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O Índice de Confiança do Consumidor caiu 0,5 ponto em agosto, chegando a 86,2. Alberto Ajzental explicou que a queda se deu principalmente pelas expectativas negativas para os próximos meses, apesar da situação atual apresentar melhora. Impactos da inflação e juros altos também foram discutidos.

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Transcrição
00:00Voltamos ao vivo com Fast Money e o índice de confiança do consumidor divulgado pelo FGV Hibre caiu 0,5 ponto em agosto e com isso o índice chega a 86,2 pontos.
00:18A queda de agosto foi influenciada exclusivamente pela deterioração nas expectativas para os próximos meses.
00:25A gente vai entender melhor como é que se impacta na economia do país com análise sempre detalhada do analista Alberto Azental que já está aqui com a gente no Fast Money.
00:34Tudo bem Azental? Boa tarde, foi bem de fim de semana?
00:37Nath, foi ótimo de final de semana. Boa tarde, boa tarde a todos e é um enorme prazer estar aqui no Fast Money e estar aqui com vocês.
00:47O prazer é nosso, sempre interessante e importante te ouvir.
00:51Então vamos lá. Muitos índices no radar, como é que se mostram os índices de confiança, expectativas e a situação de forma geral?
01:01Perfeito, vamos já de cara. A gente já chama a primeira arte porque a gente dá os números, mas a gente vai falar da evolução e da tendência que é bem interessante e bem importante aqui.
01:17Basicamente o que acontece é o seguinte, a linha de cima, a linha vermelha, ela anda sempre acima da linha verde.
01:25Por quê? Porque a linha vermelha é a linha de expectativa, é a linha de futuro e vamos brincar, é a linha de fé e de esperança.
01:37A linha verde é a linha da realidade, é a linha da confiança atual, como está a confiança agora.
01:46Então, via de regras, se você dá uma olhada então naquilo que a gente está mostrando, a expectativa para o consumidor, que é uma pessoa física, sempre a expectativa, o futuro, ele está acima da atualidade.
02:04E a linha azul é o índice de confiança propriamente dito, que é uma média entre estas duas.
02:10Então, você percebe o seguinte e é bastante importante, que a vermelha está sempre acima da verde, não tem nem o que discutir.
02:18Mas o que mudou, o que é curioso, o que é interessante é que o índice de confiança ele caiu, é em pontos.
02:27De 0 a 100 é pessimista, de 100 a 200 é otimista.
02:33O que ele está, ele está num nível mais de pessimismo, ele está abaixo de 100 pontos.
02:39E esse índice de confiança ele caiu 0,5, mas ele caiu em 12 meses, de agosto do ano passado para esse agosto, ele caiu 7,1.
02:49É uma queda muito grande.
02:52O índice de situação atual, por incrível que pareça, subiu 1,1 de julho para agosto e subiu 2,7 de agosto do ano passado para esse agosto, por incrível que pareça.
03:03Porque, em geral, expectativas são mais otimistas do que a realidade.
03:07Então, o que acaba acontecendo, assim, o índice de expectativa caiu 1,3 de julho para agosto e caiu enormes 13,5 pontos de agosto do ano passado para esse agosto.
03:22Então, o índice de confiança ele caiu função da queda das expectativas, muito mais das expectativas do que da situação atual que é positiva.
03:35Então, o povo, de certa forma, realmente está bastante preocupado ou mais preocupado com o futuro do que com o presente.
03:44A gente pode dizer isso dessa forma.
03:46Então, de fato, nesse gráfico ficou super claro ali essa quedinha recente, mas uma queda bem acentuada quando a gente olha do fim do ano passado para cá.
03:56E o que explica esse pessimismo no índice das expectativas, então?
04:02Olha, em relação às expectativas, você pode falar de inflação, que ela tem uma tendência a diminuir agora, mas ela veio forte.
04:11E em função da inflação que vem se mantendo, a gente tem a Selic, a taxa de juros, a política monetária tão restritiva em 15% que deve se manter ao longo do ano.
