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Com a tarifa de 50% prestes a entrar em vigor, o Brasil pode enfrentar um impacto bilionário nas exportações para os Estados Unidos. Segundo a CNI, os prejuízos podem ultrapassar R$ 19 bilhões. Clifford Young, presidente da Ipsos Public Affairs nos EUA, analisa o cenário político e o que trava a negociação. O momento é decisivo para setores-chave da economia e para a diplomacia brasileira.

Acompanhe a cobertura em tempo real da guerra tarifária, com exclusividade CNBC: https://timesbrasil.com.br/guerra-comercial/

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Transcrição
00:00E sobre a contagem regressiva para a entrada em vigor da tarifa de 50%, eu converso agora com Clifford Young.
00:07Ele é presidente da Ipsos Public Affairs nos Estados Unidos e está em Washington.
00:12Boa noite para você, Clifford. Obrigada por ter aceitado o nosso convite.
00:16Bom, você participou de uma das reuniões com essa comitiva de senadores brasileiros que estão aí,
00:21os senadores estão em Washington tentando uma negociação sobre as tarifas.
00:25Qual foi o destaque do encontro que reuniu nomes dos mundos jurídico, econômico e político norte-americano?
00:32Qual foi a sua impressão em geral? O que eles trouxeram?
00:37O que eu falaria é o seguinte, não vou falar especificamente sobre a reunião, obviamente,
00:42mas eu sou especialista em opinião pública política americana, sim.
00:46Eu vou enfatizar os pontos que eu faço de forma pública, de forma particular, sim.
00:52Em primeiro lugar, a questão tarifária não é sobre tarifas, não é uma questão econômica,
01:02não é uma questão mais de centavos reais, contando assim.
01:07Realmente é uma questão de soberaniania americana, nacionalismo, sim.
01:13O Trump, o governo dele, está tentando recomeçar essa questão.
01:19Há muitos americanos aqui nos Estados Unidos que acreditam que os Estados Unidos
01:22vêm carregando o mundo nas costas.
01:25Esse é o primeiro ponto.
01:27O segundo ponto, ou seja, detalhe menos importante, né?
01:31Alinhamento de forma geral, o que o governo americano está buscando.
01:37Em segundo lugar, o Trump está num momento forte nas pesquisas,
01:42politicamente forte.
01:43A aprovação dele está bem, está bem comparado com 2017.
01:48Ele está bem de forma histórica, assim.
01:52Ele vai empurrar essa agenda para frente, assim.
01:57Então, entendendo, sabe, o objetivo, o projeto americano, assim,
02:02nesses termos, eu acredito, ajuda, seja o Brasil, seja de outro país,
02:07seja de empresas, ajuda os decisores de decisão,
02:10entender melhor, tomar decisões melhores.
02:14Agora, em geral, as pessoas com quem vocês se reuniram
02:18são contra essa tarifa de 50%?
02:21Lembrando que é a maior tarifa de todas.
02:25É, de novo, eu não estou sabendo, sabe, as opiniões das pessoas.
02:30Eu falava com uma lista de forma geral.
02:31Eu acho que há a preocupação de forma geral, seja o Brasil, seja o Canadá,
02:38seja o Japão, seja a União Europeia, sim,
02:42sobre as tarifas de forma geral.
02:44É um fato.
02:46Há uma dimensão mais pessoal com o Trump a respeito do Lula.
02:53O Trump sente que ele foi indistitado aqui nos Estados Unidos
02:56pelo sistema de justiça.
02:58Eu acho que ele tem empatia com o Bolsonaro, assim,
03:03seja, vamos dizer, um elo, uma dimensão mais pessoal, assim,
03:08mas, portanto, você tem uma taxa tão alta a respeito do Brasil, talvez.
03:14Mas, de novo, dentro do contexto de um governo americano
03:18tentando, sabe, empurrar uma agenda muito ampla
03:21sobre uma recomeça econômica.
