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A pressão sobre o aumento do IOF cresce. Os bancos apontam alta de até 40% no custo do crédito. O ministro Fernando Haddad articula com o Congresso, mas enfrenta resistências e rumores sobre sua permanência no cargo. Veja a análise de Mariana Almeida no Agora.

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00:00Porque o governo está acuado, ministro Fernando Haddad recebendo pressão de todos os lados
00:05e já estuda rever mais pontos aí desse aumento do IOF.
00:09Então nós vamos direto para Brasília ao vivo falar sobre esse assunto com a repórter Fernanda Sete,
00:14que já está aqui no nosso telão.
00:17Fernanda Sete, muito bom dia para você.
00:19Ontem foi a vez dos bancos procurarem a equipe econômica, representantes do Itaú, Bradesco, Santander,
00:26BTG Pactual se reuniram para pedir aí uma revisão desse aumento do IOF.
00:32E o Haddad já foi falar também com os presidentes de Câmara e Senado,
00:36dizendo o seguinte, que se derrubarem essa medida, o país corre risco.
00:42Seja bem-vinda agora, Fernanda.
00:46É isso mesmo, Eric Klein.
00:48Bom dia para você e para todo mundo que nos acompanha.
00:50Essa quinta-feira foi bastante movimentada aqui em Brasília.
00:53E o tema central, claro, foi o aumento do IOF.
00:58Ontem mesmo, como você falou, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
01:03participou de uma reunião na residência oficial da Câmara dos Deputados,
01:08que contou com a presença do presidente da Casa, Hugo Mota,
01:11com o presidente também do Senado Federal, Davi Alcolumbre,
01:15dentre outras autoridades, para discutir exatamente isso.
01:18Como resolver essa questão da melhor forma sobre o aumento do IOF.
01:25Nessa reunião, na residência oficial, também estavam presentes os líderes do Senado,
01:30o senador Jax Wagner, e também o líder da Câmara dos Deputados,
01:35deputado José Guimarães, e também da ministra de Secretaria de Relações Internacionais,
01:40Glaise Hoffman.
01:41Então, o debate central entre as autoridades na residência oficial
01:44foi, de fato, o aumento do IOF, que vem movimentando, não só o mercado financeiro,
01:50mas, assim, toda a classe política.
01:54Então, ontem, o Davi Alcolumbre falou em sua sessão, no plenário do Senado,
01:59falou o seguinte, que o Congresso estaria, sim, disposto a derrubar mais essa decisão do governo federal.
02:06Essas foram as palavras usadas pelo presidente do Senado, o senador Davi Alcolumbre.
02:12E, pela manhã, ontem também, como eu falei, um dia movimentado aqui em Brasília,
02:15com relação a essa discussão do aumento do IOF.
02:18Pela manhã, o ministro da Fazenda, juntamente com a sua equipe econômica,
02:22se reuniu com o presidente da FEBRABAN, Isaac Cisner,
02:25e representantes de diversos bancos públicos para tratar desses impactos do IOF,
02:32principalmente na contratação de crédito pelas empresas.
02:37Ontem, o tema central, essa reunião do Ministério da Fazenda,
02:40foi para tratar exclusivamente da contratação de crédito pelas empresas.
02:45E, segundo o presidente da FEBRABAN,
02:47essas medidas podem causar uma elevação de 14,5% e 40% nas operações de curto prazo.
02:56Isaac Cisner destacou também que a FEBRABAN considera um equívoco
03:01essa medida do governo federal em elevar o IOF.
03:06E ele falou o seguinte, pontuou ainda que o equilíbrio das contas públicas,
03:10das finanças públicas, não pode depender do aumento de impostos.
03:15Vale ressaltar também que esse decreto do governo federal
03:19estabelece mudanças não só na contratação de crédito para as empresas,
03:23mas sim operações de previdência e também de câmbio.
03:28Vale ressaltar também que o presidente da FEBRABAN pontuou também outra questão
03:34e falou o seguinte, que a gente precisa debater isso com mais cautela,
03:39a gente precisa debater isso com o Congresso Nacional, com os outros setores,
03:43mas ontem mesmo, na reunião, nós não tratamos dessa questão
03:47voltada para a previdência e para o câmbio.
