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PL Antifacção foi aprovado na Câmara e é visto como uma derrota política para o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP). Bastidores com Victoria Abel.

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Transcrição
00:00Ontem, esse PL foi aprovado, houve uma votação em Brasília, a discussão em torno do projeto foi polêmica,
00:08inclusive entre o governo Lula e o poder legislativo.
00:13A gente vai ao vivo com a Vitória Bell, então, direto da Capital Federal.
00:17Oi, Vitória, boa tarde.
00:19Conta mais detalhes, então, pra gente de como foi aí esse debate ontem e a repercussão já de hoje.
00:26Bem-vinda.
00:30Boa tarde, Márcia. Boa tarde a todos que nos acompanham.
00:33Pois é, esse projeto antifacção que teve aí o texto aprovado ontem à noite,
00:38que foi o relatório de Guilherme de Ritchie, secretário de Segurança Pública licenciado de São Paulo, deputado federal,
00:45o que contrariou e muito o Palácio do Planalto.
00:48Inclusive, ontem, o governo orientou contrário a essa proposta, portanto, pediu pra sua base governista,
00:55pros seus deputados votarem contra esse projeto de lei, numa tentativa aí de derrotar o texto do De Ritchie,
01:01o que deu muito errado.
01:02A base governista aí que tem pouco mais de 100 deputados,
01:06e esse texto do Guilherme de Ritchie foi aprovado por 370 votos contra 110 aí, portanto, da base governista.
01:13E, inclusive, alguns deputados da própria base de partidos de esquerda, do PDT e do PSB, votaram favoravelmente a matéria.
01:21Cerca de 16 deputados do PDT foram favoráveis e cerca de 7 do PSB foram favoráveis,
01:28inclusive a deputada Tabata Amaral, que é uma aliada também do governo Lula.
01:33O que os líderes de centro, inclusive integrantes da cúpula do PT, já avaliam isso como uma derrota do governo.
01:41Eles avaliam que o governo poderia ter feito diferente, poderia ter apoiado de última hora o relatório do De Ritchie,
01:48pra não cair numa narrativa ruim, principalmente refletindo na popularidade do presidente Lula.
01:55Porque agora a narrativa que o PT e o governo vai ter que vencer nas redes sociais e diante do público,
02:02é de que o governo foi contra uma proposta que aumenta a punição de criminosos.
02:07O que, na visão aí dos líderes, pode pegar muito mal pro Palácio do Planalto.
02:13Eu conversei mais cedo com integrantes do PT, muito próximos do presidente Lula,
02:18e o que eles me contaram é que, um pouco antes desse relatório de Guilherme De Ritchie ser votado,
02:23a bancada governista chegou, sim, a cogitar votar favoravelmente a essa proposta.
02:28O que aconteceu é que, primeiramente, como uma estratégia ali primeira,
02:32a bancada governista tentou aprovar um requerimento pra colocar em votação aquela proposta original do Ministério da Justiça,
02:40esse requerimento foi rejeitado pela maioria dos deputados,
02:43e aí entrou em votação o projeto, o parecer, perdão, de Guilherme De Ritchie.
02:48Nesse momento, os líderes ali da base avaliaram que, bom, é melhor a gente votar de forma favorável ao texto do De Ritchie,
02:55pra, justamente, não pegar mal a gente votar contra o próprio projeto e contra uma matéria de elevação de pena de criminosos.
03:02Só que o que aconteceu é que o presidente Lula entrou no meio e disse que não,
03:07que era pra votar contrário a essa matéria, vetou a possibilidade da liderança governista votar favorável à proposta de De Ritchie,
03:16e, portanto, não tinha mais o que fazer, os deputados não podiam contrariar o próprio presidente da República,
03:21e acabou acarretando agora essa narrativa que o governo vai ter que vencer.
03:26Inclusive, o que os aliados do presidente dizem é que vai ser uma luta ingrata nas redes sociais
03:31e que, dessa vez, muito provavelmente, no tema da segurança, eles devem perder,
03:36já que é difícil justificar essa posição do governo, do Palácio do Planalto.
03:42A gente destaca que o relatório de Guilherme de Ritchie, ele, inclusive, chegou a acabar também agradando o governo em alguns pontos,
03:52porque ele cedeu em alguns trechos que o Palácio do Planalto queria que fosse modificado.
03:58Por exemplo, a apreensão imediata de bens e ativos de criminosos de organizações que estejam ainda em investigação,
04:06que é o chamado perdimento de bens.
04:08Então, o texto permite que um juiz, por meio de medida cautelar, faça essa apreensão imediata.
04:13De Ritchie também modificou o direcionamento de recursos apreendidos nessas investigações
04:18para a Polícia Federal, mas dividindo isso com as polícias estaduais.
04:23O governo queria que esse direcionamento fosse exclusivamente para a Polícia Federal.
