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  • há 2 meses
FUTURANDO 20250901

O que sabemos e como estamos nos preparando para os asteroides que estão se aproximando da Terra?

E ainda: IA utiliza escaneamentos corporais para calcular o risco de mortalidade de um indivíduo.
Transcrição
00:00O fim do mundo está próximo, mas de novo?
00:04Isso está com cara de filme de Hollywood.
00:07Depois de terem causado o fim dos dinossauros, os meteoros estão de volta,
00:12dessa vez com o objetivo de aniquilar o planeta.
00:18Observar as estrelas poderia ser relaxante,
00:21se não fossem os astrônomos e seus telescópios buscando cada vez mais fundo no universo
00:26algum novo desastre iminente.
00:30Isso e muito mais no Futurando.
00:40Eles podem parecer inofensivos, longe vagando pelo espaço,
00:45mas um asteroide em direção à Terra é um cenário assustador.
00:50Essas imagens feitas por um telescópio espacial mostram o asteroide 2024 YR-4.
00:57Ele deve passar perto da Terra e da Lua em dezembro de 2032.
01:02Richard é um dos especialistas que rastreiam asteroides e outros perigos potenciais para a Terra.
01:08O que nos interessa são os chamados asteroides próximos da Terra.
01:13Atualmente conhecemos cerca de 38 mil,
01:16mas a maioria não representa um grande problema para os próximos 100 anos.
01:20Rastreamos todos os asteroides que tenham probabilidade de impacto por menor que seja,
01:26todos com probabilidade acima de zero nos próximos 100 anos.
01:30Eles estão compilados numa lista de riscos disponível publicamente.
01:33Já temos 1.800.
01:34Todos eles estão bem abaixo de 1%.
01:37Em fevereiro de 2013, um clarão de luz e uma onda de choque anunciaram o impacto de um meteoro
01:45em uma região remota da Rússia.
01:47Ele tinha apenas 20 metros de largura, mas causou uma destruição significativa.
01:51O meteoro se desintegrou na atmosfera terrestre e a explosão deixou cerca de mil feridos,
01:56a maioria por causa de janelas estilhaçadas.
01:58O Dia Internacional do Asteróide foi criado para conscientizar sobre esses pequenos corpos celestes
02:04e as possíveis situações de crise.
02:06Entre os idealizadores está Brian May, o guitarrista da banda Queen, que também é astrofísico.
02:11Em março, ele visitou o Centro de Controle e de Missão da ESA, em Darmstadt, na Alemanha.
02:20Você ajudou a criar o Dia Internacional do Asteróide. Por que o considero importante?
02:24É importante para todos nós, porque podemos ser extintos como os dinossauros.
02:32Se tudo der errado e não detectarmos esse objeto que está vindo em nossa direção e destruirá a humanidade,
02:39estaremos em apuros. É uma questão de quando, não de se.
02:43Temos que encontrar maneiras de nos salvar e de salvar o resto das criaturas desse planeta.
02:47Uma maneira seria desviar o asteroide de sua trajetória.
02:55A sonda ERA da ESA está atualmente a caminho de um deles para estudá-lo.
03:00Vai levar dois anos para chegar até o Dimorphos, como foi chamado.
03:06E essa não será a primeira vez que esse asteroide vai receber um visitante terrestre.
03:11Em 2021, a missão DART da NASA colidiu deliberadamente uma sonda nele para realizar testes.
03:21Comemoração na Terra enquanto os cientistas observavam o impacto da sonda desviar o asteroide de sua rota conforme planejado.
03:30Missão cumprida.
03:31O próximo passo é registrar as informações do asteroide para o desenvolvimento de modelos transferíveis,
03:40caso um deles se aproxime do nosso planeta.
03:43O Dimorphos não iria colidir com a Terra. Ele serviu apenas como objeto de teste.
03:49Mas quais são as outras opções de defesa?
03:51Uma ideia é usar a gravidade de um grande satélite para mover lentamente o asteroide em uma direção diferente.