03:49Ontem foi tratada apenas a questão da contratação de créditos para as empresas.
03:55E na visão da FEBRABAN, as micro, pequenas e médias empresas
03:59são as que mais vão sentir o impacto desse aumento do IOF.
04:04Ele falou o seguinte, que as micro, pequenas e médias empresas
04:08são as principais, os principais setores que vão realmente sentir
04:12esse impacto da elevação do imposto sobre operações financeiras do IOF,
04:17principalmente por demandarem mais linhas de crédito a curto prazo, no geral.
04:23Já o secretário do Ministério da Fazenda, Dário Durigan,
04:26falou também que o governo federal e a equipe econômica
04:30estão dispostos a debater as medidas, a dialogar com diversos setores
04:34e também com o Congresso Nacional.
04:38Algo que os parlamentares viam falando ao longo da semana
04:41que sentiram falta dessa articulação do governo federal,
04:45desse diálogo entre o governo federal e o Congresso Nacional e os parlamentares,
04:50e que essa medida foi tomada de forma unilateral.
04:53Muitos parlamentares que eu conversei falaram sobre isso,
04:56que a medida foi unilateral do governo.
04:58E ontem o governo federal já mudou a sua posição,
05:01já falou que está aberto a dialogar, a tratar dessas medidas com diversos setores
05:06e também com o Congresso Nacional.
05:09O secretário pontuou também que não cogita alterar as emendas parlamentares
05:13para reverter alguns pontos do decreto do IOF.
05:17Vale ressaltar também que no Congresso Nacional,
05:20como a gente falou aqui,
05:21há uma forte resistência para derrubar essa medida do governo federal
05:27que aumenta o IOF.
05:29E hoje está prevista, nesta quinta-feira,
05:31uma reunião de líderes, tanto no Senado Federal quanto na Câmara,
05:36para tratar justamente deste assunto.
05:39Lembrando que tanto na Câmara quanto no Senado
05:41foram protocolados projetos de decretos legislativos
05:45para derrubar, de fato, essa medida no Congresso.
05:48Então, hoje está prevista esta reunião
05:51nas duas casas, na Câmara e no Senado,
05:54onde os parlamentares vão se unir, se reunir,
05:57juntamente com os líderes, com o presidente de ambas as casas,
06:00para tratar como será resolvida essa questão,
06:04principalmente agora que o governo federal
06:06deu uma abertura para o Congresso,
06:08para dialogar com o Congresso,
06:10coisa que não tinha acontecido há dias atrás.
06:13Eu volto com você, Eric Klein.
06:15Obrigado, Fernanda Sete, pelas suas informações.
06:17Bom trabalho aí direto da capital federal.
06:20Mariana Almeida, a gente vai mostrar então agora,
06:22preparei uma arte aqui,
06:24para mostrar o porquê que os bancos pressionam também
06:27pela derrubada do aumento do IOF.
06:31Por quê?
06:31Porque o custo do crédito, segundo a Febraban,
06:34pode aumentar em 40%.
06:36E aí, o consumidor não vai pedir um financiamento
06:40e a gente sabe que boa parte dos rendimentos dos bancos
06:44vem dos juros de empréstimos, de financiamento.
06:47Isso poderia colocar em risco também futuros balanços,
06:51futuros lucros e fechamentos dos bancos.
06:53Então, isso aqui, o custo do crédito poderia aumentar,
06:55segundo a Febraban, 40%.
06:57Também temos um custo ali para os bancos do risco sacado,
07:01que poderia crescer de 7% a 10% às operações.
07:05As operações ficariam mais caras de 7% a 10%.
07:08O risco sacado é uma antecipação de recebíveis.
07:11Então, o banco vai lá...
07:11Aqui está no varejo também, né?
07:13É isso.
07:13Vai lá, adianta ali para o fornecedor e assume o risco do pagamento do cliente.
07:17Isso poderia aumentar também.
07:19Então, aumenta tudo, né?