03:25É, na sua opinião, por que essa dificuldade de abertura de negociação
03:30com o governo norte-americano?
03:32Tem algum motivo específico?
03:35Não, eu acho que tem muitos países nesse momento.
03:37Ou seja, o Estados Unidos está enfrentando o mundo como um todo
03:40com esse novo projeto de tarifaria, sim.
03:46Não está negociando necessariamente uma a uma, de forma sequencial.
03:50Eu acho que é, como a gente fala em inglês, um pouco messy em nosso momento.
03:56Eu vou passar para as perguntas dos nossos analistas.
03:59Vamos começar pelo Vinícius Torres Freire.
04:01Vinícius, fica à vontade.
04:04Na sua opinião, se o governo brasileiro tivesse numa mesa com o Trump
04:10e fosse apresentar uma ou duas propostas principais para começar uma negociação
04:16em relação ao contencioso em geral, não só tarifas, mas outras queixas americanas
04:22em relação aos Estados Unidos, você acha que a prioridade deveria ser dada a qual item?
04:28É, é uma pergunta excelente.
04:31Eu falaria o seguinte, uma relação pessoal com o Trump é super importante.
04:35A gente sabe que outros líderes em outros países estão fazendo ligações semanais,
04:40assim, habilidade a estabelecer uma relação mais pessoal, mais próxima, assim,
04:48é importantíssimo.
04:50Por outro lado, você tem que levar alguma coisa concreta, obviamente.
04:55O que seria um desses itens fora da questão?
04:58Eu acho que os Estados Unidos, sabe, o governo está super preocupado
05:02sobre imigração e segurança nacional.
05:07Então, qual que é o tipo de oferta, vamos dizer,
05:11de componente de uma conversa que inclui essas questões,
05:15imigração por outro lado, segurança nacional por outro lado,
05:22seria mais positivo, teria maior chance de ter sucesso do que outros assuntos?
05:29Passar para a pergunta do Alberto.
05:30Alberto.
05:31Clifford, a relação Brasil-Estados Unidos entre os governos não vinha bem ao longo do ano.
05:39O Trump ganhou as eleições, assumiu o presidente brasileiro, não ligou,
05:43não tem embaixador norte-americano no Brasil.
05:47A questão das tarifas pode fazer com que esses governos voltem a falar
05:53e, eventualmente, se reaproximar ou exatamente o contrário, vai estragar de vez o relacionamento?
06:02É, eu acho que, de longo prazo, esse tipo de questão vai normalmente alina, né?
06:10No longo prazo, sendo anos, né?
06:13Há essa, em minha opinião, pelo menos, há essa dificuldade pessoal entre os dois,
06:21por causa dos motivos que eu já citei, mas tem outras questões,
06:24em termos de onde eles ficam, sabe, no contínuo político, assim, da esquerda ou da direita.
06:31Eu falei o seguinte, nós estamos vendo outros países, vamos pegar Canadá,
06:36que estão trabalhando através das províncias, ou seja, os estados deles.
06:41Em vez de trabalhar só, sabe, a atual Washington, você tem vários estados trabalhando com províncias
06:50e vice-versa.
06:51Em outros casos, você tem países que estão usando os seus grandes multinacionais,
06:57empresas, assim, para usar na conversa com os Estados Unidos.
07:02Eu acho que o Brasil tem que pensar um pouco assim.
07:04Não é simplesmente uma questão estado a estado, state to state, como a gente fala em inglês,
07:10tem que pensar sobre quais são os outros ativos, especialmente organizações e grupos de interesse
07:17que têm afinidades com os Estados Unidos, que têm interesse nos Estados Unidos,
07:21que poderiam ser utilizados para melhorar, normalizar, sabe, a relação de longo prazo.
07:28Clifford, muito obrigada.
07:30Um prazer te receber aqui.
07:31Volte mais vezes e boa noite.
07:34Muito obrigado.
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