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Marcello Carvalho, economista da WIT Invest, analisou os impactos dos conflitos geopolíticos e acordos comerciais nas bolsas globais. Em entrevista ao Money Times Brasil, destacou os setores mais promissores e os riscos para quem investe em julho.

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Transcrição
00:00Bom, Felipe, continua aqui com a gente, porque temos entrevista agora, né?
00:03O mês de julho começa após conflitos que impactaram diferentes países e mercados pelo mundo.
00:08E a gente vai agora entender o que se pode esperar das bolsas, quais seriam as melhores opções de investimentos.
00:15O papo é com o Marcelo Carvalho, economista na Weet Invest.
00:19Tudo bem, Marcelo? Boa tarde, seja muito bem-vindo ao Money Times.
00:22Tudo bem, boa tarde.
00:24Bem-vindo, Felipe Machado participa com a gente dessa conversa.
00:28Estamos cheios de perguntas, porque acho que o Marcelo tem as respostas que todo mundo quer, né, Felipe?
00:31Opa, devemos ouvir.
00:33Marcelo, bom, julho começando amanhã, né?
00:36Depois de um julho bem quente, cheio de incertezas, conflitos que abalaram os mercados globais.
00:44Como é que você enxerga o impacto desses eventos geopolíticos nas bolsas de valores?
00:48Em que ponto a gente está hoje?
00:51Bom, as bolsas de valores, elas estão cada vez mais alertas,
00:55muito por conta de todo o impacto que pode causar nos commodities e em todos os demais preços.
01:01Como o principal impacto que teve nesse mês foi a questão da guerra no Oriente Médio,
01:08que afeta diretamente o preço de combustível,
01:10um dos principais insumos que a gente tem na economia global,
01:13o mercado vai continuar olhando os desdobramentos disso,
01:17apesar do cessar-fogo, não está claro se vai ser um cessar-fogo calmo,
01:22se ainda vai ter mais algum outro tipo de retomada de conflitos,
01:26conforme a gente também não tem notícias se foi completamente desfeito aquele urânio,
01:32enriquecido a mais de 60%, que é a preocupação tanto de Israel quanto dos Estados Unidos.
01:37Então o mercado vai continuar muito de olho nesses desdobramentos,
01:41desdobramentos e quais são os possíveis impactos.
01:44Então se tem outros países se metendo no jogo,
01:48se a gente vai ter algum tipo de bloqueio no estreito ou algo do gênero.
01:53Sua pergunta para o Marcelo.
01:54Legal.
01:55Marcelo, boa tarde.
01:56Marcelo, você lembrou bem, o mundo estava de olho nesse confronto entre Israel e Irã
02:00e estava todo mundo pensando no preço do petróleo e tal,
02:03mas agora que o conflito de certa forma está resolvido, pelo menos por enquanto,
02:07a gente volta a olhar para a questão das tarifas de Donald Trump,
02:10porque aquele prazo que ele deu para os países apresentarem algum tipo de negociação
02:14vai ser resolvido, vai chegar a esse prazo, o final do prazo, agora no início de julho.
02:20Como é que você vê a questão das bolsas nesse sentido agora?
02:22Você imagina que o próprio secretário de Comércio americano anunciou um acordo com mais 10 países,
02:28o acordo com a China também está bem encaminhado.
02:31Você imagina que as bolsas vão voltar para uma certa normalidade a partir do início de julho
02:35com esses acordos anunciados pelos Estados Unidos?
02:37Com certeza, hoje tivemos o acordo com o Reino Unido, que é muito bom,
02:42porque quanto mais tarifas, pior fica para o mercado internacional,
02:46quanto pior para o mercado internacional, menor as bolsas vão conseguir fluir,
02:51menos dinheiro, menos fluxo financeiro vai fluir para o mundo inteiro.