07:22Aumenta tanto para o produtor, setor produtivo, para o banco,
07:26e aí o governo sofre essa pressão para derrubar essa medida.
07:30Tarifas, impostos, eles vão na composição de preço dos produtos
07:34e entra com...
07:35Quando você tem qualquer ajuste do ponto de vista de alíquota,
07:37vai aumentar o preço.
07:38Nesse caso, como você está trazendo aqui,
07:40eu estou aumentando o preço do produto que vendem os bancos,
07:43de uma parte dos produtos que vendem os bancos.
07:45E aí, como aumenta o preço, cai a demanda,
07:47porque eu tenho menos gente que vai conseguir acessar
07:49e ter uma atividade econômica rentável
07:51com esse nível de...
07:52Com esse patamar aqui de valorização, de custo, né?
07:56E aí, com isso, o banco pode ter uma perda.
07:58Agora, é importante lembrar que tem vários componentes aqui, né?
08:01Uma das componentes que faz esse crédito ficar tão alto
08:03é também a taxa de juros.
08:05Sim.
08:05Então, tem um pouco uma pressão, tem um jogo aqui
08:08que tem que tomar cuidado no processo de posicionamento em relação a ele.
08:11E aí, é realmente tentar ter o respiro para isso.
08:14Por quê?
08:14Porque se eu promovo um problema fiscal,
08:17não assumo essa proposta do governo de ampliação do IOF.
08:21Com isso, eu vou para o corte de gastos,
08:23que pode não derreper...
08:25Pelo menos o ministro Fernando Haddad está dizendo
08:27que está chegando no limite do que é possível fazer.
08:30E aí, você tem um problema de pressão fiscal,
08:32onde você não alcança a meta zero
08:34deixando de aumentar o IOF.
08:37E aí, o que acontece?
08:38O Banco Central vai se sentir pressionado a fazer o quê?
08:40Aumentar os juros.
08:41Então, este custo aqui pode ser que, de um lado ou de outro, vá aumentar.
08:44Se você não tiver uma solução convergente com algum grau de confiabilidade,
08:51credibilidade da solução para que a fazenda diga, vai dar...
08:54Vai subir aqui, seja pelo lado do IOF, seja pelo lado da taxa de juros.
08:58Porque o custo do crédito é algo realmente altíssimo.
09:01É um problema.
09:02Claro, os bancos vendem isso,
09:03mas também acabam tendo um ganho com um custo mais alto.
09:06Bancos que têm demonstrado balanços bastante robustos.
09:10Então, também precisaria ver qual é a capacidade de apertar margem,
09:13seguir vendendo o seu produto,
09:15que são esses produtos financeiros,
09:17apesar do aumento de tarifas, de impostos.
09:21Claro, nesse momento, o mercado está super sensível.
09:23É um ambiente de muita sensibilidade.
09:26Você vê a quantidade de agentes econômicos fazendo a pressão.
09:29Mas é isso.
09:30Não parece que tem uma solução muito fácil para desfazer esse nó
09:33no curtíssimo prazo que é exigido.
09:35Então, acho que esse é o problema,
09:36que a Haddad está com a batata bem quente na mão.
09:38É, e o Haddad está com a batata bem quente
09:40e a situação dele não está muito confortável no Ministério da Fazenda,
09:44no cargo, porque já começam também nos bastidores
09:48a articular talvez uma troca.
09:52Eu ouvi um zoom, zoom, zoom em Brasília
09:53que ganhou força ao nome do Aloysio Mercadante,
09:56hoje é presidente do BNDES.
09:58E o Mercadante já falou, por exemplo,
10:00que ao invés da alta do IOF poderia taxar mais as bets.
10:05Então, já começou a jogar algumas coisinhas
10:07que agradariam mais o mercado.
10:09Não sei se isso vai acontecer,
10:11se o mercado aprovaria essa troca durante o jogo,
10:15mas existe aí já um zoom, zoom, zoom.
10:18Então, o Haddad já começa a não estar 100%
10:24para o mercado financeiro e para o governo.
