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Fernando Haddad minimizou impactos do tarifaço norte-americanas sobre produtos brasileiros, enquanto Gabriel Galípolo reforçou a necessidade de cautela e explicou por que o Copom manteve a Selic em 15%, mesmo diante da desaceleração econômica e da inflação ainda acima da meta.

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Transcrição
00:00E o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo,
00:05participaram de um evento em São Paulo nesta segunda-feira.
00:08Haddad declarou que os efeitos do tarifácio norte-americano não tiveram impacto macro na economia.
00:15Já Galípolo explicou por que o Copom insiste em manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15%,
00:22alegando que a instituição não pode agir com emoção.
00:26E para falar sobre a repercussão tanto de Haddad quanto de Galípolo, eu volto à Brasília com a repórter Fernanda Sete.
00:34Fernanda, é até difícil o Galípolo explicar, principalmente para o governo federal, o porquê de 15% de taxa Selic.
00:42Por que Fernanda Haddad já disse que é uma taxa bem restritiva, não é isso?
00:49Exatamente, Eric Klein.
00:50O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que essa decisão do Copom, do Comitê de Política Monetária,
00:56de manter a taxa Selic em 15% ao ano, demonstra aí a necessidade de cautela diante de um cenário ainda incerto.
01:06Segundo Gabriel Galípolo, o Banco Central não pode agir com emoção,
01:10mesmo após aí a deflação recente, claro, a melhora nas expectativas de mercado.
01:16Além disso, Gabriel Galípolo afirmou também que essa postura mais humilde do Banco Central,
01:21de coletar informações antes de incorporar cenários, tem se mostrado aí bastante correta.
01:28Uma postura correta do Banco Central, segundo Gabriel Galípolo,
01:31a única postura que pode ser tomada diante deste momento.
01:36O objetivo, Clay, do Banco Central é, de fato, reduzir a inflação acumulada em 12 meses para 3%.
01:44A meta é considerada ali atingida, se chegar ali naquele patamar de 1,5% a 4,5%.
01:52Galípolo destacou também que os sinais de desaceleração da economia brasileira
01:58reforça que o país está passando aí por um processo gradual de moderação econômica.
02:04Olha, no segundo semestre de 2025, o PIB, produto interno bruto, cresceu apenas 0,4%.
02:12Mas Gabriel Galípolo ressaltou aí esse avanço com relação ao mercado de trabalho.
02:19Ele falou que o mercado de trabalho continua resiliente no Brasil,
02:22vivendo um dos seus melhores momentos em três décadas.
02:25E que isso contribui aí para a pressão sobre a inflação de serviços.
02:31Agora, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ele falou o seguinte,
02:34ele voltou a minimizar os efeitos das tarifas impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros.
02:40Essa alíquota de 50% que foi imposta pelo governo norte-americano aos nossos produtos brasileiros.
02:47Então, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou o seguinte,
02:50ele minimizou aí os efeitos das tarifas e falou o seguinte,
02:54olha, o governo brasileiro até o momento não teve a necessidade,
02:58não precisou aplicar a lei da reciprocidade econômica que foi aprovada pelo Congresso Nacional.
03:06Então, até o momento, como não foi preciso, como não houve essa necessidade
03:11de aplicar a lei da reciprocidade econômica,
03:14ele não vê um impacto tão grande das tarifas sobre os produtos brasileiros.
03:18Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
03:21já afirmou também que disse ter esperança de que essas tarifas sejam revistas,
03:26já que elas causam impacto negativo não só aqui para o Brasil,
03:30mas também nos Estados Unidos.
03:33Eu volto com você, Clay.
03:34Obrigado, viu, Fernanda Sete, pelas suas informações.
03:40Qualquer novidade, você volta a nos chamar aqui no Agora.
03:43Mariana Almeida, eu falava com a Fernanda Sete
03:45que é difícil para a Gabriel Galípolo convencer o governo
03:48do porquê 15% de taxa Selic.
03:51Mas, tecnicamente, há uma justificativa.
03:54A gente ainda tem uma inflação bem acima da meta,
03:58não só do teto.
03:59A meta é 3%.
04:00Nós estamos aí perto de 5%.
