleições do Obama.
31:19Então, nós estamos em um debate que não é econômico,
31:23gente, é um debate político.
31:25É um debate político com teoria ideológica.
31:28A razão pela qual o presidente americano
31:30anuncia punir o Brasil por causa do ex-presidente,
31:34se ele conhecesse a verdadeira história,
31:37ele estaria dando parabéns à Suprema Corte Brasileira
31:41por estar julgando alguém que tratou de bagunçar
31:45a democracia brasileira.
31:47E quem está falando para vocês é o cara que mais perdeu a eleição
31:51neste país para presidente.
31:54Eu acabava de perder, voltava para casa,
31:57não ficava xingando ninguém,
31:58não ficava duvidando das urnas.
32:02Então, gente, é preciso que a gente tenha clareza
32:04do que está em jogo.
32:06O meu time de negociador está aqui.
32:08Primeira linha, nem o Real Madrid, nem o Barcelona,
32:12nem o Paris Saint-Germain chega perto do meu time de negociação.
32:15Agora, é preciso contar, do outro lado, reciprocidade,
32:19que nós não estamos anunciando reciprocidade.
32:24Veja como nós somos negociadores.
32:26Nós não queremos, no primeiro momento,
32:28fazer nada, nada que justifique, sabe,
32:32piorar a nossa relação.
32:34Nesse momento, nós estamos tentando aproximar a relação,
32:38procurando nosso parceiro.
32:39Eu já falei com a Índia, já falei com a China, já falei com a Rússia,
32:44vou falar com a África do Sul, vou falar com a França,
32:46vou falar com a Alemanha, eu vou falar com todo mundo.
32:50Para eles se darem conta do que está acontecendo no mundo,
32:52e junto aos BRICS nós vamos fazer uma teleconferência
32:56que está sendo articulada para a gente discutir,
32:59dentro dos BRICS, o que a gente pode fazer
33:02para melhorar a nossa relação entre todos os países que foram afetados.
33:07porque é importante lembrar que daqui a pouco
33:10alguém vai começar a dizer,
33:11não, o Brasil está sendo punido por causa dos BRICS.
33:16É importante lembrar que esse cara dos BRICS,
33:18que assusta eles, é simplesmente um país
33:20que o Brasil tem uma balança comercial
33:22de 160 bilhões de dólares.
33:25O dobro é que nós temos com os Estados Unidos.
33:27E nós queremos crescer mais,
33:30nós queremos vender mais e queremos comprar mais,
33:34nós queremos aprender mais e queremos ensinar mais.
33:36é assim que esse país vai se transformar num país grande.
33:40É assim que a gente vai tentar procurar as nossas alternativas
33:43para que os Estados Unidos aprendam que democracia
33:47e respeito comercial e multilateralismo vale para nós
33:51e deve valer para eles.
33:53Essa aposta que o governo americano está fazendo
33:56pode não dar certo para eles.
33:59Pode não dar certo.
34:00porque ontem eu vi no jornal
34:03que me entregaram um quilo de contrafilé
34:06nos Estados Unidos a 150 dólares.
34:09Eu não sei que carne que é essa,
34:12mas estava lá a tabela da carne.
34:15E aqui no Brasil,
34:16a gente vai continuar assustando muita gente,
34:19porque a gente vai continuar melhorando a nossa produção,
34:22seja de milho, seja de sódio,
34:24seja de frango, seja de feijão,
34:25seja de arroz, seja de café.
34:27A gente vai continuar melhorando a produção.
34:31Ninguém nunca mais falou,
34:33depois que nós chegamos ao governo,
34:35as pessoas nunca mais falaram
34:36que a produção industrial estava acabando,
34:39que a indústria brasileira estava acabada.
34:41Ou seja, o PIB industrial cresceu 3,8%.
34:44São 547 milhões de créditos para a nova indústria Brasil.
34:48Isso vai continuar acontecendo.
34:51Se os americanos não quiserem comprar,
34:53nós vamos vender para outros.
34:55Se outros não quiserem comprar,
34:56nós vamos vender para o nosso mercado interno.
34:59Nós temos um mercado interno poderoso.
35:02O que nós precisamos é explorar o nosso potencial.
