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Ana Paula Zerbinati, diretora de relação com investidores da BrasilAgro, comentou ao vivo no Fast Money sobre o crescimento de 10,1% do setor agro no 2º trimestre de 2025, impacto das tarifas, resultados do ano-safra 2024-2025 e práticas ESG do grupo.

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Transcrição
00:00E a gente fala agora do setor de agropecuária no Brasil que cresceu 10,1% no segundo trimestre de 2025
00:06na comparação ao mesmo período de 2024, de acordo com dados divulgados pelo IBGE.
00:12Os destaques desse resultado ficaram com as culturas de milho, soja, arroz, algodão e café.
00:20E a gente está aqui ao vivo com a diretora de relação com investidores da Brasil Agro
00:24participando ao vivo aqui no estúdio do Fast Money para comentar esses e outros resultados
00:29Tudo bem, Ana?
00:30Tudo bem.
00:30Bem-vinda, prazer te receber por aqui.
00:33Ana Paula Zerbinati.
00:35Ana, começa explicando para a gente, estávamos trocando uma ideia aqui antes de começar a entrevista ao vivo.
00:40Enquanto muitas empresas estão trazendo resultados de trimestre, vocês estão trabalhando com resultados de ano safra, é isso?
00:47Exatamente.
00:48A gente acompanha o ano cantabio nosso, o ano agrícola, a safra agrícola.
00:53Então, agora em 30 de junho, a gente encerrou um ciclo completo de safra, que se iniciou em 1º de julho do ano passado
01:01e está encerrando agora em 30 de junho.
01:05Então, a gente consegue refletir nas demonstrações financeiras um ciclo completo de safras de produtos agrícolas.
01:12Perfeito.
01:13Felipe Machado vai participar da conversa aqui também, Ana.
01:15Ana Paula, boa tarde.
01:16Boa tarde.
01:17Ana, uma coisa que todo mundo quer saber é a questão da tarifa.
01:21Como é que isso vem impactando vocês, se já deu para sentir?
01:23Hoje a gente completa um mês, né, Natália?
01:25É isso?
01:25É, isso, um mês.
01:26Um mês das tarifas.
01:27Que começou a valer, 50%.
01:28Exatamente, hoje as tarifas de 50%.
01:30Explica para a gente como é que está afetando, se já deu para sentir, se ainda vocês estão conseguindo reverter a situação
01:37ou pelo menos amenizar um pouquinho.
01:38Fala para a gente, por favor.
01:39Legal.
01:40No caso da Brasil Agro, especificamente, a gente não está cultivando nenhum dos produtos
01:45que estão diretamente sendo impactados pelas tarifas.
01:48A gente sempre ouviu falar muito de café, suco de laranja, que foram os mais impactados, emblemáticos, que a gente ouviu bastante.
01:57Mas no nosso caso específico, a gente não tem nenhum impacto direto.
02:01Eu acredito que as coisas estão começando a desenvolver.
02:05E como tudo no agronegócio, você sempre tem um tempo de carrego para as coisas começarem a aparecer nos resultados diretamente.
02:12Então, respondendo a sua pergunta diretamente, não, a gente ainda não está sofrendo nenhum impacto direto com isso.
02:18Boa, Ana.
02:19E a gente falava do ano safra, 2024, 2025, então vocês fecharam com uma receita líquida 5% maior, né?
02:25Superando, então, 1,2 bilhão de reais.
02:28Para quem está acompanhando de fora, não faz parte desse universo, o que explica esse crescimento?
02:34E qual que é o significado dele no ano de desafios, se não o tarifácio, mas climáticos, volatilidade em preço de commodities também, né?
02:45Essa é uma boa pergunta, né?
02:47E acho que a gente pode dar um passo atrás e falar um pouquinho do modelo de negócios da Brasil Agro.
02:51Não só a produção em si de commodities, que a gente está falando de soja, milho, cana-de-açúcar, agudão, pecuária também.