04:05Mas se algo realmente grande surgir, ou com um tempo de alerta muito curto,
04:10também haveria a possibilidade de uma explosão nuclear,
04:13não no próprio asteroide mais próximo dele, também para afastá-lo.
04:17Num futuro não muito distante, a ESA terá a oportunidade de observar mais de perto um desses asteroides próximos da Terra.
04:28Em uma sexta-feira 13, em abril de 2029, o asteroide Apophis vai passar entre a Terra e a Lua.
04:36E os cientistas querem enviar uma sonda para acompanhá-lo durante o percurso.
04:41A empresa alemã de sistemas espaciais OHB faz parte do projeto.
04:47Muito do que achamos, que sabemos sobre asteroides, vem de cálculos, simulações e modelos que nós criamos.
04:55E é por isso que uma oportunidade como essa, quando Apophis passar tão perto da Terra,
04:59é muito rara e valiosa, e poderemos comparar esses modelos e simulações com a realidade.
05:06A câmera da nova sonda já está pronta para a operação.
05:10Também foi a OHB que construiu a sonda AERA.
05:13Esta câmera nos permite aproximar a nave espacial do asteroide, tirar fotos e enviá-las ao solo,
05:21onde são usadas para calcular a distância e altitude relativas em relação ao asteroide.
05:27E isso vai guiar a nave espacial para perto do asteroide.
05:41Os cientistas querem estar preparados para todas as eventualidades que possam colocar o futuro do nosso planeta em risco.
05:48Mas os asteroides não representam apenas perigo.
05:52Temos muito a agradecer a eles.
05:56Eles podem ter trazido os blocos de construção para a vida na Terra, como aminoácidos e água.
06:03O que nos leva a uma pergunta de um telespectador do Senegal.
06:07Como a água surgiu na Terra?
06:12A água existe em três estados.
06:15Líquido, sólido e gasoso.
06:17E é assim há cerca de 4 bilhões de anos.
06:20Mas como surgiu?
06:22É nesse ponto que as opiniões se dividem.
06:25De acordo com uma das teorias, a água sempre existiu na Terra.
06:28Ou melhor, dentro dela.
06:29Ela surgiu de reações químicas no manto do planeta antes de ser liberada por erupções vulcânicas.
06:37Escapando constantemente como vapor, junto com outros gases.
06:42Esse vapor se acumulou em nossa atmosfera antes de voltar em forma líquida.
06:46A chuva.
06:48Embora a teoria do vulcanismo seja altamente plausível,
06:52ela não explica o enorme volume de água existente no planeta hoje.
06:55Uma segunda teoria afirma que a água chegou à Terra por meio do impacto de cometas,
07:03asteroides e outros corpos gelados.
07:05Isso ocorreu no início da história do planeta, após o resfriamento dele.
07:16Impossíveis impactos anteriores, a água teria evaporado imediatamente.
07:20Mas, a essa altura, a água já era capaz de se condensar e formar os oceanos.
07:26Uma hipótese mais recente é que uma nuvem de vapor de água se instalou sobre os planetas próximos ao Sol.
07:33Essa nuvem, ou disco, formou-se ao redor do cinturão de asteroides no Sistema Solar
07:37e se espalhou a partir daí.
07:39Portanto, a Terra também foi banhada por esse vapor d'água.
07:44A maior parte desse processo ocorreu de 20 a 30 milhões de anos após a formação do Sol.
07:49Naquela época, o calor do Sol era tão intenso que o gelo dos asteroides se derreteu
07:55e se transformou em vapor d'água.
07:58A origem da nossa água ainda é motivo de debate.
08:01Uma resposta provável é que todos esses três cenários se combinaram
08:05para fornecer essa preciosidade que levou a Terra a ser chamada de o planeta azul.
08:19Do que são feitas as estrelas?
08:22Quantas cores as borboletas conseguem ver?
08:25Os robôs poderiam um dia ter bebês?
