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Cerca de 500 mil pessoas protestaram na França contra cortes no orçamento de 2026, que preveem enxugamento de 44 bilhões de euros. A economia do país enfrenta alta dívida de 114% do PIB e desigualdade crescente. O apresentador Marcelo Favalli analisou o impacto político e econômico desse cenário e os riscos para o futuro.

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Transcrição
00:00Nova onda de protestos na França. Cerca de 500 mil pessoas saíram às ruas hoje em diversas cidades do país.
00:08As manifestações têm como alvo o governo de Emmanuel Macron e a possibilidade de corte no orçamento para o ano que vem.
00:16De acordo com as autoridades, embora a maior parte dos protestos tenha sido pacífica, pelo menos 300 manifestantes foram presos.
00:27Para explicar o atual cenário político e econômico da França, eu recebo o Marcelo Favalli, apresentador do Conexão.
00:33Favalli, boa noite para você. Tem solução para essa crise? A Terrimônio é Conexão com Solução. O Conexão é uma solução.
00:41Tá bom, vou levar como elogio. Tem sim e é muito simples.
00:46Para equilibrar o orçamento, a gente tem que cortar gastos, enxugar custos.
00:52Todo mundo entende isso. Mas ninguém quer fazer isso. Quando pesa no bolso, dói no coração.
01:01Boa noite, Cris Pelagio. Boa noite a você que talvez esteja pensando como economizar no seu orçamento.
01:08Saiba que o governo do Emmanuel Macron, presidente da França, também está pensando da mesma maneira.
01:13Vamos ver os números do tamanho do rombo orçamentário da segunda maior economia da zona do euro,
01:21segunda maior economia da União Europeia, segunda maior economia de toda a Europa e quinta maior economia do mundo, a França.
01:29É o seguinte, os franceses vão ter de apertar o cinto.
01:34Só que cortar na própria carne. Não é todo mundo que quer.
01:39A última conta feita seria que o orçamento de 2026 precisaria ter um enxugamento de 44 bilhões de euros.
01:51Isso está na condicional, teria, seria, deveria, porque quando apresentado esta proposta, o primeiro-ministro,
02:03que é ali uma espécie de uma extensão do executivo, do presidente dentro do legislativo,
02:10que perdeu a cabeça, sofreu um voto de desagravo e acabou perdendo o cargo.
02:17O novo primeiro-ministro chega com esse abacaxi no colo.
02:22Já entendeu que não vai conseguir fazer este tamanho de cortes.
02:27Agora, os protestos que nessa quinta-feira foram os segundos de grande porte em 10 dias na França,
02:36tem a ver com um monte de coisa.
02:38Enumerei aqui, nessa primeira etapa da explicação.
02:41Então, insatisfação, congelamento de pensões, aumento nos custos de saúde, eliminação de feriados.
02:51Aqui foram propostas para chegarem nesses 44 bilhões de euros.
02:57Ou seja, os aposentados e pensionistas não teriam os seus vencimentos reajustados,
03:03como é previsto na lei francesa.
03:05Aumento nos custos de saúde, aquele custeio público para a saúde da população,
03:12principalmente de mais baixa renda, teria uma diminuição, obviamente.
03:17E feriados, ia cortar, o governo queria diminuir os feriados para aumentar a produção.
03:24Então, essa proposta de austeridade se perdeu aqui um pouco.
03:28Insegurança no trabalho, contratos temporários, hoje na França,
03:35são mais ou menos 16% daquelas pessoas que aqui no Brasil a gente chama de assalariados.
03:41Ou seja, o registro em carteira não é mais por um tempo indeterminado.
03:47São pequenos contratos para que o empregador não tenha ali muitos custos
03:52e não crie uma relação que depois vai ser onerosa com o empregado.
03:57Ah, mas isso acontece há bastante tempo na França, assim como em outros países.
04:02Só que, por exemplo, em 1980, este número era a metade do que ele é hoje.
04:08Então, as pessoas com segurança de se manter no emprego
04:12caiu pela metade em pouco mais de 40 anos.
