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O Brasil registrou crescimento de 0,4% no segundo trimestre de 2025, acima do esperado, mas com sinais de desaceleração. O colunista do Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC Norberto Zaiet comentou no Fast Money sobre o equilíbrio frágil da economia e impactos nos investimentos.

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Transcrição
00:00A gente fala agora do Brasil que registrou um crescimento de 0,4% no segundo trimestre de 2025.
00:07Estou falando do PIB, os dados mais recentes divulgados pelo IBGE.
00:11Esse resultado ficou acima do esperado pelos especialistas,
00:15só que também mostra uma desaceleração no crescimento do país.
00:19Se olharmos esse número pela ótica da demanda,
00:21que leva em consideração o consumo das famílias, o consumo do governo,
00:25dos investimentos e o saldo das exportações,
00:28os investimentos cresceram 3,1%, o sexto trimestre consecutivo de crescimento.
00:35E a gente fala agora ao vivo com o colunista do site timesbrasil.com.br
00:40e Managing Partner da PSEA Value Investors, Norberto Zayetti,
00:44já está aqui ao vivo no Fast Money para comentar mais sobre esses resultados.
00:49Tudo bem, Norberto? Boa tarde para você.
00:53Boa tarde, Natália. Boa tarde, Felipe. Prazer estar de volta aqui com vocês.
00:56Prazer o nosso, Norberto. Vamos lá, o que te chamou mais atenção, então,
01:01nesse contexto em que a gente teve um crescimento 0,4% no segundo trimestre
01:06e é uma desaceleração quando a gente se compara com o primeiro trimestre, né, Norberto?
01:13Olha, Natália, é assim, a economia brasileira, o que os números têm demonstrado
01:18é que a economia brasileira está num equilíbrio bastante delicado.
01:23Por um lado, você vê o PIB crescendo, crescendo menos, claro, comparado ao trimestre anterior,
01:31mas se comparado ao ano passado, ao mesmo trimestre do ano passado, está crescendo 2, 2,2%,
01:36quer dizer, é um ritmo de crescimento que, dado o histórico recente brasileiro, é um bom nível, né?
01:43Você vê os níveis de desemprego nas mínimas históricas, né?
01:49Então, você vê, por um lado, uma economia que segue bem, que segue, aparentemente, sustentada, né?
01:58Mas, por um outro lado, você vê a inflação fora da meta, né?
02:03Você vê as expectativas de inflação, que é pior do que ter inflação fora da meta,
02:08e as expectativas da inflação fora da meta, combinado com um juro de 15%, né?
02:15Que é um juro alto, com juros reais acima de 7% aí pagos pelos títulos do Tesouro.
02:21Então, você vê que é um equilíbrio que não se mantém no longo prazo, né?
02:26Alguma coisa vai ter que ceder nessa história toda.
02:30E, do ponto de vista do investidor, o que a gente consegue ver é que o que vai ceder é o lado PIB.
02:36A gente vê uma economia crescendo acelerada muito por conta de gastos do governo, né?
02:43Por conta de transferências governamentais, e você vê um governo que está com a sua capacidade de gastar mais comprometida, né?
02:54Está chegando perto de um limite do que dá para gastar, né?
02:58Então, você já começa a ver alguns sinais, vamos dizer, vendas no varejo.
03:01Começam a patinar devagar, mas começam a patinar.
03:04Você começa a ver os dados de investimento que você mesmo falou.
03:07De fato, os investimentos vêm crescendo, mas esse trimestre é uma queda de 2,2% na formação bruta de capital fixo, né?
03:13Que é o grande dado de investimento do setor privado, né?
03:18O investimento do setor privado em relação ao PIB é baixíssimo, né?
03:21Está ao redor de 16%, quer dizer, uma economia em que o setor privado não tem capacidade de investir
03:27ou não tem desejo de investir, porque a taxa de uso que o governo paga é muito alta, né?
03:34E inibe-se esse investimento.
03:36É uma economia que não tem capacidade de crescer de uma maneira sólida e sustentável.
03:40Então, o que a gente vai querer ver nos próximos meses é como é que o governo, né?
03:47Como é que a economia vai manejar sair desse equilíbrio delicado.
03:52É um equilíbrio frágil, é um equilíbrio que vai em algum momento mudar de lugar, né?
04:00E você, assim, o que a gente precisa ver é se esse processo vai ser um processo gerenciado,
04:08que parece que vai ser, e a velocidade que esse processo vai tomar, né?