08:27Você tem alguma dúvida sobre ciência?
08:30Então escreva pra gente.
08:32Se respondermos a sua pergunta, você receberá uma pequena surpresa como agradecimento.
08:38Vamos lá, pergunte!
08:39A água potável é um recurso precioso e, infelizmente, mais de 2 bilhões de pessoas não têm acesso a ela.
08:51A situação é ainda mais grave em países da África subsaariana e em partes da Ásia Ocidental e Central.
09:00Garantir água potável também está se tornando um desafio na Europa.
09:04Um dos motivos é o declínio na qualidade das águas subterrâneas.
09:09E isso pode ser facilmente percebido pela diminuição da vida aquática.
09:19Nessa floresta na Suíça, cientistas estão à procura de criaturas minúsculas.
09:26Com a ajuda do supervisor do poço local, eles examinam as águas subterrâneas
09:31estão perto de encontrar esses pequenos seres vivos.
09:35Vários metros abaixo da superfície, na escuridão, há vida.
09:44Encontrei alguns anfípodes.
09:46Isso é ótimo, devo pegá-los?
09:49Os pesquisadores descobriram inúmeras novas espécies de anfípodes.
09:55A maioria só pode ser identificada com precisão por meio de análise genética.
09:59Encontramos três espécies nesse local.
10:04E agora, essas quatro são provavelmente da mesma espécie, anifagos buteanos,
10:09porque têm o mesmo tamanho.
10:12Existem dezenas de espécies desses minúsculos crustáceos.
10:16Com apenas alguns milímetros de tamanho,
10:19vivem em rachaduras e cavidades entre pedras
10:21e se alimentam de organismos ainda menores.
10:24É preciso imaginar que comunidades inteiras de diversas espécies
10:30vivem nas águas subterrâneas da região.
10:32Entre elas, micróbios, organismos unicelulares,
10:36nematóides, rotíferos e anfípodes.
10:39Elas estão a vários metros de profundidade,
10:41provavelmente dezenas de metros, em toda a área.
10:45Essas comunidades de espécies purificam naturalmente a água,
10:48tornando-a potável.
10:49Portanto, a abundância de vida nas águas subterrâneas é um bom sinal,
10:55enquanto o desaparecimento dela é preocupante.
11:01Os pesquisadores analisaram quase 500 locais no Planalto Central Suíço
11:05e descobriram que essas criaturas são menos comuns
11:08em áreas onde a terra é submetida à agricultura intensiva.
11:13Como aqui, por exemplo.
11:14Embora não estejam aqui procurando por anfípodes,
11:18a água está tão poluída com nitratos
11:20que precisa ser diluída.
11:25É aqui que os dois poços de água subterrânea convergem
11:30e essa tubulação traz água da cidade vizinha
11:33que pode ser comprada.
11:35As águas chegam num reservatório,
11:37onde são misturadas para garantir o cumprimento
11:39dos padrões máximos de água potável.
11:41Em águas que contêm muitas substâncias químicas,
11:47como produtos de degradação de pesticidas e fertilizantes,
11:51a vida em águas subterrâneas é significativamente reduzida.
11:55Ao observar a biodiversidade geral,
11:58que registramos usando métodos genéticos,
12:00encontramos uma diversidade cerca de cinco vezes menor
12:03em áreas com agricultura intensiva
12:05do que em áreas localizadas em florestas.
12:07O impacto da agricultura nas águas subterrâneas
12:12pode ser medido até mesmo a um quilômetro de distância.
12:16A recém-descoberta vida microscópica em águas subterrâneas
12:20já está ameaçada.
12:22Para os fornecedores de água da Suíça,
12:24isso não é uma boa notícia.
12:27A crescente contaminação da água potável
12:29com nitratos e produtos de degradação de pesticidas
12:33é preocupante.
12:33Embora a qualidade da água potável na Suíça permaneça boa
12:37e possa ser consumida sem preocupações,
12:40nosso recurso hídrico mais importante,
12:42as águas subterrâneas,
12:43está cada vez mais contaminado.
