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O economista Alexandre Chaia, professor do Insper e gestor da Carmel Capital, analisou o Plano Brasil Soberano e os créditos emergenciais para exportadores afetados pelas sobretaxas dos EUA. Ele avaliou os impactos financeiros, os valores disponíveis e os possíveis reflexos na economia brasileira.

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Transcrição
00:00E o governo brasileiro publicou ontem a lista de produtos elegíveis ao crédito emergencial do Plano Brasil Soberano,
00:08destinado a apoiar exportadores afetados pelas sobretaxas impostas pelos Estados Unidos.
00:14Sobre isso, eu converso com o Alexandre Chaia, ele que é economista e professor de finanças no Isper e gestor da Carmel Capital.
00:22Oi, Alexandre, muito boa noite e seja bem-vindo aqui ao jornal Times Brasil Exclusivo CNBC.
00:27O governo, Alexandre, fez uma divisão em duas listas, uma mais extensa, com quase 10 mil produtos
00:34e que vão ser automaticamente considerados para a liberação do crédito,
00:38e outra mais reduzida, com pouco mais de 700 itens, que exige uma declaração de prejuízo do exportador.
00:44É uma solução adequada esta?
00:48Sem dúvida. Primeiro, boa noite, Eric.
00:50Sem dúvida, o governo está tentando atingir, ajudar quem foi realmente afetado pela tarifa do Trump.
01:00O que ele fez foi de uma vista longa, mas o principal, alguns itens, como você falou, vão ser automáticos,
01:08eles já estão aprovados.
01:09Os outros vão ter que fazer uma declaração de que foi impactado,
01:14até para o empresário se comprometer realmente com isso.
01:17Mas, no principal, ele vai ter que mostrar como ele foi afetado.
01:20Em qualquer um dos dois casos, vai ter que explicar o que foi, o que aconteceu,
01:25qual a relevância dos Estados Unidos, para poder acessar essa linha de crédito mais barata para financiamento.
01:30É uma linha boa, porque ela é uma linha longa, tanto de 60 quanto de 120 vezes.
01:35Professor Alexandre, o nosso analista Rodrigo Loureiro também está participando desta entrevista conosco.
01:40Loureiro.
01:40Boa noite, professor.
01:42Professor, falando sobre valores que o governo brasileiro vai destinar para socorrer as empresas impactadas pelo tarifácio.
01:49A gente tem um bolso ali de 30 bilhões de reais e tem um outro bolso do BNDES de 10 bilhões de reais.
01:57Esses valores, na sua opinião, são suficientes para a gente conseguir socorrer essas empresas
02:04ou precisava ser um pouquinho a mais?
02:06Então, é difícil mensurar isso, porque ainda está muito em discussão qual é o impacto.
02:14Você vê que até na semana passada a celulose reduziu a tarifa dele.
02:22Então, o governo está trabalhando naquele problema dele de não ter o dinheiro.
02:27Então, todo esse gasto adicional, ele é um dinheiro que estava destinado para outras coisas do governo.
02:33que ele está tentando tirar, por outro lado, ele tem que ajudar as empresas.
02:37Então, eu acho que nesse primeiro momento ele vai ser suficientes.
02:40Acho que vai depender muito dos próximos passos.
02:42Inclusive, acabou o julgamento.
02:45Não sabe quanto mais o estado de vírus vai aplicar de, vamos dizer, de punição ao Brasil,
02:51pela visão que ele tem que ir errado do Brasil.
02:54Então, o governo fez o primeiro movimento.
02:56Acho que esse movimento não é o movimento final.
02:59Eu acho que ele ainda vai ajustar.
03:00E, principalmente, o governo está tentando, não só o governo, mas as empresas,
03:05abrir novos mercados e, com isso, diminuir esse prejuízo que foi causado especificamente pelos Estados Unidos.
03:12Então, não dá para afirmar que é muito ou pouco, porque isso vai se ajustando no tempo.
03:17Então, acho que nesse primeiro momento o governo faz essa verba adicional,
03:21esse orçamento extraordinário que ele abriu e, a partir do momento que ele for analisando
03:26que os impactos foram diminuindo ou foram aumentando, ele vai colocando novos valores
03:31para a disponibilização.
03:33Professor Alexandre, nós mostramos há pouco que as exportações dos produtos brasileiros
03:38que enfrentam a taxação, o tarifácio de Trump, caíram mais de 20%
03:44e os produtos, inclusive, que ficaram isentos desta sobretaxa também caíram, as vendas caíram.
03:50Então, esse projeto, esse plano do governo brasileiro de apoiar os exportadores
03:56vai ter reflexo só a partir do segundo semestre?
03:59Quando que a gente vai ver algum impacto em relação aos produtos brasileiros?
04:04Então, o aumento da exportação necessariamente vai demorar mais,
04:08porque o que está acontecendo é que você precisa de novos mercados
04:11para poder colocar esses produtos que caíram.
04:14Então, não acho que o efeito vai ser de curto prazo, acho que vai ser só para o ano que vem,
04:18até porque a gente ainda está vivendo, como eu falei, a gente não sabe ainda
04:23quanto de novos movimentos vão ser feitos pelo governo Trump
04:26e nem como é que o governo Trump vai continuar com os outros países do mundo,
04:31porque toda essa movimentação ainda é um rearranjo do comércio mundial.
04:35Então, você ainda vai passar por um processo de ajuste.
04:37Mas eu acho que esse efeito realmente para a economia brasileira
04:41só vai acontecer no segundo semestre, mas o efeito negativo do ponto de vista econômico
04:45ele vai ser resolvido no curto prazo por essa linha de financiamento.
04:50Professor, a gente sabe que substituir os Estados Unidos como um parceiro comercial
04:53é uma tarefa muito difícil.
04:56Mesmo assim, há quem aposte que o Brasil pode absorver parte desse consumo,
05:00pode ter um consumo interno ali que estava indo para os Estados Unidos,
05:04pode ser destinado ali para o consumo doméstico.
05:06Isso tende a acontecer e se isso acontecer, a gente pode ver preços ficarem mais baratos,
05:12por exemplo, principalmente de produtos mais perecíveis, como o pescado, por exemplo?
05:18É possível.
05:19No caso do pescado, especificamente, a gente não vai ter como colocar
05:23esse excesso de produção no curto prazo para outros países.
05:27Então, também você vai ter um excesso de oferta no Brasil e uma diminuição.
05:30Agora, no médio prazo, isso não deve acontecer, porque quase todos os produtos,
05:36somente produtos agrícolas, eles são com modos.
05:39Então, eles tendem a seguir o preço internacional.
05:41Se o preço subir, o produtor brasileiro vai ter que estar seguindo a mesma linha.
05:46Obviamente, que o que está perecível, que ele não vai conseguir mudar,
05:49o que vai reduzir a produção, ele vai ter que reduzir e vender mais barato no Brasil.
05:54Professor Alexandre Chaia, queria muito agradecer a sua participação aqui no jornal
05:58Times Brasil Exclusivo, CNBC.
06:00Grande abraço para o senhor e um ótimo final de semana.
06:04Obrigado, então.
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