04:04Apesar de que temos ainda, apesar não,
04:08e temos ainda uma economia fortalecida, aquecida,
04:12mercado de trabalho, você tem aí um PIB,
04:15você via, a gente mostrou agora há pouco,
04:16a confiança do empresário e também do consumidor.
04:19Tudo isso põe um pouquinho mais de cautela no Banco Central
04:23para tomar uma atitude que, segundo o Galípolo,
04:26não pode ser com a emoção.
04:27Pois é, Clay.
04:28O Galípolo está tentando se apegar a essa ideia
04:30de que não pode usar emoção.
04:32Se fosse você, por exemplo, já tinha virado taxa de juros.
04:34Já tinha colocado 10%.
04:36Vamos lá.
04:36Mas é isso.
04:39Obviamente tem muita consistência essa questão
04:41do Banco Central precisar agir com maior estabilidade,
04:44até porque a reação de mercado de política monetária
04:47não é imediata.
04:48É um processo que a economia vai reagindo
04:51a mudanças de patamar de maneira lenta.
04:54Então a gente viu, inclusive, que a taxa de juros aumentou,
04:56começou a aumentar no final do ano passado.
04:57E os sinais de maior desaquecimento
04:59ficaram mais fortes e mais óbvios agora,
05:01mais recentemente.
05:02Agora, tem um tema que para a economista
05:05é um tema de grandes debates, que é
05:08existe explicação para você estar
05:10num processo eventualmente mais contracionista.
05:13O patamar de 15% em particular,
05:15o patamar das taxas de juros mais altas do mundo,
05:17é que não se explica.
05:19Então, assim, uma coisa é você ter que aplicar
05:21a política contracionista.
05:22Outra é que a gente se acostumou a ter
05:24um contracionismo muito intenso.
05:26A mão é pesada, né?
05:27É o remédio mais amargo.
05:28E se a gente pensar de maneira mais crua,
05:31o que é taxa de juros?
05:32Em geral, é remuneração em relação ao risco.
05:35E aí, se nós temos uma das taxas de juros
05:38mais altas do mundo,
05:39significa que a economia brasileira
05:40é das mais arriscadas do mundo?
05:42Do mundo.
05:43Estou falando de países aí
05:43que tem variação cambial significativa,
05:46que não tem estabilidade de governo,
05:47que não tem instituições.
05:49Ainda assim, a gente estaria no pior patamar.
05:50É difícil de acreditar.
05:52Então, pensando, inclusive,
05:53volatilidade cambial,
05:54que é fundamental aqui
05:55para poder remunerar o mercado estrangeiro.
05:58O estrangeiro que entra,
05:59ele vem para ganhar a taxa de juros interna,
06:01mas também ele acaba tendo aqui
06:04que fazer a conta de quanto ele pode perder na moeda.
06:06Se flutuar muito o câmbio e ele perder,
06:08e o dólar ficar muito caro quando ele sair,
06:10ele vai ficar ruim para ele.
06:11Mas não é isso que a gente tem assistido
06:12na economia brasileira.
06:13Até o patamar de câmbio,
06:14tirando o pico do ano passado,
06:16do início desse ano,
06:18ele não é...
06:19A gente está em um patamar mais estabilizado.
06:21Então, é uma taxa de juros muito alta
06:23que se acostumou e acabou estabilizando
06:25nessa situação de...
06:27A economia brasileira se ancora muito profundamente
06:30em altos graus de remuneração desse capital.
06:33Como sair disso?
06:34Tem que ter outras âncoras,
06:36outras possibilidades,
06:37uma confiança significativa
06:39na produtividade
06:41ou na atividade,
06:42no crescimento da renda,
06:44na robustez da economia.
06:45A gente precisa de uma nova âncora,
06:47de uma nova visão aí
06:49que pode ter credibilidade
06:51sem precisar de um patamar tão alto.
06:53A gente espera que alguma hora não seja...
06:55Pensar sobre isso não seja uma questão de emoção,
06:57mas uma questão de consistência econômica
06:59de um projeto mesmo
07:00que permita crescer
07:01com uma remuneração menor
07:03do ponto de vista da dívida.
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