02:55Então, com esses acordos, reduzindo as tarifas impostas pelo presidente,
03:00bom pontuar, vai ficar melhor para todo mundo,
03:02não só para a bolsa norte-americana, como talvez para as bolsas dos demais países,
03:07conforme vai se encaminhando essas questões tarifárias.
03:12Mas lógico, também, caso a gente tenha algum tipo de atraso nas negociações,
03:16como já aconteceu, de demorarem para entrar em contato,
03:19demorarem para se firmar um acordo entre o país e os Estados Unidos,
03:23a gente pode ter pequenos estresses, seja em alguns ativos específicos dos Estados Unidos,
03:30do próprio ANCEP, NASDAQ, Dow Jones, que estão ligados a esses países,
03:34seja pela bolsa, pelos próprios países em si.
03:37E também a gente tem que esse acordo, os acordos sendo definidos,
03:43também vão mudar um pouco, talvez, a dinâmica com que a gente tenha da economia global.
03:48Porque se ficar mais barato importar de um outro determinado país,
03:54por conta das tarifas, logicamente, o empresário vai fazer essa conta
03:58e provavelmente a gente vai ter uma mudança de fluxo.
04:00Nada tão drástico, eu espero, mas existe a chance de algum país ou outro
04:05sair mais beneficiado do que outros países.
04:10Certo.
04:10E, bom, Marcelo, a gente está sempre de olho nas reuniões,
04:14nos encontros, nas decisões de bancos centrais,
04:16especialmente nas superquartas, teremos uma no dia 24 de julho.
04:23E aí, que decisões econômicas você acredita que vão ter mais influência nos mercados esse mês?
04:28Qual que é a sua expectativa para essa próxima superquarta?
04:32O Brasil está muito encaminhado.
04:35Está sendo já falado, já sendo dito há várias semanas, várias reuniões,
04:40o caminhar da próxima reunião, sempre conseguindo orientar bem o que vai acontecer.
04:45E, pelo que a gente viu dessa última reunião,
04:47parece que teremos uma manutenção desses juros a 15% por algum período.
04:51Pelo menos uma reunião a gente, com certeza, vai ter.
04:54Até mesmo para poder verificar e ter uma orientação melhor da inflação
04:58e dos demais impactos que as tarifas brasileiras, agora me referindo,
05:03os impostos brasileiros, vão ter no mercado.
05:06Quanto mais alto a Selic, é para reduzir a economia,
05:08e as tarifas acabam tendo, os impostos acabam tendo um efeito um pouco parecido.
05:13Porém, o que o mundo vai ficar olhando é realmente os Estados Unidos.
05:17Os Estados Unidos, com uma possível redução de tarifas no horizonte,
05:24não sabemos quando efetivamente,
05:26mas toda a pista de uma redução de taxa de juros lá nos Estados Unidos
05:32vai ser muito benéfica para o mundo inteiro.
05:34que os Estados Unidos é referência para todo mundo
05:38quanto a que tarifa de juros cobrar sobre os empréstimos.
05:44Caso a gente tenha isso sendo prorrogado,
05:48tendo quanto mais antes, melhor vai ser para o mercado.
05:51Porém, se for sinalizado alguma coisa que vai ser deixado mais para o final do ano,
05:55ou até mesmo mais conflitos entre o atual presidente dos Estados Unidos
06:00e o Gerald Paul, a gente vai ter ainda também um pouquinho de estresse no mercado.
06:06Certo. Felipe, mais uma sua.
06:08Marcelo, a gente viu hoje o acordo com os Estados Unidos e a Inglaterra
06:15tendo início e tal,
06:17mas isso não teve uma repercussão muito boa na Bolsa lá na Inglaterra.
06:20Com os outros acordos,
06:22também eles tendem a ser muito mais favoráveis aos Estados Unidos,
06:24justamente por essa postura mais imperialista
06:27e mais determinada do presidente Donald Trump.
06:30Como é que você vê as Bolsas internacionais
06:32após a aplicação dessas tarifas?