04:27Quando você tem inflação, você tem perda de poder aquisitivo, porque o teu dinheiro rende menos, compra menos.
04:33E, principalmente, a população mais pobre é quem mais sofre e mais sente.
04:39Agora, quando você tem taxas de juros altas, o que acontece é que fica caro financiar o imóvel, caro financiar carro, caro financiar o imóvel.
04:49O imóvel, eu já falei, carro, moto, vestuário, tudo que você não tem o recurso agora e precisa de financiamento, fica mais caro.
04:59E se a tua renda não dá para cobrir todas as despesas no final do mês e, infelizmente, você acaba caindo num cheque especial, num cartão de crédito, você sofre com essa taxa de juros.
05:10E, na medida que as famílias, elas percebem que elas estão inadimplentes, que elas estão com bastante dívida, isso acaba minando a confiança no horizonte.
05:20E, Azental, esse índice de confiança, ele tem uma lógica de variar conforme a renda?
05:26Como é que é essa variação?
05:29É, a gente poderia, assim, sem olhar os dados, a gente poderia falar assim, ah, não, o pobre sofre mais, o rico sofre menos e é assim.
05:39Mas não foi o que aconteceu.
05:41As famílias, até R$ 2.000,00 de renda, elas acabaram, elas estão no campo negativo e as famílias com renda acima de R$ 9.600,00 também.
05:52Então, os dois extremos, eles estão na faixa negativa.
05:57Até R$ 2.100,00, menos 2,1 pontos e acima de R$ 9.600,00 de renda, menos 1,9.
06:05Por incrível que pareça, quem tem renda entre R$ 2.100,00 e R$ 9.600,00, está no campo positivo.
06:12E isso é um pouco interessante.
06:15Que as famílias mais pobres sintam mais a questão da inflação, da perda de renda e do aumento de juros, ok.
06:23Interessante notar que a classe média, de certa forma, está mais otimista do que os extremos.
06:29Interessante mesmo.
06:31E por que sempre vale a pena a gente olhar para esse índice?
06:35O que ele traz para a gente de importante, hein, Enhas, então?
06:39Porque economia, ela é muito baseada em expectativas e perspectivas.
06:47A gente, o dono de um negócio, ele tem que ter um otimismo e uma expectativa lá na frente
06:55para ele comprar uma máquina, aumentar a fábrica, investir, comprar matéria-prima.
07:01Então, você está falando não de presente, você está falando de futuro, de expectativa.
07:06Alguém que decide, que está empregado e decide comprar o imóvel por muitos e muitos anos vai pagar,
07:12a gente está falando de futuro, a gente está falando de sonho, a gente está falando de expectativa.
07:16Então, a economia é baseada não só na situação atual ou até muito menos na situação atual
07:23do que em esperança, em fé, em expectativa, em futuro.
07:29E uma pessoa que vai gastar, e aqui a gente está falando de consumidor, vai gastar, vai comprar,
07:35se ela não tem agora expectativa, ela acha que o futuro vai ser pior,
07:40pode ser que ela tome uma decisão de defensiva no sentido de poupar versus gastar.
07:48Então, na medida que isso acontece, isso pode repercutir lá na frente na economia.
07:54Então, medir a confiança ou a expectativa agora pode sim ser um ótimo indicador
08:01do que vai acontecer na economia nos próximos meses.
08:05Então, basicamente, é essa a ideia desse índice medir uma coisa antes que aconteça.
08:12Então, se o consumidor, em geral, tem uma expectativa mais otimista,
08:18diferente de empresário e de outros setores, em geral, o consumidor, a pessoa física,
08:25quando se compara os índices, tem mais confiança, tem melhor expectativa.
08:29Então, se está caindo, é uma sinalização para todos os outros setores também.
08:35É um momento em que nascem as intenções e começam os planos.
08:40Obrigada, viu, Azental?
08:41Ótimo para começar a semana, que venham as próximas.
08:44Então, até amanhã.
08:46Até amanhã, boa tarde.
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