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A diretora da CNA, Sueme Mori Andrade, participou de audiência em Washington (EUA) sobre tarifas dos EUA ao Brasil. Marcos Matos, CEO do Conselho de Exportadores de Café (Cecafé), detalhou como o café brasileiro impacta a economia americana e defendeu sua inclusão na lista de exceção.

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Transcrição
00:00Estamos de volta ao vivo com o Fast Money e a diretora de relações internacionais da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil, CNA,
00:08participou em Washington da audiência pública com o representante comercial dos Estados Unidos na Comissão Internacional de Comércio do país.
00:17O evento faz parte do processo aberto pelos Estados Unidos contra o Brasil por supostas práticas desleais de comércio.
00:24E quem traz os detalhes de como é que foi a fala da instituição e como é que está o andamento dessa comitiva é a nossa correspondente Luiz Maiana, direto de Washington, está acompanhando tudo de lá.
00:36Tudo bem, Luiz? E boa tarde para você e ótima tarde também ao seu entrevistado. Sejam bem-vindos ao Fast Money.
00:43Olá, Natália. Boa tarde para você e a todos que nos acompanham.
00:46Então, sim, é mais uma semana intensa de agenda envolvendo todos esses líderes do setor empresarial na tentativa de desbloquear qualquer tipo de barreira
00:57que esteja dificultando o diálogo direto entre o governo americano e o governo brasileiro.
01:03A intenção é prospectar pessoas, interlocutores, para que a gente consiga chegar nesse nível de um diálogo bilateral.
01:11E durante essa audiência, a gente acompanhou de perto alguns representantes brasileiros levantando suas justificativas e levantando pontos importantes
01:22para mostrar o quão prejudicial são essas tarifas, não só para o mercado brasileiro, mas para o próprio mercado americano.
01:31E para falar um pouquinho mais sobre esse assunto, eu estou aqui com o Marcos Matos.
01:35Marcos Matos, ele é conselheiro dos exportadores de café do Brasil.
01:39Na verdade, ele é CEO da C-Café, que é o Conselho de Exportadores de Café do Brasil.
01:45Ele participou dessa audiência ativamente, né, Marcos?
01:48Inclusive, prestou um depoimento falando sobre o potencial do mercado envolvendo o café
01:54e envolvendo essa relação entre Brasil e Estados Unidos.
01:58Marcos, fala um pouquinho mais para a gente sobre os argumentos que você utilizou nessa audiência.
02:04Bom, nós tivemos a satisfação de mostrar para as autoridades que a relação Brasil-Estados Unidos,
02:11ela foi construída há séculos e nós somos os principais fornecedores de café para esse país.
02:16Lembrando que Estados Unidos é o maior consumidor do mundo, 76% da população americana toma café.
02:21E Brasil, como 32% desse mercado, um mercado de 2 bilhões de dólares que nós exportamos para os Estados Unidos,
02:27cerca de 16% do nosso mercado, ele atende aos parâmetros sensoriais de toda a população norte-americana.
02:34É o aroma, é o sabor, é a acidez, é a doçura.
02:38E é esse café que faz parte dos blends das principais empresas.
02:42Empresas essas que geram 2,2 milhões de empregos.
02:45O café é responsável por 343 bilhões de dólares de faturamento, o que dá 1,2% do PIB norte-americano.
02:53Então, é uma relação que, para cada 1 dólar de café que Estados Unidos importa, adiciona 43 em sua economia.
02:59Você chegou a acrescentar também durante a sua fala que, de acordo com a Associação Nacional do Café dos Estados Unidos,
03:07agora a gente está usando dados americanos, mais de 70% da população norte-americana consome café.
03:14Então, com base nesses dados, que são dados aqui dos Estados Unidos, as pessoas têm consciência do prejuízo disso.
03:21Por que você acha que essas tarifas ainda foram mantidas?
03:25E quais são as suas expectativas diante dessa tentativa de acordo e de diálogo?
03:31Olha, com certeza o café era o produto número 1 para estar em lista de exceção.
03:36Há um componente político, isso é muito claro para todos nós,
03:40e nós estamos vivendo momentos de turbulência política,
03:43e as decisões que foram feitas ao não isentar o café brasileiro, em 50%,
03:50resultou em grandes aumentos das cotações internacionais do café.
03:53Em 31 de julho, o café estava cotado a 284 centos dólares por libra-peso.
03:59Hoje, está por volta de 380.
04:01Isso significa um aumento de 35%.
04:03Se a gente aplicar 50% no café brasileiro, vai para 576 centos por libra-peso.
04:08Ou seja, o café brasileiro perdeu competitividade no momento que os níveis de estoques de café no mundo
04:14são os mais baixos desde os anos 90.