04:28O que a gente também tenta recapitular para vocês é do que se trata, de fato, esse projeto antifacção.
04:34Ele modifica, primeiramente, esse texto do The Ritchie, a lei de crimes hediondos e acrescenta na lei o chamado domínio social estruturado,
04:43que é um controle territorial e econômico de comunidades e apenas esse controle territorial poderia gerar de 20 a 40 anos de prisão.
04:53Também nessa mesma lei de crimes hediondos, eles acrescentam que será crime apenas promover, fundar ou apoiar organização criminosa ultraviolenta.
05:02E com uma pena aí de 12 a 20 anos de prisão.
05:06E o texto também faz modificações no Código Penal, aumentando para diversos crimes considerados graves,
05:13a pena se o suspeito for de organização criminosa, for de facção.
05:19Por exemplo, no caso de homicídio, vai se aumentar a pena para 20 a 40 anos de prisão,
05:24lesão corporal também ao mesmo tempo, de 20 a 40 anos de prisão,
05:27sequestro de 12 a 20 anos de prisão,
05:31tráfico de drogas de 10 a 30 anos,
05:33roubo também de 20 a 40,
05:35furto de 4 a 10 anos de prisão
05:38e ameaça de 1 a 3 anos de prisão.
05:40Inclusive também, nesse texto, o Guilherme Derrite
05:43modifica a progressão de pena,
05:47permitindo que penas sejam aliviadas
05:50apenas se os condenados já tiverem cumprido 70% da condenação estipulada pela Justiça.
05:58Mais cedo, em entrevista exclusiva aqui à Jovem Pan,
06:01o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Mota,
06:04falou sobre essa aprovação do PL antifacção
06:07e lamentou que essa discussão tenha sido politizada.
06:11Vamos ouvir.
06:12Trazendo esse debate eleitoral do ano que vem
06:16para uma matéria que nós não pudemos permitir que ela seja politizada.
06:20É uma matéria que é da sociedade,
06:22essa não é uma matéria da direita ou da esquerda.
06:24Tanto é que eu estou aqui reconhecendo os pontos positivos
06:27que o governo enviou,
06:30muitos deles foram mantidos,
06:32mas que era uma proposta,
06:33que é o trabalho do Legislativo fazer,
06:36uma proposta que precisava ser melhorada.
06:38Eu acho que foi um erro do governo ficar contra,
06:40o governo tem que se explicar hoje
06:42a sociedade brasileira.
06:43O porquê ficou contra?
06:44Porque para o cidadão o que importa
06:46é o que de fato irá acontecer na prática
06:49para melhorar a qualidade da segurança pública do Brasil.
06:56Hugo Mota considerou, portanto,
06:58também um erro do governo ir contra essa matéria.
07:01Agora, o projeto está no Senado Federal
07:04sob relatoria do senador Alessandro Vieira, do MDB,
07:07que é um senador considerado independente.
07:10Apesar de ser do MDB,
07:12que é um partido que apoia em partes o governo Lula,
07:15Alessandro Vieira deve levar esse relatório
07:18de forma independente e tentando justamente
07:20um acordo com a Câmara dos Deputados
07:23e também conversando.
07:24Ele já está em diálogo, inclusive,
07:26com o Guilherme Derritte
07:27para tentar adequar esse texto
07:29de forma que não precise voltar
07:31para a Câmara dos Deputados.
07:32Claro que o Palácio do Planalto
07:34tem uma esperança
07:35que esse texto nas mãos
07:36de Alessandro Vieira, no Senado,
07:38possa passar por modificações.
07:40Mas a gente lembra,
07:41se o Senado modificar,
07:43o texto volta para a Câmara
07:44e a Câmara pode desfazer
07:46tudo que foi modificado no Senado Federal.
07:49Então, o Palácio do Planalto
07:50está numa situação difícil agora
07:52e é avaliar os próximos passos
07:54a partir desse PL aprovado ontem
07:56por 370 votos favoráveis.
07:58Márcia.
07:59Obrigada, Vitória Bel,
08:01pelas suas informações.
08:03Você volta ainda hoje.
08:04Vamos chamar, então,
08:05os nossos analistas do dia,
08:07o Henrique Kriegner
08:08e o Mano Ferreira.
08:10Bem-vindos.
08:11Boa tarde.
08:12Começo pelo Kriegner.
08:14Kriegner, a gente vê
08:15que essa debandada agora
08:17por parte do governo
08:18pode ser prejudicial
08:19até para a popularidade do Lula,
08:22que já vinha em queda
08:23depois da mega operação
08:25do Rio de Janeiro.
08:26Como é que você analisa isso?
08:27Boa tarde, Márcia.
08:28Boa tarde a todos que nos acompanham
08:29também aqui em Tempo Real
08:31e ao Mano Ferreira também.