12:46A Agência Federal do Meio Ambiente da Suíça
12:49também está acompanhando o estudo.
12:51Como ainda não está claro
12:52de onde exatamente vem a água dos poços subterrâneos,
12:55o Parlamento ordenou uma avaliação
12:57das chamadas áreas de recarga.
12:59Atualmente, uma emenda à lei de proteção da água
13:06vai exigir que os cantões garantam
13:08que as bacias hidrográficas subterrâneas importantes
13:11ou, particularmente em risco,
13:13sejam rapidamente excluídas das áreas de recarga.
13:17Nas áreas onde 90% da água se origina,
13:20alguns pesticidas serão proibidos.
13:22Mas essas áreas vêm sendo discutidas
13:24há mais de 20 anos.
13:25Gostaríamos que fosse mais rápido,
13:33não é um processo fácil
13:34e estamos lidando com isso agora.
13:36A área de recarga está sendo identificada
13:38e as medidas estão sendo implementadas
13:40em conjunto com as fazendas.
13:44É difícil prever
13:45quão rapidamente as coisas irão melhorar,
13:48inclusive para os anfípodes
13:49e outras criaturas subterrâneas.
13:51Isso porque a eliminação de substâncias químicas
13:53das águas subterrâneas costuma levar décadas.
14:00Beber água contaminada
14:01é obviamente prejudicial à saúde.
14:03Mas, estatisticamente,
14:05pessoas com menor massa muscular
14:06também vivem menos.
14:08Pesquisadores desenvolveram uma IA
14:10que usa escaneamentos corporais
14:12para calcular o risco de mortalidade.
14:14A qualidade dos músculos
14:16e a proporção deles em relação à gordura
14:18podem indicar a expectativa de vida de uma pessoa.
14:20Quanto tempo vamos viver?
14:30Parece ficção científica,
14:32mas esse modelo de inteligência artificial
14:33consegue calcular parcialmente
14:35o risco de mortalidade das pessoas.
14:38Esses dois pesquisadores
14:43do Hospital Universitário de Freiburg,
14:45na Alemanha,
14:46são pioneiros nessa área.
14:48Eles desenvolveram um modelo de IA
14:49capaz de analisar imagens
14:51de ressonância magnética corporal
14:53de forma autônoma,
14:54permitindo avaliações estatísticas
14:56em larga escala.
14:58As imagens fornecem pistas
14:59sobre a expectativa de vida.
15:01Os cientistas avaliaram
15:02dezenas de milhares de imagens.
15:04Foram mais de 66 mil pessoas.
15:12Em seguida,
15:13analisamos como as pessoas envelhecem
15:15e como é esse processo de envelhecimento.
15:17A ideia é fornecer informações ao paciente.
15:20Por exemplo,
15:20comparar dois homens de 35 anos
15:22e então dizer
15:23você tem pouca massa muscular
15:25e, portanto,
15:26parece mais velho
15:26do que a média de idade
15:27de outra pessoa de 35 anos.
15:29A ressonância magnética
15:32fornece um panorama corporal.
15:34A equipe então usa a IA
15:36para examinar a distribuição
15:37de gordura e músculo
15:38e, em particular,
15:39a qualidade muscular.
15:41Os pesquisadores descobriram
15:42que pouca massa muscular
15:44e fraqueza muscular
15:45aumentam o risco de mortalidade,
15:47independentemente se a pessoa fuma,
15:49bebe álcool
15:50ou tem doenças pré-existentes.
15:52O resultado é uma imagem
15:53extremamente detalhada
15:55dos músculos
15:55e da gordura corporal.
15:56O que um médico levaria
15:58quatro horas para fazer
15:59é resolvido em 90 segundos
16:01pela IA.
16:03Se eu tivesse trabalhado nisso
16:05em tempo integral,
16:06levaria décadas
16:06para obter os resultados.
