O mercado de trabalho brasileiro mostrou fôlego mesmo com juros altos. A taxa de desocupação caiu para 6,2% em maio, próxima da mínima histórica. A renda média avançou 3,1% e a massa salarial subiu 5,8%, movimentando mais de R$ 354 bilhões na economia. Alberto Ajzental analisa os dados do IBGE.
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00:00O mercado de trabalho no Brasil voltou a mostrar força, apesar do aperto monetário no país.
00:06A taxa de desemprego no trimestre encerrado em maio se aproximou da mínima histórica registrada no ano passado.
00:13Os dados são da PNAD, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do IBGE.
00:18Vamos então ver os números que o IBGE divulgou hoje, com a participação mais uma vez aqui do nosso analista de economia, Alberto Aizental.
00:25E voltou a cair, hein, Aizental?
00:276,2 e é impressionante, porque 7,1 para 6,2, quase uma diferença de maio contra maio do ano passado, quase um PP, quase um ponto porcentual.
00:41Desocupados em queda, ocupados em crescimento.
00:45Então vou só comentar alguns dados aqui.
00:47População ocupada, ela passou, sempre maio do ano passado com esse maio, de R$ 101,3 milhões para R$ 103,9 milhões.
00:56Você dá da linha de baixo aqui.
00:58Um aumento aqui de 2,5%.
01:02Renda média, a próxima arte é de renda média.
01:06A gente tem na próxima tela.
01:07Então a gente já vem com a renda média, porque no final a gente já faz uma conta final.
01:13A renda média de R$ 3,354 pulou para R$ 3,457, que é um aumento de 3,1%.
01:203,1% não é o IPCA, perde para o IPCA.
01:25Em outros anos ganhava, agora está perdendo para o IPCA.
01:28Mas quando você faz uma conta de massa salarial, que é o número de pessoas ocupadas, vezes o aumento da renda, passou de R$ 335 bilhões para R$ 354 bilhões.
01:45Ou seja, enquanto a população ocupada subiu 2,5% e a renda média 3,1%, a massa salarial subiu 5,8%.
01:55É mais dinheiro na economia, é mais dinheiro que gira a economia e é o melhor dinheiro que você injeta na economia.
02:04Porque não é crédito, é dinheiro de salário e quem está trabalhando está gerando um bem ou serviço e a roda gira.
02:13Então esse é um ponto bastante importante.
02:16Você tem uma informalidade em queda que faz sentido na medida que a desocupação vai caindo.
02:23O que acontece? O salário aumenta e quem não tem carteira também vai diminuindo.
02:32Tem um dado interessante também, dentro do retrato que o IBGE mostra esse mês, o do desalento.
02:39Que é aquele desânimo quando a pessoa precisa de trabalho, mas não vai procurar, porque ela observa em volta e fala, não vou conseguir, o clima está desfavorável.
02:46Ela sequer vai procurar. E esse dado, se a gente olhar a população absoluta desalentada hoje, chegou ao menor nível desde 2016.
02:56Então em nove anos, nunca a população desalentada no Brasil foi tão pequena.
03:00E é um ponto que, enfim, muito disso, e é própria a leitura do IBGE, a Isental, é das pessoas olhando para fora e falando,
03:07não, a economia ainda está crescendo, ainda tem emprego sendo gerado, eu vou procurar um trabalho porque eu acredito que eu vou conseguir.
03:14O desalentado é aquele que nem sai de casa para procurar emprego.
03:18Então ele, oficialmente, não é um desempregado, ele não é um desocupado, porque quem não procura emprego não é desempregado.
03:26Agora, por que o desalentado não procura emprego? Por duas razões principais.
03:29Ou porque, eventualmente, o salário é baixo e não justifica ele buscar aquele salário, ou porque não tem vaga.
03:37Mas, quando a desocupação está baixa, o desemprego está baixo, precisa de mão de obra e os salários sobem,
03:44naturalmente ele sai de casa para procurar emprego, ele tem maior motivação.
03:49Então, por isso que o desalentado cai, o número de desalentados cai.
03:52E aí, Zental, tem um gráfico aqui também que você preparou para a gente para falar da sazonalidade da taxa de desocupação?
04:01Turcia, esse gráfico é bem interessante porque existe sim uma sazonalidade.
04:06Você, de janeiro até março, a taxa de desocupação sempre aumenta.
04:12Aqui, o que a gente fez foi colocar lado a lado, de janeiro a dezembro, os últimos anos.
04:18Então, eu fui do azul claro para o azul mais escuro.
04:21Então, você tem 2022, 2023, 2024 e a reta, a curva mais baixa é 2025, com dados reais até maio, que a gente tem 6,2.
04:35E eu fiz um tracejado, que é um exercício de futurologia.
04:41A parte interessante é que a gente vê que as quedas proporcionais, elas eram muito maiores.
04:48Quando o desemprego era maior, proporcionalmente a queda era maior.
04:52É o ângulo da curva que a gente observa.
04:54O ângulo da curva e a distância entre as curvas, que são os pontos percentuais de queda mês a mês.
05:01E você percebe que essa distância vem diminuindo.
05:04Por quê?
05:05Porque a desocupação talvez está chegando num ponto que vai ser o ponto, o mínimo que ela vai conseguir atingir.
05:12O interessante, quando a gente fala desse 6,2 e era um 7,1, tem um ponto porcentual aqui de diferença.
05:21Mas o 6,2 de maio é o 6,2 do final do ano passado.
05:26A pergunta é, vai se manter um ponto aqui?
05:30Vamos fechar esse ano um ponto abaixo do ano passado, em 5,2?
05:35A resposta, muito dificilmente a gente faz isso.
05:38Será que vai ser 0,5?
05:40Se for 0,5, a gente fecha o ano em 5,8, 5,9.
05:46Então, você vê que começa a convergir e dá para a gente fazer um exercício de futurologia.
05:53Vai ser muito mais baixo do que isso?
05:55Dificilmente.
05:56Então, está meio que chegando no limite a taxa de desocupação brasileira.
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