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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve anunciar medidas para garantir a meta fiscal de 2025. A repórter Fernanda Sette explicou os detalhes do possível bloqueio no orçamento. A analista Mariana Almeida comentou os impactos e o uso de receitas como a do petróleo.

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Transcrição
00:00Ô Mari, o orçamento também estará no holofote aqui ou nos holofotes aqui no Brasil,
00:06porque o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve anunciar hoje as medidas necessárias
00:10para garantir o cumprimento da meta fiscal de 2025.
00:14Entre elas está a possibilidade de bloqueios no orçamento como forma de manter os gastos
00:20dentro do novo arcabouço fiscal.
00:22Por isso eu vou direto à Brasília, chamando a repórter Fernanda Sete,
00:26que traz todos os detalhes desse anúncio que deve acontecer por volta das três da tarde.
00:32Oi, Fernanda, muito bom dia a você.
00:36Ô Fê, uma coisa me chamou a atenção.
00:39É uma das poucas vezes, por exemplo, que o ministro da Fazenda, no caso, Fernando Haddad,
00:44e a ministra do Planejamento, no caso, a Simone Tebit,
00:48vão dar uma entrevista para falar desse assunto, desse relatório de despesas e receitas.
00:53É isso mesmo? Seja bem-vinda ao Agora.
00:56É isso mesmo. Bom dia, Erick Klein. Bom dia para todo mundo que nos acompanha.
01:02Pois é, uma expectativa grande para essa coletiva de imprensa que acontece nesta quinta-feira,
01:07às 15 horas, onde vão ser apresentados aí as receitas e as despesas do governo
01:12até este momento, até agora.
01:15Então, é uma expectativa muito grande diante dessa alta dos juros
01:19e diante de todos esses problemas econômicos que a gente vem acompanhando aí ao longo dos meses.
01:24Mas bloquear o orçamento, Erick, para manter, de fato, os gastos dentro desse novo arcabouço fiscal
01:30é, sim, uma possibilidade do governo federal para cumprir a meta de 2025.
01:36Então, nesta quinta-feira, como falamos agora, às 15 horas da tarde,
01:40o ministro da Fazenda, juntamente com a ministra de Planejamento,
01:43vão apresentar aí como é que está essa questão das receitas e das despesas do governo federal
01:50até o momento e, quem sabe, vão falar da eventual necessidade de fazer este bloqueio,
01:57caso as estimativas de crescimento estejam piores do que o previsto.
02:03Vale a gente ressaltar também que, no início desta semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
02:09já havia falado em outras situações que a equipe econômica do governo passaria esses dias todos
02:15fazendo a projeção para este ano de 2025 e a projeção também para o próximo ano de 2026.
02:23O governo, atualmente, a gente sabe, vive um desafio para manter o crescimento do país,
02:29a população empregada, mas tentando ali controlar a inflação.
02:34Por isso, é necessário que esse crescimento do país seja, aconteça, digamos assim,
02:40de forma natural e que não haja gastos excessivos, não haja gastos públicos excessivos.
02:47Essas são as principais faixas para que o governo consiga manter a inflação
02:52e manter, de fato, o crescimento do país.
02:55Vale a gente ressaltar também que, pelo fato do governo federal ter essa política fiscal expansionista,
03:02o que isso significa?
03:03Quando há gastos públicos excessivos.
03:06O Banco Central tem mantido essa taxa de juros básicas em 14,75% ao ano,
03:15porque é uma forma, esses juros considerados altos,
03:19é uma forma de desaquecer a economia para, de fato, conter a inflação que falamos agora.
03:24Mas, pelo arcabouço fiscal, o governo tem como meta zerar o déficit primário.
03:31Mas, só para a gente finalizar, Eric Klein, acho importante colocar para os nossos telespectadores
03:36a diferença entre bloqueio e contingenciamento.
03:40Quais seriam essas diferenças?
03:42São mecanismos usados aí para ajustar as contas públicas, as contas do governo federal.
03:47Então, o que significa o bloqueio que pode ser anunciado nesta quinta-feira?
03:52É quando as despesas aumentam, de fato, e o governo precisa manter os gastos dentro daquele limite de crescimento.
04:01Já o contingenciamento é diferente do bloqueio.
04:04Ele acontece quando é acionado, quando a arrecadação vem abaixo do que o esperado,
04:11abaixo do que aquilo ali que o governo federal estava esperando.
04:15Então, essa quinta-feira é uma grande expectativa para a apresentação desses dados aí,
04:20tanto das receitas quanto das despesas do governo federal.
04:24E quais serão, de fato, as medidas que serão tomadas daqui para frente
04:27para conter, de fato, a inflação e o crescimento do país possa continuar avançando.
04:34Eu volto com você, Eric Klein.
04:36Obrigado, Fernanda Sete, trazendo todas as informações direto de Brasília.