16:08Ou seja,
16:08sem a IA,
16:09não teríamos essas informações.
16:14Em teoria,
16:15os pesquisadores
16:16até poderiam calcular
16:17o risco de mortalidade
16:18para cada paciente,
16:19mas optaram por não o fazer.
16:23Preferiram focar
16:24na idade biológica,
16:25que não se baseia
16:26na data de nascimento,
16:27mas na condição corporal.
16:31Se analisarmos os dados
16:34da ressonância magnética
16:35e verificarmos
16:36que você tem
16:37a mesma massa muscular
16:38de um homem médio
16:39de 55 anos,
16:40mas você tem apenas
16:4145 anos,
16:42então poderíamos dizer
16:43que sua constituição muscular
16:45o torna 10 anos
16:46mais velha do que deveria.
16:52Palavras que podem servir
16:53de alerta ao paciente
16:55é o que esperam
16:56os pesquisadores.
17:02Sabemos que apresentar
17:03o risco concreto
17:04aos pacientes
17:04é um sinal forte
17:05e motivador
17:06para agirem.
17:07E como estamos falando
17:08de músculo
17:09e tecido adiposo,
17:10sabemos quais são
17:11as medidas possíveis.
17:12Sabemos que o exercício
17:13é bom para desenvolver músculos,
17:15que o ajuste na dieta
17:16reduz o tecido adiposo.
17:18Já sabemos
17:19o que podemos fazer.
17:19O nosso ponto
17:20é apenas comunicar
17:21o risco ao paciente.
17:29Estatisticamente,
17:29a expectativa de vida
17:30é influenciada
17:31por múltiplos fatores.
17:33Os genes são responsáveis
17:34por cerca de 20%
17:35da longevidade.
17:3730% da longevidade
17:38está ligada
17:39ao meio ambiente,
17:40como a qualidade do ar
17:41e o clima.
17:43Os 50% restantes
17:44estão ligados
17:45ao estilo de vida
17:46do indivíduo,
17:46conforme destacado
17:47por uma análise
17:48de 700 mil registros
17:49de saúde
17:50de soldados
17:51dos Estados Unidos.
17:54Viver de forma saudável
17:55aos 40 anos
17:56prolongaria a vida
17:57em 20 anos.
18:01Praticar bastante exercício,
18:03não usar drogas,
18:04ter uma alimentação saudável
18:05e boas relações sociais
18:07são fatores importantes
18:08para uma vida mais longa.
18:10A expectativa de vida
18:11na Alemanha
18:11ocupa o penúltimo lugar
18:12entre os países
18:13da Europa Ocidental.
18:15Equipes de pesquisa
18:16vem investigando o assunto
18:17há algum tempo.
18:22Eles observam
18:23as condições de vida
18:24e dados específicos
18:25do organismo,
18:26como exames de sangue,
18:27análises celulares,
18:28condição das células-tronco.
18:30Fatores como esse
18:31são necessários
18:32para estimar a mortalidade,
18:34mas previsões confiáveis
18:35ainda não foram possíveis
18:37até o momento.
18:41Será que isso pode mudar agora?
18:43Muitos estão ansiosos por isso,
18:45especialmente nos Estados Unidos.
18:48Empresas americanas
18:49já oferecem exames
18:50de ressonância magnética
18:51de corpo inteiro
18:52para detecção precoce de riscos.
18:55Mas esses serviços
18:56são controversos e caros.
18:58Nos Estados Unidos
19:01existe um grande mercado
19:03para exames de corpo inteiro,
19:04para rastreamento de tumores
19:06ou análises de composição corporal.
19:08Esse não é o nosso objetivo.
19:09Nosso plano é usar imagens
19:14de exames já existentes
19:15para realizar essas análises
19:16e obter informações adicionais.
19:23O modelo de IA
19:25ainda não está em uso
19:26no Hospital Universitário de Freiburg.
19:28Mas no futuro,
19:29a idade biológica de um paciente
19:30pode ter um papel importante
19:32para definir tratamentos.
