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Após divulgar o relatório de política monetária, Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, afirmou que a inflação não deve convergir à meta até 2027 e que o corte do IOF levará a novos bloqueios no orçamento. Acompanhe a análise de Mariana Almeida.

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Transcrição
00:00Depois da divulgação do relatório da política monetária, o presidente do Banco Central deu mais detalhes sobre as projeções.
00:08O repórter Eduardo Geyer acompanhou.
00:11No documento, a autoridade destacou que não vê convergência da inflação à meta, que hoje é de 3%, até o quarto trimestre de 2027.
00:20O Banco Central também revisou para cima a sua projeção de crescimento do PIB brasileiro em 2025, desta vez de 1,9% para 2,1%.
00:31Após a publicação do relatório, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, concedeu uma coletiva de imprensa.
00:38Em meio à queda de braço entre o governo e o Congresso em torno da política fiscal,
00:44Gabriel Galípolo avaliou que é muito positivo ter o tema como o centro dos debates no Brasil,
00:49apesar de ocorrerem o que ele chamou de dores do processo democrático.
00:55Ele destacou que endereçar a questão fiscal é algo muito importante para que se encontrem alternativas
01:00que possam colocar a dívida pública brasileira em uma trajetória mais sustentável.
01:06Ele também afirmou que a queda do decreto do IOF, que foi ordenada pelo Congresso Nacional,
01:12significará novos congelamentos no orçamento da União, de acordo com as regras do arcabouço fiscal.
01:19O presidente do Banco Central também disse durante a coletiva de imprensa que não pode afirmar
01:24por quanto tempo o Brasil manterá os juros altos e que todas as autoridades monetárias do mundo
01:31têm evitado traçar cenários neste momento.
01:35Em relação ao processo de compra de 58% do Banco Master pelo BRB,
01:40o presidente do Banco Central afirmou que ainda aguarda outras informações para que possa fazer a sua análise.
01:48O Banco Central precisa dar aval a essa operação que já recebeu o ok do Cade.
01:54Vamos ouvir um trecho então do que disse o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo,
01:58após a divulgação do relatório de política monetária.
02:01Quando saíram as medidas do IOF, começou todas aquelas discussões sobre o quanto aquilo representava de aperto monetário.
02:08O Banco Central tende a ter uma função reação distinta, ele tende a não querer fazer mudança nos dados de inclusão e incorporação
02:16sem a gente ter uma consolidação e uma certeza maior, justamente para não agregar mais volatilidade no processo.
02:23E acho que essa estratégia tem se demonstrado uma boa estratégia para a gente.
02:28E aí, sobre o tema do IOF e a correlação com a neutra, eu acho que nesse caso talvez não se aplique,
02:40porque se a gente pegar o que o próprio governo vem dizendo através dos ministros,
02:47a ministra Glaze falou isso, o ministro Fernandade falou isso, na ausência da medida do IOF,
02:51o que foi dito é que teria que se fazer um bloqueio, um contingenciamento ainda maior.
02:56Foi isso que foi dito.
02:59Então, dentro da regra do arcabouço, é isso que você deveria fazer.
03:03Então, nesse caso, da mesma maneira como os outros, a gente precisa esperar para ver qual vai ser o desdobramento final,
03:08para que a partir daí a gente veja como é que isso vai impactar a inflação corrente e as expectativas.
03:13Mas o sinal hoje é muito mais um sinal sobre qual é o resultado no curtíssimo prazo,
03:19para o ano fiscal de 2025, essa é a discussão que está ocorrendo ali.
03:25E a reação que foi apresentada ao longo da semana por parte dos ministros é que isso provocaria,
03:30pela regra do arcabouço, um contingenciamento e um bloqueio maior.
03:34Mariana Almeida, mais do que a fala do presidente do Banco Central, Gabriel Galipo,
03:39essa imagem dele, passando assim a mão na testa, enquanto ele fala do IOF,
03:45ilustra bem ali o momento do governo.
03:48Claro que foi uma coincidência, mas ele faz assim, né, para falar do IOF,
03:55você vê que é mais ou menos isso, o governo deve estar assim, o que eu faço agora?
03:59Porque tem uma conta para fechar aqui e não estou conseguindo.
04:03É, o que eu acho que o Galipo até tentou ver o copo ali meio cheio,
04:07quando ele menciona a questão de, o país está discutindo,
04:11a gente está entrando de maneira mais séria na questão das metas fiscais
04:15e buscando alternativas que contemplem os diferentes interesses
04:19e as diferentes visões que se tem sobre o processo de desenvolvimento brasileiro, né,
04:23achando quais são as alternativas.
04:25E não cabe a ele, embora ele tenha coçado a testa,
04:28não cabe a ele fazer esses cortes.
04:30Ele pode estar preocupado, mas dessa vez ele está fora do holofote,
04:33porque uma vez que não tem nenhum ajuste dos 10, 12 bilhões que estão sendo mencionados
04:40pelo lado da receita, tem que entender o que vai acontecer pelo lado da despesa.
04:44E aí isso é responsabilidade do governo, do executivo, do Ministério da Fazenda
04:49e do Ministério do Planejamento, que a gente cita pouco,
04:51inclusive eu tenho visto muita ausência aí do planejamento nesse debate,
04:54mas o planejamento seria fundamental para entender onde tem espaço para corte
04:59que não tem efeitos significativos do ponto de vista social e econômico,
05:05porque a gente olha às vezes para o social como se fosse um restinho ali do problema econômico,
05:10mas não é.
05:11A gente ter uma estrutura econômica que esteja, ou melhor, uma estrutura social que seja responsável
05:16gera capacidade produtiva, gera consumo no país, gera ativação também da economia,
05:22a partir de um bom cuidado com todo mundo, não só com o sistema econômico que já está indo melhor.
05:30Então, esse equilíbrio de como é que a gente trata também o ambiente social,
05:34ele acaba sendo super importante e falta às vezes para a gente monitoramento desses gastos,
05:38entender dentro, inclusive dos benefícios, da qualidade do que se tem de política,
05:42como é que a gente de fato entende isso com efeito de futuro, com resultado para o conjunto
05:48e não só com uma coisa que pode ser cortada. Acho que o que o governo tem falado é que vai cortar
05:53em benefícios sociais, usando muito isso politicamente, mas como é que a gente olha isso também
05:58do ponto de vista de desenvolvimento para o país? E aí teria, claro, que ter políticas mais responsáveis
06:03entendendo esse vínculo de maneira mais explícita. Bom, o Galípulo, como eu disse,
06:08não está sendo chamado para resolver isso nesse momento, ele só vai ser chamado caso o governo
06:13não consiga cumprir a sua tarefa e, eventualmente, você tem um problema fiscal,
06:17ou seja, não fecha a conta, isso pressiona o resultado total, pressiona a inflação
06:22e aí sim, política monetária ativada mais uma vez. Mas, por hora, ele só está preocupado
06:27e talvez esperando, puxa, tomara que resolvam esse negócio e não volte para a minha mesa de novo
06:32para decidir a forma de dar estabilidade para a economia.
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