04:40Bom trabalho aí, então, na capital federal.
04:43E esse assunto do orçamento também aqui no Brasil é para a nossa analista, Mariana Almeida.
04:49Maria Almeida, eu ouvi nos bastidores de Brasília, onde vivi lá por 16 anos quase,
04:56que o governo poderia usar recursos do petróleo para fechar essa conta e garantir o superávit primário
05:05ou a meta fiscal.
05:07Isso seria possível porque aí perde um pouco aquela coisa da receita discricionária
05:13ou da receita corrente, né?
05:16Tipo, é vender o meu carro para pagar a luz, o condomínio e a água?
05:21Então, vamos lá, porque nesse tema a gente está sempre no campo do desconfiado, né?
05:26Parece aquele gato escaldado, né?
05:27Temer de água fria e a gente está sempre olhando, procurando onde é que vai ter o problema
05:32ali dos anúncios.
05:34Então, vamos lá, vamos só organizar um pouquinho.
05:37O que tem hoje, né?
05:38É um relatório bimestral.
05:40De acordo com a nossa política fiscal, a cada dois meses o governo para e olha para o
05:45que aconteceu em relação às receitas e despesas, comparando com o que era a projeção
05:49do início do ano.
05:50Quando você fecha o orçamento, você não tem certeza do que vai acontecer.
05:53Você faz uma previsão de receitas e uma autorização de despesas dentro dessas receitas que você
05:59está projetando.
06:00E aí, o que o Eric estava trazendo aqui, que tipo de receita que vale para fechar a
06:04conta?
06:04Porque eu tenho diferentes tipos de receita.
06:07E aí, tem algumas receitas que elas são contínuas e aí elas valem para pagar principalmente
06:11as despesas contínuas e receitas que são eventuais e que aí eu deveria usar só
06:15para o eventual.
06:16O petróleo sempre é um problema e, inclusive, nos estados e municípios onde você vive muito
06:22de royalties, isso é um problema particularmente importante porque ele flutua muito mais.
06:26E uma parte da receita do petróleo, ela também é considerada corrente.
06:30Por quê?
06:31Porque, na verdade, vai entrar sempre, só que o valor dessa receita muda muito.
06:35Sobe o preço do petróleo?
06:36Sobe muito.
06:37Depois cai o preço?
06:38Cai muito.
06:39E você se comprometer com despesas que são estáveis, mas com uma receita que não é
06:44tão estável, embora ela sempre vai entrar, vai variar o valor, isso pode ser complicado.
06:49Então, é uma análise um pouco mais fina dos dados orçamentários para entender a
06:54sustentabilidade de longo prazo.
06:55O relatório bimestral, ele é uma fotografia mais curta agora, tentando entender como é
06:59que está esse momento e provocando reações, indicando quais serão as reações do governo
07:04que é o que está sendo mais esperado.
07:06Quer dizer, o governo vai dizer que vai precisar bloquear despesas?
07:09O que é o bloqueio de despesas?
07:10Pegar o montante que tinha sido autorizado, de novo, quando faz a previsão no começo do ano
07:15e aprova o orçamento, se autoriza um tanto.
07:17E aí você fala, olha, desse tanto aqui que eu autorizei, uma parte eu vou bloquear, não
07:21vou deixar mais crescer, porque o meu cenário atualizado provoca essa necessidade de reduzir
07:27essas despesas, mudar a minha autorização, portanto, para quê?
07:30Para cumprir a meta fiscal de zero.
07:32Então, não é um assunto simples, é um assunto complexo, que tem muitas variáveis, mas
07:36tem duas coisas para se observar e aí puxando essa fala do Eric.
07:40Primeira, o governo vai ou não vai fazer algum bloqueio?
07:44Primeira.
07:44A segunda é, como ele justifica esse bloqueio?
07:46Tem relação com os tipos de receita?
07:49Como que ele vai analisar o fluxo que está entrando e reagir a ele, então, portanto,
07:53do lado da despesa?
07:55Isso é a análise que tem que ser feita, sempre respirando, eu sou a kida que fala, calma,
07:59temos o ano para fazer essa análise e como é que a gente não antecipa problemas, porque
08:04a economia é sensível.
08:05Se a gente provocar grandes viradas a partir dos anúncios, isso pode provocar, fazer aquela
08:11toda profecia autorealizável, né?
08:13Você acha que vai ficar ruim, fica ruim mesmo.
08:14Então, analisar com cuidado, ouvir o que o ministro Haddad vai dizer e esperar que
08:19haja consistência e que esse relatório bimestral cumpra a função para a qual ele foi criado,
08:23que é exatamente permitir transparência da análise e reação do governo compartilhada
08:28com os agentes de mercado, com os agentes econômicos, para ajustar expectativas daqui
08:31até o final do ano, esperando que esse ajuste não seja de meta, isso não, ajuste de condições
08:37para cumprir a meta e está todo mundo compartilhando aí quais são as apostas do governo.