04:17Então, esse sentimento de insegurança no trabalho,
04:20desigualdade, a pobreza, tem crescido na França.
04:2415,4% da população francesa está na linha da pobreza
04:30e não mais, não é apenas a pobreza, existe o abismo social.
04:36Pegar a ponta da pirâmide, os 20% mais ricos na França
04:40tem 4,5 vezes os rendimentos ou as posses do que os 20% mais pobres.
04:52Além da pobreza, tem essa diferença social e as reformas impopulares,
04:57que ainda não desceu na garganta do francês, principalmente da classe média mais baixa,
05:03trabalhadora, operária, que a aposentadoria passou de 62 anos para 64 anos.
05:10Isso em 2023 ainda gera um ressentimento.
05:13Com este caldeirão todo, não vão ter esses cortes e isso levou a uma insatisfação popular
05:22que a gente viu nas ruas.
05:23Não acabou.
05:24Vou pedir a próxima arte para a gente começar a avançar,
05:28porque uma coisa é França, outra coisa é a União Europeia.
05:31A França, como grande potência econômica, vai levando a um problema mais macro.
05:37Mas ainda olhando a França, aqui esse caldeirão de números,
05:39para a gente entender a situação financeira da França.
05:43Desde o dia 1º de janeiro de 2025, só nos três primeiros meses,
05:48no primeiro trimestre, a França gastou 3,35, deixa eu arredondar para cima,
05:563,35 bilhões de euros a mais do que arrecadou.
06:01Se aqui for o déficit só no primeiro trimestre,
06:03Como é que está o tamanho da dívida da França, segundo a maior economia da Europa?
06:10114% do PIB.
06:12Já começou a acender o sinal de alerta que, nesta evolução, não vai demorar muito.
06:19A grande economia francesa vai ter uma dívida impagável.
06:24Corre esse risco.
06:25Terceiro maior endividamento da zona do euro.
06:29Uma coisa se falar dos 27 países da União Europeia, dos mais pobres.
06:32Quando o problema começa a bater na porta dos mais ricos,
06:36isso é um problema maior.
06:38Nesta velocidade, a projeção é que, em 2027, esta dívida será de 121%.
06:47Por que 2027 é importante no calendário francês?
06:51Tem troca de governo.
06:53O mandato de Emmanuel Macron, seu segundo mandato, ele foi reeleito,
06:57termina em 2027.
07:00O déficit fiscal da França, 5,4% do PIB.
07:06É perigoso.
07:08Existe um consenso entre os economistas e analistas da zona do euro.
07:13Você pode até ter um déficit, mas não pode passar de 3%.
07:17Esse déficit primário, perdão, ele ainda é controlável.
07:22Aqui eles passaram bastante da zona de perigo.
07:2656,1% do PIB é de benefícios sociais.
07:31Ok.
07:31Isso é uma conta muito parecida com outros países.
07:35A exemplo, o Brasil, que o maior custo é com a previdência social.
07:40Então, a gente entende que quando a proposta é vamos cortar benefícios, isso acaba enfurecendo o público, o povo, mas é aqui que vai sair o enxugamento da máquina pública.
07:54Também havia uma proposta de pegar os mais ricos, aqueles que têm 100 milhões de euros em patrimônio e aplicar um imposto extra sobre grandes fortunas de 2%.
08:0586% da população aprova essa medida, mas ela não avançou na Assembleia Nacional, no Legislativo francês.
08:13Para a gente encerrar, eu queria pedir a próxima arte, para a gente ver as projeções e os perigos na União Europeia.
08:22Perda de confiança.
08:24A FIT já rebaixou a nota de crédito da França agora.
08:31É questão de poucos dias.
08:34E um risco de contágio é, se a segunda maior economia da zona do euro perder força, o que deve ser do resto do bloco?
08:41E a confiança é a base do negócio.
08:45Cris Pelágio, aí você olha para as suas contas, você acha, hum, será que eu tenho problemas?
08:50Aí você olha para eles e fala, ufa, tá bom, os meus são contornáveis.
08:54Tudo é na vida, é a base comparativa.
08:57Pois é.
08:58Te chamo já já de novo.
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