19:34Será que uma mulher
19:34de 85 anos
19:36em boa forma física
19:37deveria receber tratamentos
19:38indicados para pessoas
19:39mais jovens?
19:44Podemos dizer
19:45que ela tem 85 anos no papel,
19:47mas temos a impressão subjetiva,
19:49que poderá ser comprovada
19:50por meio de exames,
19:51de que ela consegue
19:52responder ao tratamento.
19:53Ou seja,
19:54podemos oferecer a ela
19:55uma terapia mais intensa,
19:57o que talvez não fosse possível
19:58com os protocolos atuais.
19:59Saber que sua idade biológica
20:04é maior do que o esperado
20:05pode ser um choque,
20:06mas pode incentivar as pessoas
20:07a viverem de forma mais saudável.
20:18Andar de bicicleta
20:19nas cidades
20:20pode ser perigoso.
20:23Carros por toda parte,
20:24engarrafamentos,
20:25cruzamentos bloqueados
20:27e motoristas agressivos.
20:29Como os ciclistas
20:32se sentem no meio
20:33desse caos?
20:35Equipes de pesquisa
20:36na Alemanha e na Áustria
20:37têm estudado
20:38o estresse nas ruas.
20:43Esse ciclista
20:44participa de um teste
20:45para medir o estresse
20:46de quem pedala na cidade.
20:48Para isso,
20:49ele está equipado
20:50com câmeras e sensores.
20:51Os dados ajudam
20:52os pesquisadores
20:53a tornar o uso
20:54da bicicleta
20:55mais seguro e atraente,
20:57inclusive para motoristas
20:58de carros.
20:59Queremos ter uma rede
21:04contínua,
21:05sem estresse,
21:06objetiva
21:06e subjetivamente
21:07segura e agradável.
21:11Isso poderia incentivar
21:13mais motoristas
21:14a trocarem o carro
21:15pela bicicleta
21:16e aliviar
21:17o congestionamento
21:18nas cidades.
21:20Na Universidade de Ciências
21:21Aplicadas
21:22de Karlsruhe,
21:22na Alemanha,
21:23o ciclista
21:24se prepara
21:25para o teste.
21:26Com a câmera
21:26de rastreamento ocular
21:27é possível acompanhar
21:29o que ele está vendo.
21:31Não queremos apenas
21:32observar os ciclistas
21:34de fora,
21:35ver o que está acontecendo
21:35com eles.
21:36Queremos nos colocar
21:37no lugar deles.
21:39Eles também usam
21:41um sensor no braço
21:42para monitorar
21:43sinais vitais
21:43e avaliar os níveis
21:44de estresse do ciclista.
21:46Um típico fator
21:47de estresse
21:47é a proximidade
21:48dos carros.
21:53Ela é medida
21:53por esse sensor
21:54de distância
21:55ultrassônico.
21:57Tradicionalmente,
21:57os carros dominam
21:58o espaço urbano,
21:59algo injusto
22:00segundo os pesquisadores.
22:06Quando andamos
22:07pela cidade,
22:08são os pedestres
22:09e ciclistas
22:09que a tornam viva,
22:11habitável e urbana.
22:13Não são os carros
22:13que tornam
22:14uma área urbana,
22:15são os pedestres
22:16e os ciclistas.
22:19Mas os ciclistas
22:21geralmente têm
22:21espaço limitado,
22:22o que pode causar
22:23estresse e ansiedade
22:24quando os carros
22:25fazem a ultrapassagem.
22:31O círculo vermelho
22:33mostra para onde
22:34o ciclista está olhando,
22:35constantemente focado
22:36nos automóveis,
22:38com medo de que
22:38eles se aproximem demais
22:39ou que a porta
22:40de um carro estacionado
22:41se abra repentinamente.
22:42As medições
22:46são avaliadas
22:47imediatamente
22:48e mostram
22:49as reações
22:49do ciclista.