35:05Eu fico imaginando, Adal,
35:06que parte das frutas que a gente exporta para os Estados Unidos,
35:10o mercado carioca, o mercado mineiro,
35:12o mercado gaúcho, o mercado paulista,
35:15o mercado do Brasil está à inteira disposição
35:18para comprar essas frutas e comer.
35:21Qual é o problema?
35:23Se a gente não tiver mercado interno,
35:24vamos procurar outro mercado.
35:26Eu não tenho nenhum problema
35:27de andar com uma caixa de uva na cabeça,
35:29uma caixa de mango, uma caixa de amacaxi.
35:31Só não vou carregar uma caixa de jaca,
35:33porque aí é muito pesado.
35:35Mas eu já andei com um carro verde
35:37dois anos para a Europa,
35:39mostrando que a gente ia produzir um carro verde.
35:42Então, se quer negociar etanol,
35:44nós negociaremos.
35:47Se quiser negociar etanol,
35:48não coloque o problema nisso,
35:49porque nós estamos dispostos a negociar.
35:51Produzimos mais e melhor do que eles.
35:53E queremos negociar.
35:56Agora, quem não quer negociar são eles.
35:59Quem está com bravata são eles.
36:02Os meus bravateiros,
36:04está aqui, olha a cara do álcool.
36:06Foi chamado até de Pancho Xanxa ali,
36:08não sei por que é, Sancho Panxa.
36:11Fizeram bullying com você,
36:13e você deve processar o cara que fez bolo com você.
36:17E olha o Haddad,
36:18como está ferido a vida, sorrindo.
36:20Olha o Great Hoffman,
36:22olha o Mauro Vieira.
36:23Esse é o time meu de bravata,
36:25para brigar.
36:26Esse time só sabe negociar.
36:28Agora, também,
36:29o meu time não tem medo de brigar.
36:32Não tem medo de brigar.
36:34Se for preciso brigar,
36:35a gente vai brigar.
36:36Mas, antes de brigar,
36:38a gente quer negociar.
36:40A gente quer vender e quer comprar.
36:41Para os Estados Unidos e para o resto do mundo.
36:44Por isso,
36:44Alckmin,
36:45Haddad,
36:46Cleit,
36:46Mauro,
36:47parabéns pelo que vocês fizeram até agora.
36:50E, Fábio,
36:50continue vendendo.
36:51Continue vendendo,
36:52porque o Brasil precisa vender.
36:54E eu tenho orgulho
36:55de apenas dois anos e meio
36:57a gente ter aberto
36:59quatrocentos novos mercados.
37:01E mais orgulho eu tenho ainda
37:02que com apenas dois anos e meio
37:04nós acabamos outra vez
37:07com a fome no Brasil.
37:09Isso é motivo de orgulho
37:10de um governo que trabalha.
37:13Meu caro...
37:14Meu caro Davi,
37:19meu caro Hugo Mota,
37:20companheiros deputados,
37:21senadores e deputadas,
37:23a bola está com vocês.
37:26Quanto mais rápido vocês votarem,
37:29mais rápido os prejudicados
37:31serão beneficiados.
37:32E nós também estaremos dando ao mundo
37:34uma saída,
37:35porque muitos países
37:36estão na mesma dificuldade
37:37que o Brasil.
37:38Então, estamos mostrando
37:39e é assim que se faz.
37:41E se tiver mais coisa,
37:42nós vamos fazer.
37:43Se tiver mais coisa,
37:44nós vamos fazer para os trabalhadores.
37:46Porque nesse país,
37:47a gente aprendeu.
37:48Ninguém larga a mão de ninguém.
37:50Um abraço e boa sorte.
37:55Apenas agora, então,
37:58a fala do presidente Lula,
38:00que veio na sequência
38:01do ministro da Fazenda,
38:02Fernando Haddad,
38:03todas as autoridades por ali.
38:05E a gente aguarda agora
38:06detalhes mesmo,
38:07para a gente poder esmiuçar
38:08esse plano de contingência.
38:10Mas, por enquanto,
38:10com o que a gente tem até agora,
38:11Felipe,
38:12qual é a sua percepção,
38:13a sua análise?