06:34Porque normalmente os países localmente tendem a reagir
06:38de maneira um pouco negativa a essas tarifas
06:40que são negativas para cada país e mais favoráveis aos Estados Unidos.
06:43Como é que você vê as Bolsas mundiais nesse movimento?
06:46As Bolsas vão reagir de acordo com cada um dos acordos
06:50a quem estão sendo firmados.
06:52Se algum setor ou outro daquele determinado país
06:54conseguir safar ou ficar um pouco menos prejudicado,
06:59talvez a gente tenha uma alta daqueles determinados setores,
07:03mas é muito claro que as cartas estão com os Estados Unidos.
07:07Os Estados Unidos têm um maior poder de barganha,
07:09têm um maior poder econômico
07:11e eles acabam sendo mais necessários para esses países,
07:14em grande parte,
07:15em grande parte,
07:16do que o país para os Estados Unidos.
07:19Como todo mundo quer comercializar com os Estados Unidos,
07:22eles têm outras pessoas para quem desejam vender para ele.
07:27Porém, não necessariamente a gente vai ter um comprador tão grande
07:30quanto o mercado norte-americano
07:32para aqueles determinados países que vão ser feitos acordos.
07:37Então, pode ser que uma Bolsa ou outra,
07:40um setor específico ou outro,
07:43tenha um benefício mais pontual,
07:45mas a tendência é que seja mais benéfico para os Estados Unidos
07:50do que efetivamente para qualquer outro país que tenha feito o acordo.
07:54Não por menos a ameaça de voltar as tarifas daquele patamar anterior lá no dia 9
08:01foi tão assustadora para muitos mercados.
08:05E, Marcelo, nesse contexto todo,
08:08com todos esses fatores que a gente já trouxe e já te ouviu falar aqui,
08:11que setores você considera mais promissores para investimento agora em julho?
08:16Quais são os principais riscos que os investidores devem ficar ligados
08:19ao tomar as decisões de investimento?
08:21O que você traz para a gente de sugestões e estratégias, por favor?
08:26Para os setores de maior investimento,
08:28acredito que commodities seja sempre uma coisa
08:30que os investidores no Brasil devam ficar observando.
08:34Afinal, se a gente tem qualquer aquecimento no mercado internacional,
08:39isso tende a refletir em alguns commodities de forma mais específica.
08:44Deve-se pontuar que tem algumas commodities
08:47que ficaram muito depreciadas ao longo deste ano,
08:51como foi o caso do minério de ferro,
08:52que depende muito do aquecimento da economia global.
08:56Então, isso deve ser uma coisa que o investidor deve ficar atento.
09:00Caso ele invista ou queira investir na parte de commodities,
09:03ele deve ficar ciente que vai ter um risco inerente disso
09:08com as negociações que a gente tem de aquecimento econômico, lógico.
09:11Mas, para aqueles que já querem sair disso,
09:14sair e tentar setores com menor influência global desse ponto,
09:20desse ponto das commodities,
09:21a gente tem tanto o setor elétrico, quanto o setor de saneamento,
09:24quanto até o setor bancário,
09:26que nos últimos meses tem tido uma performance muito boa,
09:29principalmente por terem suas receitas indexadas,
09:32por terem até benefícios em alguns pontos
09:36por conta de uma taxa de juros elevadas.
09:38Então, esses segmentos, eles devem sempre ficar muito bem de olho pelo mercado.
09:43Porém, nem tudo também significa que se dá barato.
09:47Deve sempre verificar junto a uma casa de análise,
09:49junto ao seu analista, ao seu aconselhador financeiro,
09:54para verificar qual das empresas de determinados setores
09:57devem ser adquiridos.
09:58Perfeito.
09:59Quero agradecer, Marcelo Carvalho, economista na Weet Invest,
10:03pela participação ao vivo com a gente aqui no Money Times.
10:05Muito obrigada, viu, Marcelo?
10:06Ótima tarde para você e boa semana.
10:09Eu agradeço, boa tarde.
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