22:52Este é exatamente
22:54o tipo de situação
22:55que estamos estudando.
22:56Aquela rota
22:57oferece um cenário
22:58típico,
22:58com semáforos.
23:00O ciclista
23:01passou por 51
23:02momentos de estresse.
23:05Agora,
23:06vamos ver
23:06onde eles aconteceram.
23:10A maioria
23:11dos momentos
23:11de estresse
23:12ocorreram
23:13onde havia
23:14pouco espaço
23:14para a bicicleta
23:15e os carros
23:16se aproximavam demais.
23:18Uma equipe
23:18do Instituto de Pesquisa
23:20de Salzburgo,
23:21na Áustria,
23:21também mediu
23:22a proximidade
23:23de carros
23:23e ciclistas
23:24em mais de 7 mil
23:26ultrapassagens
23:26na Alemanha,
23:27Áustria e Suíça.
23:29A bicicleta
23:30estava equipada
23:30com sensores
23:31de laser e ultrassom,
23:32além de câmeras.
23:34Isso nos permite
23:35medir toda a manobra
23:37de ultrapassagem,
23:38não apenas
23:38a distância lateral
23:40em relação aos ciclistas,
23:41mas também
23:42por quanto tempo
23:43o veículo
23:43fica atrás dele
23:44antes da ultrapassagem
23:46e de retornar
23:47para a pista.
23:49Os pesquisadores
23:50afirmam
23:50que os motoristas
23:51que mantêm
23:51a distância mínima
23:52de um metro e meio
23:53proporcionam
23:54aos ciclistas
23:55um passeio agradável.
23:57Mas a bicicleta
23:58de teste
23:58produziu
23:59alguns resultados
23:59preocupantes.
24:00Medições a laser
24:01mostram que os carros
24:02aqui representados
24:03por caixas verdes
24:04muitas vezes
24:05se aproximam demais
24:06da bicicleta,
24:07a pequena linha vermelha.
24:08Um grande
24:10empecilho
24:10para potenciais
24:11futuros ciclistas.
24:15A principal constatação
24:17é que em vias estreitas
24:18com infraestrutura existente
24:19as ultrapassagens
24:20são muito próximas.
24:22Em média,
24:22as distâncias
24:23de ultrapassagem
24:24ficaram entre
24:24um metro e dez
24:25e um metro e vinte.
24:26Os especialistas
24:32em tráfego
24:33recomendam
24:34alargar ciclovias
24:35para dois metros.
24:37E em ruas
24:37mais estreitas
24:38sugerem um limite
24:39de velocidade
24:40de trinta quilômetros
24:42por hora
24:42além de pictogramas
24:44na pista
24:44indicando a prioridade
24:46dos ciclistas.
24:47de volta
24:52à Karlsruhe
24:53muitas ruas
24:54oferecem espaço
24:55suficiente
24:55para os ciclistas
24:56mas esta rua
24:57de repente
24:58redireciona
24:58as bicicletas
24:59para a calçada.
25:03Como vemos novamente
25:04quando ciclistas
25:05e pedestres
25:06compartilham espaço
25:07fica estreito.
25:08Agora passou
25:09uma bicicleta
25:09de carga
25:10quase não há
25:11espaço suficiente
25:11não é nada
25:12tranquilo.
25:13Carros estacionados
25:17invadindo
25:18a já estreita
25:18ciclovia
25:19que é compartilhada
25:20com pedestres
25:21é um problema comum.
25:22Um carro
25:23ocupa pelo menos
25:24seis vezes mais espaço
25:26do que uma bicicleta
25:27e ao manobrar
25:28até dez vezes mais.
25:31Mais bicicletas
25:32menos carros
25:33e menos engarrafamentos.
25:35Em uma cidade assim
25:35todo mundo sai ganhando.
25:41Esta foi mais
25:42uma edição
25:43do Futurando.
25:44Esperamos por você
25:45na semana que vem.
25:46Até lá!

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