08:34É uma análise muito simples
08:36de se fazer, Márcia,
08:37porque não é novidade
08:38para ninguém
08:39que a pauta de segurança pública,
08:41de endurecimento de penas,
08:42de fortalecimento das instituições
08:44para o combate ao crime organizado
08:46não são pautas do governo Lula,
08:49não são pautas do PT
08:50e também a gente pode expandir isso
08:52também para dizer
08:53que nunca foram pautas
08:54da esquerda no Brasil.
08:56Essas pautas são tradicionalmente
08:57defendidas pelo centro-direita,
09:00direita,
09:01e especialmente pelos parlamentares
09:03que têm já uma trajetória
09:04muito forte nas forças policiais,
09:06seja tanto policiais militares
09:08ou policiais civis.
09:09Esses são os que levantam a voz
09:11nesse sentido, né?
09:12E por isso o papel aí
09:13é muito importante
09:15por parte do deputado De Rit,
09:17que se licenciou
09:18para poder assumir essa relatoria,
09:20se licenciou da Secretaria
09:21de Segurança Pública
09:22aqui em São Paulo.
09:23Então, o governo Lula
09:24poderia ter deixado de atrapalhar.
09:27Acho que essa que é a colocação
09:29que a gente pode colocar.
09:30Tentou atrapalhar,
09:31porque tentou fazer
09:32todo esse escarcel
09:33e até mesmo
09:34os próprios deputados governistas
09:36que votaram,
09:37em sua maioria,
09:38votaram contra isso,
09:40o PL,
09:41que foi a votação ontem à noite.
09:43E aí fica a dúvida
09:44para os brasileiros, né?
09:45O porquê que alguém
09:46se coloca dessa maneira,
09:48nessa posição,
09:49atrapalhando aí
09:51de uma forma tão veemente
09:53algo que é de interesse
09:54da população brasileira
09:56como um todo.
09:57Nós estamos aqui,
09:58aí eu repito as palavras
09:59que foram ditas
10:00pelo presidente Hugo Mota
10:01anteriormente
10:01em entrevista aqui
10:02à Jovem Pan,
10:03não estamos falando
10:04de um projeto
10:05que seja para a direita
10:06ou para a esquerda.
10:07Esse é um projeto
10:07de urgência
10:08para todos os brasileiros
10:09que entendem e reconhecem
10:12que o Brasil
10:12está perdendo a mão
10:13no combate,
10:14ou já perdeu,
10:14no combate ao crime organizado
10:16e que leis mais duras
10:17são necessárias.
10:18Agora, Kriegner,
10:20quando você vê
10:21os pontos colocados
10:22nesse projeto,
10:24o que que ainda
10:24pode ser modificado
10:26e se o Senado modificar
10:28volta para lá,
10:30vai ser realmente
10:31mais um PL demorado
10:34que pode cair no esquecimento,
10:36que pode realmente
10:37perder o time,
10:39como a gente costuma dizer,
10:40o que prejudica
10:41é a população, né?
10:43O que a gente fica vendo
10:44fica parecendo uma birra, né?
10:45Uma disputa entre governo
10:47e oposição
10:48quando, na verdade,
10:49deveria ser todo mundo
10:50trabalhando junto
10:51pelo bem da sociedade, né?
10:53Fica sempre no meio, né,
10:55dos interesses aí
10:56de um lado e de outro.
10:57Mas a questão
10:58a respeito de
10:59o quanto que isso pode
11:01ser atrasado lá
11:02por parte do Senado,
11:03Márcia,
11:04eu sinceramente acredito
11:05que não,
11:06porque a pressão
11:07popular é muito grande.
11:09E eu acho que os senadores
11:10agora,
11:10até aqueles que são
11:11mais aliados
11:12ao governo federal,
11:13estão fazendo a conta
11:14e estão se preocupando.
11:15Como é que eu
11:17vou meter a mão
11:18aqui nesse projeto
11:18pra alterar alguma coisa?
11:20Tecnicamente,
11:21a maneira como
11:22o The Hit conduziu
11:23esse processo de relatoria,
11:25fazendo escutas,
11:26conversando com
11:27diferentes forças
11:28e sendo criticado,
11:29inclusive,
11:30pela sua própria base aliada
11:31por sentar na mesa
11:33e conversar com pessoas
11:34que são consideradas
11:35pessoas não gratas
11:36pela direita brasileira, né?
11:38Nesse sentido,
11:39é muito difícil
11:40que agora
11:41se encontre
11:42um grande problema técnico
11:44por parte do Senado.
11:45Claro,
11:45vão ser trazidos
11:46um ponto ou outro,
11:47mas cair no esquecimento
11:48ou atrasar ao ponto
11:50de frustrar
11:51o avanço desse projeto,
11:52eu acho muito difícil
11:54de acontecer,
11:54Márcia.
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