02:59A Brasil Agro é uma imobiliária agrícola, então, além da produção, nós temos compra e venda de propriedades agrícolas, quando a gente está falando de portfólio próprio.
03:08Então, esse exercício, ele foi impulsionado fortemente por venda de terras, que a gente concluiu durante o exercício, e também do resultado operacional.
03:16Falando especificamente do resultado operacional, a gente ficou muito em linha com o ano passado, muito em resultado do que você acabou de mencionar, né?
03:24A gente teve problemas climáticos aí no meio do caminho que afetaram o Brasil como um todo, mas o resultado imobiliário, que a gente acredita que é a base do nosso negócio,
03:34onde a gente gera mais valor para o nosso acionista, é que foi muito forte nesse ano.
03:37Ana, dessas culturas que você citou, a gente sabe que a China é nosso grande parceiro comercial, nosso maior parceiro, e a soja, por exemplo, a China é uma grande compradora, milho também.
03:49Agora, fala um pouquinho dos outros, né? Você falou de algodão, acho que algodão também tem alguns países do sul da Ásia que estão começando a comprar.
03:55Então, quer dizer, tirando a China, que a gente já sabe que é o maior mercado, quais outros países, quais outros mercados você está vendo com mais potencial para os produtos brasileiros?
04:03Olha, além da China, que é um grande comprador das commodities do Brasil, e eles têm uma demanda mundial muito grande e crescente, acho que na sequência a gente tem a Índia também, que é muito pouco falada.
04:14Então, quando você fala de cana-de-açúcar, por exemplo, a Índia é um produtor muito grande, eles são referência na produção dessa cultura, mundialmente falando,
04:22mas quando você olha para grãos e algodão, eles não têm uma produção tão forte igual na cultura de cana-de-açúcar.
04:28Então, eles são um grande parceiro comercial de Brasil também.
04:33Boa, Ana. E a gente vê que no resultado de vocês, lucro bruto, EBITDA ajustado também cresceram, mas tem uma percepção de margens mais apertadas no agro.
04:43O que tem sido diferencial para manter essa rentabilidade num cenário de insumos caros, que é importante a gente trazer, custos logísticos também altos?
04:52É, o custo logístico realmente é o que mais pesa, né? A gente está falando que o frete Brasil, ele é um componente importante do custo do produtor.
05:02Se você fala, por exemplo, do estado do Mato Grosso, que é o maior produtor de grãos do Brasil, da América Latina, é onde você tem o frete mais caro para todos os portos que você tem de saída do Brasil.
05:14Então, além do custo logístico, que tem impactado muito a vida, né? O custo do produtor e da Brasil Agro, consequentemente, a gente teve aí uma alta de insumos importante nos últimos anos.
05:27Menor, né? Preços melhores do que a gente viu há duas safras atrás, mas ainda assim altos e com uma tendência de crescente, né?
05:36Para a safra 25, 26, que é o ano que a gente está entrando agora. E o que a gente faz para mitigar isso, né?
05:42A gente tem uma estratégia comercial de monitoramento da relação de troca desses produtos.
05:50Então, conforme a gente vai monitorando essa curva futura do preço desses insumos, a gente já vai fazendo as compras e vendendo as nossas comandos no mercado financeiro.
05:58Então, com isso, a gente consegue travar as margens e ter uma previsibilidade menor do que a gente vai ter no final do exercício.
06:05Felipe, mais uma coisa.
06:06Uma coisa que os produtores rurais geralmente reclamam são os juros altos, né? Porque é mais difícil, o dinheiro fica mais caro.
06:12Mas, apesar de estar com juros super altos, 15%, vocês estão conseguindo crescer mesmo assim.
06:17Qual que é o segredo? Como é que vocês estão conseguindo driblar essa questão dos juros tão altos no Brasil?
06:22Acho que é uma disciplina de caixa, né? Está meio que no DNA da companhia.
06:27A gente tem uma disciplina muito grande com relação a nível de endividamento.