10:27A gente sabe que tem a briga da Glaze Hoffman,
10:30hoje ministra das Relações Institucionais,
10:33que tem ali o fogo amigo contra a Haddad.
10:35e Aloysio Mercadante agrada mais essa ala, vamos dizer, do PT.
10:40Puro sangue, né?
10:41É, puro sangue, exatamente.
10:42Então, acho que tem uma questão importante que você está trazendo,
10:44que é assim, eu estava falando de um problema difícil
10:47do ponto de vista de equilíbrio das finanças públicas.
10:50Além dessa questão técnica e política,
10:52mas que está focada nas contas da parte da fazenda,
10:56tem o contexto.
10:57Em que ambiente que isso está acontecendo?
10:58Um ambiente onde o governo está super pressionado.
11:00E a imagem é arranhada.
11:01É isso, a imagem está arranhada, popularidade em baixa,
11:04dentro do governo, a gente sabe que tem diversos
11:06processos de fogo amigo, que a gente chama.
11:09Há pouco tempo teve lá o questionamento,
11:11lembra, a crise da viagem de Lula lá na China,
11:15aquela relação ataque contra a Janja,
11:17tem várias atividades ali quentes,
11:19e no meio disso o Haddad é um fio que sempre foi
11:21incômodo para essa ala do PT.
11:23Então, exatamente, nesse cenário,
11:26como ele vai se desdobrar,
11:27qual que vai ser o final posição do Haddad e quem que vem,
11:29certamente é um problema que está começando a chegar
11:32perto da porta.
11:33Vamos ver se isso aumenta ou reduz a instabilidade.
11:36É isso aí.
11:37E a gente continua falando de IOF, Maria Almeida,
11:39porque o governo federal vai resgatar
11:42R$ 1,4 bilhão do Fundo Garantidor de Operações
11:46e do Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo
11:50para compensar o recuo parcial da alta do IOF.
11:54A informação partiu do Ministério da Fazenda.
11:57De acordo com a pasta, o secretário do Tesouro Nacional,
12:00Rogério Seron, enviará ao Banco do Brasil
12:03e à Caixa Econômica Federal um ofício solicitando
12:06o resgate dos recursos.
12:09Conversas de bastidores garantem que a equipe econômica
12:11propôs um bloqueio de R$ 33 bilhões nas despesas
12:16ante os R$ 31 bilhões anunciados na semana passada
12:19como forma de equilibrar as contas após a renúncia
12:23das receitas decorrente da revisão da medida.
12:28Mariana Almeida, esse anúncio de um contingenciamento
12:32um pouquinho maior do que aquele anunciado
12:34pode vir aí amanhã, passando de R$ 31 para R$ 33 bilhões,
12:41inclusive já pensando em alguma coisa que tem que recuar
12:45um pouquinho mais nas outras medidas do IOF.
12:47o governo está tentando achar alternativas para fechar as contas
12:53e garantir a política de ajuste fiscal.
12:57Pois é, e essa etapa que deve vir entre hoje e amanhã
13:00de onde então?
13:01Onde você vai cortar os R$ 31 bilhões, R$ 33 bilhões agora?
13:05Me parece fundamental e muitas vezes secundarizado.
13:07Quer dizer, quais são os efeitos do corte de gastos?
13:10Quer dizer, que políticas deixam de ser feitas?
13:11Porque não é uma tabela, né?
13:13Tem alguma política de fato por trás.
13:14E aí conseguiam entender qual que é o impacto mais geral
13:17na economia de cada corte?
13:19Porque a gente tem pressões que foram inclusive demandadas
13:21pelo próprio mercado, né?
13:22Vamos lembrar, por exemplo, o plano safra.
13:26Também entra como custo e teve toda essa pressão para aumentar.
13:29Tem algumas ações aí que importam para quem está fazendo negócio,
13:32quem está na atividade econômica, que fazem parte do ambiente aí
13:36de despesas públicas e que são possivelmente também alvos aí,
13:41não estou dizendo que vai ser o plano safra, né?
13:42Porque isso já foi pactuado, mas é isso.