38:14Bom, acho que o principal dado
38:15é um dado até que já tinha sido antecipado,
38:1730 bilhões.
38:18Isso.
38:1830 bilhões nesse plano de contingência
38:20para ajudar as exportações brasileiras
38:22a enfrentarem esse tarifácio
38:23do presidente Donald Trump.
38:25Natália, eu queria dividir
38:26esse comentário em duas partes.
38:28Quer dizer,
38:28a fala do presidente Lula,
38:29na verdade, em duas partes.
38:30Primeiro, teve um lado
38:31que foi o lado correto,
38:33o lado do business em si,
38:35do comércio,
38:36que ele falou,
38:37não, o Brasil tem que melhorar,
38:39o Brasil continua,
38:40quer negociar,
38:41o Brasil abriu muitos mercados.
38:43Ele citou bons números da economia
38:45em relação à exportação,
38:47novos mercados,
38:48falou sobre a China,
38:49que está ampliando uma exportação,
38:51por exemplo,
38:52de frango,
38:53de pés de galinha,
38:54na verdade, especificamente,
38:55mas, enfim,
38:56de frango para a China.
38:57Citou alguns outros dados de comércio
38:59que são todos muito positivos.
39:00E o outro lado dessa conversa
39:01é o lado político
39:02que o presidente Lula
39:03vem insistindo bastante
39:05e que vem, de certa forma,
39:06fazendo sentido para ele politicamente,
39:08porque a aprovação do seu governo
39:11está melhorando.
39:12Melhorou, é.
39:13Melhorou,
39:13as pesquisas têm mostrado isso,
39:15justamente devido a esse tom
39:16um pouco mais político
39:17de embate
39:18que ele está trazendo.
39:21Entre essa,
39:21nessa parte mais política,
39:23ele teve uma frase
39:25que eu acho que é um destaque
39:26que eu gostaria de trazer,
39:27que eu achei que foi
39:28um pouco mais polêmico,
39:30que ele falou o seguinte,
39:30se o presidente Donald Trump
39:31tivesse feito
39:33o 6 de janeiro,
39:35que foi aquela,
39:35foi mais ou menos
39:36como o 8 de janeiro
39:37aqui no Brasil,
39:38mas foi lá nos Estados Unidos
39:39onde ele incitou um pouco
39:41a população a invadir,
39:42eles invadiram ali o Congresso
39:44também americano.
39:45O presidente Lula falou assim,
39:45se ele tivesse feito isso no Brasil,
39:47ele teria sido punido.
39:49Então,
39:49essa comparação
39:50do caso do presidente Trump
39:52com o 6 de janeiro
39:53lá nos Estados Unidos
39:55e o 8 de janeiro
39:55aqui no Brasil,
39:56essa comparação
39:57a gente tem feito aqui
39:59e ela faz muito sentido,
40:01no sentido assim,
40:02o presidente Donald Trump
40:02não gosta
40:03dessa punição
40:05ao presidente Bolsonaro
40:06porque remete muito
40:07ao que ele mesmo
40:08de certa forma
40:09também fez nos Estados Unidos.
40:10Então, quer dizer,
40:11se os países começarem
40:12a punir
40:13líderes políticos
40:15que incitem
40:15a população
40:17a talvez
40:18tomar decisões
40:19ali
40:19contra a democracia
40:21e tudo mais,
40:22se a moda pega,
40:22isso poderia inclusive
40:23afetar até o próprio
40:24presidente Donald Trump.
40:25Mas enfim,
40:26então essa colocação
40:27do presidente Lula,
40:28além de outras
40:29que ele fez
40:29em relação à política,
40:31chamando atenção
40:32para o corpo
40:33de negociadores,
40:34nós gostamos
40:34de negociar,
40:35mas também
40:35se precisar brigar
40:36nós sabemos brigar,
40:38esse tipo de retórica
40:39é uma retórica
40:40que funciona
40:40até do ponto de vista
40:41interno,
40:42mas que não causa
40:43uma boa impressão
40:45nos seus interlocutores
40:46no exterior.