06:30Então, a gente, desde sempre, teve uma disciplina com relação ao que a gente entende que são os fatores chaves para você monitorar, os indicadores chaves para você monitorar a dívida.
06:42Então, relação dívida-ebítida, relação dívida-caixa, relação dívida-liquidação dos ativos.
06:47Então, os famosos covenants, né? Para quem está acostumado com os termos de mercado financeiro.
06:53A gente acompanha isso muito de perto.
06:55E o que a gente tem feito nesses anos de juros altos, né?
06:58Sendo mais conservador, tanto na emissão de novas dívidas quanto na alocação de capital.
07:02Então, a gente desacelerou um pouco o ritmo de investimento em infraestrutura, que é onde a gente tem, né?
07:08Uma grande parte dos nossos investimentos vão para isso, focando mais na operação.
07:15E, obviamente, isso se reflete nos negócios imobiliários também.
07:18Hoje, para a gente adquirir uma propriedade nova com essa curva de juros e esse custo de capital,
07:23na hora que você põe isso na ponta do lápis, é mais difícil de fechar a conta.
07:26Boa, Ana. E para a gente fechar, eu queria te ouvir sobre uma demanda que é cada vez maior,
07:32especialmente no agro, que é pelas práticas ESG, né?
07:36Que além do negócio também, né? Vocês também têm o Instituto Brasil Agro, certo?
07:41E como é que vocês estão se posicionando diante dessa cobrança, né?
07:44Por investidores de retorno financeiro, claro, mas também para ter esse cuidado, né?
07:49Com impacto sócio e ambiental positivos.
07:52Bom, com relação ao ambiental, acho que, para a gente, faz parte do nosso negócio, né?
07:58Então, ser ambientalmente responsável não é um plus, não é uma coisa que o acionista pede,
08:04é uma coisa que a gente tem no nosso dia a dia, faz parte das atividades da empresa ser ambientalmente responsável, né?
08:11Então, hoje a gente tem níveis de governança dos níveis mais elevados,
08:16estamos listados no novo mercado, seguimos a legislação lá de fora, né?
08:21Sox Compliance, e a gente reporta isso com muita transparência, né?
08:25Toda a parte de permissões, não sei, uma curiosidade, né?
08:29A legislação ambiental no Brasil é uma das mais rígidas mundialmente falando, né?
08:34Então, às vezes, a gente tem uma visão um pouco distorcida do Brasil com relação ao ambiental,
08:39mas aqui no Brasil a gente é muito responsável e pensando muito na sustentabilidade.
08:44Partindo para o lado social, eu fico até feliz que você tenha perguntado isso,
08:48porque eu sou a diretora do Instituto, então, para mim, é super uma satisfação muito grande poder falar.
08:54O Instituto está completando cinco anos, a Brasil Agro tem quase 20 anos de história, né?
08:59Desde a sua fundação.
09:01Lá atrás, a gente fazia muita coisa social, mas era uma coisa mais por demanda, necessidade,
09:06que a gente sentia, né?
09:07Estando inserido na sociedade, a gente viu que a gente podia fazer muito mais.
09:11Então, criamos o Instituto, criamos uma política, hoje a Brasil Agro destina até 2% do seu lucro anualmente para o Instituto
09:18e a gente está muito intenso em atividades, projetos, em todo o entorno que as fazendas nossas estão localizadas.
09:25Então, a gente está muito feliz, estou com dados frescos, né?
09:29Nesses cinco anos de Instituto, a gente tem aí quase 8 milhões de reais investidos em projetos nas regiões que a gente atua.
09:36Que legal. Parabéns, então, que vocês continuem a investir cada vez mais.
09:40Quero agradecer a Ana Paula Zerbinati, diretora de relação com investidores da Brasil Agro, então,
09:45compartilhando insights, dados e perspectivas ao vivo aqui com a gente no Fast Money.
09:50Obrigada, viu, Ana? Sucesso, boa tarde para vocês.
09:52Obrigada a vocês.
09:52E aí
09:55E aí
09:59E aí
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