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O ministro Mauro Vieira se encontrou com o secretário americano Marco Rubio em Washington (EUA) para avançar nas negociações do tarifaço. O economista e professor Roberto Uebel analisou o encontro, destacando expectativas realistas para reduções tarifárias em café, carne e calçados, possivelmente no primeiro trimestre de 2026.

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Transcrição
00:00O nosso assunto agora é a reunião entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário americano de Estado, Marco Rubio.
00:06Os dois se encontraram ontem em Washington para avançar nas negociações do tarifácio.
00:12Na saída do encontro, o ministro disse que Estados Unidos e Brasil trabalham por um acordo provisório até o fim do mês.
00:18Sobre esse assunto, eu converso agora com o Roberto Webbel, economista e professor de Relações Internacionais da SPM.
00:25E o nosso analista Felipe Machado, que já está aqui no estúdio, também participa dessa conversa.
00:29Felipe, boa tarde.
00:30Tudo bem, Gai?
00:32É verdade. Boa tarde. Boa tarde a todos. Boa tarde ao professor também.
00:35Obrigado, professor, pela sua entrevista.
00:37Eu já vou me andar com uma pergunta, porque para muitas pessoas esse encontro foi uma decepção,
00:42uma espécie de ir à montanha para um rato, porque não houve um único avanço prático.
00:48Como o senhor avaliou o saldo desse encontro entre o ministro Mauro Vieira e o secretário Marco Rubio?
00:56Boa tarde novamente.
00:58Boa tarde, Gairo. Boa tarde, Felipe.
00:59Todos que estão acompanhando aqui a Times Brasil, CNBC.
01:03Eu avalio, como eu já falei anteriormente aqui na própria Times Brasil,
01:07a questão dos Estados Unidos e Brasil.
01:09A gente tem que ter uma lente pragmática, uma lente muito realista.
01:13É claro que nós temos expectativas de que saiam acordos, de que as tarifas sejam reduzidas
01:21para esses três setores cruciais, os três Cs, café, carne e calçado.
01:27Mas eu olho também muito para o que nós tínhamos anteriormente.
01:31Anteriormente nós tínhamos uma relação totalmente congelada, não haviam canais de diálogo
01:37e praticamente em um mês e meio, a partir dessa fotografia que nós estamos vendo agora na tela,
01:43o Brasil já pelo menos conseguiu construir um canal de diálogo direto entre Brasília e Washington,
01:50entre o governo brasileiro e o governo norte-americano.
01:54Então, olhando com esse pragmatismo e com esse realismo, pela imagem, pela fotografia também de ontem
02:01e pelo post do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio,
02:05dizendo que estão avançando nas negociações.
02:09E uma fotografia também, uma imagem muito positiva dos dois sorrindo para a imagem.
02:13Isso nos traz uma expectativa de um cenário mais otimista no longo prazo.
02:20Eu não vou ser completamente pessimista, porque a gente tem esse retrospecto
02:24de que dois meses atrás, essa fotografia que nós estamos vendo agora era impensável, inimaginável.
02:31Tem um outro componente também importante, Gaia e Felipe, que eu acho que a gente tem que entender,
02:34que Donald Trump já sinalizou que, pelo menos para o café, as tarifas serão reduzidas.
02:40É claro que não será apenas, provavelmente, o café brasileiro, mas o café colombiano
02:44ou de todos os outros exportadores dos Estados Unidos, porque o café tem pressionado muito os preços,
02:50portanto, a inflação ao consumidor nos Estados Unidos.
02:53Isso tem se revertido em diminuição da popularidade do presidente Donald Trump.
02:59Então, continuo com as expectativas muito realistas de que, talvez não necessariamente neste ano,
03:03mas no primeiro trimestre do ano que vem, nós possamos ter já um desenho
03:08ou uma efetivação deste mapa do caminho, como cita o ministro Mauro Vieira,
03:13e aí pensar em isenções tarifárias ou redução de tarifas para os produtos brasileiros.
03:19Professor, boa tarde mais uma vez.
03:22Professor, hoje de manhã até estava acompanhando aqui uma entrevista do Jameson Greer,
03:26que é do comércio, participa da comissão ali do comércio, USTR, nos Estados Unidos,
03:34e ele falou, ele citou nominalmente o Brasil.
03:36Ontem a gente assistiu o governo americano reduzindo tarifas para Guatemala, para o Equador, para a Argentina.
03:42Hoje saiu um acordo com a Suíça.
03:45Esses acordos, eles estão...
03:47A gente tem que esperar mais ou menos um acordo por dia, tem um prazo definido.
03:51Como é que você vê esse cronograma na série de acordos anunciados pelo governo americano?