04:16E no caso do café arábica, que é 80% das nossas exportações para cá,
04:20estão ainda mais baixos pelas dificuldades de safra.
04:23Não só no Brasil, mas em vários outros países produtores de arábica.
04:26Então, as nossas contrapartes, como a National Coffee Association,
04:29os seus membros, a indústria, o trade, as redes de cafeterias,
04:33todos estão trabalhando juntos.
04:34Se agora é estado desafiador a gente ampliar a lista de exceção,
04:38nós estamos construindo as pontes com as assessorias,
04:41nos fazer presentes em Washington,
04:43para, sim, em algum momento, não muito à frente,
04:46a gente conseguir estabelecer essa lista de exceção para o café.
04:49Então, o objetivo não é necessariamente cancelar a tarifa
04:53ou reduzir essa alíquota de 50% como um todo,
04:57mas sim fortalecer essa lista de exceções, é isso, então?
05:00Para o café, dado o benefício para a economia americana,
05:03nós devemos estar numa lista de exceção.
05:06Claro que, como o Brasil, nós defendemos várias pautas,
05:08temos que ter discussões diversas,
05:11como essa investigação 301, que nos ataca.
05:13Então, independente das discussões de tarifas,
05:16essa investigação tem um impacto muito grande para o Brasil,
05:18porque ela pode validar as argumentações,
05:21caso elas caiam numa justiça americana,
05:23mais à frente, de uma forma definitiva.
05:25Então, nós temos que atuar em várias frentes.
05:28Investigação 301, uma abertura de diálogo que hoje está travada,
05:31e o privado pode ajudar os governos.
05:33E, no caso do café, é uma lista de exceção,
05:37que é a nossa prioridade máxima.
05:38E, Marco, só para a gente finalizar,
05:40você mesmo falou sobre um elemento político nessas negociações.
05:44Como que vocês veem, então, esse julgamento de Bolsonaro?
05:47Como que isso pode influenciar nas decisões,
05:50até mesmo dessa audiência?
05:51Você acredita que existe uma influência?
05:54A influência, ela existe, mas o nosso discurso, ele é uníssono.
05:59As instituições políticas, em separado.
06:02Nós estamos em Washington e estamos abertos a discutir com todos os setores.
06:06Fizemos reuniões com o Departamento de Estado,
06:08lá do Brasil, online, com oficiais do governo.
06:11E o nosso discurso é sempre, a nossa pauta é a econômica.
06:15A nossa pauta é da relação bilateral com aspectos técnicos.
06:18Então, tudo que for informações que possa municiar as autoridades,
06:23nós estamos aqui para compartilhar.
06:25Assuntos políticos, a gente separa.
06:27Mas, já que essa situação toda está entrelaçando
06:30tanto esses elementos políticos e econômicos,
06:32como que é possível separar, Marco?
06:35Justamente.
06:35É por isso que a gente tem a expectativa de, com essa missão,
06:40com essa investigação e essa relação que estamos criando em Washington,
06:43para ser permanente, uma relação viva em Washington,
06:46é para abrir o diálogo e a gente conseguir, em algum momento,
06:51que as questões políticas estejam mais sob controle ou mais pacificadas,
06:55a gente conseguir fazer grandes mudanças.
06:57Então, o nosso objetivo é não influenciar na política,
07:00seja do Brasil ou dos Estados Unidos,
07:01mas eles nos conhecerem, nos reconhecerem e buscarem as informações conosco.
07:07E aí, sim, nós vamos ter momentos mais adequados
07:10para fazer valer a pauta econômica.
07:12E hoje a sua vinda aqui é só, exclusivamente, em relação ao café,
07:16sem nenhum envolvimento com nenhuma confederação, certo?
07:19Nós temos, sim, uma ótima relação com a CNI,
07:21participamos dos debates, junto com o embaixador Roberto Azevedo,
07:23que também faz uma defesa em relação ao Brasil.
07:26Tivemos uma reunião com o escritório Brian Ballard,
07:29que fez um cenário político para nós todos.
07:31Então, existe uma união e nós estamos como parte do grupo que veio com a CNI.
07:36Mas a nossa agenda é específica do café,
07:38pelas especificidades que o café tem para a economia americana.
07:41Muito obrigada pela sua participação, pelos seus esclarecimentos.
07:45Nath, eu volto com você e sigo aqui acompanhando todas as informações.
07:49Tá certo. Qualquer novidade, por favor, volta aqui ao vivo com a gente, Luiz.
07:53E muito obrigada a você e muito obrigada também ao Marcos Matos,
07:56CEO do Secafé, participando ao vivo do Fast Money.
08:00Ótima tarde, bom trabalho para vocês.
08:01E muito obrigada a vocês.
08:01E muito obrigada a vocês.
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