40:47Como as relações
40:48Brasil-Estados Unidos
40:49estão muito delicadas,
40:50eu acho que qualquer frase
40:51desse sentido
40:52acaba colocando
40:52um pouco mais
40:53um excessivo...
40:55Lenha na fogueira.
40:56Lenha na fogueira,
40:56para usar uma expressão
40:57bem popular,
40:58wood in the fire,
41:00para usar uma expressão
41:01mais trampinha.
41:03indivíduos,
41:04mas enfim,
41:04eu acho que
41:05esse tom mais político
41:07funciona para o público
41:08interno,
41:09mas acho que o presidente Lula
41:09também precisa tomar
41:11um pouco de cuidado
41:11para não exagerar
41:12nas críticas ao governo
41:13americano e fechar
41:14totalmente as portas
41:15que é o que ninguém quer.
41:17Exatamente.
41:18Me chamou também a atenção
41:18o fato que...
41:19Bom, ele conversou
41:20essa semana,
41:21foi ontem com o Xi Jinping,
41:22ontem, anteontem.
41:23É, ao longo dessa semana
41:24com o presidente Xi Jinping
41:25e com o presidente Modi
41:26também da Índia.
41:27Isso, e citou fortemente isso,
41:29né, desse empenho
41:29em estreitar as relações
41:30ali com a Índia,
41:32disse que vai levar,
41:33pretende levar um grupo
41:34de empresários
41:35e fazer muitos negócios
41:36com a Índia também.
41:37Então, esse fortalecimento
41:39das outras frentes, né,
41:40de negociações.
41:42Exatamente, Nath.
41:42Então, você lembrou
41:43uma coisa legal.
41:44Então, quer dizer,
41:44além desse tom político
41:46mais interno
41:46e do tom, vamos dizer assim,
41:48falando sobre o comércio,
41:49tem esse outro tom
41:51que é uma coisa,
41:52que é uma tentativa,
41:53talvez,
41:53de transformar.
41:55Na verdade,
41:55o que eu acho
41:55é que o próprio
41:57presidente Trump,
41:58mesmo de forma sem querer,
42:00ele acabou transformando
42:01o BRICS
42:01num grupo político real,
42:03né, porque antes
42:04era apenas uma sigla ali
42:05de países meio amontoados
42:07com algumas coisas em comum,
42:08algumas tentativas e tal.
42:10Mas essa reação
42:11dos países do BRICS
42:12ao tarifácio do Donald Trump
42:13acabou, de certa forma,
42:14unindo os BRICS.
42:16E se alguma coisa positiva
42:18pode sair disso,
42:19é, eu acho que principalmente
42:19na relação entre Brasil e Índia,
42:21que são duas grandes potências
42:22econômicas,
42:23que tem muito pouco
42:24comércio entre si.
42:25Então, acho que Brasil e Índia,
42:27o presidente Lula falou agora,
42:28como a Natália lembrou bem,
42:29que pretende levar
42:30um grupo de empresários
42:32para lá,
42:32isso é super positivo,
42:34porque Brasil e Índia
42:35tem muitas áreas complementares
42:37na área de infraestrutura,
42:38área de tecnologia,
42:39área de agricultura,
42:40claro,
42:41que são complementares
42:42e que podem criar realmente
42:44uma parceria
42:44que não existia até então.
42:46Então, quando você tem,
42:47de certa forma,
42:48um inimigo em comum,
42:49que no caso é os Estados Unidos,
42:50aplicando essas tarifas
42:51contra o resto do mundo,
42:52você acaba se unindo.
42:54Isso pode ter fortalecido
42:55as relações tanto com a China,
42:57que já eram fortes,
42:57quanto com a Índia,
42:58que praticamente não existiam,
42:59Natália.
43:00Tá certo.
43:00Bom, e claro que ao longo
43:01dessa edição do Money Times
43:02a gente vai voltar a falar
43:04sobre tarifácio,
43:05sobre plano de contingência,
43:07enfim,
43:08então,
43:08não perca,
43:09porque virão aí
43:10mais entrevistas
43:11e mais análises
43:12e muito mais detalhes.
43:13Obrigada por enquanto, Felipe.
43:14e aí,
43:15e aí,
43:15e aí,
43:16e aí,
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