03:57Então, Felipe, o que eu tenho observado, inclusive estamos escrevendo sobre isso,
04:00um artigo agora sobre esse tema,
04:03tentando entender esse modus operandi,
04:04ou seja, esse funcionamento das políticas tanto de tarifas,
04:09ou seja, de anúncio das tarifas,
04:10até as políticas de acordo pelo governo dos Estados Unidos.
04:13Me parece que já tem um certo timing,
04:15uma periodicidade em que ele anuncia ao governo Trump a tarifa,
04:20passa-se algumas semanas ou alguns meses,
04:22ele anuncia o início das conversações,
04:25que é o que está acontecendo agora com o Brasil neste momento,
04:27e depois de um certo período de tempo,
04:29ele começa a anunciar já isenções tarifárias.
04:32A gente não tem um timing específico por país,
04:35mas tem alguns padrões aí de dois meses a três meses,
04:38desde o início, quando o Trump anuncia lá em fevereiro o tarifácio,
04:42e começa a aplicar a partir de abril.
04:44Portanto, dois meses depois,
04:45e depois de abril, cerca de três meses,
04:48a gente tem os primeiros acordos,
04:49as primeiras isenções tarifárias.
04:51Então, aí sendo muito economista,
04:53e não tanto cientista político ou internacionalista,
04:57eu olharia para esse time frame.
04:59O Brasil está neste momento agora
05:01de abertura do canal de diálogo,
05:03de apresentação de um mapa do caminho,
05:06como fala o ministro Mauro Vieira.
05:08Então, se seguir este patamar,
05:11seguir este roteiro,
05:13a gente pode esperar para dezembro, janeiro,
05:15no máximo, o primeiro trimestre de 2026,
05:19já um anúncio de reduções tarifárias para o Brasil.
05:23Claro, nós estamos muito no campo das expectativas
05:26e olhando para o retrospecto,
05:28mas eu vejo que a conjuntura política,
05:32a relação bilateral entre os dois países,
05:34a própria pressão inflacionária nos Estados Unidos,
05:38indica que os Estados Unidos poderá, de fato,
05:40trazer algum tipo de revisão das tarifas aplicadas ao Brasil,
05:45especialmente para esses três setores que eu mencionei anteriormente.
05:48Professor, pegando esse gancho dos setores,
05:51os Estados Unidos têm sinalizado a disposição
05:53de reduzir tarifas de alguns produtos separadamente,
05:56não só para o Brasil.
05:57Café, frutas, isso ajudaria o Brasil,
06:00apesar de não ser uma política direcionada ao país.
06:04Frente a essas divergências políticas
06:06entre os governos americano e brasileiro,
06:09o senhor acredita que o governo federal,
06:12o governo do presidente Lula,
06:13deveria focar nesses acordos por produtos,
06:16porque poderia ser um desfecho mais fácil
06:18do que um acordo para o país inteiro?
06:20É possível fazer um acordo nesse sentido?
06:23É possível, Gair.
06:25A gente não teve acesso ainda à minuta
06:27deste mapa do caminho,
06:29deste projeto apresentado pelo chanceler Mauro Vieira.
06:33Mas eu acredito que esteja, sim,
06:35no horizonte da diplomacia brasileira,
06:37da diplomacia econômica brasileira,
06:40porque aí é uma pressão não apenas do setor público,
06:42mas também da diplomacia corporativa,
06:44ou seja, dos setores envolvidos
06:46para que essa negociação não seja macro,
06:49ou seja, país, país, mas sim seja setorizada.
06:53É possível que isso aconteça.
06:55Eu acho que um outro ponto importante
06:57da gente destacar é que certamente
06:59os Estados Unidos têm interesse
07:00em setores estratégicos da economia brasileira,
07:04sobretudo o setor hoje de terras raras
07:06e de minerais críticos,
07:08que pode ser a condição ou requisito
07:12apresentado pelos norte-americanos
07:13para que eles tenham algum tipo de preferência,
07:15algum tipo de prioridade na exploração
07:18destes recursos aqui no Brasil.
07:21Então, imagino que isso esteja também no horizonte.
07:24E aí, de novo, é uma questão setorizada,
07:26mas que tem impactos para o todo,
07:29para as relações comerciais e também
07:31relações políticas entre os dois países.
07:34Perfeito.
07:36Roberto Weber, economista e professor
07:37de Relações Internacionais da ESPM.
07:40Muito obrigado pela sua participação
07:41aqui no Fast Money, pelas suas análises.
07:44Agradeço também ao Felipe Machado,
07:45que me ajudou nessa conversa.
07:47Até uma próxima.
07:48Até.
07:49Muito obrigado.
07:49Uma excelente tarde a todos.
07:50E nas outras...
07:52E nas outras...
07:53E nas outras...
07:54E nas outras...
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