04:13A impressão que dá é que o governo vai fazer o malabarismo que tem que fazer
04:18para tentar manter um crescimento que seja alguma coisa positiva daqui até o ano que vem,
04:28mantendo essa mesma política econômica, né?
04:30Mantendo essa mesma política de gastos, apesar de num ritmo mais baixo,
04:35e esperar, de fato, o que vai acontecer do ponto de vista eleitoral, né?
04:42Acho que o grande definidor de investimento, de fato, no Brasil, no longo prazo,
04:49vai ser como é que se definem as eleições do ano que vem,
04:53e, com base nisso, como é que se define uma nova política econômica,
04:57porque, claramente, essa que a gente está rodando aí, ela está bastante esgotada, né?
05:02Ela está chegando no limite dela.
05:04Certo. Obrigada. Felipe, sua pergunta para o Zayet.
05:07Legal, Zayet. Boa tarde. Bom falar com você de novo.
05:11Zayet, a gente está com uma expectativa, né?
05:13Claro que o presidente Donald Trump está pressionando muito ali o Jerome Powell, né?
05:17Para baixar um pouco os juros.
05:19É capaz que o Fed abaixe ali um 0,25 e tal?
05:22Como é que isso vai ter impacto para o Brasil?
05:24O que você acha que acontece se o Fed tomar essa decisão de abaixar pelo menos 0,25?
05:29Vamos ter mais dinheiro vindo para o Brasil?
05:31Nem que seja um investimento um pouco mais especulativo?
05:36Felipe, é uma excelente pergunta essa que você está fazendo,
05:38porque, de fato, apesar dos juros nos Estados Unidos estarem em um patamar mais elevado
05:44dos tempos mais recentes, né?
05:47Eu até escrevi um artigo para o Times Brasil semana passada,
05:52exatamente falando sobre isso.
05:54As condições financeiras aqui nos Estados Unidos continuam bastante frouxas, né?
05:59E a sinalização que existe é que com esses cortes que o Fed deve fazer aí
06:05começando esse mês,
06:07essas condições financeiras devem ficar mais frouxas.
06:10E, de fato, condições financeiras frouxas, né?
06:13Quer dizer, o mercado líquido ajuda bastante investimento em mercados não desenvolvidos.
06:22Então, você, de fato, é capaz de ter um pouco mais de fluxo para o Brasil.
06:26A gente tem tido fluxo para o Brasil, né?
06:28Tem fluxo para investir em juros,
06:30tem algum fluxo agora mais recentemente para investir em Bolsa.
06:34Eu acho que muito na especulação, de fato, de como é que vai se desenrolar o processo eleitoral,
06:43mas, de fato, as condições financeiras estão frouxas
06:45e maior frouxidão vai, de fato, ajudar esse processo de ter um pouco mais de investimento,
06:52nem que especulativo, aí para o Brasil.
06:55E aqui também, né?
06:57A gente vê que as bolsas aqui estão no valuation bastante,
07:02está no máximo histórico, né?
07:03Dos indicadores, dos índices de bolsa.
07:06Você vê a inteligência artificial tomando conta do mercado
07:13e, de fato, causando...
07:15Os valuations que a gente vê, apesar de parecerem exagerados aqui fora,
07:19eles são condizentes com os lucros que as empresas,
07:23que as grandes empresas de tecnologia têm gerado, né?
07:26Então, o mercado, não sem razão, tem colocado um múltiplo alto,
07:32talvez em alguns casos exagerado,
07:34mas um múltiplo alto nas empresas de tecnologia,
07:37mas elas têm feito jus ao múltiplo que elas têm sido negociadas em bolsa, né?
07:42Então, o que a história mostra, e é o ponto do artigo da semana passada,
07:46é que as condições frouxas não querem dizer que elas vão ficar menos frouxas,
07:51quer dizer que elas tendem a ficar até mais frouxas, né?
07:53Ao longo do caminho.
07:55Em momentos de euforia, que pode ser que aconteça,
07:59que a gente esteja caminhando para um momento de euforia,
08:02você vê condições financeiras mais frouxas ainda
08:05e isso, de fato, vai trazer, sim, mais fluxo para o Brasil.
08:08Felipe.
08:09Quero agradecer Norberto Zayet,
08:11colunista do site timesbrasil.com.br,
08:14e Managing Partner da PCEA Value Investors,
08:18participando ao vivo aqui do Fast Money.
08:20Muito bom te ouvir, Norberto.
08:21Volte sempre, por favor.
08:24Vai ser um prazer.
08:25Obrigado, Natália.
08:26Obrigado, Felipe.
08:26Até a próxima.
08:27Boa tarde.
08:28Tchau, tchau.
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