13:44O gasto público, ele não é só, muitas vezes a gente pensa que é só a máquina,
13:48não é máquina, né?
13:49É um conjunto de gastos que precisa ser analisado
13:51e o governo, às vezes, não tem ferramentas suficientes
13:54para fazer esse corte de maneira bem feita.
13:56Não tem um sistema de avaliação que tem conseguido informar
13:59quem faz o corte do impacto que isso vai gerar.
14:02Então, essa parte, às vezes, ganha menos destaque,
14:04mas pode ser fundamental não só para o crescimento de agora,
14:07mas para o crescimento depois da economia brasileira.
14:09Então, vale a pena continuar observando para entender
14:12o que o governo realmente consegue cortar
14:13sem impactar mais negativamente ainda o cenário como um todo.
14:17Mariana Almeida, mas só para a gente amarrar,
14:19nós temos aí uma polêmica em meio a esse ajuste fiscal,
14:22corta daqui, corta dali,
14:24porque o Congresso aprovou um aumento para o servidor público federal
14:28de 73 bilhões de reais, eu falei certo,
14:3173 bilhões de reais nos próximos três anos.
14:34Não estou dizendo aqui que não precisa ter o aumento,
14:37todo mundo precisa ter aumento de salário,
14:38há uma defasagem.
14:39Agora, neste momento de ajuste, corta aqui, corta dali,
14:43tenta achar alternativa, aumenta impostos.
14:45O Congresso aprovar 73 bilhões de reais nos próximos três anos
14:50de reajuste para o servidor público federal,
14:53acho que cria um mal-estar, né?
14:56Pois é, aumento agora do servidor,
14:58mas também não conseguir atuar sobre super salários,
15:02que é um tema importantíssimo, ou seja, tem muitas variações
15:05e desvios do ponto de vista de privilégios nesse bolo todo aí
15:08da despesa pública.
15:10Isso é um calcanhar de aqueles e isso quebra com a credibilidade
15:13possível desse tipo de anúncio.
15:15Porque é isso, onde poderia ser mais eficiente?
15:17Por isso que eu estava trazendo, vamos olhar esses 33 bilhões aí com calma
15:20para saber se eles estão pegando onde pode pegar,
15:23porque é claro que tem bons gastos ainda na máquina pública
15:25e tem maus gastos.
15:27E aí, quando a gente só olha muito na superfície,
15:30você fica sem condição de saber, e aí, todos os servidores são iguais?
15:33Será? Será que a gente consegue tratar tudo da mesma maneira?
15:35Quais são as categorias e as carreiras que estão mais defasadas
15:39ou menos defasadas?
15:40De novo, e os super salários?
15:42Existem alguns super salários muito altos,
15:44diversos servidores ganhando acima do teto, né?
15:47Por mecanismos de gratificação que vêm lateralmente
15:50e isso parece que não consegue entrar.
15:52Às vezes o governo fala, mas é que o valor é menor,
15:54não vai cobrir o rombo.
15:55Não cobre inteiro, mas parte para parte,
15:58isso vai fazer uma diferença e mais do que isso, é um sinal.
16:01Tem uma coisa que acho que você está trazendo,
16:03que é um sinal que a economia brasileira precisa,
16:06de dizer, não é tempo de privilégio,
16:08é tempo de ajuste, mas um ajuste que seja consistente
16:11e com equidade para todo mundo.
16:13Então, se é para não ser garantia,
16:15se é para fazer cortes, se é até para aumentar imposto,
16:17que garantias que a gente tem de que os privilégios
16:19já foram todos olhados e foram revisados
16:21e que isso vai realmente para um bom gasto?
16:24Sem essa garantia, a movimentação que o governo tenta fazer
16:27sempre fica com essa cara de alguma coisa
16:29que só vem a prejudicar.
16:31Então, restabelecer confiança a partir de uma lógica
16:34mais consistente do olhar sobre o gasto
16:36provavelmente seria um passo que deveria vir antes
16:39desses movimentos de tentar ainda aumentar imposto
16:41ou aumentar, de maneira, neste momento, justamente agora,
16:47a aprovação do ganho dos servidores adicional.
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