08:41É, Maria, acho que eu falei receita, corrente discricionária, na verdade, despesas corrente
08:46discricionárias, né?
08:46A corrente que é essencial para o funcionamento do Estado e a discricionária que o governo
08:51tem liberdade para o gasto.
08:54É, a discricionária, eu sou professora também de finanças públicas.
08:57E a gente aprende tanto com a Maria Almeida, é tão bom.
09:00Então, assim, na verdade, as receitas e as despesas podem ser correntes ou o crentino
09:05de capital, que é quando você decide, por exemplo, quando você vende algum bem, quando
09:09você pega um empréstimo, esses são eventuais, né?
09:12Então, essas são as que, ou é corrente que é tipo o imposto que entra sempre, ou é
09:17eventual que eu ganho quando eu tenho alguma ação específica.
09:20Essas são as duas diferenças.
09:21E aí, mesmo as correntes, as despesas, quando a gente vai para a despesa, a despesa mesmo
09:26corrente pode ser discricionária.
09:28Então, eu posso escolher gastar em alguma coisa porque não está na Constituição.
09:31Gastar sempre.
09:32O valor de um Bolsa Família, por exemplo, ele também é discricionário.
09:36Tem várias políticas.
09:36Mas aí você tem que colocar, tem que ser aprovado.
09:39Sim.
09:39Aí já entra também.
09:41Na lei, é.
09:41Na lei.
09:42Mas existem aquelas despesas discricionárias, por exemplo, tem um mês que o governo vai
09:47ter que, sei lá, pagar algo, vai ter que fazer um investimento em alguma coisa, liberar
09:52aí um financiamento, aí chama de discricionário mesmo?
09:58Ou de capital?
09:59O discricionário, a capital e corrente é um dos conceitos.
10:01Ou ele é uma despesa que ela vai, quando ela acontece, ela acaba.
10:05Porque o capital, ele muda de alguma maneira, é tipo um investimento.
10:08Que quando você faz esse tipo de despesa, muda também o patrimônio, muda a condição
10:12que você estava.
10:13Quando é uma despesa de capital, a gente construiu uma escola.
10:16Ficou lá a escola.
10:16Quando é, comprei uma ação de uma empresa, também mudou o patrimônio.
10:21Então, a despesa de capital, ela mudou a situação.
10:23A corrente não.
10:24Gastei foi.
10:24Gastei, acabou.
10:25A corrente, ela é contínua.
10:27O discricionário tem a ver com a tomada de decisão.
10:29Eu tenho possibilidade de escolher não fazer essa despesa?
10:33Sim ou não?
10:34Então, a parcela discricionária é aquela que não está já previamente comprometida
10:38e é a margem que o governo tem para, por exemplo, fazer esse bloqueio.
10:41E isso também é interessante.
10:42No momento do anúncio de hoje, o que vai ser bloqueado?
10:45Tem espaço discricionário para bloquear e bloquear de verdade?
10:49Quer dizer, vai conter uma despesa que não vai lá na frente provocar um outro problema,
10:52porque, na verdade, a despesa não tinha como ser contida, porque tinha contrato assinado,
10:56já tinha coisas em andamento.
10:57Então, esse é um detalhe importante também desse olhar.
10:59O discricionário quer dizer, tenho ou não tenho opção de escolha?
11:03E quando eu tenho a opção de escolha por fazer ou não a despesa, eu estou com critérios
11:07para fazer essa escolha, bons ou ruins?
11:09Estão seguindo a minha lógica fiscal?
11:11Esse é o problema do relatório de hoje e que aí, tirando essas dúvidas do Eric Klein,
11:15espero que a gente ajude a entender e acompanhar a coletiva mais tarde.
11:19Então, eu vou dar um exemplo aqui e você faz a sua análise.
11:22Por exemplo, o governo estuda a ressarcir de alguma forma ou ajudar os produtores de frango
11:28por causa da gripe aviária. Se eles precisassem ajudar em um, durante dois meses,
11:34isso poderia entrar nas despesas discricionárias ou de capital?
11:37É uma despesa discricionária e ela depende de como ele vai fazer essa ajuda.
11:42Se for uma transferência de renda e depois os produtores de frango não precisam pagar de volta,
11:48ela é corrente. Gastou, acabou. Então, foi discricionária e corrente.
11:53Se ele abrir um crédito, que gera para ele ainda um direito de receber isso de volta,
11:57ela está lá na frente. Aí, eu estou trabalhando com uma despesa que é de capital.
12:03Muito bem. Também discricionária.
12:04Maravilha. Ela sempre dá um show, uma aula aqui para a gente.
12:07Muito bom tê-la aqui. Até já, já, viu, Marião Eida?
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